“Dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem. Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto.” Atos 14;18 e 19
Duas situações opostas num curto espaço de tempo. Primeiro, pela cura de um coxo efetuada pela sua intercessão queriam tratar Paulo como um deus oferecendo sacrifícios; depois, as mesmas pessoas convencidas pelos desafetos do apóstolo o apedrejaram.
Poucos minutos entre a glória e a ignomínia, ambas, imerecidas. Não merecia glória pela cura, pois, fora Obra de Deus; tampouco, ser apedrejado; era inocente do que o acusavam.
Duas dificuldades humanas; resistir ao imediatismo que atua ao sabor dos instintos, e, identificar corretamente o mérito de uma questão. Dizemos que as aparências enganam; porém, quando, açodados por elas negligenciamos o discernimento é a nossa precipitação, a julgar o mar por uma onda, que se torna feitora dos nossos enganos.
A razão nos faz diversos dos animais e permite excursões ao passado na nave da memória, ou, mesmo, viagens ao futuro, nas asas da esperança e fé. Assim, agir apenas ao sabor do instante nos castra dessa preciosa prerrogativa e nivela por baixo, aos instintivos animais.
Em política, sobretudo, se diz que o povo tem memória curta; assim, os mesmos que causaram os problemas de uma nação podem se apresentar em seguida como solução; não raro, usufruírem apoio para isso.
Nas questões espirituais, porém, o exercício da memória é vital, uma vez que as diretrizes não mudam, tampouco, sucumbem aos modernismos do mundo. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16
Não que mudanças sejam necessariamente más; porém, quando nos incitam à rebelião contra princípios da vida, aí, se nos tornam mortíferas. “Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará sua destruição; a ruína deles, quem o sabe?” Prov 24;21 e 22
O discernimento é jóia preciosa que vai além das aparências vendo as coisas como são. Durante a crucificação do Senhor, ao Seu lado crucificaram também a dois ladrões. As aparências sugeriam a punição severa de três malfeitores; porém, conhecedor dos fatos, um dos ladrões disse que ele e seu igual mereciam tal sentença, mas, “Esse ( Jesus ) nada fez”, disse. A aparência não o enganou.
Quando alguém postula um emprego leva um currículo, uma folha corrida de suas capacitações e das ocupações pretéritas; embora, como se apresenta no momento possa contar uns pontinhos, são as informações desse as determinantes para sua admissão, ou, não. Assim, um homem espiritual com folha corrida de probidade diante da igreja e do Senhor, se, pego em eventual mau passo, não deve ser apedrejado, como, não deveria ser glorificado quando andou bem.
Infelizmente, a imensa maioria de nós é leniente com nossas falhas, e, severa com as alheias; porém, a Palavra do Senhor adverte: “Com a mesma medida que medires medirão a vós.” Pedro negou a Cristo; Tomé duvidou; Tiago e João queriam queimar aos samaritanos; Paulo foi cúmplice na morte de Estevão. Todos foram perdoados e usados pelo Senhor. Um mau passo é um fraquejar pontual; um mau caminho é uma escolha, um andar habitual.
Aos Olhos Divinos, até o que falamos faz parte de nossos currículos: “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram freqüentemente um ao outro; O Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o Senhor, os que se lembraram do seu nome.” Mal 3;16 Porém, é o que fazemos, como agimos, o corpo de testemunhas que nos segue mesmo, depois dessa vida; “...Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; suas obras os seguem.” Apoc 14;13
O Senhor exortou Seus ouvintes a não julgarem pela aparência, mas, “segundo a reta justiça;” a muitos chamou de hipócritas, sepulcros caiados, por serem zelosos na pose para suas “selfies” e omissos no caráter.
Muitos buscam para si a glorificação por pretensas curas, mas, seus maus caracteres visíveis bem que mereceriam pedradas. O Senhor julgará.
Discernimento de vida a própria experiência lega aos exercitados nela; porém, o espiritual é acessível apenas aos homens espirituais. “Não recebemos o espírito do mundo, mas, o que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Ele.” I Cor 2;12
Na dimensão da fé, as aparências não aparecem; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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domingo, 25 de março de 2018
Por trás da fumaça
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segunda-feira, 28 de março de 2016
Baile de Máscaras
“Vocês não sabem como é divertido o
absoluto ceticismo. Pode-se brincar com a hipocrisia alheia como quem brinca
com a roleta russa com a certeza de que a arma está descarregada.” (Millôr
Fernandes)
Atingirmos essa maturidade que nos reveste sob a proteção do ceticismo,
contudo, não é coisa muito fácil. Tendemos à ingenuidade, reiteramos à mesma
até depois de nos termos decepcionado diversas vezes com as pessoas. Como se
algo em nós recusasse a ver as coisas como são, e insistisse em fantasiá-las
como as deseja.
Quase nunca nos
perguntamos, por que será que a imensa maioria das pessoas que pensamos
conhecer, uma vez conhecidas melhor, nos surpreendem “para baixo” e não o
contrário? Digo, a ampla maioria é pior do que imaginamos, invés de surpreender-nos
por ser melhor.
Acho que a culpa por
tais decepções é de cada um de nós; as pessoas são o que são, e eu devaneio que
sejam como eu gostaria, falsifico a realidade. Quantos “grandes” que admirei um
dia, e, com o tempo e circunstâncias, os tendo conhecido melhor, se revelaram
pífios, anões morais e desonestos intelectuais, de tal modo, que perdi o
interesse?
Costuma se dizer que
não conhecemos devidamente alguém antes que tenhamos comido um kilo de sal,
junto ao tal. Como não comemos sal,
puro, antes, temperando a comida, isso requer muito convívio, proximidade, e o
partilhar de muitas coisas até que, enfim, possamos conhecer deveras, às
pessoas como são.
Nada me garante que, os
que convivem comigo também não se decepcionem mais dia, menos dia, afinal, bem
pode ser que eu seja muito pior do que eles imaginaram que eu fosse, na primeira
impressão que tiveram.
Acontece que, o teatro
da vida traz seu “script” totalmente alheio aos nossos anseios, quando não,
insere seus “cacos” suas tiradas de improviso capazes de surpreender aos próprios
atores. O “Conhece a ti mesmo” que Sócrates atribuía ao Oráculo de Delfos, encerra
mais coisas do que aparenta, a princípio.
Se, me vejo desajustado
entre as expectativas que nutro e a realidade circunstante, e nada garante que
não dou azo a desajustes semelhantes, certamente há um lapso de conhecimento,
quiçá, de outo-conhecimento subjacente a esses desajustes.
Todos lançamos mão da
frase feita que “as aparências enganam”; entretanto, nos apressamos a formar
juízos, criar expectativas à partir dessas enganadoras. Talvez nossa vida em
sociedade seja um imenso baile de máscaras, onde, cada um, como quem tira uma
selfie para postar, escolhe seu melhor ângulo, faz caras e bocas para causar
boa impressão, invés de ser espontâneo, natural. Mario Quintana dizia que, num
ambiente festivo, social, o único comportamento não afetado é o do gato deitado
sobre o tapete.
Como um imenso “reality
Show” cada olhar se torna uma câmera ante a qual devemos fazer boa figura.
Filosofamos sobre a vantagem do ser, e vivemos desesperadamente o afã de parecer.
Uma ampla camuflagem de palavras e ações ensaiadas nos torna “palatáveis”,
pois, nos importamos mais em ser aceitos aos olhos humanos, que, aos Divinos.
O protagonista do “Fantasma
da Ópera” usava uma máscara para “aparecer”, pois, sofrera um acidente que
deformara seu rosto; assim, a máscara soava mais apresentável. Será esse nosso
caso? A certeza de nossa feiura
espiritual, psicológica, que demanda que andemos mascarados por aí?
Eis nosso dilema! Ser
aceitos pela maioria usando a devida máscara que nos adéqua ao “padrão”
socialmente usual, ou, sermos “feios” como somos, mesmo que isso afaste as pessoas
de nós. Eventualmente, o que somos aflora em momentos de crise, e todo nosso
confortável teatro resulta inútil.
Que revigorante é
assistir quebras de expectativas “para cima” como o surgimento de Paul Potts e
Susan Boyle, por exemplo, que se revelaram infinitamente superiores ao que se
esperava!! Aqueles o foram no quesito talento; mas, nada impede que sejamos no
aspecto probidade, caráter. O Deputado Tiririca foi pra Brasília ao som de
zombarias, apenas, um palhaço. Agora, vem a público que se porta com correção,
recusando propinas, desqualificando pares que assim agem; eis uma surpresa “upgrade”
no quesito moral!
Todavia, os heróis de
um vasto seguimento da nação, têm se revelado dia a dia, imensamente piores que
seus discursos, que as expectativas públicas, algo tão deprimente que dá pena
de ver algumas pessoas melhores que eles defendendo-os, invés de assumirem a
própria vergonha.
Então, que essa
derrocada que soprou as cabanas de palha dos que fingiam ser de madeiras nobres,
sirvam-nos de alento, de aviso para que não caiamos nos mesmos erros. Oswaldo
Cruz dizia: “Observando os erros alheios, o homem prudente corrige os seus.”
“Às vezes procura-se parecer melhor do que se é.
Outras vezes, procura-se parecer pior. Hipocrisia por hipocrisia, prefiro a
segunda.” (Jacinto Benavente y Martinez)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Verdade; o travesseiro da alma
“E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção,
manifestou firme propósito de ir a Jerusalém. Mandou mensageiros adiante de si;
indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada,
mas, não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém.”
Luc 9; 51 a 53
Como sabemos se um propósito é
firme? Por certo, o mesmo precisa ser
testado. Há outros textos onde discípulos tentaram dissuadir ao Salvador dessa
ideia, dizendo que Herodes o queria matar, que Ele correria riscos por lá; mas,
nada disso O fez mudar. Quem tem um
propósito firme e conhece as consequências, o simples lembrá-las em nada
afetará a decisão que já as considerou.
Isso feito mandou precursores a uma
aldeia de samaritanos para prepararem pousada. Porém, a rivalidade desses com os
judeus chegava a tal ponto de se negarem a ceder um lugar de descanso, pois,
“seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém”.
Que falta de jogo de cintura do Mestre! Sabendo dessa aversão dos
samaritanos, bem poderia ter “desconversado” dizendo que ia para outra parte;
quem sabe, que era um emissário estrangeiro a espiar a cidade para um ataque
futuro; coisas assim o fariam simpático entre os samaritanos; por certo, lhe
garantiriam o necessário descanso.
Ele mesmo, quando chamou a si os pecadores
ofereceu descanso à alma; não fez alusão ao cansaço do corpo. Quem tem como
hábito a verdade em sua forma de ser, não descansa a consciência em outro
travesseiro que, não, a própria verdade.
Mesmo, coisas periféricas, nuances não expressas também se revelam
verdadeiras; se, ia para Jerusalém, seu aspecto mostrava exatamente isso.
Quantas vezes mentimos de modo não expresso, dissimulando aparências,
intenções... Vamos a Jerusalém, mas, exibimos por “descuido” uma passagem pra
Damasco. Sutilezas assim, embora pareça malandragem, são apenas traços da
mentira vestida para festa.
Com Aquele que É a verdade, a coisa não funciona
assim. Decisões firmes, providências conforme; semblante também.
Salomão
escrevera: “Desvia de ti a falsidade da boca; afasta de ti a
perversidade dos lábios. Os teus olhos olhem pra a frente; as tuas pálpebras
olhem direto diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, todos os teus caminhos
sejam bem ordenados! Não declines nem para a direita nem para a esquerda;
retira o teu pé do mal.” Prov 4; 24 a 27
Infelizmente, a maioria do que hoje se
vê são “cristãos” de calmaria, de tempo
bom. Prontos a dissimular suas escolhas, bem como, refazer caminhos se, uma
objeção qualquer os ameaça. Facilmente bradam nos púlpitos que, sem luta não
teremos vitória, que somos chamados a tomar a cruz, etc. Mas, ouse a realidade
a testar seus postulados e presto se tornam “samaritanos” se isso lhes facilitar
as coisas.
Se, na caminhada tecnológica, que não mais caminha nem corre,
antes, voa; nisso, digo, quanto mais moderno, melhor, na jornada dos cristãos a
coisa é exatamente inversa. Quanto mais antigo, melhor.
Sim, os antigos deram
suas vidas, como fizeram os apóstolos, os cristãos das catacumbas de Roma,
tantos na Inquisição... Sua fé não tinha mais a vida na Terra com preciosa,
antes, a vida em Cristo. Estavam dispostos a tudo, mesmo mais antigos, como alista a galeria dos Heróis da fé.
Não
estou dizendo que todos os cristãos atuais sejam uns molengas, há exceções,
felizmente. Mas, graças a uma “Igreja” que, movida por interesses mercenários
decidiu ser agradável invés de verdadeira, o crente comum que ela gera é assim,
fraco, interesseiro, oportunista, dissimulado. Não hesita em mentir para obter
facilidades, ou, evadir-se a certas dificuldades.
Certo que os samaritanos não
receberam a Jesus, por causa de sua judaica aparência; mas, isso era problema
deles. Estavam errados, e o Mestre não iria disfarçar-se para recrudescer seu
erro.
Embora Tiago e João desejassem queimar aos ímpios. O Senhor os advertiu que não entendiam o que
estava em jogo; “Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos
homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.” V 56
Enfim, se o mundo
é império da falsidade, onde, aparências
enganam, dos servos de Cristo se requer algo melhor.
Pensemos, por um instante,
quantas pessoas nos surpreenderam “pra cima”; as imaginamos comuns, e conhecendo-as
melhor, se revelaram nobres, de caráter superior; por outro lado, quantas
reputamos excelentes, e à menor prova revelaram-se vis, traidoras, fracas... Da
primeira parte do exemplo tenho dificuldade de lembrar alguém; porém, a
segunda... Assim, se nossas resoluções não estão estampadas; se, nossa
aparência não expressar o que somos, que seja por humildade, por sabermos que
eventual bem em nós é dom de Deus; nunca por falsidade, dissimulação. Uma alma
salva não descansa na facilidade, antes, na verdade.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
A Luz, e os Dark Blocks
“De
madrugada levanta o homicida, mata o pobre e necessitado, de noite é como o
ladrão. Assim como o olho do adúltero aguarda o crepúsculo, dizendo: Não me
verá olho nenhum; oculta o rosto, nas trevas minam as casas, que de dia
marcaram; não conhecem a luz. Porque a manhã para eles é como sombra de morte;
pois, sendo conhecidos, sentem pavores da sombra da morte.” Jó 24; 14 a 17
Jó
pinta ímpios como seres que se sentem bem no escuro, com máscaras, e,
assustados à luz. O Salvador reiterou noutras palavras: “E a condenação é esta:
Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque
suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para
a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3; 19 e 20
Entretanto,
não devemos ter uma compreensão superficial dessa luz. Não se trata de um viés
simplista tipo, noite versus dia; antes, esses, são figuras, ilustrações de se
ter luz, ou, estar privado dela. O clássico dito que as aparências enganam
brotou da autocrítica popular que, em dado momento descobriu-se no escuro; sem
discernimento.
O teatro das aparências consegue disfarçar monstros, drogar
neurônios, submeter a razão às paixões a toque de caixas, como fez o PT na
campanha eleitoral, por exemplo. Aécio dizia que o cenário demandava medidas
amargas; acusavam-no de querer aumentar os juros, tarifas, combustíveis, uma
vez que, ele seria candidato do ricos.
Pois bem, passados dez dias das eleições
o PT fez tudo isso que acusava ao adversário de intentar; incendiou as paixões
de seus seguidores que votaram “venceram” comemoraram e foram dormir.
Na verdade,
estavam assim já, pois, quem os lidera lança mão de trevas, em lugar de luz. Trevas
até podem despertar paixões, diverso da luz que dá azo ao entendimento.
Sócrates,
o grego, depreciava cabalmente aos sofistas, a antítese dos filósofos. Esses
laboravam para iluminar, produzir ciência; aqueles, para convencer, produzir
crença. Assim, se aos filósofos interessava nada menos que a verdade, aos
sofistas bastava a verossimilhança, obreira do engano. Com armas assim, a
campanha do PT convenceu aos seus.
Apesar das acusações dos céticos, Deus nunca
desejou que crêssemos sem entendimento; antes, exortou que buscássemos; ordenou
que os apóstolos fizessem discípulos, ensinassem; e denunciou uma geração que
pereceu por omissa nisso. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o
conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os
4; 6
O Criador permitiu que nossos
crânios tivessem cérebros porque quer que os usemos. Que busquemos luz. Claro
que a Luz do Cristão não é uma coisa vaga, sem objeto, mera destreza
intelectual; antes, conhecimento de Deus, Seu Ser, Sua Vontade, expressos em
Sua Palavra. “ Lâmpada para os meus pés
é tua palavra, luz para o meu caminho.” Sal 119; 105
O Eterno é Ético, Educado,
Coerente; Nunca viola a vontade humana. Alguém já ouviu falar de “possessão
pelo Espírito Santo?” Não. Todavia, possessão maligna é comum como uso do til
em João.
O que o espírito maligno faz com almas ímpias, os sofistas fazem com
uma das faculdades da alma, a mente. Tomam à força. Feito isso, as outras
faculdades, emoção e vontade, facilmente sucumbem; assim, as vítimas do engano
em certo grau são “possessos” também. Se, não por um espírito mau, por
predicados, ensinos de origem má.
Quanto ao Espírito de Deus, somente após a
livre anuência dos que ouvem a Boa Nova, passa a residir nos Salvos; ainda
assim, respeita as escolhas humanas, mesmo que possa se entristecer. “...depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; tendo nele também crido,
fostes selados com o Espírito Santo...” Ef 1; 13
Vem para auxílio, mas, delega ao ser humano as escolhas; ainda, Paulo aconselha: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual
estais selados para o dia da redenção.” Ef 4; 30
Assim, o trabalho do Espírito
Santo é ampliar nosso entendimento sobre o que Cristo Fez, auxiliar-nos; se
cooperarmos, nos aperfeiçoará: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele
que em vós começou a boa obra aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1; 6
A luz espiritual é progressiva na senda dos que escolhem a justiça; “a vereda
dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito.” Prov 4; 18
Diversa da luz natural que faculta ver sem compromisso, a
espiritual requer andar conforme. “se
andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, o
sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1; 7
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