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domingo, 26 de julho de 2020

A Guerra do Ensino


“Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6

Embora, seja ambígua a possibilidade de interpretações, se a criança educada no bom caminho não se desviará dele; (nem sempre a experiência confirma) ou, se o conhecimento disso, não deixará de ser seu patrimônio, até à velhice, apesar das escolhas; (poderá se desviar, mas terá consciência de erro) malgrado isso, não há dúvidas que o aprendizado é um patrimônio para a toda a vida.

Muitos tentaram colocar razões periféricas, exteriores, como patrocinadoras das ações humanas, mas tenho minhas dúvidas se é mesmo assim.

Para Marx, das condições materiais de uma sociedade derivariam as demais; inclusive o senso religioso que seria um fenômeno filho das privações várias, que à angústia de viver sob seu peso teria surgido a busca pelo “ópio do povo”.

Se fosse veraz essa presunção homens de posse não teriam fé; os fatos gritam contra esse postulado ateísta. O comunismo não pretende abolir a ideia de Deus mas, usurpar Seu lugar dando-o ao Estado.

Para Ortega Y Gasset, “O homem é o homem e suas circunstâncias,” mais do mesmo, de Marx, ou uma versão embalada em celofane do popular “a ocasião faz o ladrão”.

Se assim fosse, a responsabilidade moral desapareceria, uma vez que eventual ladrão o teria sido por causa da “pressão” das circunstâncias... invés de construir presídios para isolamento dos que se põem à margem das leis, seria necessária uma reengenharia social que tolhesse circunstâncias “nocivas” tentadoras.

Schopenhauer, por sua vez, via aos humanos como incapazes de agir de outra forma, eternos vassalos da tirania da índole; “Dado o motivo e o caráter, toda ação resulta necessária” defendia. Negou que sejamos seres arbitrários, pois.

Acontece que, como dizia Demócrito, “bondade se aprende”; caráter é um forja das experiências de vida, aprendizado direto e condicionamento do meio, como pensavam os empiristas; ainda, adequação do agir aos valores inatos, esse, um viés dos racionalistas.

Se, avaliarmos o homem alienado de Deus, em si mesmo, pode ser um pouco pior que os bichos, menos até do que pensava Schopenhauer; “Disse no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.” Ecl 3;18

Na verdade, animais, exceto os predadores por questão de sobrevivência, não fazem os males que os humanos fazem. Satisfeitas as necessidades básicas de comida bebida e procriação quedam dóceis, inofensivos e passam alheios a males como, inveja, mentira, traição, roubo, hipocrisia, etc.

Por isso o chamado do Salvador começa tolhendo aos “bichos” “negue a si mesmo,” e desafia ao aprendizado com a sede infantil; “Aprendei de mim...” pois “aquele que não se fizer como uma criança não entrará no Reino dos Céus...”

Então se a sentença dos provérbios propõe a educação da criança como um patrimônio eterno, em Cristo, todos somos “acriançados” de novo e desafiados a aprender Dele, abdicando do que pensávamos saber.

“Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos...” Is 55;7

Pois, Nele somos desafiados a vencer tentações; o que é isso, senão, crucificar aos maus instintos, arrostar às circunstâncias que convidam ao erro, por ter feito nossa, a Vontade de Deus, agora, de Cristo aprendida?

Pois, para Deus o aprendizado molda o agir, não as condições sociais, tampouco, as circunstâncias. “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Então, para efeito de “la revolución” os comunistas invés de ensino de valores pretendiam se apossar dos meios de produção; tendo fracassado nisso empreenderam a revolução cultural; perversão dos ensinos, com o culto dos valores anti-Deus, deixando patente que seu alvo é o poder totalitário; o meio para isso é apenas um mimetismo filosófico-social, que ora despreza o ensino de valores, outra impõe o ensino desde que seja de coisas perversas como a ideologia de Gênero e afins.

Logo, ensino não é necessariamente coisa má; mau seria ensinar coisas que eles discordam, como A Palavra de Deus. Chegam a falar em criar leis contra “Abuso de poder religioso” (?)

Sabemos o quanto somos, os cristãos e conservadores, “abusados” ao olhos de um mundo que se prepara para entronizar Satanás via “Nova Ordem Mundial;

Nossa chamada e preparo nunca foi meramente didática; sempre teve um quê de “bélica” marcial; trata-se de vida ou morte.

“O Senhor deu A Palavra; grande era o ‘exército’ dos que anunciavam as boas novas.” Sal 68;11

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Os Jovens Reis Velhos

“Melhor é a criança pobre e sábia, do que o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar.” Ecl 4;13

Se considerarmos apenas os adjetivos; melhor o sábio que o insensato, a coisa resultará por demais, óbvia. Porém, analisando no prisma dos substantivos, diria que o caldo entorna um pouco; melhor a criança que o rei?

Sim, mas uma criança sábia. Contudo, pode uma criança ser sábia estritamente falando? Em termos de conteúdo, por razões naturais, claro que o rei, mesmo insensato, sabe muito mais que ela.

A conclusão necessária aqui é que o pensador está cotejando dois princípios, não, conteúdos. Se, considera insensato o que não se deixa admoestar, age como dono da verdade, pelo caminho inverso, verá sabedoria no seu oposto; na criança de alma dócil ao aprendizado, disciplinada, atenta a eventual correção, essa postura, é sua sabedoria.

No rei insensato vislumbra obra acabada com pouco esmero, de proveito duvidoso; na criança, vasto leque, potencial imenso, ainda sem uso; o teatro da vida todo ao dispor, onde pode ser treinada para interpretar um script virtuoso.

Embora o escopo original atente a personagens reais, seus predicados tipificam virtudes ou, vícios, que habitam em todos nós. Qualquer um, independentemente da idade, pode ser “rei velho”, ou, “criança sábia”.

O Salvador desafiou Seus ouvintes a destronarem o dito soberano, dando lugar ao infante, caso quisessem entrar no Reino dos Céus. “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes, não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.”

Diria, sem forçar a barra, que O Salvador foi crucificado entre um rei velho e uma criança, avaliando o comportamento dos dois ladrões que morreram ao Seu lado. O “rei” continuava ordenando: “Se és mesmo filho de Deus, desce da cruz, salva a ti e a nós.”  O “menino” advogou a inocência do Senhor, suplicou Seu favor em Seu Reino. Se fez menino e entrou; o “rei” ficou de fora.

A humildade de meninos nos fará aceitarmos a correção de quem tem autoridade sobre nós, e ensejará o desejo de aprendermos com quem for apto a ensinar.

Entretanto, as asas velozes da tecnologia trazem o conhecimento; os mais novos que não precisam descartar a nenhum aprendizado inútil, obsoleto, levam imensa vantagem, ante os de mais idade, na “pilotagem” desses aparatos. Essa “vantagem” acaba se voltando conta eles; pois, tendemos a respeitar quem sabe mais, e erroneamente equacionam conhecimento com sabedoria. As facilidades tecnológicas e virtuais podem fazer “reis velhos” de tenra idade.

Aprendem a dominar a tecnologia antes de dominar a si mesmo, estando o espaço virtual eivado dos piores vícios adultos, torna-os acessíveis às crianças, e, desgraçadamente, pode ser mortal.

Isso acaba numa espécie de conversão do avesso. Ela, quando se dá, traz nova vida espiritual, insta os renascidos ao crescimento segundo Deus: “Deixando, pois, toda a malícia, todo o engano, fingimentos, invejas, todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;1 e 2

Os “convertidos” da NET sentem-se adultos precoces detentores do saber, capazes de “filosofar” coisas profundas usando o método “Control C Control V” mas, ineptos para dois parágrafos sem dez erros, incapazes, ante a necessidade do raciocínio lógico. As redações nos vestibulares denunciam isso. Como fazer esses “reis velhos” se tornarem crianças sábias?

Se os pais ousarem tolher acesso precoce a tais parafernálias, serão odiados pelos filhos, pois, todos seus amiguinhos têm. E, o carvão viraria diamante antes, que o treinado no exercício do vício optasse voluntariamente pela virtude. Jeremias sentencia: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou, o leopardo suas manchas? Então, podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Sem dúvida vivemos a pior geração de todos os tempos, no aspecto moral, espiritual, o bom e velho caráter. Vemos igrejas de mercenários cada vez mais prósperas, e, escândalos políticos sucedendo-se em velocidade espantosa.

Paulo anteviu: “Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas, negando a eficácia dela.” II Tim 3;1 a 5


Os tempos propícios para abraçar a salvação passaram; Deus busca ainda uns rabiscos, adultos, jovens, que consigam, nesse amontoado de reis insensatos, se portarem como crianças sábias. A Palavra ainda vale: “Deixai vir a mim os pequeninos; deles, é o Reino dos Céus.”