sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Os escravos


“Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, o que controla seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Um dos aspectos do “Fruto do Espírito” é domínio próprio. Na Antiga Aliança, o agir do Espírito Santo era mais estrito; Sua operação não era tão conhecida. Invés de um fruto espiritual, certa atitude era valorada como uma escolha filosófica pelo melhor.

O domínio sobre outrem foi posto como indesejável, enquanto, o que regia a própria vontade era quem escolhia a virtude. Do poder sobre outrem, foi dito: “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro, para desgraça sua.” Ecl 8;9

Infelizmente isso sempre aconteceu. Os egípcios dominaram mais de quatro séculos, nos últimos tempos, escravizaram aos hebreus. Quando da Divina intervenção, a libertação do povo e as dez pragas, restou um país arrasado, como punição. Os Babilônios escravizaram ao mesmo povo por setenta anos; depois, foram subjugados pelos medos e persas. Em geral, quem plantou opressão, acabou colhendo os devidos frutos.

A escravidão sempre foi um flagelo, com males para ambos os lados. Os escravos, por razões óbvias, não carecemos descrever suas dores. Os escravistas, inda que pudessem fruir aqui, frutos da sua perversidade, diante de Deus, os que não foram justiçados, lá o serão. “Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; em alguns manifestam-se depois.” I Tim 5;24

Essa vergonhosa chaga também nos maculou. Felizmente, nos dias atuais, já não há espaço. Um ou outro incidente, pontual, acaba punido pela lei, se descoberto.

Por interesses ideológicos, muitos fundiram a escravatura ao racismo, como se fossem, necessariamente, frutos do mesmo baraço. Inclusive, movimentos antirracismo, chegaram a pleitear a remoção de certa frase do hino riograndense, pois, seria racista. “Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.” Diz.

Pelo menos três objeções me ocorrem, à ideia de alterarmos a letra do nosso consagrado hino. a) a escravidão não aconteceu somente em prejuízo dos negros. Vimos dois exemplos dos judeus; nepaleses sob domínio chinês, hindus de castas inferiores submissos às “superiores”, hititas, cananeus, sob o domínio dos hebreus, foram escravos, povos dominados pelos romanos, mongóis, também; etc.

b) os países que abasteciam aos navios negreiros eram governados por negros, com populações majoritariamente negras. Assim, como vendiam seus concidadãos aos escravistas brancos de outras nações, eram também culpados pela nefasta prática;

c) por fim, se a antítese da virtude é a escravidão, por certo, o autor não tencionava atingir à que tolhe a soberania e castra direitos civis. A escravidão da qual a virtude liberta é a dos vícios. Seja o escravo, quem for.

Há escravos da pornografia, mentira, lascívia, corrupção, do amor ao dinheiro, dos jogos de azar, das drogas, etc. Entre todas as cores e raças. O que é a conversão desejada pelo Salvador, Jesus Cristo, senão, uma libertação desse feitor impiedoso, o pecado?

Paulo ilustrou como esse tirano domina: “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero, não faço, mas o que aborreço, faço. Se faço o que não quero, consinto com a Lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17

Nossa inclinação natural precisa ser mortificada, e carecemos de uma injeção que nos “turbine”, para deixarmos a avenida costumeira da rebelião, (Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser. Rom 8;7) e sermos capacitados a abraçar a virtude em Cristo, como novo modo de vida. “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Não é algo que ganhamos pronto, pré-fabricado; antes, somos potencializados, com a regeneração espiritual, e chamados às escolhas que se coadunam com a necessária santificação.

Paulo esmiúça: “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente; vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Por isso deixai a mentira, falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos, mas, não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira. Não deis lugar ao diabo.” Ef 4;22 a 27 etc.

Em Cristo nossa virtude não é estritamente nossa; foi nos dada a bendita “chave” que abre nossas “algemas”; cada tentação é uma oportunidade. De liberdade, ou escravidão. Então é vero o dito: “Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.”

Haters de Deus


“Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco; como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir O Deus Vivo e Verdadeiro.” I Tess 1;9

Igrejas da Acaia e Macedônia, tomavam como exemplo a mudança radical ocorrida em Tessalônica, desde quando, pela ministração de Paulo, os tessalonicenses abraçaram à fé.

Uma conversão coletiva, enseja mudanças profundas numa comunidade. Naquele caso, “... dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus Vivo e Verdadeiro.”

Toda a escolha encerra perdas. Suponhamos que alguém deva tomar para si um algarismo favorito de zero a nove: Ao dizer sim, ao de sua predileção, automaticamente disse não, os demais. Nas coisas do coração, quando se decide casar, a opção por um cônjuge, traz anexa a rejeição de todos as demais possibilidades, eventuais pretendentes.

De igual modo, a fé. Embora, a palavra da moda seja ecumenismo, todos deveriam se unir, mesmo, cada um preservando seu modo de crer, no tocante ao “Deus Vivo e Verdadeiro”, essa escolha exclui a todas as demais. Senão, O Todo Poderoso, Criador dos Céus e da Terra, seria do mesmo calibre que qualquer fantoche de humana feitura.

Em Tessalônica, cultuavam a ídolos, coisas derivadas das mãos humanas. O Eterno diz: “Eu sou O Senhor; este é O Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8 “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20 etc.

Sempre aparece um sofista a dizer que, não adora imagens, apenas venera; para defender que são como a fotos de um parente falecido; pior: Os que pegam incidentes onde, Deus mandou fazer imagem de dois querubins, ou, uma serpente de metal, como se isso legitimasse à idolatria.

Venerar e adorar são sinônimos; os tais cultuam imagens, lhes fazem procissões, coisas que não fazem ao Deus Vivo; dirigem orações às coisas mortas, como elas pudessem ouvir, e em todos os lugares, como se fossem onipresentes. Quanto à fotografia de um ente querido, ninguém faz orações, nem lhe fala, como se, o falecido inda vivesse; ninguém, psicologicamente sadio, ao menos.

Por ter, O Criador ordenado a confecção de certas imagens, derivar disso uma “permissão” tipo, se Deus pode, eu também posso, bastaria olhar para o que está criado, e pensar se também pode, antes da estupidez de pretender ter as mesmas prerrogativas.

Se o Eterno ordena a fazer algo para si, é a obediência que convém ao servo prudente. Quanto ao tema, porém, foi categórico: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, O Senhor teu Deus, Sou Deus Zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que Me odeiam.” Ex 20;4 e 5

Diferente do que possa pensar um incauto, a confecção de imagens proibidas não é uma forma de “enriquecer a fé”, tampouco, incrementar ou facilitar a adoração; antes, deriva de odiar ao Senhor.

Ninguém assumirá isso abertamente. “Aquele que odeia dissimula com seus lábios, mas no seu íntimo encobre o engano;” Prov 26;24 O mestre dos sofistas, que cega entendimentos dos incrédulos, Satanás, sempre prepara uma desculpa piedosa para que a desobediência, camuflada com tais vestes, não se mostre como é.

O amor a Deus não se manifesta com lisonjas, antes, com obediência à Sua Palavra; “Se Me amais, guardai os Meus mandamentos.” Jo 14;15 “Aquele que tem Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; aquele que Me ama será amado de Meu Pai; Eu o amarei, e Me manifestarei a ele.” Jo 14;21

Os reféns da Mentira, os “haters” de Deus, conseguem a proeza de sê-lo, fingindo servi-lo. Quem ama a Deus deveras, se incomoda com tudo o que contraia ao Espírito Santo, que nele está. “Pois o zelo da Tua casa me devorou, as afrontas dos que Te afrontam caíram sobre mim.” Sal 69;9

Quem se pretende, servo do Deus Vivo, mas, ao ver seu Senhor profanado, não arde em zelo, nem peleja em defesa da justiça e da verdade, não passa de um idiota útil da oposição, pela cegueira na qual erra.

A conversão salta aos olhos, pela mudança radical que enseja, como ocorreu em Tessalônica. Os que “servem a Deus”, mas ninguém sabe, não exibem sinais notórios disso, lograram a proeza de esconder algo que, O Salvador disse ser impossível: “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte...” Mat 5;14

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Os sábios


“Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em entendimento.” Prov 9;9

O paralelismo sinonímico é uma característica da poesia hebraica. Onde, uma sentença esposa uma ideia, depois, reitera-a com outras palavras.

É o caso do provérbio supra. “Dá instrução ao sábio e ele se fará mais sábio", é sinônimo de: “Ensina o justo e ele aumentará em entendimento.”

Não parece contraditório que um sábio careça de ensino, instrução? Existem dois aspectos da sabedoria; o princípio e o contingente. O sábio em princípio é alguém que fez a escolha de lidar com os fatos, mesmo que esses lhe sejam adversos. De índole dócil, ensinável, temente a Deus; inda que, sabendo pouco, é um sábio em princípio, pela abertura da sua alma, que se faz permeável ao Senhor. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento...” Prov 1;7

Na segunda sentença, o “sábio” é chamado de justo; pois, além de aplicado ao aprendizado, o tal, é amigo da probidade, praticante da justiça. Essa qualidade lhe permite admitir suas insipiências, e questionar buscando aprendizado. Tem um lapso a preencher, mais que, uma coroa de latão a ostentar no inglório reino da presunção.

Entretanto, esse espécime é mais notório pela ausência, que, pela incidência em nossos dias, infelizmente. Cada um porta-se como sendo uma obra acabada, que não carece aperfeiçoamento, mandando longe qualquer tentativa de ensino; afinal, o Google lhe “ensina” tudo o que precisa saber. Os demais, que se mantenham distantes; afinal, não pagam suas contas. Se alguém discordar, corrigir, bastará cancelar ao “enxerido.”

Se me dissessem há alguns anos, que, roupas rasgadas seriam moda, dar tapas na cara seria uma competição com grande apelo, que homens lutariam boxe contra mulheres, pela derivação de uma doença ideológica, que escolheríamos nossos “representantes” colocando-os numa rinha, como galos, para vibrar com quem agride mais, eu me recusaria a acreditar que nos tornaríamos tão imbecilizados assim. Contudo, teria que me desculpar com meu hipotético profeta.

Tenho medo dos próximos passos dessa geração melindrosa, refratária ao conhecimento, aos valores e princípios, amoral e imoral. A decadência da espécie foi tida como inevitável, a Salomão: “Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.” Ecl 7;10 Ou seja: A derrocada do “homo sapiens” seria tão esperável à sabedoria, que sequer estranharia sua incidência.

Porém, o aprendizado em si pode ser um cansaço inócuo, dependendo do quê, alguém está aprendendo. Paulo citou as mulheres que se deixavam ludibriar por mestres viciosos; “Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.” II Tim 3;6 e 7

Aprender a verdade deve ser nosso alvo, mesmo que, para tanto careçamos descartar muitas “certezas”, rever posturas, comportamentos, modo de pensar.

O conhecimento da verdade costuma ser um vento contrário nesse mundo de mentiras onde vivemos. Ora, a mentira airosa exibe seu “Ingrêis”, “fake News”; outra, se esconde no eufemismo de “narrativa”, mas, segue sendo a bosta de sempre. 

Podemos facilmente andar a favor do vento, sem necessidade de nos indispormos com “A” ou “B”; mas, ao “vestirmos a roupa da moda”, estaremos traindo a nós mesmos, privando-nos do que é valioso, pela acomodação preguiçosa ao mais fácil.

A recusa em conhecer à verdade é fatal. O Salvador ensinou: “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.’ Jo 8;31 e 32

O problema é que para isso, carecemos uma mudança radical, tanto, que, soa como se nos anulássemos, pela verdade; “... Se alguém quiser vir após Mim, negue a si mesmo, tome sua cruz, e siga-me.” Mc 8;34

A sabedoria de quem confia em Deus, permite “ver” além das aparências, e apostar todas as fichas nas consequências que Ele garante: “Porque aquele que quiser salvar sua vida, perdê-la-á, e quem perder sua vida por amor de Mim, achá-la-á.” Mat 16;25 

Só os sábios de fato, se atrevem a tanto; “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas, falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;” I Cor 2;6 e 7

A sabedoria que Deus lega, diferente do conhecimento que é amoral, tem consórcio com retidão, justiça, como vimos no princípio. “... o Senhor dá sabedoria; da Sua boca é que vem conhecimento e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade;” Prov 2;6 e 7

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Mosaico Papal


Fala do Papa Francisco na Ásia.

“Todas as religiões são um caminho para chegar a Deus. São como línguas diferentes, diversos caminhos para chegarmos lá. Mas Deus é Deus de todos. Se vocês começassem a discutir, a minha religião é mais importante que a tua, é verdadeira e a tua, não; onde isso nos levará? Meu Deus é mais importante que o teu; é sério isso? Há um só Deus e nossa religiões são linguagens, caminhos para levar a Deus. Uns são Sick outros, muçulmanos, outros, hindus e cristãos. São caminhos diferentes. Entendido?”

Entendido e aplaudido foi isso; para protesto, sobretudo, dos católicos, que o Pontífice deveria representar.

Sempre se ensinou que “fora da Igreja Católica não existe salvação.” Agora aparece um Papa “Infalível”, e assegura que todos os caminhos, diversos, antagônicos, levam a Deus. Natural a decepção dos que, têm que lidar com tamanha contradição.

Também discordo da fala, porém, por motivos distintos dos católicos. A Salvação nunca foi atrelada a uma instituição; antes a um relacionamento “A vida eterna é esta: que conheçam, a Ti só, por Único Deus Verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste.” Jo 17;3

A tradição não está em pé de igualdade com A Palavra de Deus; aliás, Jesus censurou aos que, em defesa dela, anulavam à Palavra. “... invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.” Mat 15;6 “... invalidais o mandamento de Deus para guardardes vossa tradição.” Mc 7;9

Assim, quando uma tradição se chocar com A Palavra da Vida, para um vero cristão, não é difícil escolher. Fúteis são as coisas humanas; Pedro “o primeiro Papa” ensinou: “... Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos, antes que a Deus;” Atos 4;19

Invocar “santos” e Maria como mediadores, é uma tradição, que contraria à Palavra: “Porque há Um só Deus, e Um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Chamar ao líder espiritual de pai, (Padre), também é uma tradição espúria. “A ninguém na terra chameis vosso pai, porque Um só é o vosso Pai, o qual está nos Céus.” Mat 23;9

O batismo infantil também é uma tradição avessa À Palavra. Devemos batizar quem crê; não, crianças incapazes para isso; etc.

Não raro, nos acusam que para nós tudo é a Bíblia. Quisera fosse, mas, muitos distorcem, omitem, malversam também. Alguém se dizer evangélico, protestante, não é sinônimo de ortodoxia, infelizmente.

Mas, quem leva devidamente a sério sua vocação em Cristo, não ousa fora dos limites estabelecidos. “Toda A Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Não de agora, quando vemos a coisa acontecendo aos nossos olhos, mas, há muito, os que conhecem e se baseiam na Palavra de Deus, como diretriz da vida, vêm alertando que chegará a ditadura da religião única, onde todas as crenças serão validadas, exceto, a Sã Doutrina de Cristo.

Esse levante contra O Ungido do Senhor está expresso: “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra o Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;1 a 3

Cristo É Categórico: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e a Vida; ninguém vem a Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6 

Para o Papa Papudo, animistas, falicistas, hinduístas, budistas, islâmicos, etc. estão todos certos, todos no caminho. (?)

Deus é Um só, dizem os sofistas. Pois, não apenas Deus, há mais coisas que são ímpares, e devemos considerar: “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus, Pai de todos, o qual é sobre todos, por todos e em todos vós.” Ef 4;4 a 6

Ou regressamos a Ele nos Seus termos, ou nunca o faremos. Quem ensina diferente disso é assassino e pilantra.

A mega igreja global se estabelecerá e governará por uns dias. A intimidade com Deus prescreve que nos separemos do que é profano, invés de nos unirmos.

Ao sistema, pouco importa se os católicos estão zelosos pelo catolicismo. Farão o que lhes der na telha, ignorando protestos. Quisera, o zelo daqueles, fosse por Deus e Sua Palavra, não pela instituição e suas tradições.

A Igreja como conheceram acabará; em seu lugar a mega Babilônia global.

Que Deus lhes faça aprender que, o testemunho de salvação vem Dele, não de selos humanos. “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” Rom 8;16

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

A maldição


“Como ao pássaro o vaguear, à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26;2

Alados quando voam, sempre o fazem por algum motivo; buscam alimento, água, construir um ninho, fugir de uma ameaça; aves migratórias entendem quando chega o tempo de partir. Enfim, o voo das tais, sempre tem uma causa.

Mas qual seria a causa da maldição? Antes de vermos isso, é necessário fazer distinção entre dois tipos de maldição. A que é proferida pelos lábios de alguém contra outrem, e a oriunda de Deus.

No que tange aos nossos lábios, somos ensinados a não incorrer nisso, sob pena de culpa. “Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, não amaldiçoeis.” Rom 12;14 Afinal, O Salvador dissera: “Como quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei também.” Luc 6;31

Como não queremos ser amaldiçoados, que não sejamos amaldiçoadores também. Pois, amar ao semelhante é um mandamento. Não significa que devamos ser lisonjeiros com ele, gostar na marra, da sua companhia, tampouco, concordar com tudo o que ele faz; sendo nós justos, lenientes ante eventual falha, verazes e bondosos para com ele, estaremos manifestando um tratamento condizente com o amor que deve fazer ao próximo como deseja que aquele faça a si.

Porém, a maldição oriunda de Deus, sempre tem o pecado, a rebeldia, como causa. Quando cometido o primeiro, que ensejou a queda, entre outras coisas O Criador disse: “... Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá...” Gn 3;17 e 18

A primeira maldição acrescentou algo novo à criação. Espinhos e cardos. Desde então, a coisa só fez crescer. O pecado tornou o homem filho de Satanás, Jo 8;44; e a progressão da maldade por todas as partes também arrastou consigo as inevitáveis consequências; “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24.5 e 6

A Lei de Deus amaldiçoava a quem não a cumprisse cabalmente, coisa que nenhum ser humano consegue; “Todos aqueles, pois, que são das obras da Lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei, para fazê-las.” Gál 3;10

Por isso nossa urgente necessidade de Jesus Cristo; “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, para que, pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.” Gál 3;13 e 14 O Salvador recebeu em Si, a maldição que caberia a nós, para que Nele, fôssemos abençoados.

Os que tentam fundir Cristo com a Lei de Moisés, exigindo a guarda do sábado, por exemplo, precisam ver mais detalhadamente o que era requerido nesse dia.

“Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado.” Ex 35.3 “... cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia.” Ex 16;29 Não cumprir cabalmente à Lei trazia maldição. Por isso, quem se abriga nela, acaba se apartando de Cristo que remiu quem crê. “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela Lei; da Graça tendes caído.” Gál 5;4

Deve significar algo, a última palavra do Antigo Testamento ser “maldição”; o primeiro ensino do Mestre, na Nova Aliança, começar com “Bem aventurado”; Mat 5;3 e, o último verso da Palavra, uma bênção rogando a Graça de Cristo. Apoc 22;21

Espinhos não faziam parte da criação, nem o pecado estava no Divino propósito. Fomos abençoados pela fé no Salvador, “... os que são da fé são benditos com o crente Abraão.” Gl; 3;9 Nossos “espinhos” foram tirados pelo perdão.

Tenhamos cuidado pois, para nos portarmos de modo a nos mantermos no lugar onde O Eterno ordena vida e bênção. “Porque assim diz o Senhor aos homens de Judá e a Jerusalém: Preparai para vós o campo de lavoura, não semeeis entre espinhos.” Jr 4;3

Desde outrora, Deus tem chamado o homem às melhores escolhas. “Céus e Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à Sua Voz, e achegando-te a Ele; pois Ele é a tua vida e o prolongamento dos teus dias...” Deut 30;19;20
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domingo, 15 de setembro de 2024

O que ler?


“Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.” I Tim 4;13

Recebi de um amigo que me honra lendo meus textos, o pedido de indicação de leituras relevantes.

Pensei um pouco, mais um pouco, algumas dezenas de títulos se deixaram fotografar na parede da memória. Mesmo assim, não me atrevi a recomendar nenhum. Uma série de “efeitos colaterais” me assustaram.

Já aconteceu de alguém me indicar algo “imperdível;” eu ler sem ter me empolgado. Certamente, coisas que indiquei também passaram pelo mesmo crivo, decepção.

Por que isso acontece? Porque temos necessidades e paladares diferentes, e estamos em estágios distintos em nossa escalada de aprendizado. Assim, nem sempre o que soa aprazível a um, tem o mesmo resultado a outro.

Podemos ainda, diferir sobre o que buscamos, quando lemos. Em se tratando de teor espiritual, nenhum cristão colocará nada no lugar da Palavra de Deus. Além da teologia, para a devida interpretação, bons autores, como Charles H. Mackintosh, Charles Spurgeon, Don Richardson que seu espetacular “O Fator Melquisedeque”, algo sobre os puritanos, Dave Hant, com “A sedução do Cristianismo” e “Escapando da Sedução”, foram leituras que me fizeram bem.

A Palavra coloca um conselho sobre a busca da sabedoria: “Examinai tudo. Retende o bem.” I Tess 5;21

Assim, o fato de alguém ser Arminiano, não deve tolher que leia bons autores Calvinistas, e vice-versa. Eu sou cristão, entretanto, li o “Alcorão” mais de uma vez; “o Livro de Mórmon”, “O Grande Conflito”, alguns títulos espíritas, livros de psicologia, e muitos de filosofia. Qual o proveito? Não sei. Mas, na pior das hipóteses, um livro com teor que descremos, enriquece nosso vocabulário, permite conhecer os motivos de quem crê diferente, nos qualificando a argumentar com conhecimento, quando falarmos com um desses.

Quem gosta de sensibilidade apurada e linguagem poética, Antoine de Saint Exupèry, com a “Terra dos Homens” e “O pequeno Príncipe”, embora não tenham teor espiritual, mostram profunda habilidade na leitura da alma humana, e grande riqueza poética no modo como isso é expresso.

Se outrem desejar aprender com certo humor, “O Elogio da Loucura” de Erasmo de Roterdã é um achado. Na filosofia, “O Livre Arbítrio” de Artur Schopenhauer me ajudou. Os diálogos de Platão, Górgias, Teeteto, A República, Sofista, Fédon etc. também têm seu valor. Não significa que concordo, necessariamente, com tudo que está exposto lá. Na receita aquela do “examinai tudo e retende o bem”, devemos ser cuidadosos. Se, no método argumentativo a dialética é admirável, no teor, nem sempre o que se lê nos soa digno, probo.

Li “O Mundo de Sofia” de Jostein Garden; é uma espécie de sumário da história da Filosofia, desde os pré-socráticos, até meados do século XX. O autor não esposa nenhuma visão, apenas, menciona cada uma expondo o que essa defendia, em linhas gerais.

A busca da sabedoria deve ter a avidez de um garimpo, segundo o mais sábio entre os homens, Salomão. “Se clamares por conhecimento, por inteligência alçares tua voz, se como a prata a buscares, como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá sabedoria; da Sua Boca é que vem o conhecimento e entendimento.” Prov 2;3 a 6

Já ouvi pregadores com sua exagerada ênfase no “poder”, baixando a lenha em outros que citam filósofos em suas mensagens. Ora, quando a citação serve para enfatizar uma verdade bíblica, como a aversão à luz ensinada por Cristo em João Cap 3; 19 a 21 Foi Platão que disse: “Trágico não é a criança com medo do escuro; antes, os adultos com medo da luz.” Qual problema citar algo assim?

Paulo menciona o cretense Epimênides na carta a Tito. Tt 1;12 Pediu certa vez: “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo e os livros, principalmente, os pergaminhos.” II Tim 4;13

Portanto, querido irmão, perdoe-me se não me atrevo a prescrever esse ou aquele livro. Talvez, o maior trunfo de um autodidata, (Um idiota por conta própria, como definiu o Quintana) seja ele não receber “nada” em troca de seus estudos.

Difere de quem busca se formar por um diploma, e um labor naquilo que se habilitou que permita ganhar a vida; natural e honesto, isso. Quem busca ao conhecimento “apenas” por ele mesmo, tem melhores chances de apreciá-lo em seu real valor.

Se, por um lado, tudo recebemos do Senhor; Ele nos capacita ao aprendizado; por outro, nossas escolhas terão consequências. Foi a um que desde criança estudava, que foi dito: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade.” II Tim 2;15

Pablo Marçal


“O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

Vendo parte de uma “entrevista” do candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, uma “jornalista” queixou-se que ele respondera uma pergunta com outra; ele se defendeu: “Isso é um princípio de sabedoria.”

Destaquei a palavra entrevista, e seus agentes, jornalistas, entre aspas, pelo triste fato que, grande parte de nossa imprensa, escrita, televisada e falada deixou de fazer jornalismo há muito, e passou a fazer militância política.

Se, o inquirido é daqueles pelos quais militam, são dóceis, servis, só fazem questionamentos ensaiados, sem nenhum risco de constrangimento; todavia, quando é um desafeto assentado entre eles, a mesma planta que antes exalara perfume se torna “carnívora” e tudo faz para devorar, a quem deveriam apenas questionar e deixar responder como aprouvesse.

Assim, ser o entrevistado, arredio, é compreensível. Sua agressividade e má vontade é um recurso de legítima defesa.

Não estou no rol dos admiradores de Marçal, malgrado, tenha tripudiado, nos debates com os demais concorrentes e com a imprensa que, invés de inquirir, de certa forma, debate também. Torço que ele vença por duas razões: Seus concorrentes são muito ruins; e ele defende valores de direita, com os quais me identifico, só isso.

O sujeito tem rapidez de raciocínio, boa gama de informações, célere trânsito no mundo virtual, negócios, e habilidade retórica notável. Contudo, essas qualidades não bastam para forjar a integridade. Certamente servem para os embates nos quais ele está envolvido; mas, nem tudo na vida é uma questão de velocidade, nem acúmulo de bens.

A rapidez na arte de falar costuma ensejar alguns acidentes. “Não te precipites com tua boca, nem teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos Céus, tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras. Porque da muita ocupação vêm os sonhos, a voz do tolo, da multidão das palavras.” Ecl 5;2 e 3

Assim, voltando ao começo, princípio de sabedoria é o “Temor do Senhor.” Responder perguntando é redarguir, coisa que qualquer beócio consegue.

Infelizmente, em muitas palestras que ele deu na ocupação de coach, foi flagrado em grotescas mentiras, e, manipulação de eventuais “assistidos” descontentes com a contrapartida dele, pelo alto valor cobrado.

A arte de fazer as coisas acontecerem é melhor que a inércia; entretanto, o ativismo em si é amoral. A vera sabedoria, além de dominar o “como” fazer, requer a integridade de um “porquê?”

Nesse prisma de um viver alinhado ao Divino propósito, a cultura, a versatilidade retórica, a rapidez de locomoção ou raciocínio não contam. “Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha; tampouco, dos sábios o pão, ou, dos prudentes as riquezas, nem, dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos.” Ecl 9;11

Os que temem Ao Senhor, o bastante para adotarem como normas de vida, os Divinos Ensinamentos, por simples e incultos que sejam, são sábios pelo valor da escolha que fazem.

Não é problema o sujeito ter determinados predicados; entretanto, não deve confiar neles nem os considerar como substitutos de Cristo, como fez Paulo que tinha vasta cultura. “Na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.” Fp 3;8

Submetidos ao Senhor, de onde os mesmos vieram, os dons se tornam bênçãos, como os de Paulo que, o capacitaram a escrever grande parte do Novo Testamento.

Nos dias de Sócrates, os sofistas, hábeis na retórica e descompromissados morais, eram desprezados pelos filósofos. Esses buscavam pela verdade, mesmo que, eventualmente estivesse em domínios alheios; aqueles, prevalecer num debate, ainda que, para tanto, usassem a mentira. Eram obreiros amorais aptos a produzir crença sem ciência, apenas.

Nós outros, decorridos 2500 anos, estaríamos no mesmo lugar; a apreciar a loquacidade vazia, onde deveríamos buscar pela verdade.

Há porções de saber ao alcance, no âmbito experimental, como esposavam os empiristas; outras, acessíveis apenas no escopo racional, como defendiam os racionalistas; mas, nada, por esse método ou aquele, deve desafinar das diretrizes espirituais legadas pelo Senhor, sob pena de confundirmos o ouro de tolos, com o nobre metal.

Alguns séculos antes de Sócrates, Jeremias já dissera: “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir seus passos.” Jr 10;23

A vida real não é tão administrável, quanto, a virtual. Num debate, basta ser mais veloz. Mas, como dizia Joelmir Betting, “Na prática, a teoria é outra.”

sábado, 14 de setembro de 2024

A nova Lei


“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;2

Paulo está dizendo que uma Lei libertadora nos tirou das garras de outra, mortal. Mudança necessária, tendo, a relação do homem com Deus progredido do sacerdócio levítico para outro, superior. “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança da lei.” Heb 7;12

Não se trata de algum “aperfeiçoamento”, como se, O que É Perfeito em Sabedoria, tivesse criado algo rudimentar, tosco, e vendo a inutilidade, refizesse num molde melhor. Paulo ensina: “... a Lei é Santa, o mandamento santo, justo e bom.” Rom 7;12

O propósito da Lei nunca foi salvar. Visava expor nossa pecaminosidade, necessidade de salvação. Assim, “... vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. O mandamento que era para vida, achei que era para morte.” Rom 7;9 e 10 Nesse sentido, a letra mata; os Divinos mandamentos evidenciam nossa culpa e nos fazem réus de morte; em Cristo, fomos chamados a “... um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, o espírito vivifica.” II Cro 3;6

Eis, o Divino propósito na Lei! “... a Lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

Mandamentos sobre amar a Deus, ao próximo, e honrar aos pais não perderam vigência. A “Lei do Espírito de Vida” foi além do “cumprimento” exterior; propiciou tratamento das causas.

A purificação do Salvador excede em muito aos corpos, regenera consciências. “Porque, se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

O sábado, além de um testemunho sobre, ao qual Deus, serviam os Hebreus, era um cuidado amoroso com a saúde humana. “... o sábado foi feito por causa do homem...” transgredi-lo era grave como a outro mandado qualquer. Cristo diz que “... É lícito fazer bem nos sábados.” Mat 12;12

A observância da lei como meio de salvação, desvia da Graça em Cristo, por pretender colocar a “justiça” humana, onde só a Divina é suficiente; quem assim faz, invés de obediência, manifesta rebeldia; “Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, procurando estabelecer a própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.” Rom 10;3 a insubmissão é característica da carne; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7

Se Deus mudou algo que Ele mesmo estabeleceu, para um patamar superior, não nos cabe questionar; apenas, obedecer. A recusa implica em nova queda. “Separados estais de Cristo, vós que vos justificais pela Lei; da graça tendes caído.” Gál 5;4

Quem rejeita ao Senhor, porque teria algo melhor, Moisés, carece entender bem o lugar de cada um; “Porque Ele é tido por digno de tanto maior glória que Moisés, quanto maior honra que a casa tem aquele que a edificou.” Heb 3;3

Não apenas num dia da semana, mas em todo o tempo, devemos andar em Espírito, em submissão ao Espírito Santo que O Salvador enviou para nos conduzir; Ele a todo momento selará suas diretrizes em nosso espírito, seja o dia da semana, que for. Se assim fizermos, “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1

A não observância do sábado não é uma facilitação das coisas para nós; antes, deriva da nossa compreensão do propósito Divino, que requer de nós coisas ainda melhores. A Lei continua valendo; por Ela Deus julgará o mundo. Mas os que recebem a Cristo, “morrem” para ela e renascem para outra, superior. “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” Rom 7;4

Alguém quer descansar no sábado, qual o problema? “Um faz diferença entre dia e dia, outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.” Rom 14;5

Apenas não convertam isso em “Selo de Deus”, porque não é, nem o domingo em “marca da besta”, que é igualmente, tolo.

O Selo de Deus é O Espírito Santo; “Não entristeçais O Espírito Santo de Deus, no qual estais selados...” Ef 4;30 a marca, um código de acesso ao sistema global, onde estará o dinheiro digital.

Quem andar em espírito, pelo Espírito terá livramento oportuno.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

O escudo da dúvida


“No amor não há temor, antes, o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

Sempre tivemos como antídoto ao medo, coragem. No entanto, o verso supra esposa que o perfeito amor basta para lançar fora o medo; como? Deve haver alguma razão para as centenas de “não temas” e similares, da Palavra de Deus.

Talvez, não tenhamos conseguido ainda avaliar devidamente, a força do amor. Paulo mencionou um hipotético ato de bravura, que, seria inútil sem esse sentimento; “... ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” I Cor 13;3 Necessário que o amor seja maior que a coragem, pois.

O Salvador disse: “Onde estiver vosso coração, aí estará vosso tesouro”; o que mais alto valoramos, o que mais amamos, mais tememos perder; por quê? Certamente por padecermos de um amor imperfeito, rasteiro, que se apega a coisas, posições efêmeras, mais que às eternas.

O Sinédrio condenou Jesus à morte por medo de perder sua posição. Barjesus o mago, falso profeta, resistia à mensagem de Paulo, temendo perder sua influência na casa do procônsul, Sérgio Paulo. Ver Atos 13, 6 a 10.

Muitos líderes de sinagogas, quando a mensagem do Evangelho crescia entre eles, com aceitação popular, também se excitavam pelo mesmo medo. “No sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a Palavra de Deus. Então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava.” Atos 13;44 e 45 etc.

Se o temor traz consigo a pena, implica que os que amam de modo imperfeito sabem disso; mas, preferem um “amor” adoecido de resultados imediatos, em prol do seu comodismo, que, o perfeito amor, o qual, permite que a própria vida seja ceifada, quando for o caso, mas não se permite amar diferente do que O Eterno ensinou. “... Amarás O Senhor teu Deus de todo teu coração, toda tua alma e todo teu pensamento.” Mat 22;37

Jó, no auge da dor recusou a duvidar de Deus; “Ainda que Ele me mate, Nele esperarei; contudo, meus caminhos defenderei diante Dele.” Jó 13;15

Ou, os jovens ameaçados com a fornalha de fogo em Babilônia, por se recusarem a uma adoração idólatra; desafiados pelo rei, responderam: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. Se, não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Dn 3;17 e 18

Esse “se, não”, é o mais bonito da declaração de fé dos jovens hebreus. Diferente da presunção a esposar que Deus fará algo apenas porque eu creio, a fé verdadeira deixa um “se, não”, uma porta aberta à Divina Soberania, que, pode fazer diverso do que espero, sem por isso, deixar de ser Sábia, ou Amorosa. O perfeito amor confia em quem ama, não nos próprios anseios, nos quais, o amor egoísta e enfermo, costuma ancorar.

A fé sadia tem melhores Objetos, que, objetivos. “... credes em Deus, crede também em Mim.” Jo 14;1

Se, acredito que Deus É Eterno; que seguindo-o e obedecendo-o, recebo vida eterna, por que me agarraria com força a essa vida, como se ela fosse tudo o que tenho? Caso o fizesse, negaria minha fé agindo na contramão. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Tiago ensina: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, também a fé, sem obras é morta.” Tg 2;26

Em alguns casos, as “obras” da fé são passivas. Fazer caridade ao próximo, porque O Amor de Cristo requer, anunciar a salvação, são situações ativas. Padecer incompreensões, perseguições, decepções, sem descrer em Quem cremos, não. Nesses casos, a fé atua em consórcio com alguém inda maior que ela; o amor. “Agora, pois, permanecem fé, esperança e amor; estes três, mas o maior destes é o amor.” I Cor 13;13

Afinal, fé é uma “criatura”; Jesus É “... autor e consumador da fé...” Heb 12;2 O Amor permeia O Divino Ser; “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus É Amor.” I Jo 4;8

Os que se dão a comportamentos opostos ao Divino querer, escudados no, “Deus É Amor”, manifestam de modo oblíquo o egoísmo, amando aos próprios anseios, mais que, aos do Eterno. Seus “escudos” testificam de seus medos.

O amor não carece escudos; seu alvo está fora de si; “O amor... não se porta com indecência, não busca seus interesses...” I Cor 13;5

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Vencedores


“... Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da Árvore da Vida, que está no meio do Paraíso de Deus.” Ap 2;7

Vencer, em geral não é devidamente entendido. Se alguém teve um pretérito de privações, e, de repente, por alguma contingência for guindado a uma situação onde passe a ganhar muito dinheiro, presto dirão que venceu na vida.

Alguns exacerbam na pretensão. Um que, na carência morou numa favela, agora, na fartura sente-se como se representasse a todos daquele lugar. “A favela venceu”. Nesses casos é a falta de noção que triunfa.

Não tem nada a ver com vitória, migrar da necessidade à fartura. As posses são coisas instáveis; tanto um paupérrimo pode galgar alturas, quanto, um abastado ir à falência. Quem jamais viu, ou soube?

As posses facilitam a vida terrena, nada além dela; “Morrendo o homem perverso perece sua esperança, acaba-se a expectação das riquezas.” Prov 11;7

Então, qual deve ser nossa aquisição prioritária? A Sabedoria diz: “Riquezas e honra estão comigo; assim como os bens duráveis e justiça.” Prov 8;18 A justiça “compra” grandes coisas; “De nada aproveitam, riquezas no dia da ira, mas a justiça livra da morte.” Prov 11;4

A terra costuma corroborar ao que conquista grandes coisas, o Céu, em geral aprova ao que labora por legítimos meios, conquistando coisas, ou, não. “Se alguém milita, não é coroado se não militar legitimamente.” II Tim 2;7

Mesmo numa caminhada meritória, como estava Paulo, por não ter terminado ainda sua jornada, foi comedido; não convém ao homem prudente cantar vitória antes do tempo. “Porque em nada me sinto culpado; - disse - nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é O Senhor.” I Cor 4;4

Prosperar materialmente é a sina natural de todo ser humano; trabalhamos para tanto. Os frutos do trabalho são apenas isso. Quando laboramos vencemos apenas à preguiça.

Muitos vão se perder, atolados em dinheiro, infelizmente, porque viveram como se, amontoar metais fosse o sentido da vida.

Aliás, a primeira credencial para uma vida vitoriosa é entendermos o porquê estamos aqui, qual o fim, o objetivo de nossa existência terrena. Paulo ensina: “De um só sangue (Deus) fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27

Como “matéria-prima” nos é dado um limite de tempo e espaço, como alvo, buscarmos a Deus; parece necessário que, vencem, aqueles que logram esse objetivo.

Cristo veio para ensinar Sua Doutrina, dar Sua Vida em resgate por todos os que se arrependessem; no exato momento que Sua Obra estava sendo completa, bradou: “Está consumado!” Estranha vitória!! Todavia, foi a maior de todas, em todos os tempos. O triunfo do amor ao ódio; conquista da Luz sobre as trevas; vitória da verdade sobre a mentira; superação da morte, pela vida.

O mesmo Paulo que, em meio a uma vida honrosa em Cristo, recusou-se a cantar vitória precipitadamente, quando estava na reta final, convicto do que faria, até o fim, foi ao encontro da morte como quem sobe a um podium. “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual O Senhor, Justo Juiz, me dará naquele dia; não somente a mim, mas também a todos que amarem a Sua vinda.” II Tim 4;6 a 8 Do seu modo disse: Eu venci.

Se vencer na vida fosse ser famoso ou rico, os tais não se suicidariam. Jim Carrey disse: “Eu acho que todo mundo deveria ficar rico, famoso e fazer tudo o que sempre sonhou, para que possa ver que essa não é a resposta.” Ele é rico e famoso, mas parece que, ainda não, vencedor.

O irônico é que ele fez “Bruce Noland” em “O Todo Poderoso” sujeito que queria ser rico e famoso, mas, aprendeu que a simplicidade na vontade Divina é melhor. Talvez, o personagem não tenha conseguido influenciar ao intérprete.

Deus não terá perdedores consigo. No entanto, a vitória que conta, deveras, tem a ver com frutos espirituais, não com impérios que caem, nem com renome que é produto da idolatria e ignorância dos derrotados.

Não dar a coisas fúteis a relevância que elas não têm, é já um bom começo para sermos vencedores. “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; esta é a vitória que vence o mundo, nossa fé.” I Jo 5;4

Sem contaminação


“... maus pensamentos, adultérios, fornicações, homicídios, furtos, avareza, maldades, engano, dissolução, inveja, blasfêmia, soberba, loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.” Mc 7;21 a 23

Parece estranha essa abordagem. A ideia de contaminar é contagiar, infectar, transmitir, infeccionar... geralmente, quando alguém portador de uma moléstia entra em contato com outro, saudável, dependendo da natureza do mal, se, contagioso, passará de um a outro. Em alguns casos, o uso de máscaras até se faz necessário, temendo a transmissão de enfermidades.

Ageu apresentou uma nuance de contaminação das coisas santas ao contacto com as profanas. “Se alguém que for contaminado pelo contato com o corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? Os sacerdotes responderam, dizendo: Ficará imunda.” Ag 2;7

Em linhas gerais, a contaminação se dá por contágio externo. Entretanto, O Salvador alistou mais de uma dúzia de vícios, que estariam no coração do homem, com o potencial para contaminá-lo. Como assim? Se a coisa já está em nós, não estamos contaminados?

Tiago fez distinção entre o pecado potencial, nossa inclinação, e o atual, aquele que praticamos; nossa natureza é toda, pecado potencial; somos inclinados à desobediência como versou Paulo: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Trazemos em nós a má inclinação latente; porém, só será punida se, praticada. “... cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tg 1;14 e 15 

Notemos que antes de ser praticado o pecado é “dado à luz”; a consciência “escaneia” nosso desejo e o valora, antes de lançarmos mão a ele. Se consumarmos o anseio, ceifaremos as consequências.

Sendo nossos corações o nascedouro das nossas atitudes, ali devemos evitar a escolha, ou aprovação das coisas contagiosas; “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23

O Senhor prometeu e cumpriu, a dádiva de um novo coração mediante Sua Palavra e Espírito; “dar-vos-ei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito, e farei que andeis nos Meus estatutos, guardeis os Meus juízos e os observeis.” Ez 36;26 e 27

Todo aquele que recebe a Jesus Cristo, ganha esse novo coração, também, conhecido por, nascer do Espírito, ou, novo nascimento. Assim, cada convertido passa a ter duas naturezas. “O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3;6

Se, a natureza carnal, como a porca a se espojar na lama, tem na desobediência seu prazer, o homem espiritual, nascido de novo, encontra seu deleite em Deus, não, no pecado. “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque Sua semente permanece nele; não pode pecar, porque é nascido de Deus.” I Jo 3;9

Desse modo, não precisamos de um contacto externo, para nos contaminarmos, pois, o potencial para cometer toda sorte de pecados já está em nós. Trazemos todas as “ferramentas” necessárias.

Como nossa “duplicidade” após a regeneração comporta um aspecto limpo, o homem espiritual, esse sempre é contaminado, quando, deixamos à carne as rédeas das nossas ações, invés de seguirmos as diretrizes do Espírito. Daí o conselho: “... Andai em Espírito, não cumprireis a concupiscência da carne.” Gal 5;16

Se, ao homem natural o “volante” é tirado; “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”, o espiritual é posto como mordomo das nossas almas; se andarmos segundo suas diretrizes, nossas ações não incorrerão em contaminação.

Nossa cruz não é um pequeno adorno pra ostentarmos nos pulsos ou, pescoço; tampouco, o peso circunstancial de nossas vidas, derivado das escolhas pretéritas. Se, alguns dizem disso, esta e a cruz que carrego, a de Cristo que devemos tomar, não é apenas para carregarmos; antes, para sacrificarmos nela, nossas inclinações contagiosas e mortais. “Os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências.” Gál 5;24

Não fomos chamados para fazer boa figura social, quiçá, sendo aplaudidos pelos homens; antes, devemos corresponder ao amor de Cristo, mediante obediência, para sermos habitados pelo Senhor. “... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra, e Meu Pai o amará; viremos para ele, e faremos nele morada.” Jo 14;23

Inevitável que tropecemos, e não andemos o tempo inteiro em espírito. Mas, cada erro deve ensejar um aprendizado e um arrependimento, seguido de mudança rumo à santificação. “... àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.” Sal 50;23

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Separados pra viver


“A vida eterna é esta: que conheçam, a Ti só, por Único Deus Verdadeiro, e Jesus Cristo, a Quem enviaste.” Jo 17;3

Jesus intercedendo pelos Seus discípulos, antes de passar pelo Calvário. A vida, sua Fonte, era o cerne do Ensino do Mestre, o motivo da Sua oração. Quem se ocupa mais com coisas que com a vida, está apenas “coiseando” quando deveria estar vivendo. “Eu vim para que tenhais vida...” Jo 10;10

Os que tentam equacionar poder político com espiritual, pela imposição da quantidade, onde é o nicho da qualidade, têm dificuldade de lidar com esse aspecto, da exclusividade do Salvador, e Deus Pai, como O Único Deus Verdadeiro.

Os ecumenistas liderados pelo Papa Francisco seguem colocando negociatas políticas acima da Palavra de Deus. Vão de um hemisfério ao outro, do Leste ao Oeste, tentando agrupar tudo à força de lei. Ora, todos deveriam escolher livremente, em quê, desejam crer.

A crucificação do Senhor era “desejável”, porque ímpios eram, aqueles que se Lhe opunham; lhes foi possível, porque tinham nas mãos o poder terreno.

Seguem ímpios, mais do que nunca; o poder temporal também lhes sorri; assim, invés de exortarem mediante pregações, para o homem se alinhar ao Divino querer, seguem resilientes no erro, recusando receber o que, pelo Eterno foi mandado através do Seu Filho. A Doutrina Exclusiva da salvação; “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Muito ouvi defensores do ecumenismo, usando um verso desse mesmo capítulo de João, como se o referido arranjo que pinta aos diferentes como iguais, fosse preceituado pelo Salvador em Sua Oração; citam: “... Pai santo, guarda em Teu Nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós.” V 11

O próprio texto, analisado com honestidade intelectual deixa ver a quem se refere; “aqueles que Me deste...” entretanto, caso alguém queira sofismar, dizendo que as nações são herança do Ungido do Senhor, como diz no salmo segundo; As nações são herança Dele como Senhor; as julgará. A intimidade de salvos, é de outro calibre: “Todo o que o Pai Me dá virá a Mim; o que vem a Mim de maneira nenhuma lançarei fora.” Jo 6;37

Ademais, o contexto imediato elimina qualquer sofisma velhaco e esclarece que a oração do Senhor era pelos discípulos; não, pelos adeptos de credos espúrios para que todos se unissem num mosaico espiritual desconexo. “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus.” V 9

A fidelidade a Deus é minoritária, como naqueles dias, em face ao poder político do mundo; de novo, “Cristo” será perseguido e morto, nos pequenos que lhe são fiéis, com os quais, O Salvador se identifica.

O Papa peregrina pelo sudeste asiático, fazendo seu trabalho de aglutinar discrepantes; foi ao maior país muçulmano, a Indonésia, e assinou em Jacarta, um acordo inter-religioso com um Imã, líder islâmico, com acompanhamento de budistas, confucionistas, hinduístas e “protestantes”.

Por que os “protestantes” precisam ser arrolados entre aspas? Porque não são nem sombras dos verdadeiros protestantes, que por sua profissão, “Sola Scriptura”, são avessos a acordos com quaisquer que não tenham o mesmo fundamento doutrinário.

Todos os adjetivos têm sido treinados à exaustão, para colarem em nós, quando, a perseguição aos que se recusarem a se acomodar dentro do balaio de gatos ecumênico, começar; “fundamentalistas, radicais, expoentes de ódio, negacionistas, inimigos da união, intolerantes...” etc.

Como Cristo fez, nos caberá também. Nos mantermos fiéis ao Pai, custe o que custar. “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4

Se quiserem as vidas dos nossos corpos, terão; a força para isso estará ao lado deles. Porém, o poder para coagir nossas almas a acatarem suas espúrias imposições, esse
 eles não têm, nem terão, jamais. “Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará nossos inimigos.” Sal 60;12

Uma coisa que escapa às lideranças políticas é que, não possuem a mínima ingerência sobre nossas escolhas espirituais. A salvação é individual, ninguém responde por mim, quanto a ela, exceto, O Salvador. “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

Assim, pouco me importa qual liderança “protestante” vai assinar o quê, onde, como, ou, quando. Não deleguei a ninguém que faça escolhas que me pertencem, tampouco autorizei que assinem nada em meu nome. Quem quiser vender a alma ao diabo que venda a sua, sob pena de não poder entregar, se tencionar vender outra.

Me uniria àqueles dos quais devo me separar? “Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei;” II Cor 6;17

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Águas sujas


“O ladrão não vem senão a roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida, e tenham com abundância.” Jo 10;10

Motivações opostas entre O Salvador e o ladrão, são diretrizes que permitem identificar a serviço de quem, determinado mestre espiritual, está. “Queres conhecer a motivação de alguém, observe contra o quê, ele está lutando.”

Se luta por difundir a mensagem de vida eterna, ensinada pelo Senhor, de modo idôneo, certamente estaremos diante de um Servo de Cristo. Bem sabemos que muitos mercenários profanam O Santo Nome, pervertem os Ensinos do Mestre, para fins espúrios; por isso, a ressalva que a difusão da Palavra deve ser feita de modo idôneo.

Entretanto, quem labora para ensejar descrença, desestabilizar à fé, perverter a vereda direita, semear cizânia em seara alheia, enlamear a Água Viva; por eloquente que seja sua fala, convincentes os argumentos, alinhada a vestimenta retórica, tais nuances não logram tolher que vejamos um serviçal do ladrão, laborando para furtar nossa salvação.

Basta breve incursão virtual e veremos os defensores da não existência do Jesus histórico; a “interpretação” dos preteristas que afirmam que “tudo” se cumpriu no ano 70; os semeadores de dúvidas quanto à integridade da Palavra de Deus, pois, muitos outros “Evangelhos” teriam sido escritos e foram “proibidos pela Igreja”, etc. (Ora, naqueles dias da igreja infante já existia gente que “postava” coisas semelhantes às que eles fazem hoje. Deveriam figurar, tais coisas, como canônicas?)

Se, nós os que cremos somos ingênuos, e estamos acreditando nas histórias da “carochinha”, qual o problema? Por que não podem nos deixar em paz, como deixam às crianças que creem em Papai Noel? Ou, nossa forma de crer e viver lhes incomoda? Por quê?

Ensinamos o que cremos, tentando fazer cada vez mais compreensíveis os nossos motivos; mas, a ninguém impomos nada. Por que tanta necessidade de desconstruir?

Ainda vertem as falácias Espíritas, onde, ora ensinam que as imperfeições, erros, dores, culpas de uma vida serão pagas numa vida futura; outra, dizem que espíritos que partiram de modo traumático, estão em “colônias espirituais” recebendo tratamento. (?)

Ora, ensinam que as dores que alguém sofre aqui são necessárias, pois estariam purificando “Karmas” de outras vidas; outra, ensinam a fazer caridade para amenizar a dor dos que sofrem; mas, isso não estragaria a “purificação” dos sofredores? Minha caridade não o prejudicaria?

Não estou contrapondo doutrina Bíblica que é cabalmente contrária ao espiritismo, proíbe-o; Ver (Is 8;19, Heb 9;27) etc. Antes, estou evidenciando contradições dentro da própria doutrina deles.

Além disso, agora surgiram os tais EQM. (Experiência de quase morte), onde, supostamente pessoas foram ao outro lado, viram e ouviram coisas lá, e voltam ensinando o que aprenderam. Esforcei meu estômago e escutei três ou quatro narrativas.

Palavras-chave da Doutrina cristã, como Senhor Jesus Cristo, Salvador, pecado, arrependimento, juízo, são mais notáveis pela ausência, que, por eventual menção. Sempre “veem” seres luminosos irradiando paz, amor, que não demandam nada de cunho moral, malgrado, vícios na vida do “quase morto” com qual se comunicam.

Voltam “convertidos” a uma espécie de niilismo espiritual; saem afirmando que do outro lado não tem nada a ver com o que a “Religião” ensinou. Qual religião? Hinduísmo, Budismo, Islamismo, falicismo, animismo, pajelança? Não; o alvo desses é o cristianismo.

Os outros podem ensinar o que quiserem, que ninguém perderá tempo em refutá-los, por quê?
Porque só a doutrina que lega vida, incomoda ao ladrão. Por isso, “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Acaso o Islã, que manda matar “infiéis” foi alguma vez acusado de “discurso de ódio?” Apenas a Luz incomoda às trevas, o resto está tudo dominado por elas.

Esse crescimento exponencial dos que são contra o cristianismo, e os que o corroem de dentro para fora, os infiltrados da “Teologia Liberal”, são o aspecto visível da urgência de Satã, ensinada na Palavra: “Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, com grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apoc 12;12

Quem tem uma função apologética, por dever de ofício carece sofrer algumas coisas dessas, para o devido combate. Mas, quem não precisa, faz bem em passar de largo pelos “ensinos” cujo objetivo é roubar a fé, matar a esperança, destruir a vida de quem for incauto o bastante, para ouvi-los.

Nesse sistema líquido, onde tudo flui com velocidade espantosa, a Água da Vida não vence por ser mais rápida; antes, por bastar para saciar a sede de vida espiritual. “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede...” Jo 14;4

domingo, 8 de setembro de 2024

O lugar do outro


“...Daniel sobrepujou estes presidentes e príncipes; porque nele havia um espírito excelente; o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino. Então os presidentes e príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, não se achava nele nenhum erro nem culpa.” Dn 6;3 e 4

Eventualmente, recorro a Charles Spurgeon que disse: “Uma coisa boa não é boa, fora do seu lugar.” Em teologia, normalmente chamamos ao lugar das coisas, de contexto.

Porém, se o enfoque for filosófico, creio que a mesma realidade se fará necessária, de modo que, certas sentenças geralmente verazes, que comportam um viés relativo, carecem do concurso das coisas com as quais se relacionam, para serem verdadeiras.

Por exemplo, um dito: “Ninguém atira pedras em árvores que não têm frutos”. Isso, não raro, é usado fora do contexto; o que, embora com vestes de pretensa filosofia, caracteriza uma fraude.

Uma pessoa que agiu mal em determinada situação de seu pretérito, se, oportunamente esse mal for denunciado, primeiro, não está sendo apedrejada, antes, tendo que lidar com a realidade; segundo; o motivo, não são supostos frutos produzidos, invés disso, o lapso de algo que poderia e deveria ter sido feito, e não foi. Nesse caso, no lugar que deveria ser ocupado pelas “consequências”, algum farsante coloca as “pedras”. Devemos ter em mente que, as consequências são a crítica do tempo, no que tange às nossas atitudes.

Inegável, entretanto, que o mérito, a capacidade de alguém costuma a atrair mais desafetos que aplausos. Pois, mais facilmente se persegue uma pessoa idônea, capaz, que se denuncia outra que seja o oposto dessa. Como disse o Barão de Itararé, “De onde nada se espera, é que nada vem, mesmo.” Assim, a mediocridade, a irrelevância ceifam mais desprezo que críticas.

No caso de Daniel em Babilônia, não eram seus defeitos que lhe granjeavam adversários, antes, suas qualidades. “... porque nele havia um espírito excelente; o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.” Sabedores do intento real, os que desejavam para si o lugar reservado ao hebreu, o tiveram como inimigo e decidiram que precisavam se livrar dele. Claro que é mais fácil colar defeitos em outrem, que, agir de modo meritório em tempo oportuno.

Até hoje, essa doença psicológica permanece; o erro sempre está no outro; em nós, méritos, qualidades. Como alguém disse, “Reconhecemos um louco sempre que o vemos, nunca, quando o somos.”

Assim, se algum “louco” parecer destinado a um lugar que “merecemos”, natural que usemos de toda e qualquer estratégia para tirá-lo do caminho. Isso, aos olhos do “modus operandi” do homem sem noção, que se acha destinatário dos aplausos do mundo, e remetente das vaias.

Ora, com um mínimo de honestidade intelectual e moral, todos vamos nos descobrir falhos, expoentes de enganos, imperfeitos, carentes de aprendizado em todos os âmbitos. Eventualmente precisamos um “cessar-fogo” em nosso ativismo insano, para cuidar dos feridos que nossa omissão, ou precipitação ensejou.

O lugar do outro é tão sagrado, quanto, o que eventualmente for designado para mim. Se, o rei tem olhos para os méritos de Daniel, não há nada de honesto que eu possa fazer quanto a isso. Entretanto, posso me esforçar para melhorar, desenvolver em meu ser, qualidades que me façam melhor, para que, no lugar que me couber, eu venha a atuar de modo digno. Sei, são devaneios poéticos e filosóficos que a realidade insiste em negar.

Pois, não vige essa moral na terra dos homens, infelizmente. O fisiologismo, o toma lá da cá, faça isso em troca daquilo, é a “escala de valores” de gente que, pela ausência de valor, tem preço.

Nessas épocas em que, pela escolha de governantes, as almas servem espumantes invés do vinho cotidiano, digo, estão efervescentes ao frêmito do que pensam ser suas conveniências, muitas pedras voam, haja frutos nos galhos, ou não.

Mais ou menos durante três anos e meio, o teatro social abre e fecha suas cortinas meio monótono; na última metade de ano, como nas tragédias gregas, muitos personagens precisam morrer; índoles disfarçadas nas profundezas acabam saltitando na superfície. Alguns, tidos por heróis se revelam vilões; decepções assolam, permitindo uma catarse social, entre os que têm olhos um pouco além das paixões.

Os que intentaram matar a Daniel, para tomar o lugar dele, receberam de Deus, o lugar que tencionaram para ele, segundo a reta justiça Divina. Acharam que lhe cabia a cova dos leões, na mesma cova foram lançados.

Por isso, me parece que, o lugar do outro é sagrado; de certa forma, aponta para o meu. “como quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós...” Luc 6;31