domingo, 18 de setembro de 2022

A cura da peste


"Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro...” Tt 1;12 e 13

O que dissera isso se chamava Epimênides. Durante uma grave peste em Atenas ele fora chamado para ajudar.

Chegando a Atenas, disse que não faria mais do mesmo. Sacrifícios tinham sido oferecidos a todos os “deuses” e a peste continuava dizimando vidas.

Deve ser um deus desconhecido que tem poder sobre a vida e que está irado conosco, concluiu. Uma promessa de anistia fora feita a alguns dissidentes, e o juramento não fora cumprido; rendendo-se os tais, invés do perdão prometido, foram mortos; o juramento foi quebrado; então, a peste começou.

O cretense ergueu as mãos ao céu e orou ao desconhecido pedindo que Ele manifestasse que tinha poder sobre as vidas humanas e dos animais; que mostrasse isso fazendo deitarem invés de pastar, as ovelhas soltas pela manhã; aquelas que Ele fizesse deitar-se seriam sacrificadas, para que Ele livrasse a cidade da peste.

Algumas fizeram assim logo que soltas; essas foram oferecidas junto com orações e pedidos de clemência; a peste cessou. Então ergueram aquele altar que Paulo mencionou muitos anos mais tarde; “Ao Deus Desconhecido”. Do livro “O Fator Melquisedeque” de Don Richardson.

História conhecida então; Paulo mencionou o Profeta Cretense, no escrito a Tito.

Mas, surgiu um “Problema” lógico na afirmação do apóstolo. Lembrou que, o próprio profeta dissera que os cretenses eram todos mentirosos; sendo ele também proveniente da referida ilha. Assim, se Epimênides falava a verdade, ele mentia; mas, se mentia, ele não era mentiroso. O chamado “Paradoxo de Epimênides.”

Claro que, com alguma honestidade intelectual a coisa se resolve. Ele não denunciaria as mazelas que ele mesmo praticava, sendo um sujeito decente. Se ele se incomodava com os maus hábitos dos ilhéus, natural se concluir que ele era um “albino” no bando; que ele agia de modo diferente dos demais. Os desprezava por isso. Tanto era diferente dos demais que fora chamado a Atenas na emergência mencionada.

Os caçadores de palavras com cujas “peles” empalham argumentos fajutos sempre existiram. Sócrates tinha calorosos debates com os sofistas que buscavam vencer uma disputa apenas, sem se importar com a verdade. Produzir crença sem ciência, como dizia.

Esses, à narrativa do feito do profeta cretense apresentariam o “Paradoxo”, desqualificariam ao mesmo pelo “lapso lógico” e prosseguiriam airosos e “vencedores”. A falta de amor pela verdade faz isso. Tal espaço acaba ocupado pelo amor ao interesse; genitores de falácias se orgulham de suas proles, invés de se envergonharem de suas faces abastardadas.

Os que juram que Bolsonaro “adquiriu 51 imóveis” em dinheiro vivo seguem “vitoriosos” lançando isso ao ventilador para deleite e partilha dos “idiotas úteis.”

Basta mudarmos uma palavra, (há quem diga que a origem é derivada) de cretenses para cretinos e tudo se encaixará. “Os cretinos são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro...” Tt 1;12 e 13

Ora, bastaria juntar “lé com cré” para concluir que se trata de grosseira calúnia, espetaculosa fake news. O Xandão deve ser de Creta. Aliás, ele decreta cada coisa...

Enfim, a sistema todo em seus diversos tentáculos, (mídia militante, STF, Rouanets, isentões, comunas) odeia de Paixão ao Jair e o que ele representa; um indício só de ilicitude comprovável no currículo do Presidente bastaria para a casa cair.

Mas, os cretinos insistem. De certa forma assemelham-se aos atenienses; aqueles quebraram uma promessa solene, um juramento; ofenderam ao Senhor da Vida e a peste punitiva começou.

Esses quebraram dezenas; direitos humanos, inclusão social, ética na política, democracia, liberdade de expressão, de culto, de ir e vir, etc.

O “Epimênides” da vez chegou inovador; invés de promessas mirabolantes, mais do mesmo, rompeu com os velhos hábitos e pontuou um compromisso com O Alto. “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos.” Feito o devido culto, a nação começou a sarar.

A “Vanguarda do atraso”, o “quanto pior melhor”, os “Incapazes capazes de tudo” atritam pedras full time, no afã desesperado de atear fogo no circo.

Muitas “ovelhas” abdicam do “pasto” e jejuam; se oferecem em sacrifício para que a peste não volte nunca mais. Ainda que, a “máquina de ungir reis” esteja em mãos indignas, eles não têm a última palavra; “Ele (Deus) muda os tempos e as estações; Ele Remove reis e Estabelece reis; Ele Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos." Dn 2;21

Mesmo que a Extrema Imprensa grite pedindo censura; que a pobreza pleiteie por miséria; que os “democratas” anseiem uma ditadura, os paradoxais, o “gado” somos nós. Urge livrar os cretinos deles mesmos.

“Tão cegos são os homens que chegam a gloriar-se da própria cegueira”. Santo Agostinho

sábado, 17 de setembro de 2022

Sabor de sal



“... oferta queimada é de cheiro suave ao Senhor.” Lev 2;9

Tanto sacrifícios quanto oferendas, que eram aceitáveis Ao Eterno sempre subiam como “cheiro suave ao Senhor”.

Paulo ensinou: “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que O Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” I Cor 2;13

Sendo Deus, Espírito, e Desejando Ser Adorado em espírito e em verdade, não devemos entender que cheiro da carne assada ou de alimentos queimados seriam Seu Deleite; antes, “cheiro suave” é uma metáfora para pontuar o prazer que O Eterno Sente em nosso arrependimento, quando erramos; na adoração sincera, desligada de interesses mesquinhos, quando estamos em comunhão.

Nós mesmos usamos essa figura em nosso dia a dia; quando algo soa suspeito, dúbio, inconfiável, não raro dizemos: Isso não está me cheirando bem.

A Própria Bíblia, que interpreta a si mesma, mostra que se trata de figura; “Odeio, desprezo vossas festas; vossas assembleias solenes não me exalarão bom cheiro.” Amós 5;21

O mau comportamento do povo, então, desqualificava a assembleia, malgrado, solene. “Ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como as águas, e justiça como o ribeiro impetuoso.” Am 5;22 a 24

Antes do ajuntamento, culto, cânticos, o caráter; os frutos.

O Sacrifício Perfeito, Daquele que não cometeu pecados, Cristo, foi apreciado da mesma forma; “Andai em amor, como também Cristo vos amou e Se Entregou mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.” Ef 5;2

Desafiando cristãos a imitarem O Mestre, Paulo disse: “Graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do Seu Conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles, cheiro de vida para vida. Para estas coisas quem é idôneo?” II Cor 2;14 a 16

Nossa idoneidade demanda cuidado até em minúcias que passariam despercebidas ao vulgo; “Assim como as moscas mortas fazem exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, assim é, para o famoso em sabedoria e honra, um pouco de estultícia.” Ecl 10;1

Alguém se preocuparia com o “cadáver” de uma mosca em decomposição?? Quem deseja que sua adoração suba em “cheiro suave”, aprenda ouvir a Voz do Espírito e obedecer. Coisas lícitas e normais ao ímpio, muitas vezes não convêm a quem teme Ao Senhor.

Não significa que um deslize mínimo romperá a relação; antes, que entristeceremos ao espírito Santo que nos foi dado; “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” Ef 4;30

Quem pensa que a adoração tem a ver com cânticos ainda não entendeu nada; o próspero Jó recebera uma leva de notícias catastróficas; perda dos bens e filhos, todas em sequência; “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou sua cabeça, se lançou em terra e adorou. Disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor Deu, e o Senhor Tomou: bendito seja o Nome do Senhor.” Jó 1;20 e 21

Nada trouxe e nada levarei quando morrer; O Senhor que sabe, Bendito Seja Ele! Submissão e reconhecimento da Divina Soberania em meio à dor; adoração de primeira qualidade; certamente, “cheiro suave ao Senhor”.

O mesmo que Isaías propôs: “Quem há entre vós que tema Ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10

Nos dias do Antigo Testamento não havia energia elétrica, geladeiras; o conservante de alimento então, era o sal; “Todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal.” Lev 2;13

Três vezes o preceito num verso apenas; O Pai, O Filho nem Espírito Santo Querem nada com as moscas. Elas deteriorariam a carne dos sacrifícios se não fosse o sal.

Pois, nossa aceitação está condicionada aos mesmos princípios; “Vós sois o sal da terra; se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.” Mat 5;13

Se nosso porte em Cristo não tiver esse elemento que inibe as moscas, invés de servos de Deus acabaremos capachos dos homens.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Os vis e o metal


“O diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe: Dar-Te-ei todo este poder e sua glória; porque me foi entregue e dou a quem quero. Portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu.” Lc 4;5 a 7

O Inimigo tentando Ao Salvador. Primeiro; reino nenhum lhe fora entregue; Deus dera o domínio da Terra ao homem. “Criou Deus o homem à Sua Imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou e lhes Disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gn 1;27 e 28

O usurpador roubara o domínio do homem através de mentiras; não existia o Alexandre de Morais para coibi-las. Então, com o butim roubado tentava comprar a adoração de Jesus Cristo. “... se me adorares tudo será Teu.”

Um aspecto relevante sobre a dignidade. Quem é digno de adoração espera justo isso, de Suas Criaturas; quem não é e sabe que não é carece oferecer uma “recompensa”.

O Criador Fez tudo o que há e Deu livremente ao primeiro casal; apenas uma restrição; certa árvore, para que soubessem que seu domínio não era absoluto, mas delegado. O inimigo que não criou nada, exceto a mentira; ciente da própria indignidade se dispunha a comprar rebeldia.

Primeiro problema era que Jesus não tinha para vender o “produto” que o traidor queria; “Aquele que Me Enviou Está Comigo. O Pai não Me Tem deixado só, porque Faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29 É impossível agradar a Deus e à oposição ao mesmo tempo.

Depois, supondo que, remotamente fosse possível uma negociação, Cristo teria que confiar em meras palavras do Pai da mentira. Portanto, além do pleito ser impossível pela Santidade do Salvador, também era, do ponto-de-vista da prudência; um ser abjeto e indigno desejando adoração como se fosse um deus e propondo ninharias em troca.

Todos os servos dele quando se tentam transfigurar em ministros de justiça cometem o mesmo erro. A relação que se deve estabelecer livremente, movida por dignidade e amor dum lado, arrependimento e submissão d’outro, tentam estabelecer na indigna e traiçoeira mesa dos negócios; Pedro os descreveu: “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença; sua perdição não dormita.” II Ped 2;3

Quando um negociante desses tentou mercadejar coisas espirituais com o mesmo apóstolo, sua resposta foi dura: “... Dai-me também esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração;” Atos 8;19 a 22 Como o "comprador" chamava-se Simão, convencionou-se chamar simonia, mercadejar coisas santas.

Não importa que profanem O Excelso Nome de Deus, esses mercadores; o Senhor deles é outro. Os Testemunhos do Amor do Criador fervilham ao nosso lado o tempo todo; “Ele não deixou a Si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria vossos corações.” Atos 14;17

Se, os cuidados amorosos Daquele que, manda sol e chuva sobre justos e injustos; o testemunho da sabedoria, beleza e propósito de Suas Obras que nos cercam não bastarem, nada bastará. Nos Ama muito e nos deseja Consigo; mas, nos fez livres; convida a valorarmos as coisas ao nosso arbítrio; “... Se parece bem aos vossos olhos, dai-Me o Meu salário; se não, deixai-o; e pesaram Meu salário, trinta moedas de prata.” Zac 11;12

O devemos dar a Cristo? Isaías responde arguindo: “Quem deu crédito à nossa pregação?” Cap 53;1 Invés disso, de dar crédito, os religiosos dos dias de Cristo preferiram comprar um traidor e matar Ao Senhor. Por trinta moedas, como vaticinara Zacarias.

Os Judas modernos seguem mercadejando Jesus; saem vendendo promessas a torto e a direito, onde acham incautos para comprar. Como seu “produto” não precisa ser entregue e sempre será a fé do “comprador” a inadimplente, vendem a muitos a mesma mentira; Satanás sentir-se-ia estagiário perto dos tais.

Nas primeiras investidas O Senhor resistira às tentações; então, cansou do tentador; “Vai-te Satanás!” A Santa paciência tem limites.

Há muitas filosofias de botecos sobre as coisas que o dinheiro não compra; pena que as pessoas não conseguem escutar o que dizem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

O fruto do voto


“Estes, apoderando-se dele, o feriram e mandaram embora vazio.” Mc 12;3

Os vinhateiros, ao receberem um emissário do Senhor em demanda dos frutos, assim agiram.

Que mal fizera para ser ferido? Embora tenha um quê de lógico, imaginar que o mal se faça contra quem o pratica também, geralmente as coisas não acontecem assim. A justa retribuição será no juízo; por aqui, as coisas ainda erram. “Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que perece na sua justiça, e ímpio que prolonga seus dias na maldade.” Ecl 7;15 Vaso ruim não quebra; filosofam alhures.

Requerer frutos de quem só produz espinhos ofende; foi justamente nesse ponto que João Batista tocou com sua mensagem.

Não demandou por frutos de justiça; O Senhor denunciara nos dias de Isaías já, como ausentes; “Agora, pois, vos Farei saber o que Hei de Fazer à Minha vinha: Tirarei sua sebe, para que sirva de pasto; Derrubarei sua parede, para que seja pisada... Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das Suas delícias; Esperou que exercessem juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;5 e 7

Dado o fracasso em produzir uvas boas, foram desafiados a produção de outros “frutos”; “Vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento...” Mat 3;7 e 8

Diferente do enviado visto no início, João não foi apenas ferido e mandado embora vazio ao pelejar pelo Senhor da Vinha; foi morto; decapitado.

Cristo foi o Último “argumento” do Altíssimo; “Tendo Ele, pois, ainda um Seu Filho Amado, Enviou-o também a estes por derradeiro, dizendo: Ao menos terão respeito ao Meu Filho. Mas, aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, e a herança será nossa.” Mc 12;6 e 7

“Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.” Jo 11;49 e 50

Notemos que, malgrado a farsa do julgamento, não havia nenhum crime que justificasse a morte, nem sequer a prisão do Senhor; forjaram pretextos tendo como fim, a manutenção do próprio poder; Pilatos testificou: “Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho Nele.” Jo 19;6

“Há um justo que perece na sua justiça...”
no aspecto da vida terrena campeiam injustiças várias; quanto mais honesta a pessoa for, mais propensa a sofrer rejeições e perseguições há de ser. Se alguém pensou em nosso Presidente evocou um bom exemplo.

“Esse é o herdeiro; vamos e matemo-lo e a vinha será nossa”. Contra Bolsonaro atentaram uma vez já; sua reputação, buscam matar todos os dias. Pra gente avessa a bons valores e refém de interesses rasos, apenas, demandar patriotismo e honestidade, e ser zeloso com os bens públicos ofende profundamente; quem ele pensa que é para defender uma barbaridade dessas? “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos?”

Agora criaram os tais 107 imóveis em “dinheiro vivo”; forma dos “Fariseus” interpretarem ‘moeda corrente;’ 51 foram vendidos e 56 comprados; tudo se computa como “suspeito” sem nenhum indício de ilicitude; feito por qualquer parente e em qualquer tempo. O ministro aquele que seria “implacável” com fake news teve amnésia; idiotas úteis seguem se esbaldando na bosta, quais besouros no esterco. ‘Convém a eles que sofra um só, e não pereça toda a corrupção.’

O que cada um de nós fizer com seu voto será um fruto diante de Deus. Seja fruto de justiça, sejam as “uvas bravas” da opressão.

Se aqui a colheita pode destoar do plantio, no juízo não será assim; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Se o ladrão de nove governasse apenas sobre os seus eu nem me importaria; eles o merecem. Mas, que graça? Roubar de quem? Tá teria a história dos cem anos de perdão; mas, não teria força produtiva pra gerar riquezas.

Ideologia de gênero com esse rótulo tem sido barrada; mas, seus ensinos campeiam onde os comunas têm espaço. Aceleram a destruição das famílias.

Alguns confundem defesa de valores cristãos com partidarização da igreja. Púlpitos são para pregar; de acordo. Mas, se deixarmos vigorar o conselho de Caifás, breve não precisaremos pregar mais; não poderemos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Olhos da fé


“... O sonho de Faraó é um só; o que Deus Há de Fazer, Mostrou-o a Faraó.” Gn 41;25

O então prisioneiro chamado a interpretar um sonho de Faraó. José fora o último recurso; “... Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.” v 15 Depois de recorrer a todos os “sábios” do reino, inutilmente, o copeiro lembrara de José.

O jovem hebreu em sua simplicidade e confiança garantiu que Deus daria resposta de paz ao rei. Assim que os dois sonhos foram contados, disse o que vimos acima; “O sonho de Faraó é um só; o que Deus Há de Fazer, Mostrou-o a Faraó.” Como “mostrou” se o rei errava no escuro?

Aquilo que é luminoso para uns, pode ser demasiado escuro para outros. Paulo descreveu assim: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Lembro do episódio em que rei da Samaria buscara prender Eliseu; o jovem que estava com ele se apavorara ante os exércitos cercando a cidade; “Ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço e viu; o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” II Rs 6;16 e 17

Os descrentes afirmam que a fé é cega; não podendo eles “ver”, (crer) tratam suas “visões” como sendo as de terceiros; onde eles nada divisam, imaginam que nada vejamos também. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1 Nada adianta a Bondade Divina se mostrar perante quem prefere o escuro.

A matéria-prima dada aos olhos é a mesma para o crente e o ateu; as Obras da Criação; uns podem ver de longe; “Senhor meu Deus, quando eu maravilhado...” outros, nem em Braille conseguem. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;19 a 21

Migração voluntária da Luz para as trevas, por rebeldia; “... tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus... seu coração insensato se obscureceu.”

Uma paráfrase do que dissera O Salvador quando viera; “A condenação é esta: Que a Luz Veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a Luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

A conversão é figurada como o caminho inverso do tomado pelos ímpios; “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” Ef 5;8

Aos filósofos que buscavam o sentido da vida, uns no ascetismo, outros no hedonismo, Estóicos e Epicureus, Paulo insinuou que eles estavam cegos; “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe...” Atos 17;26 e 27

O “conhecimento" filosófico foi tido por ignorância; “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

Podemos ver agora, nas questões políticas como o fanatismo cega seus pacientes; agem com tal dose de insensatez, que, parecem odiar a si mesmos e à liberdade.

Aquilo que soa claro a José, ainda é escuro para o “Faraó”. Pessoas diferentes sentem prazer em coisas diferentes; “Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas, para o homem entendido é o ter sabedoria.” Prov 10;23

Quando Moisés veio, 430 após a saga de José, na praga das trevas os hebreus tinham luz enquanto os egípcios apalpavam no escuro.

Vulgarmente dizem que, o que os olhos não veem o coração não sente; pois, para homens espirituais, o que os olhos não veem O Espírito Revela, quando oportuno.

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Os desviados


“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.” Rom 16;17

Chamamos alguém que por determinado tempo andou conforme os preceitos da fé e depois deixou de andar no estreito caminho, de desviado. Assim, desviar-se não é um verbo de conjugação desejável em nosso escopo.

Entretanto, nem todo desvio é ruim; tal ato demanda o concurso do devido contexto, antes de receber nossa valoração. Noutras palavras, se alguém se desviou carecemos saber: De quê?

Acima, vimos Paulo recomendando aos cristãos romanos que se desviassem dos promotores de dissensões e escândalos, falsificadores da doutrina. Alguns perverteram o Evangelho na região da Galácia ele denunciou: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

Quando O Eterno Decidiu realçar o caráter de Jó, disse: “... ninguém há na Terra semelhante a ele, homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” Jó 1;8 Mais um desvio desejável, pois.

“Para o entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo.” Prov 15;24 etc. Dezenas de exemplos há, que mostram certos desvios como meritórios; outros tantos, como viciosos.

Nesses tempos de emocionalismos suplantando à razão; centro confortável sendo preferido à sanidade doutrinária, o gesto “ousado” de desviar-se das más companhias infiltradas entre o povo de Deus, os promotores de doutrinas falsas, nem sempre é fácil.

Grassa toda sorte de partidarismos enfermos, cumplicidades interesseiras; nem sempre quem peleja pela verdade e pela justiça é visto assim; antes, é tido como desagregador, polêmico; um doente a se evitar.

Pipocam, infelizmente, denúncias contra pastores mercenários, ditadores autoritários, dados ao nepotismo, que não aceitam nenhuma contestação dos seus duvidosos atos. Sempre tem um biombo de “Ungido do Senhor intocável,” atrás do qual se abrigam, sem devido apego para com a verdade.

O “não tocar” no contexto do Velho Testamento equivalia a não matar; os ungidos então, eram reis e patriarcas; no Novo Testamento todos os salvos são; “Vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.” I Jo 2;20

Embora o não matar siga valendo, a correção dos errados de espírito deve ser pública, quando o erro também for; “Chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.” Gál 2;11 Não se entrou no mérito sobre Pedro e Paulo, para saber quem seria ungido; ambos eram. O que se analisou e combateu foi a falsidade de Pedro, que, claudicara do Evangelho ao judaísmo, dependendo das circunstâncias.

Quanto ao domínio do homem pelo homem foi desaconselhado; “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam; seus grandes usam de autoridade sobre eles; mas, entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.” Mc 10;42 a 44

Merecem respeito e submissão os que foram comissionados a apascentar rebanhos do Senhor. “Obedecei aos vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, não gemendo, porque isso não vos seria útil.” Heb 13;17

No entanto, os pastores devem respeitar certos limites também; “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” I Ped 5;2 e 3

Qual será o galardão dum pastor, se, com seu autoritarismo, malversação e parcialidade, tiver dado azo ao desvio de almas que estavam andando sob seus cuidados?

O fato de se andar muito tempo por descaminhos “ouvindo” o Silêncio de Deus, não significa que Ele Esteja de acordo; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças Minhas Palavras para detrás de ti... Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Te arguirei, as Porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16, 17 e 21

O hábito pernicioso de se desviar da Correção do Senhor pode nos arrastar até um ponto de onde não seja mais possível o retorno; “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

“... Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações, como na provocação.” Heb 3;15 “O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena.” Prov 27;12

domingo, 11 de setembro de 2022

A Obediência de Cristo


“Pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.” Rom 5;19

Justificados pela obediência de Cristo. Woody Allen zombando do pecado, disse: “Se Cristo morreu pelos nossos pecados, seria tolice deixar de cometê-los.” Parece que acreditava e vivia mesmo isso; um relacionamento amistoso com o pecado. Traiu sua companheira Mia Farrow com sua própria enteada, e passados muitos anos disse que faria tudo de novo.

Justificados por Cristo não são todos; embora o dom da Graça esteja acessível a todos, só incide sobre os que, uma vez iluminados, deixam as trevas pretéritas onde viveram e passam a andar na Luz; “Se andarmos na luz, como Ele na luz Está, temos comunhão uns com os outros e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Um “se” condicionado a incidência da graça. Justificação é um processo gracioso que independe de nossas obras, basta que creiamos no que justifica; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

No entanto, uma vez justificados, reputados justos, somos chamados a andar como tais; “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

“O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Notemos que a “obediência de Cristo” não é apenas Dele; Nos Seus dias Desafiou: “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou Manso e Humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

A Sua Entrega foi identificação amorosa com nossas necessidades; Morreu nossa morte, e requer que vivamos Sua Vida. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Portanto, se Cristo Morreu por nossos pecados, a regeneração necessária por causa deles custou tão alto preço, seria vergonhoso continuar praticando os atos patrocinadores de tal vexame. “... pois assim, quanto a eles, (os iluminados que persistem no pecado) de novo crucificam o Filho de Deus; O expõem ao vitupério.” Heb 6;6

A primeira condição para a salvação é “negue a si mesmo”. Não significa que ficará um vácuo; o lugar onde reinava em seu trono enganoso, nosso ego, será agora ocupado pelo Rei dos Rei, Jesus Cristo. “Já estou crucificado com Cristo; vivo, não mais eu, mas Cristo Vive em mim; a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o Qual me amou, e Se Entregou por mim.” Gál 2;20

A “isca” que nos atrairá a essa “prisão” é o amor correspondido; a obediência será mero efeito colateral; “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra; Meu Pai o amará; Viremos para ele e Faremos nele morada.” Jo 14;23 Como O Senhor disse: “Eu e O Pai Somo Um”, cabem Ambos onde nosso ego sem noção se esparramava.

A “Obediência de Cristo” passou a se expressar mediante nossas vidas, em nós Ele vive. Fomos justificados e agora seremos santificados pela mesma. “Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós Começou a boa obra a Aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Paulo delineou a impotência da vontade que, desejando uma coisa acaba fazendo outra, mercê da escravidão ao pecado; “Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero.” Rom 7;18 e 19

Por fim, suspirou aliviado olhando para o socorro; “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...” v 25

Ele, Sendo Quem É, jamais Precisara obedecer; mas, para ser um pouco como nós, Careceu aprender; “Ainda que Era Filho, Aprendeu a obediência, por aquilo que Padeceu.” Heb 5;8
Se, Ele Precisou descer para Se assemelhar a nós nas limitações, permite que subamos o suficiente para nos assemelharmos a Ele, na obediência; “A todos quantos O receberam, Deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

"Fé e obediência fazem parte do mesmo pacote. Aquele que obedece a Deus, confia nEle; aquele que confia em Deus, obedece-lhe." Charles Spurgeon
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