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sábado, 4 de abril de 2020

A falência dos deuses


“Eis que reinará um rei com justiça e dominarão os príncipes segundo o juízo. Será aquele homem como um esconderijo contra o vento, um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos; como a sombra duma grande rocha em terra sedenta.” Is 32;1 e 2

“Um rei... aquele homem...” no meu tempo de aluno essas expressões eram singulares. Perdoem a ironia mas, quanto mais avançamos no tempo mais me parece que desaprendemos o sentido das coisas, o significado das palavras.

Se, o inimigo sugeriu a pluralidade de deuses, “vós sereis como Deus” o primeiro mandamento legado ao povo eleito muito tempo após o degredo foi: “Ouve ó Israel: O Teu Deus É Único”.
Então, quando se ouve convocações para jejuns politeístas dizendo, não importa se você crê nisso ou naquilo, ore, jejue; eu me pergunto: Qual parte do texto supra eles não entenderam?

Se, a desobediência original que deu azo à queda “criou vários deuses”, a regeneração mediante Cristo demanda a morte desses: “Negue a si mesmo tome sua cruz e siga-me”. Isso põe por terra o relativismo onde cada um vê como quer; recoloca O Absoluto, O Rei dos Reis, “Aquele homem”, Jesus Cristo como senhor das nossas vidas. O que passar disso, ou ficar aquém é fraude.

Por estarmos “todos no mesmo barco” como dizem, isso não nos faz iguais, tampouco valida a fé errônea de cada um, nesse Titanic em vias de afundar. Jonas estava no mesmo barco que dezenas de marinheiros e cada um tinha “seu deus”. Mas, foi O Todo Poderoso que mostrou controle sobre as vidas, a tempestade, o mar.

O fato de aparentemente termos o mesmo problema não é suficiente para nivelar opiniões, escolhas, credos. Eu digo aparentemente, porque não tomo como verdade absoluta o que sai na mídia prostituta e mentirosa, tampouco concordo com as “soluções” suspeitas dos que querem afundar o navio para apagar o incêndio.

Quem disse que todo clamor é válido, que a fé pode ser em qualquer coisa, que estará valendo? Vejamos um exemplo de religiosidade vã: “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20

A idolatria, o culto de imagens; se, tal culto fosse válido e obtivesse respostas, não seria de imagens mortas, pois essas nada podem; se Deus desconsiderasse isso em face à ignorância, e abençoasse, invés de receber a devida Glória essa iria para fontes indignas; “Eu sou o Senhor; este é o Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Já manifestei minha decepção com o raquitismo espiritual de uma igreja que, mostra mais medo de boatos do que temor de Deus. Mesmo existindo e sendo, eventualmente letal, o coisa vírus não é mais que tantas outras moléstias existentes; qual a razão dessa histeria toda? Desliguemos as TVs que o vírus sai.

Mas, diria alguém: “Quem garante que tua (minha) visão não é apenas mais uma, ao nível dessas que criticas”?

Derivar reflexões da Palavra de Deus já me coloca, ao menos na área do conhecimento, em submissão a Ele. Sendo Senhor Absoluto, só Ele sabe deveras como as coisas são; não reconhece sabedoria dos rejeitam Sua Palavra; quando muito, astúcia. “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, a Lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram a Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;8 e 9


A Palavra não reconhece como válidos todos os credos como o Papa Francisco, antes ensina a perdição que se alienam de Deus, e salvação dos que ouvem; “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, quem me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

Ironicamente, o mesmo que espalhou à humanidade afastando-a de Deus, agora trabalha para mostrar a falência dos deuses autônomos; o fará de tal modo que, os trará a si; muitos já clamam por um líder mundial; sabemos quem virá.

A verdade tem demandas muito sérias, mas salva; mentira é só mais do mesmo, quando muito juízo aos adeptos. Eis às portas, “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade...” II Tess 2;9 a 12

quinta-feira, 29 de março de 2018

Os fugitivos

Jacó logrou Labão, o arameu, porque não lhe fez saber que fugia”, Gên 31;20

Aquele que fora para Harã fugindo da fúria de seu irmão, Esaú, agora saía de lá, outra vez, fugindo. Não tinha motivo para isso; bem poderia se despedir do pai de suas esposas Leia e Raquel e sair pela porta da frente.

Entretanto, seus temores de sempre, subprodutos de suas trapaças, seu inda frágil relacionamento com Deus, faziam confiar mais na astúcia que na proteção Divina.

Labão o soube, três dias após, pois, estava no campo tosquiando ovelhas, reuniu alguns homens e foi atrás alcançando-o em sete das nas terras de Gileade. Se, no princípio não tinha razões para fugir, agora, tinha-as para temer, uma vez que sua amada Raquel furtara os ídolos de seu pai e os levara consigo.

Pode-se inferir que Labão vinha com intentos belicosos, dado, o “puxão de orelhas” que levou. “Veio, porém, Deus a Labão, o arameu, em sonhos, de noite, e disse-lhe: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.” V 24 Noutras palavras: Não toque nele, está sob minha proteção.

Foi vetado pelo Eterno que ele fizesse mal a Jacó, não, que tomasse satisfação sobre suas imagens furtadas. “... se, querias ir embora, porquanto tinhas saudades de voltar à casa de teu pai, por que furtaste meus deuses?” v 30

Seguro da sua integridade e dos seus, o patriarca sentenciou: “Com quem achares teus deuses, esse, não viva; reconhece diante de nossos irmãos o que é teu do que está comigo e toma-o para ti. Pois, Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado.” V 32

Durante a revista nos trastes foi a vez de Raquel fugir, isto é; assentou-se sobre os objetos roubados e pediu desculpas por não poder levantar se dizendo menstruada. Então, nada achou Labão, do que procurava. Provada a “inocência”, foi a vez de Jacó “subir na mesa”. “Então irou-se Jacó e contendeu com Labão;respondeu disse: Qual é a minha transgressão? Qual é meu pecado, que tão furiosamente me tens perseguido?” v 36

Pois bem, sua imprudência de sentenciar à morte quem furtara as imagens custou a vida de Raquel que morreu durante o parto de Benjamim. Trabalhara sete anos como dote por aquela que amava; num momento de insanidade com a cruel espada da língua ceifou sua vida.

Desse modo, infelizmente, podemos fugir das ameaças externas, muito mais facilmente que das loucuras interiores.

Desde a queda a espécie humana se fez fugitiva. “Ouvi tua voz e me escondi, pois, estava nu.” A saga de Adão é a mesma nossa. Sentimento de culpa ante O Santo, fuga.

Mas, “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se, subir ao céu, lá estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que Tu ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua Mão me guiará; Tua Destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim.” Sal 139;7 a 11

Porém nosso aspecto mais requintado de maldade nos faz fugir, até mesmo, da fuga. Como assim? Sabe aquele sujeito que foge da justiça fingindo fazer campanha? Muitos de nós nos portamos igual. Mascaramos nossas fugas como, ceticismo, ateísmo, politeísmo, ativismo, e, até de cristianismo; quando adotamos um verniz bíblico para dar brilho a uma substância pagã, hipócrita.

No caso de Jacó careceu a experiência com Deus em Peniel, onde teve sua coxa ferida para não mais andar como andara, e teve seu nome mudado para Israel. No nosso carecemos do novo nascimento em Cristo, para recebermos o dom do Espírito Santo, que, paulatinamente nos capacita a mortificar nossos monstros internos, as obras da carne para, enfim, andarmos em espírito.

Sendo Jacó servo do Deus Vivo, Raquel furtara bibelôs inúteis nos quais confiava e isso foi fatal. Desgraçadamente, muitos perdem suas salvações agarrados em porcarias vãs, invés de se aproximarem do que salva. Pois, se esses espantalhos nada valem no que tange à vida, no sentido de alienar do Santo e levar à morte são “úteis”.

Jacó amaldiçoou quem os furtou, A Palavra amaldiçoa quem neles confia: “Têm mãos, mas, não apalpam; pés, mas, não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, e todos os que neles confiam.” Sal 115;7 e 8

Fugitivos se escondem no “respeito religioso” como se, falar-lhes a verdade fosse ofensa.

Nas cidades de refúgio os culpados estariam livres após a morte do Sumo Sacerdote; o Nosso morreu por nós há mais de dois mil anos; o que nos impede de sermos livres?

domingo, 21 de janeiro de 2018

A Eloquência do Ser

“... porque ele é o Deus Vivo que permanece para sempre; o Seu Reino não se pode destruir; Seu domínio durará até o fim. Ele salva, livra, opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.” Dn 6;26 e 27

Essas palavras não são de profeta, sacerdote, ou, escriba da época; antes, do rei persa Dario que dominava sobre a conquistada Babilônia. Se, em Babilônia se cultuava o politeísmo eivado de idolatria, como o rei sabia tanto sobre o Deus Vivo?

Daniel saíra ileso da cova dos leões; o motivo que o fizera ser jogado lá fora a recusa em abortar a comunhão com seu Deus. Portanto, conclusão óbvia que saltou aos olhos do monarca é que o espetacular livramento fora Obra Dele, que, para tanto deveria ter mesmo os predicados mencionados pelo rei.

O primeiro deles, aliás, “Deus Vivo”; uma confissão tácita que, ídolos de feitura humana são meras inutilidades mortas que servem apenas como droga para tontear incautos.

Os que cultuam imagens sofismam como podem dizendo que são meios de chegar a Deus, quando Ele mesmo vetou isso; a diferença não é de credo apenas, como devaneiam alguns; é abissal. O Deus Vivo me fez; imagens eu mesmo posso fazer. Assim, a distância se estabelece do Criador do Universo, a uma criação pífia de um artífice frágil e imperfeito.

Entretanto, deixando por ora as imagens, quero me deter sobre a eloquência do exemplo, a loquaz mensagem do ser. O rei não ficou sabendo aquilo tudo por algum ensino de Daniel; antes, por vivenciar o testemunho abnegado de ousadia e fé que ele deu. Abriu mão da própria vida confiando em Deus; foi preservado ileso e isso falou alto aos ouvidos de Dario.

Muitos cristãos se equivocam nisso, na Glória de Deu julgando que a mesma consista em palavras. Não que seja um erro dizermos, Glória a Deus! Mas, O glorificamos deveras com nossos atos, nossas vidas, não, com coisas superficiais que podem ser oferecidas por qualquer um, mesmo que, falsas.

No Sermão do Monte O Senhor desafiou-nos a agir de modo luminoso espiritualmente; a Glória de Deus não verteria de nossos lábios, mas, do reconhecimento de outros, como Dario, no caso de Daniel, que Deus inspirou nossas ações. Disse: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem Vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;14 a 16

“Vós sois a luz...” Não foi pelo que Daniel disse que o rei foi iluminado, mas, pelo que ele era.

Paulo, não obstante seu vasto teor cultural, disse não ter feito uso disso para convencer aos coríntios, pois, o Reino de Deus não consiste em palavras, mas, demonstração de Espírito e poder. I Cor 2;4

Poder nem sempre é uma força “positiva” no sentido de fazer acontecer o que queremos; antes, capacidade de renúncia, entrega mesmo quando tudo ocorre ao avesso do desejado.

Atos, capítulo 15 traz um concílio apostólico para decidir sobre divergências doutrinárias que campeavam as igrejas da Ásia; quem as causou? “... ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras; transtornaram vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento.” V 24

Gente autônoma, intrometida; com palavras de transtornar almas, não, despertar para a vida.

Agora, vejamos os predicados dos que foram enviados pela Igreja: “Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com nossos amados, Barnabé e Paulo, homens que já expuseram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” VS 25 e 26

Poder para blá blá blá qualquer linguarudo tem; mas, para expor a vida por amor a Cristo só os que forem cheios do Espírito Santo, Dádiva do Deus Vivo.

Palavras divorciadas dos atos são muito piores que o silêncio. Esse é apenas vácuo, muitas vezes criativo, dando preferência à observação, aos pensamentos; porém, as falas, desconectados do agir fomentam a hipocrisia; a vaidade de parecer o que, sabemos que deveríamos ser, mas, nem ousamos tentar.

Paulo depreciou a uns assim: “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e desobedientes, reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16

Em suma, o que é fala mui profundo até sem palavras; o que não, faz uso das mesmas para tentar esconder a nudez; esse tagarela mesmo falando muito, nada diz; o ser dispensa artifícios, acessórios; pois, a beleza da verdade lhe basta.