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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Nossa Falta de Juízo


“... Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei, e contra a lei me mandas ferir?” Atos 23;3

Paulo estava julgando o julgamento a que estava submetido; pois, se seu fito era salvaguardar à Lei, o próprio tribunal a estava transgredindo; portanto, desmoralizando-se pela parcialidade, invés de estar preservando à justiça como convinha.

Usou para isso uma figura semelhante à usada pelo Senhor, que chamara de “sepulcros caiados” aos hipócritas que colocavam pesados fardos nos alheios ombros, os mesmos que se recusavam a carregar. Parede branqueada, sepulcro caiado evocam a mesma ideia; uma capa de virtude disfarçado o vício.

Se esse incidente lembra nosso garboso STF, não é coincidência; apenas o mesmo modo ímpio de sempre, hospedado em novos viciados. A lei pune aos outros, a mim ignora, quando não, absolve. “Todos iguais perante a lei”, menos eu; eu sou a lei.

“... alguns, se entregaram a vãs contendas; querendo ser mestres da lei, não entendendo o que dizem nem o que afirmam. Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente;” I Tim 1;6 a 8

Nessa linha de parcialidade inconsequente tendemos a achar que as Promessas Divinas nos dizem respeito, mesmo quando, não; e Suas advertências não são contra nós; mesmo quando são.

O sofista mor, especialista desde o Éden em perversão da Palavra tentou a Jesus precisamente nisso; a parcialidade de apresentar o que “está escrito” para forçar O Salvador a pecar; Ele revidou com, “também está escrito”, em contraponto à superficialidade de se atentar apenas ao que convém à vontade natural; erro filho da pretensão de um Deus serviçal, à mercê dos nossos desejos sem condições prévias.

Se, é verdade que O Eterno “Trabalha por quem Nele espera”, Is 64;4 Também é que, estar “Nele” demanda submissão aos Seus preceitos e ao Seu tempo, até porque, esperar é já uma atitude de submissão àquele que tem poder de fazer acontecer as coisas quando lhe aprouver.

Se, nos âmbitos humanos a isonomia é uma coisa falsa que ocupa discursos e some na hora dos fatos, perante O Santo, Sua Justiça requer. É uma palavra grega composta de duas; -Iso- que quer dizer equidade, igualdade, e -Nomia-, de Nomos, Lei. A boa e velha igualdade perante à lei.

Paulo ao escrever aos romanos pontuou novamente sobre o juízo atirado contra terceiros que incidiria sobre os “juízes”: “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;3

“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.” Saint Exupérry (O Pequeno Príncipe)

Exatamente por nossas noções de justiça seremos julgados para que não reste nenhuma “instância” de apelação como se, nossa insipiência fosse atenuante de pecados; “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós.” Mat 7;2

Não significa, contudo, que se eu for omisso concedendo a terceiros o direito de pecar tal “direto” me será facultado; antes, que quando censuro atos alheios em nome da justiça, estou escrevendo a “jurisprudência” do meu próprio julgamento.

Nossas falas, quer em juízo, quer não, estão todas registradas; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele...” Ml 3;16

Não sem razão, quando menciona a cena do julgamento a Bíblia fala que foram “abertos os livros”. A lei que cada um “escreveu” será parâmetro do seu juízo.

Não se entenda com isso, porém, um endosso ao fugaz “não julgueis” dos que, quando apresentamos o juízo Divino, Sua Palavra, por falta de vontade de se submeter fazem parecer que trata-se um erro nosso, um juízo precipitado ao evidenciarmos o que Deus Falou.

O risco do juízo temerário é precisamente ser julgado pelo juízo esposado; quando apresentamos o Divino julgamento, claro que seremos também julgados pelo mesmo. Não precisam nos advertir do óbvio.

No entanto, como anseia salvar, mais que julgar, a misericórdia Divina fez nosso juízo recair sobre O Salvador; portanto a quem se Lhe submete, não resta julgamento; o registro de pecados está apagado; “... Tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.” Miq 7;19

Enfim: Tão válidas quanto as promessas Divinas são Suas advertências; somos alvos de ambas. Aquele “crente” que espera de Deus apenas o que lhe agrada crê na mentira de Satã que seria nossa a escolha sobre bem e mal.

Então, quem quer ser abençoado por Deus, acredite Nele, não no inimigo.

sábado, 11 de janeiro de 2020

Reação dos Céus


“Se pecares, que efetuarás contra Ele? Se, tuas transgressões se multiplicarem, que lhe 
farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá Ele da tua mão? A tua impiedade faria mal a outro como tu; e tua justiça aproveitaria a outro homem.” Jó 35;6 a 8

Palavras óbvias, contudo, às vezes até o óbvio é necessário ser lembrado. Quer façamos o bem, quer o mal, nossos feitos não têm abrangência prática a ponto de serem relevantes diante de Deus. O âmbito de nossas ações, independente do mérito das mesmas é nosso existenciário terreno.

Quando Deus reage a nós, seja em Seu Amor, seja em Sua Justiça o faz soberanamente; não há força alguma que emule O Todo Poderoso a fazer o que não quer.

A Palavra ensina a deixarmos patente nosso amor ao Santo, em nossas relações horizontais. “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão é mentiroso. Pois, quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: quem ama a Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

Quando O Eterno enviou um anjo ao encontro de Cornélio o mesmo disse-lhe que suas orações e esmolas chegaram aos Céus. “... As tuas orações e tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus;” Atos 10;4

As orações mostravam sua relação com Deus; o socorro às necessidades dos desvalidos deixavam nítido que seu amor por Deus era vero, uma vez que cumpria na prática o mandado de amar ao próximo também.

Antes que alguém conclua que as boas obras salvam alguém, registre-se que o anjo que as mencionou aprovando-as, o mandou ao encontro de Pedro para ouvir a Palavra de Salvação. Altruístas obras podem mostrar uma índole que agrada ao Eterno, tanto que reagiu a isso enviando o convite para ir ao encontro da salvação, o que fez o piedoso romano.

Então, nossas ações chegam aos Céus, mais pela Onisciência Divina que pela relevância que possam ter. Se, não são fortes o bastante para forçaram O Eterno a reagir, Ele reage espontaneamente, seja aprovando aos fiéis, seja punindo aos perversos. “Com o benigno te mostrarás benigno; com o homem sincero te mostrarás sincero; com o puro te mostrarás puro; com o perverso te mostrarás indomável.” Sal 18;25 e 26

Da perspectiva correta é mais que ridículo, chega a ser obsceno pensar que O Rei dos Reis seja manipulável pelos pífios arranjos humanos; sejam as “sementes de fé” onde incautos são ensinados a negociar com Deus como se Ele fosse um mercador de bênçãos; seja a idolatria das “orações no monte” dos que imaginam que fazendo isso aproximam-se mais do Santo; sejam ainda as penitências e votos vários dos que equiparam O Juiz dos Vivos e dos Mortos a um mero orixá que troca préstimos por “despachos”.

Que dizer das “orações fortes” que “decretam, determinam, ordenam isso e aquilo”?

Nosso amor a Deus, caso exista mesmo, necessariamente caminhará de mão dadas com um viver piedoso e consciência pura; e, ao próximo só demonstrará sua veracidade nas veredas de uma empatia solidária, um altruísmo atuante.

O ponto de partida não é nenhuma mandinga rasteira, tampouco um ritual mágico que nos abriria os portais do site sejaabenoado.com O início é uma posição humilde e reverente que a Palavra chama de temor. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Se, por um lado somos impotentes para provocar a reação Divina, a fé sadia tem “poder” de agradá-lo. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe...” Heb 11;6

Por fim, se o Santo aprovar nosso viver, não apenas nossas ações repercutirão no alto, como ainda nossas palavras serão registradas em memoriais eternos; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou, ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor, os que se lembraram do Seu Nome. Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve.” Mal 3;16 e 17

Indignos somos, de salvação e acesso ao Eterno; mas, pelos Méritos de Cristo, somos desafiados a ousar. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, sua carne, tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é quem prometeu.” Heb 10;19 a 23