sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Os vis e o metal


“O diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe: Dar-Te-ei todo este poder e sua glória; porque me foi entregue e dou a quem quero. Portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu.” Lc 4;5 a 7

O Inimigo tentando Ao Salvador. Primeiro; reino nenhum lhe fora entregue; Deus dera o domínio da Terra ao homem. “Criou Deus o homem à Sua Imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou e lhes Disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gn 1;27 e 28

O usurpador roubara o domínio do homem através de mentiras; não existia o Alexandre de Morais para coibi-las. Então, com o butim roubado tentava comprar a adoração de Jesus Cristo. “... se me adorares tudo será Teu.”

Um aspecto relevante sobre a dignidade. Quem é digno de adoração espera justo isso, de Suas Criaturas; quem não é e sabe que não é carece oferecer uma “recompensa”.

O Criador Fez tudo o que há e Deu livremente ao primeiro casal; apenas uma restrição; certa árvore, para que soubessem que seu domínio não era absoluto, mas delegado. O inimigo que não criou nada, exceto a mentira; ciente da própria indignidade se dispunha a comprar rebeldia.

Primeiro problema era que Jesus não tinha para vender o “produto” que o traidor queria; “Aquele que Me Enviou Está Comigo. O Pai não Me Tem deixado só, porque Faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29 É impossível agradar a Deus e à oposição ao mesmo tempo.

Depois, supondo que, remotamente fosse possível uma negociação, Cristo teria que confiar em meras palavras do Pai da mentira. Portanto, além do pleito ser impossível pela Santidade do Salvador, também era, do ponto-de-vista da prudência; um ser abjeto e indigno desejando adoração como se fosse um deus e propondo ninharias em troca.

Todos os servos dele quando se tentam transfigurar em ministros de justiça cometem o mesmo erro. A relação que se deve estabelecer livremente, movida por dignidade e amor dum lado, arrependimento e submissão d’outro, tentam estabelecer na indigna e traiçoeira mesa dos negócios; Pedro os descreveu: “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença; sua perdição não dormita.” II Ped 2;3

Quando um negociante desses tentou mercadejar coisas espirituais com o mesmo apóstolo, sua resposta foi dura: “... Dai-me também esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração;” Atos 8;19 a 22 Como o "comprador" chamava-se Simão, convencionou-se chamar simonia, mercadejar coisas santas.

Não importa que profanem O Excelso Nome de Deus, esses mercadores; o Senhor deles é outro. Os Testemunhos do Amor do Criador fervilham ao nosso lado o tempo todo; “Ele não deixou a Si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria vossos corações.” Atos 14;17

Se, os cuidados amorosos Daquele que, manda sol e chuva sobre justos e injustos; o testemunho da sabedoria, beleza e propósito de Suas Obras que nos cercam não bastarem, nada bastará. Nos Ama muito e nos deseja Consigo; mas, nos fez livres; convida a valorarmos as coisas ao nosso arbítrio; “... Se parece bem aos vossos olhos, dai-Me o Meu salário; se não, deixai-o; e pesaram Meu salário, trinta moedas de prata.” Zac 11;12

O devemos dar a Cristo? Isaías responde arguindo: “Quem deu crédito à nossa pregação?” Cap 53;1 Invés disso, de dar crédito, os religiosos dos dias de Cristo preferiram comprar um traidor e matar Ao Senhor. Por trinta moedas, como vaticinara Zacarias.

Os Judas modernos seguem mercadejando Jesus; saem vendendo promessas a torto e a direito, onde acham incautos para comprar. Como seu “produto” não precisa ser entregue e sempre será a fé do “comprador” a inadimplente, vendem a muitos a mesma mentira; Satanás sentir-se-ia estagiário perto dos tais.

Nas primeiras investidas O Senhor resistira às tentações; então, cansou do tentador; “Vai-te Satanás!” A Santa paciência tem limites.

Há muitas filosofias de botecos sobre as coisas que o dinheiro não compra; pena que as pessoas não conseguem escutar o que dizem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

O fruto do voto


“Estes, apoderando-se dele, o feriram e mandaram embora vazio.” Mc 12;3

Os vinhateiros, ao receberem um emissário do Senhor em demanda dos frutos, assim agiram.

Que mal fizera para ser ferido? Embora tenha um quê de lógico, imaginar que o mal se faça contra quem o pratica também, geralmente as coisas não acontecem assim. A justa retribuição será no juízo; por aqui, as coisas ainda erram. “Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que perece na sua justiça, e ímpio que prolonga seus dias na maldade.” Ecl 7;15 Vaso ruim não quebra; filosofam alhures.

Requerer frutos de quem só produz espinhos ofende; foi justamente nesse ponto que João Batista tocou com sua mensagem.

Não demandou por frutos de justiça; O Senhor denunciara nos dias de Isaías já, como ausentes; “Agora, pois, vos Farei saber o que Hei de Fazer à Minha vinha: Tirarei sua sebe, para que sirva de pasto; Derrubarei sua parede, para que seja pisada... Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das Suas delícias; Esperou que exercessem juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;5 e 7

Dado o fracasso em produzir uvas boas, foram desafiados a produção de outros “frutos”; “Vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento...” Mat 3;7 e 8

Diferente do enviado visto no início, João não foi apenas ferido e mandado embora vazio ao pelejar pelo Senhor da Vinha; foi morto; decapitado.

Cristo foi o Último “argumento” do Altíssimo; “Tendo Ele, pois, ainda um Seu Filho Amado, Enviou-o também a estes por derradeiro, dizendo: Ao menos terão respeito ao Meu Filho. Mas, aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, e a herança será nossa.” Mc 12;6 e 7

“Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.” Jo 11;49 e 50

Notemos que, malgrado a farsa do julgamento, não havia nenhum crime que justificasse a morte, nem sequer a prisão do Senhor; forjaram pretextos tendo como fim, a manutenção do próprio poder; Pilatos testificou: “Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho Nele.” Jo 19;6

“Há um justo que perece na sua justiça...”
no aspecto da vida terrena campeiam injustiças várias; quanto mais honesta a pessoa for, mais propensa a sofrer rejeições e perseguições há de ser. Se alguém pensou em nosso Presidente evocou um bom exemplo.

“Esse é o herdeiro; vamos e matemo-lo e a vinha será nossa”. Contra Bolsonaro atentaram uma vez já; sua reputação, buscam matar todos os dias. Pra gente avessa a bons valores e refém de interesses rasos, apenas, demandar patriotismo e honestidade, e ser zeloso com os bens públicos ofende profundamente; quem ele pensa que é para defender uma barbaridade dessas? “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos?”

Agora criaram os tais 107 imóveis em “dinheiro vivo”; forma dos “Fariseus” interpretarem ‘moeda corrente;’ 51 foram vendidos e 56 comprados; tudo se computa como “suspeito” sem nenhum indício de ilicitude; feito por qualquer parente e em qualquer tempo. O ministro aquele que seria “implacável” com fake news teve amnésia; idiotas úteis seguem se esbaldando na bosta, quais besouros no esterco. ‘Convém a eles que sofra um só, e não pereça toda a corrupção.’

O que cada um de nós fizer com seu voto será um fruto diante de Deus. Seja fruto de justiça, sejam as “uvas bravas” da opressão.

Se aqui a colheita pode destoar do plantio, no juízo não será assim; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Se o ladrão de nove governasse apenas sobre os seus eu nem me importaria; eles o merecem. Mas, que graça? Roubar de quem? Tá teria a história dos cem anos de perdão; mas, não teria força produtiva pra gerar riquezas.

Ideologia de gênero com esse rótulo tem sido barrada; mas, seus ensinos campeiam onde os comunas têm espaço. Aceleram a destruição das famílias.

Alguns confundem defesa de valores cristãos com partidarização da igreja. Púlpitos são para pregar; de acordo. Mas, se deixarmos vigorar o conselho de Caifás, breve não precisaremos pregar mais; não poderemos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Olhos da fé


“... O sonho de Faraó é um só; o que Deus Há de Fazer, Mostrou-o a Faraó.” Gn 41;25

O então prisioneiro chamado a interpretar um sonho de Faraó. José fora o último recurso; “... Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.” v 15 Depois de recorrer a todos os “sábios” do reino, inutilmente, o copeiro lembrara de José.

O jovem hebreu em sua simplicidade e confiança garantiu que Deus daria resposta de paz ao rei. Assim que os dois sonhos foram contados, disse o que vimos acima; “O sonho de Faraó é um só; o que Deus Há de Fazer, Mostrou-o a Faraó.” Como “mostrou” se o rei errava no escuro?

Aquilo que é luminoso para uns, pode ser demasiado escuro para outros. Paulo descreveu assim: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Lembro do episódio em que rei da Samaria buscara prender Eliseu; o jovem que estava com ele se apavorara ante os exércitos cercando a cidade; “Ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço e viu; o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” II Rs 6;16 e 17

Os descrentes afirmam que a fé é cega; não podendo eles “ver”, (crer) tratam suas “visões” como sendo as de terceiros; onde eles nada divisam, imaginam que nada vejamos também. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1 Nada adianta a Bondade Divina se mostrar perante quem prefere o escuro.

A matéria-prima dada aos olhos é a mesma para o crente e o ateu; as Obras da Criação; uns podem ver de longe; “Senhor meu Deus, quando eu maravilhado...” outros, nem em Braille conseguem. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;19 a 21

Migração voluntária da Luz para as trevas, por rebeldia; “... tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus... seu coração insensato se obscureceu.”

Uma paráfrase do que dissera O Salvador quando viera; “A condenação é esta: Que a Luz Veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a Luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

A conversão é figurada como o caminho inverso do tomado pelos ímpios; “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” Ef 5;8

Aos filósofos que buscavam o sentido da vida, uns no ascetismo, outros no hedonismo, Estóicos e Epicureus, Paulo insinuou que eles estavam cegos; “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe...” Atos 17;26 e 27

O “conhecimento" filosófico foi tido por ignorância; “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

Podemos ver agora, nas questões políticas como o fanatismo cega seus pacientes; agem com tal dose de insensatez, que, parecem odiar a si mesmos e à liberdade.

Aquilo que soa claro a José, ainda é escuro para o “Faraó”. Pessoas diferentes sentem prazer em coisas diferentes; “Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas, para o homem entendido é o ter sabedoria.” Prov 10;23

Quando Moisés veio, 430 após a saga de José, na praga das trevas os hebreus tinham luz enquanto os egípcios apalpavam no escuro.

Vulgarmente dizem que, o que os olhos não veem o coração não sente; pois, para homens espirituais, o que os olhos não veem O Espírito Revela, quando oportuno.

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Os desviados


“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.” Rom 16;17

Chamamos alguém que por determinado tempo andou conforme os preceitos da fé e depois deixou de andar no estreito caminho, de desviado. Assim, desviar-se não é um verbo de conjugação desejável em nosso escopo.

Entretanto, nem todo desvio é ruim; tal ato demanda o concurso do devido contexto, antes de receber nossa valoração. Noutras palavras, se alguém se desviou carecemos saber: De quê?

Acima, vimos Paulo recomendando aos cristãos romanos que se desviassem dos promotores de dissensões e escândalos, falsificadores da doutrina. Alguns perverteram o Evangelho na região da Galácia ele denunciou: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

Quando O Eterno Decidiu realçar o caráter de Jó, disse: “... ninguém há na Terra semelhante a ele, homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” Jó 1;8 Mais um desvio desejável, pois.

“Para o entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo.” Prov 15;24 etc. Dezenas de exemplos há, que mostram certos desvios como meritórios; outros tantos, como viciosos.

Nesses tempos de emocionalismos suplantando à razão; centro confortável sendo preferido à sanidade doutrinária, o gesto “ousado” de desviar-se das más companhias infiltradas entre o povo de Deus, os promotores de doutrinas falsas, nem sempre é fácil.

Grassa toda sorte de partidarismos enfermos, cumplicidades interesseiras; nem sempre quem peleja pela verdade e pela justiça é visto assim; antes, é tido como desagregador, polêmico; um doente a se evitar.

Pipocam, infelizmente, denúncias contra pastores mercenários, ditadores autoritários, dados ao nepotismo, que não aceitam nenhuma contestação dos seus duvidosos atos. Sempre tem um biombo de “Ungido do Senhor intocável,” atrás do qual se abrigam, sem devido apego para com a verdade.

O “não tocar” no contexto do Velho Testamento equivalia a não matar; os ungidos então, eram reis e patriarcas; no Novo Testamento todos os salvos são; “Vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.” I Jo 2;20

Embora o não matar siga valendo, a correção dos errados de espírito deve ser pública, quando o erro também for; “Chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.” Gál 2;11 Não se entrou no mérito sobre Pedro e Paulo, para saber quem seria ungido; ambos eram. O que se analisou e combateu foi a falsidade de Pedro, que, claudicara do Evangelho ao judaísmo, dependendo das circunstâncias.

Quanto ao domínio do homem pelo homem foi desaconselhado; “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam; seus grandes usam de autoridade sobre eles; mas, entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.” Mc 10;42 a 44

Merecem respeito e submissão os que foram comissionados a apascentar rebanhos do Senhor. “Obedecei aos vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, não gemendo, porque isso não vos seria útil.” Heb 13;17

No entanto, os pastores devem respeitar certos limites também; “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” I Ped 5;2 e 3

Qual será o galardão dum pastor, se, com seu autoritarismo, malversação e parcialidade, tiver dado azo ao desvio de almas que estavam andando sob seus cuidados?

O fato de se andar muito tempo por descaminhos “ouvindo” o Silêncio de Deus, não significa que Ele Esteja de acordo; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças Minhas Palavras para detrás de ti... Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Te arguirei, as Porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16, 17 e 21

O hábito pernicioso de se desviar da Correção do Senhor pode nos arrastar até um ponto de onde não seja mais possível o retorno; “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

“... Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações, como na provocação.” Heb 3;15 “O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena.” Prov 27;12

domingo, 11 de setembro de 2022

A Obediência de Cristo


“Pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.” Rom 5;19

Justificados pela obediência de Cristo. Woody Allen zombando do pecado, disse: “Se Cristo morreu pelos nossos pecados, seria tolice deixar de cometê-los.” Parece que acreditava e vivia mesmo isso; um relacionamento amistoso com o pecado. Traiu sua companheira Mia Farrow com sua própria enteada, e passados muitos anos disse que faria tudo de novo.

Justificados por Cristo não são todos; embora o dom da Graça esteja acessível a todos, só incide sobre os que, uma vez iluminados, deixam as trevas pretéritas onde viveram e passam a andar na Luz; “Se andarmos na luz, como Ele na luz Está, temos comunhão uns com os outros e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Um “se” condicionado a incidência da graça. Justificação é um processo gracioso que independe de nossas obras, basta que creiamos no que justifica; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

No entanto, uma vez justificados, reputados justos, somos chamados a andar como tais; “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

“O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Notemos que a “obediência de Cristo” não é apenas Dele; Nos Seus dias Desafiou: “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou Manso e Humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

A Sua Entrega foi identificação amorosa com nossas necessidades; Morreu nossa morte, e requer que vivamos Sua Vida. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Portanto, se Cristo Morreu por nossos pecados, a regeneração necessária por causa deles custou tão alto preço, seria vergonhoso continuar praticando os atos patrocinadores de tal vexame. “... pois assim, quanto a eles, (os iluminados que persistem no pecado) de novo crucificam o Filho de Deus; O expõem ao vitupério.” Heb 6;6

A primeira condição para a salvação é “negue a si mesmo”. Não significa que ficará um vácuo; o lugar onde reinava em seu trono enganoso, nosso ego, será agora ocupado pelo Rei dos Rei, Jesus Cristo. “Já estou crucificado com Cristo; vivo, não mais eu, mas Cristo Vive em mim; a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o Qual me amou, e Se Entregou por mim.” Gál 2;20

A “isca” que nos atrairá a essa “prisão” é o amor correspondido; a obediência será mero efeito colateral; “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra; Meu Pai o amará; Viremos para ele e Faremos nele morada.” Jo 14;23 Como O Senhor disse: “Eu e O Pai Somo Um”, cabem Ambos onde nosso ego sem noção se esparramava.

A “Obediência de Cristo” passou a se expressar mediante nossas vidas, em nós Ele vive. Fomos justificados e agora seremos santificados pela mesma. “Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós Começou a boa obra a Aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Paulo delineou a impotência da vontade que, desejando uma coisa acaba fazendo outra, mercê da escravidão ao pecado; “Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero.” Rom 7;18 e 19

Por fim, suspirou aliviado olhando para o socorro; “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...” v 25

Ele, Sendo Quem É, jamais Precisara obedecer; mas, para ser um pouco como nós, Careceu aprender; “Ainda que Era Filho, Aprendeu a obediência, por aquilo que Padeceu.” Heb 5;8
Se, Ele Precisou descer para Se assemelhar a nós nas limitações, permite que subamos o suficiente para nos assemelharmos a Ele, na obediência; “A todos quantos O receberam, Deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

"Fé e obediência fazem parte do mesmo pacote. Aquele que obedece a Deus, confia nEle; aquele que confia em Deus, obedece-lhe." Charles Spurgeon
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sábado, 10 de setembro de 2022

Angústias por quê?


“Ó Senhor, na angústia Te buscaram; vindo sobre eles Tua correção, derramaram sua oração secreta.” Is 26;16

Se, estavam em processo de correção, e sentindo-a oraram a Deus, o povo alvo desse recorte certamente era o povo de Deus; alguém que O conhecia. Naquele contexto era apenas a nação de Israel; na Nova Aliança, se inclui a igreja também, entre os que são do povo do Altíssimo.

Quem estaria sujeito a angústias? Apenas os do Antigo Pacto, ou todos? Jesus Cristo preveniu: “Tenho-vos dito isto, para que em Mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo.” Jo 16;33

Aflições e angústias são sinônimos. Portanto, um mal ao qual os servos de Deus estão sujeitos, na peregrinação terrena.

Embora, vulgarmente se atribua a fatores externos as causas, elas são mais internas que parecem; “Apliquei meu coração a conhecer a sabedoria, os desvarios e as loucuras; vim a saber que também isto era aflição de espírito.” Ecl 1;17 Davi mencionou o abatimento da alma, pela longa espera em situação desfavorável; “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda O louvarei, O Qual É a salvação da minha face e Deus meu.” Sal 43;5 Espírito e alma, habitats das angústias; não, fatores exteriores.

Mesmo que ao nosso redor tudo seja desanimador, um espírito sadio há de “driblar” às aflições assumindo devida postura ante O Eterno; “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

“Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, nos currais não haja gado; todavia me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Hc 3;17 e 18

Habacuque mesmo que estivesse repleto de lapsos ao redor, internamente só daria espaço à alegria espiritual, invés da angústia. Davi também referiu ao Socorro Divino na hora amarga; “Ouve-me quando clamo, ó Deus da minha justiça, na angústia me destes largueza; tem misericórdia de mim e ouve minha oração.” Sal 4;1

Paulo andou nas mesmas pisadas: “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto, ter fome; tanto a ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13 Invés de angústia, confiança no Senhor.

Quando nossas aflições derivam de pecados não tratados devemos agir nessa direção; arrependimento, confissão, mudança. “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Podemos também nos angustiar pelos vícios alheios que nos rodeiam; num mundo onde campeiam injustiça, mentiras, calúnias e ofensas gratuitas, uma alma sadia se sentirá “ambientada” como um pinguim nos trópicos; como Ló em Sodoma. “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8

Ainda, poderemos ser perseguidos e afrontados pela luz de Cristo que há em nós; nesse caso, nada a temer. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentindo disserem todo mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Embora se acredite e apregoe que viemos para sermos felizes, a Bíblia tem um alvo mais excelente. Aqui estamos retidos numa redoma de tempo e espaço, para buscarmos salvação; felicidade espera no além, para onde irão os salvos; “De um só sangue fez toda geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor...” Atos 17;26 e 27

Como a oposição atua com todas as forças e sem nenhum escrúpulo para nos impedir, angústias fazem parte do pacote. Quem as encara no espírito correto, minimiza o peso delas, cotejando-o com a recompensa. “Porque nossa leve e momentânea tribulação produz para nós peso eterno de glória mui excelente.” II Cor 4;17

Enfim, as correções do Senhor são cercas a nos proteger contra a queda no abismo da perdição. Os ataques da oposição, “recibos” assinados de que não lhe pertencemos mais e isso incomoda. O melhor: Temos Magna “Cidade de Refúgio” ante ataques da angústia; “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” Sal 46;1

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

"Defeitos" de minha balança moral


“A calúnia é, sem dúvida, o pior dos flagelos, visto que faz dois culpados e uma vítima” Heródoto

Duas impossibilidades tonteiam aos “guerrilheiros virtuais” do PT. Encontrar probidade pra depositar na conta do Lula, ou um crime na lídima carreira do Bolsonaro. No entanto, esses fabricantes de chapéus para mulas-sem-cabeça mantêm aquecida sua produção.

Os dois culpados da calúnia, no pensamento de Heródoto, são o criador da mesma e o crédulo que a dissemina; a vítima, óbvio, quem a sofre. No caso dos vermelhos, os “produtores de conteúdo” e os “idiotas úteis” que abocanham o veneno que lhes é servido mesclado ao feno.

Torrou meus escrotos já, certa postagem que pontua o “defeito” de minha “balança moral”, por dar crédito à acusação do Triplex e do sítio “sem provas” e silenciar quanto aos 27 imóveis da família Bolsonaro adquiridos nos últimos 30 anos, em “dinheiro vivo.”

Vamos por partes: “moeda corrente” não é sinônimo de dinheiro vivo como tentam fazer parecer. Moeda corrente até meu cavalo sabe que se trata do dinheiro oficial do país; no caso, o real. Mas, meu cavalo se avantaja aos jumentos, certamente.

Comprar um imóvel por ano uma família numerosa de gente trabalhadora, acho até pouco. Só os quatro “mosqueteiros” da família, um é Presidente, outro Senador, outro Deputado Federal e o mais módico Vereador no Rio de Janeiro. Somados os salários justos do trabalho deles daria para comprar honestamente, um imóvel valioso por mês. Agora um por ano, envolvendo muitos parentes? Francamente!

Não é uma questão moral; mas de cérebro e honestidade intelectual, dois problemas dos camarões.

O desespero deles por imputar um crime ao Presidente é tal, que usaram até a morte de Mariele Franco. 

Agora tentam criminalizar até mesmo os manifestos populares de Sete de Setembro. Se tivesse um crime só, com indícios, pipocariam pedidos de impeachment, as capas de toda a extrema imprensa trariam em letras garrafais; teríamos um “Globo Repórter Especial” sobre o tema; seria o fausto banquete da alcateia. Mas, por ora erram famintos e magrelos sobre a neve dos anseios impossíveis.

Quanto aos “supostos” crimes do Lula, tais foram julgados em quatro instâncias, por dezenas de juízes; em Curitiba; em Porto Alegre pelo TRF 4, em Brasília pelo Supremo e pelo STJ e todos deram o mesmo veredicto: Culpado.

Portanto, os criadores da bosta supracitada não sabem para que serve uma balança, tampouco, conhecem o significado da palavra, moral.

No livro “Assassinato de Reputações, um Crime de Estado” Romeu Tuma Júnior detalhou como agem esses biltres. Criam seus “fatos venéreos” e lançam no ventilador. A coisa não é para ser investigada, pois, se fosse, sabem, não daria em nada. É pra ser usada assim.

Qualquer defesa da lisura e da honra do Presidente presto acusarão: “E as dezenas de imóveis em dinheiro vivo?” Nada poderia ser mais diabólico! Aliás, acho que o diabo está estagiando com essa gente sabendo que assim, tem muito a “melhorar”.

Quando as investigações chegaram aos mandantes do assassinato da vereadora Mariele e os culpados não serviam para a causa canhota, a coisa foi abafada. Crimes existem no espectro esquerdista como “material de campanha”, não como pleitos por justiça. Tudo por lá revolución!

No entanto, esses que precisam melhorar muito para chegarem a ser patifes, se atrevem a julgar minha “balança moral”. Um de seus antigos próceres ensinou: “Xingue-os do que você é; acuse-os do que você faz”.

Acaso algum deles tem problemas com o fato de o Lula ter recebido 57 milhões dando “palestras”? Ou a Finada Marisa Letícia ter ganho 11 milhões “vendendo Avon”? Ainda do Lulinha, ex catador de bosta no zoológico ser empresário riquíssimo dono dum jatinho particular??? Mas é minha balança, claro! meus valores que estão deturpados.

Fizeram uma CPI fajuta tentando criar pretextos contra O Presidente, o único que não teve culpa de nada, na pandemia. Distribuiu polpudas verbas que foram malversadas, por Governadores e Prefeitos; teve a sua autoridade solapada pelo STF. Defendeu tratamento precoce e que, com cuidados básicos, prosseguisse o trabalho. Mas a ordem era “Fique em casa”! O “se puder” só veio agora, quando a colheita mostrou a insanidade do plantio.

Então, reitero, se houvesse um crime só para jogar ao vento em nome do Bolsonaro seria a apoteose do “Mecanismo”. O Alexandre de Moraes garantiu que seria “Implacável com fake news;” mas, a balança dele seguramente tem defeitos.

Fake é tudo que apoia o conservadorismo, malgrado, seja veraz; e verdadeiro tudo o que a canhotalha espalha, mesmo tendo o “fato” nascido duma cabeça poluída atrás de uma tela de computador a serviço do erro.

“A consciência é o melhor livro de moral; e o que menos se consulta” Blaise Pascal