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domingo, 5 de abril de 2020

Julgar ou não; eis a questão!


“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados; com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir.” Mat 7;1 e 2

Esse texto tem servido de biombo atrás do qual, muito falcatrua tenta se esconder. A ideia vulgar é que se pode agir como quiser; ninguém deve dizer nada pois, estaria “julgando” coisa que pertence a Deus apenas; será?

Parece que Paulo pensava diferente no espectro das ações humanas. Vejamos: “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” I Cor 6;1 e 2

Estariam Cristo e Paulo em contradição? Não. Qual a consequência de julgarmos, segundo O Salvador? “Com a medida que medires sereis medidos...” Isonomia; isso é mau? Ora, não julgamos ações segundo nosso valores? Digo, se desprezamos ao ladrão, ao mentiroso, ao hipócrita, poderíamos agir como eles sem ser motivo de desprezo? A mesma medida, ora.

Uma coisa elementar que as pessoas fingem não entender é que, quando determinado comportamento é rejeitado com base na Palavra de Deus, não é quem apresenta A Palavra que está julgando, antes, está apenas sendo um veículo do Juízo de Deus.

Querendo ou não, julgar as ações com essa “medida” no devido tempo todos seremos por ela julgados; “Quem rejeitar a mim, não receber Minhas Palavras, já tem quem o julgue; A Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

O que O Senhor vetou foi o juízo temerário que não vendo ações de terceiros presume-as patrocinado pela malícia, ou, vendo coisas legítimas atribui razões torpes.

Outro dia em face a algo que escrevi fui chamado de egoísta, vaidoso, e até meu esmero em escrever da melhor forma que posso foi atacado como algo mau.

Invés de julgarem ao que escrevi, que pode e deve ser julgado, (Examinai tudo e retende o bem) julgaram-me e atribuíram-me motivos que desconhecem; esse foi o juízo que O Senhor desaconselhou.

Como eu, observando alguém que canta bonito, por exemplo, diria que ele(a) faz aquilo por egoísmo, vaidade invés de ser para a Glória de Deus que lhe deu tal talento? Tal juízo é indevido, temerário e traria uma sentença contra mim.

A Epístola aos Romanos denuncia a alguns que eram ciosos ao julgar erros alheios e omissos em vigiar os próprios; o saldo, invés do encorajado “Tesouro nos Céus” foi um “tesouro” de juízo. “Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

O que falamos aqui é registrado nos Céus, será usado no devido tempo; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; O Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor; para os que se lembraram do Seu Nome.” Mal 3;16

Ora, se A Palavra não é tão inclusiva, tão ecumênica assim, antes, demanda que, para nosso bom relacionamento com Deus ser preservado nos separemos dos que tomam atitudes réprobas, como faremos isso sem certo julgamento? Como identificaremos de quem nos separar? “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas?” II Cor 6;14

Aliás, além dos infiéis há uma prescrição contra os falsos cristãos ainda mais severa; “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com avarentos, ou os roubadores, ou os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.” II Cor 5;9 a 11

Dizemos com frequência que aparências enganam; baseados nesse lapso, sejamos prudentes com o que não vemos claramente. Mas, certas atitudes são de calibre tal, que nem precisamos conhecer à Palavra de Deus para rejeitar. Isso não é julgamento, é decência, coerência, compromisso com valores. E reitero, segundo À Palavra, o juízo vem de Deus.

Somos desafiados a ser sal e luz. Um cristianismo que não influencia pelo exemplo seria luz que não ilumina, ou sal que não tempera.

Cristo em nós deve ser visível como uma cidade sobre um monte; porém, ausência Dele também é visível, para quem tem discernimento. Nesses o logro da aparência é dissipado pela Luz do Espírito Santo.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Nossa Falta de Juízo


“... Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei, e contra a lei me mandas ferir?” Atos 23;3

Paulo estava julgando o julgamento a que estava submetido; pois, se seu fito era salvaguardar à Lei, o próprio tribunal a estava transgredindo; portanto, desmoralizando-se pela parcialidade, invés de estar preservando à justiça como convinha.

Usou para isso uma figura semelhante à usada pelo Senhor, que chamara de “sepulcros caiados” aos hipócritas que colocavam pesados fardos nos alheios ombros, os mesmos que se recusavam a carregar. Parede branqueada, sepulcro caiado evocam a mesma ideia; uma capa de virtude disfarçado o vício.

Se esse incidente lembra nosso garboso STF, não é coincidência; apenas o mesmo modo ímpio de sempre, hospedado em novos viciados. A lei pune aos outros, a mim ignora, quando não, absolve. “Todos iguais perante a lei”, menos eu; eu sou a lei.

“... alguns, se entregaram a vãs contendas; querendo ser mestres da lei, não entendendo o que dizem nem o que afirmam. Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente;” I Tim 1;6 a 8

Nessa linha de parcialidade inconsequente tendemos a achar que as Promessas Divinas nos dizem respeito, mesmo quando, não; e Suas advertências não são contra nós; mesmo quando são.

O sofista mor, especialista desde o Éden em perversão da Palavra tentou a Jesus precisamente nisso; a parcialidade de apresentar o que “está escrito” para forçar O Salvador a pecar; Ele revidou com, “também está escrito”, em contraponto à superficialidade de se atentar apenas ao que convém à vontade natural; erro filho da pretensão de um Deus serviçal, à mercê dos nossos desejos sem condições prévias.

Se, é verdade que O Eterno “Trabalha por quem Nele espera”, Is 64;4 Também é que, estar “Nele” demanda submissão aos Seus preceitos e ao Seu tempo, até porque, esperar é já uma atitude de submissão àquele que tem poder de fazer acontecer as coisas quando lhe aprouver.

Se, nos âmbitos humanos a isonomia é uma coisa falsa que ocupa discursos e some na hora dos fatos, perante O Santo, Sua Justiça requer. É uma palavra grega composta de duas; -Iso- que quer dizer equidade, igualdade, e -Nomia-, de Nomos, Lei. A boa e velha igualdade perante à lei.

Paulo ao escrever aos romanos pontuou novamente sobre o juízo atirado contra terceiros que incidiria sobre os “juízes”: “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;3

“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.” Saint Exupérry (O Pequeno Príncipe)

Exatamente por nossas noções de justiça seremos julgados para que não reste nenhuma “instância” de apelação como se, nossa insipiência fosse atenuante de pecados; “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós.” Mat 7;2

Não significa, contudo, que se eu for omisso concedendo a terceiros o direito de pecar tal “direto” me será facultado; antes, que quando censuro atos alheios em nome da justiça, estou escrevendo a “jurisprudência” do meu próprio julgamento.

Nossas falas, quer em juízo, quer não, estão todas registradas; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele...” Ml 3;16

Não sem razão, quando menciona a cena do julgamento a Bíblia fala que foram “abertos os livros”. A lei que cada um “escreveu” será parâmetro do seu juízo.

Não se entenda com isso, porém, um endosso ao fugaz “não julgueis” dos que, quando apresentamos o juízo Divino, Sua Palavra, por falta de vontade de se submeter fazem parecer que trata-se um erro nosso, um juízo precipitado ao evidenciarmos o que Deus Falou.

O risco do juízo temerário é precisamente ser julgado pelo juízo esposado; quando apresentamos o Divino julgamento, claro que seremos também julgados pelo mesmo. Não precisam nos advertir do óbvio.

No entanto, como anseia salvar, mais que julgar, a misericórdia Divina fez nosso juízo recair sobre O Salvador; portanto a quem se Lhe submete, não resta julgamento; o registro de pecados está apagado; “... Tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.” Miq 7;19

Enfim: Tão válidas quanto as promessas Divinas são Suas advertências; somos alvos de ambas. Aquele “crente” que espera de Deus apenas o que lhe agrada crê na mentira de Satã que seria nossa a escolha sobre bem e mal.

Então, quem quer ser abençoado por Deus, acredite Nele, não no inimigo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Com ou sem, juízo?

“Examine, pois, o homem a si mesmo; assim coma deste pão e beba deste cálice.” I Cor 11;28

Exortação para que cada cristão faça um auto-julgamento honesto antes de atrever-se à “Mesa do Senhor”.

O julgamento não é algo reles, superficial; muito menos, sendo em juízo próprio. “Se consegues fazer um bom julgamento de ti és um verdadeiro sábio.” Antoine de Saint-Exupéry

O Senhor falou: “Não julgueis...” O risco de eu julgar a outrem exigindo dele a perfeição é que, fazendo isso estarei “legislando” contra mim; “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados; com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós.” Mat 7;2

Ao examinar a mim mesmo devo ter algum critério para determinar se meus passos foram bons, ou, maus. Qual? O “critério” proposto por Satanás faz ser “O homem a medida de todas as coisas” como versou Nietzsche. Ou, “vós mesmos sabereis o bem e o mal.” Assim, por esse viés um conhecido corrupto e ladrão se diz o homem mais honesto “destepaíz”. Julgamento padrão FIFA, digo; padrão capeta.

Quando O Salvador disse que a ninguém julgava não estava patenteando uma licença para pecar; antes, por ter vindo para propiciação dos nossos pecados não atuava como juiz, então; embora, Suas Palavras sejam a jurisprudência do julgamento futuro. “Quem rejeitar-me, e não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado; essa, o há de julgar no último dia. Porque não tenho falado de mim mesmo; mas, o Pai, que me enviou, Ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer; o que hei de falar.” Jo 12;48 e 49

“Porque o mandamento é lâmpada, a lei é luz; as repreensões da correção são o caminho da vida.” Prov 6;23 ou, “Lâmpada para os meus pés é tua palavra; luz para meu caminho.” Sal 119;105

Assim quando me julgo à luz da Palavra, no fundo, Deus é que me julga. Claro que isso não é possível ao homem natural; ele não conhece, tampouco, obedece a Deus. Somente o convertido ajudado pelo Espírito Santo consegue isso. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

Entretanto, o “não julgueis” tem sido usado como biombo por ímpios engajados que, à menor advertência para que se amoldem aos Divinos preceitos logo se ocultam atrás dele.

Ora, quando apresento A Palavra de Deus por juízo, como disse acima, não sou eu que Julgo; antes, é O Senhor. O juízo que ponho em relevo tanto vale para quem me ouve, lê, quanto, para mim. Estamos no mesmo barco. Quando O Salvador exortou a tirar a trave do próprio olho antes de ver o cisco no alheio vetou a hipocrisia; não, que se aplique a Divina Lei, sobretudo, quando o instrumento usado observa-a.

A Palavra não apenas declara idôneo ao que obedece, como o faz apto a disciplinar os rebeldes ainda. “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;6

Ademais, quando alguém me apresenta um tomo da Santa Palavra bem interpretada, independente de como ele vive, para mim é um feixe de luz que me mostra a vereda da vida.

Se, o tal não a observa e perder-se por isso é problema dele. Ouro na mão do bandido segue sendo ouro. O Salvador disse que se observasse os ensinos dos Escribas e Fariseus, só que não se imitasse seus exemplos; pois, ensinavam a coisa certa sem praticá-la.

Então, quando alguém confrontado pela Palavra apressa-se ao “não julgueis” querendo ou não, roga a Deus que se afaste. “Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a Lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis; vede para nós enganos.” Is 30;9 e 10

Acontece que, o “me engana que eu gosto”, ou, “mente pra mim, mas diz coisas bonitas” cantado em prosa e verso, diante de Deus é abominável.

Há uma horda de “profetas” fazendo isso; desgraçadamente falta-nos recorrer a outro “biombo” atrás do qual conviria se esconder, nesses casos: “... deixai a mentira; falai a verdade cada um com seu próximo; porque somos membros uns dos outros.” Ef 4;25

Acaso, nos cuidados com a higidez do corpo buscamos ao remédio doce, ou, eficaz? Então, façamos o mesmo com a vida da alma que vale inda mais.

Paixões naturais impedem que eu julgue bem a mim mesmo; porém se me despir das máscaras, colocar-me servil diante da Palavra, Ela me julgará bem; o “juízo” requer apenas arrependimento; por enquanto sou tratado em misericórdia. “... e a misericórdia triunfa do juízo.” Tg 2;13