segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

A água que inda resta


“Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor.” Sal 68;32

Já li espíritas dizendo que Jeová era apenas um Deus tribal dos Hebreus; tal qual, tantos povos circunvizinhos tinham. O autor afirmou isso sem nenhum escrutínio das Escrituras, o menor texto que fosse, que embasasse isso. Mesmo que tivesse um, sem o devido contexto, seria mero pretexto, como dizem os mestres de teologia.

Um mensageiro Assírio, exigindo a rendição de Jerusalém disse que o povo não confiasse em Ezequias se ele dissesse que seu Deus os livraria; pois os deuses de muitas nações vizinhas nada puderam; “Não vos engane Ezequias, dizendo: O Senhor nos livrará. Porventura os deuses das nações livraram cada um sua terra, das mãos do rei da Assíria?” Is 36;18

O rei orou: “Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obras humanas, madeira e pedra; por isso os destruíram. Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão; assim saberão todos os reinos da terra, que só Tu És O Senhor.” Is 37;18 a 20

Um exame profundo das Escrituras não faz parte da doutrina espírita; se assim o fizesse implodiria, chocando-se com muitos escritos.

Embora O Eterno tenha escolhido Israel como povo para representá-lo, nunca teve como alvo o “povo eleito” apenas. Quando da chamada de Abraão, prometeu: “Em ti serão benditas todas as famílias da Terra.” Que estranho Deus particular, cujos alvos se estendiam a todas famílias e povos!!

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes Minha Voz e guardardes Minha Aliança, então sereis Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda terra é Minha. Vós Me sereis um reino sacerdotal, povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Ex 19;5 e 6 “Toda Terra é Minha.” Mais um trecho que elimina a doentia e falaciosa ideia de deus tribal.

O povo escolhido seria uma propriedade peculiar para um propósito especifico; “reino sacerdotal.” O que é um sacerdote, senão, um mediador entre Deus e o homem? Um reino sacerdotal visava todo um povo, cujo modo de vida e culto pudesse atrair os demais povos ao Criador.

Israel falhou; muitas vezes perdeu-se na busca de imitar circunstantes, invés de viver de um modo tal, que ensejasse ser imitado por aqueles. O Eterno denunciou: “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das Suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão! justiça, eis aqui clamor!” Is 5;7

Por Israel ter se tornado uma vide degenerada, que O Descendente de Abraão, Jesus Cristo, ao vir, afirmou: “Eu sou a Videira Verdadeira, Meu Pai é O Lavrador.” Jo 15;1

Então, quando Davi compôs um verso tão “mundial” como vimos ao princípio, “Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor.” Estava, pelo Espírito de Deus, repercutindo um anseio do Eterno; que todas as nações O reconheçam com O Criador, dando-lhe o devido louvor.

Infelizmente, não será em nome do amor a Ele que a terra se unirá breve; antes, se amotinará visando banir o menor traço do Eterno, e Seu Ungido. Davi inspirado previu isso; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;1 a 3

Suas “ataduras e cordas” são metáforas, para se referir aos Seus Ensinos, Sua Doutrina. Por enquanto, Sua Palavra é escarnecida, blasfemada, falsificada, desacreditada; mas, em breve será proibida. Usarão toda sorte de pretextos já “registrados em cartório” “fundamentalismo, radicalismo, preconceito, discurso de ódio.” para calar nossas vozes pelo “bem comum.”

Quando a água secar, muitos que agora a desprezam aprenderão tardiamente, o seu valor. “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro mar, do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não acharão.” Amós 8;11 e 12

Para os prudentes que, em tempo, fazem o bom depósito, não haverá como extirpar o que trazem dentro de si; “aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Resta um tiquinho de tempo ainda; que tal aproveitar? “... quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça da água da vida.” Apoc 22;17

domingo, 16 de janeiro de 2022

Rumo ao norte


"Aguardo ao Senhor; minha alma o aguarda; espero na Sua Palavra.” Sal 130;5

A prioridade; “Aguardo ao Senhor.” O primeiro dos mandamentos é amar a Deus sobre todas as coisas. Quem Dele se aproxima por coisas, não por Ele, ainda traz o si mesmo, latente, não mortificado, como deveria. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

Como num casamento com comunhão de bens, ambos os consortes acabam donos de tudo o que possuem. Assim, aquele que se faz um com O Pai, em tempo, também herdará Dele. Todavia, até no raso nível humano se despreza um casamento por interesse material, não por amor.

O que dizer de pretenso relacionamento com O Eterno, onde o egoísmo insano também seja patrocinador? A Palavra ensina: “Buscai ao Senhor, enquanto se pode achar...” Is 55;6 Diz mais: “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6 Mais que “aguardar” passivamente, pois, somos instados a Buscar por Ele.

Não que as coisas necessárias ao conforto da vida sejam más; porém, quando se fazem prioritárias, são indícios de que o sentimento ainda é egoísta, doentio. “... buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua justiça, e todas estas coisas (necessárias) vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Na oração do “Pai Nosso” como chamamos, essa prioridade ficou patente também; “Santificado seja Teu Nome, venha Teu Reino, seja feita Tua Vontade...” antes de pensar nas minhas coisas; meu pão, meu perdão, livramento.

Davi (não obstantes seus pecados) foi chamado de homem segundo o coração de Deus, isso porque, desejava a Ele, mais do que, coisas. “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” Sal 42;2

Se, como disse alguém, todo homem traz dentro de si um vazio com o Formato de Deus, os que forem sábios hão de querer essa Plenitude, antes de coisas periféricas, que até ímpios possuem.

“A minha alma O aguarda”. Interessante construção. Fala de si mesmo como se houvesse em si duas pessoas; ele e sua alma. Bem, se não são duas pessoas, são dois aspectos distintos de uma. Na verdade, somos três em um; corpo, alma e espírito. Isaías disse: “Com minha alma te desejei de noite, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te...” Is 26;9

Sabem os que conhecem As Escrituras que a morte espiritual não equivale à inexistência; antes, à separação de Deus. Toda criatura, salva ou não, possui uma alma, e um espírito. A diferença é que, os salvos, “Nasceram de novo, da água (palavra) e do Espírito (Santo).”

Nos perdidos, o espírito existe, mas “não apita nada”; sua faculdade que filtra valores segundo O Criador, a consciência, está cauterizada. Como se, falhasse no painel do carro, uma luzinha que deveria alertar quando certo componente oscilasse; o motorista seguira dirigindo avariado, alheio ao problema. Assim os mortos espirituais, rumam à perdição pecando “sem culpa” pelo silêncio da consciência, sepultada nos hábitos pecaminosos da alma.

Negar a si mesmo implica nisso; tirar o comando dos atos que sempre esteve com a alma, ouvir e obedecer ao Espírito regenerado, pelo Feito de Cristo. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo O Espírito.” Rom 8;1

A Alma foi criada para ser serviçal do Espírito; quando da queda o espírito morreu, ela assumiu o comando, e se esbaldou na carne; passou a levar cargas que não eram suas. Por isso, a sensação de um novo convertido é de leveza, alívio gostoso, que chamamos “primeiro amor.” “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

“Espero na Sua Palavra.”
Todos os dias pipocam nas redes sociais os feitos dos caçadores de “sinais” que veem a ação do inimigo aqui, ali; potencializam o sensacionalismo calculado onde “descobrem” que “O mundo jaz no maligno.” Cáspita!! O Salvador disse: “Passarão os Céus e a Terra, mas Minhas Palavras não hão de passar.”

Que importa se, muitos escandalizam, os zombadores parecem ter razão, os centros acadêmicos escarnecem, ateus provocam? 

Não precisamos de uma tsunami por dia, um vulcão aqui, um desmoronamento acolá. A Palavra diz como as coisas serão, e isso basta. “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará...” Is 34;16

Não significa que devamos ignorar sinais. Mas, para a fé verdadeira A Palavra é fiadora; o que mais vier será gorjeta.

Se O Senhor for nossa prioridade, nossa alma será submissa ao Espírito, A Palavra será a bússola; o norte, a salvação.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Sede de justiça


“Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga minha causa.” Lam 3;59

Rejeitado como porta-voz do Senhor, Jeremias fora agredido, preso, humilhado; agora, ante uma cidade arrasada, irmãos cativos na Babilônia, coisas que profetizara em tempo de se evitar e não fora ouvido, compunha seus tristes cânticos, as Lamentações de Jeremias.

“Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram...” Ele não estava perguntando se O Eterno vira; antes, afirmando. Sabedor da Onisciência Divina, segundo ela se portava. “Julga minha causa.”

Quando O Salvador declarou: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça...” referiu-se aos que, mesmo sofrendo injustiças várias, não partem para um revide, antes, entregam o juízo a Quem de direito: O Senhor. “Julga minha causa.”

O “juízo” alienado do Eterno traz em seu bojo uma maldição. Ao desconsiderar o Veredicto do Juiz dos Vivos e dos Mortos, quem assim faz acaba age no conselho da oposição; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Poderia parecer bem aos dirigentes da Igreja primitiva a morte de Saulo de Tarso; quando esse os perseguia feroz. Aos Olhos Divinos coisas maiores deveriam ser feitas e foram, como sabemos.

Aos que servem ao Senhor, pois, se ordena que renunciem ao “modus operandi” do mundo, de onde presumivelmente saíram, para, só depois serem partícipes do “Segredo do Senhor.” “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Afinal, “O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14

Portanto, além de ensejar uma inversão blasfema, a presunção de sermos agentes da justiça, muitas vezes a coisa se revela contraproducente também. Se, a opção pelo pecado que rompia com O Criador trouxe maldição, perseverar na causa, necessariamente fará perseverante, também, a consequência. De outro modo; seguirmos colocando nossos anseios em lugar da Vontade Divina, isso fará seguirmos sob maldição.

O mesmo Jeremias dissera: “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia No Senhor, cuja confiança é O Senhor.” Cap 17;5 a 7

Se, a maldição da autonomia profana, de certa forma cega seus pacientes, “... não verá quando vem o bem;” por certo a bênção nas vidas que se submetem ao Salvador permite ver além do que está latente, seja o bem, seja o mal.

Como o prisioneiro José, no Egito que, farto de injustiças manteve sua confiança obediente. Chegado o tempo aprazado pelo Eterno, a ele foi facultado ver catorze anos de história, ainda porvir, na célebre interpretação do sonho de Faraó, que nenhum outro “sábio” conseguiu.

Dada a atuação do servo do Eterno, o soberano, invés de ver um homem acima da média viu Deus nele; “Disse Faraó aos seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja O Espírito de Deus?” Gn 41;38

Uma pergunta retórica que trazia embutida a resposta: Não há outro igual.

Quando O Salvador ordenou aos Seus que oferecessem a outra face a quem lhes ferisse, não tinha em mente um masoquismo doentio, tipo gostar de apanhar; antes, ensinar que deixemos o juízo com Deus; demos outras oportunidades aos que agiram impiamente para conosco. O ímpio mesmo. O falso cristão a Palavra ensina nem comer junto.

Jeremias viveu no contexto do Antigo Testamento; todavia, no Novo, as coisas tendem a um crescimento. Jesus agonizando na cruz orou: “Pai, perdoa-lhes; eles não sabem o que fazem.” Estêvão morrendo apedrejado seguiu caminho semelhante: “... Senhor, não lhes imputes este pecado.” Atos 7;60

Não significa isso, que o Senhor não julgará pecadores não arrependidos com devida justiça; tais atos apenas patenteiam a grandeza espiritual de quem, habitado pelo Espírito Santo, consegue perdoar coisas desse calibre.

Se, a atuação de José deixou “visível” O Espírito Santo pela Luz irradiada, esses casos O deixam também, pelo amor.

Se, parece que nossas causas passam alheias Ao Eterno, lembremos: Sendo Eterno, não sofre limitações temporais. Quando julgar será notório; “... um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor e lembraram Seu Nome. Eles serão Meus, diz O Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e quem não serve.” Ml 3;16 a 18

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

As leis dos homens


“Tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que possuis, nomeia magistrados e juízes, que julguem todo o povo que está dalém do rio; a todos os que sabem as Leis do teu Deus; ao que não as sabe, lhe ensinarás.” Ed 7;25

Esdras enviado por Artaxerxes para restaurar o culto e observância da Lei de Deus; “Porquanto és enviado da parte do rei e dos seus sete conselheiros para fazeres inquirição a respeito de Judá e de Jerusalém, conforme à Lei do teu Deus, que está na tua mão;” v 14

Foram restituídos os vasos do templo, muitas ofertas e doações concorreram; ainda, ordenou o rei, que se desse ao sacerdote Esdras, tudo que ele pedisse, conforme as necessidades.

Malgrado, a ordem tenha partido do rei da pérsia, os parâmetros para juízo “dalém do rio”, eram os preceitos da Lei de Deus. “Nomeia ... todos os que sabem as Leis do teu Deus, ao que não as sabe, lhe ensinarás.”

Que diferença entre aquele padrão e os juristas do mundo! Esses fazem bacharelado, doutorado, mestrado... tudo o que é possível haurir nos bancos colegiais; formados, uns prestam concursos para carreiras públicas, outros se estabelecem autônomos, para, segundo as leis dos homens, defender o direito de quem os procura.

As leis humanas muitas vezes são casuísticas, parciais, preconceituosas até, como as cotas raciais. 

Isaías apresenta a maldição consumindo à Terra por terem os homens mudado o que não deveriam. “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra; os que habitam nela são desolados;” Is 24;5 e 6

Aos magistrados de então, a Lei Divina bastaria. Isaías mencionou um “curso de direito” que faria durante a noite; “Com minha alma te desejei de noite, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os Teus Juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9 Orar de madrugada para aprender justiça.

No contexto imediato vemos que o óbice ao aprendizado não era alguma limitação intelectual, antes, moral; “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça...” v;10 A impiedade como modo de vida tolhe o aprendizado. Ela é uma escolha, não uma necessidade; e não se pode escolher justiça e seu oposto, ao mesmo tempo.

A virtude não é desprezada porque não se apresente devidamente como é; mas, além de ser um tribunal de apelação aos justos, ela acaba sendo um desafio que, os que escolhem o mal se recusam a aceitar. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” I Jo 3;19 e 20

Seguir no “conforto” do mal indispõe muitos, ante o desafio da justiça. Nunca é uma escolha sábia, embora, usual.

Pois, a sabedoria está consorciada com a retidão; a vida segundo o império da justiça. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo...” Prov 2;7 e 8

A menção da “verdadeira Sabedoria” implica a existência da falsa. Paulo fez essa distinção também; “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas, falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;6 e 7

Conhecer à Lei de Deus e segundo ela viver, não é algo de pequena monta; coloca os ditosos que assim fazem, acima dos príncipes do mundo. “Tu, pelos Teus Mandamentos, me fazes mais sábio que os meus inimigos; pois estão sempre comigo. Tenho mais entendimento que todos meus mestres, porque Teus Testemunhos são minha meditação.” Sal 119;98 e 99

Nos dias sombrios atuais, a perversão entrou tão fundo na mata, digo; a inversão de valores grassa de tal forma, que, viver e valorar decisões segundo A Lei do Senhor, coloca-nos em diametral oposição com o sistema; e pasmem! Em muitas “igrejas” o “politicamente correto” parece mais respeitável que A referida Lei.

Segundo a lei dos homens um ladrão está apto a concorrer à presidência; em Cristo, apenas concordar com isso já me faz culpado; “Quando vês o ladrão, consentes com ele...” Sal 50;18 “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

A Mentira

“Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa.” Mat 5;11

Mais de uma vez vi “cristãos” pegos em falcatruas, sonegação, evasão e similares evocando esse verso - “O que aconteceu, (missionário, bispo, pastor?) - “É Mateus 5;11 se cumprindo”; respondia.

Certo que os cristãos são perseguidos; tanto mais, quanto mais fiéis forem. Mesmo nas igrejas onde congregam, esses “albinos” sofrem invejas, rejeições, maledicências; “... todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Tim 3;12

O Salvador apresenta nossas perseguições sofridas como bênçãos disfarçadas, mas, uma palavrinha chama atenção; “mentindo”.

Além daqueles profissionais da camuflagem, alguns de mentes rasas também equacionam erroneamente o fato de alguém falar contra eles, como sendo uma nuance desse texto; nem sempre. É preciso que a perseguição seja por causa de Cristo, (em nós) e que as ofensas sejam mentirosas. “mentindo disserem todo mal contra vós...”

Só é possível falar mal de uma pessoa digna, justa. Quando se trata de um patife, estelionatário, mentiroso, adúltero, profano, etc. Ao se dizer que o tal faz essas coisas, quando, de fato faz, não se está falando mal; antes, segundo a verdade. 

Não significa que devamos propagar tudo que sabemos apenas por ser verdade; mas, que quando falamos coisas que de fato são, não fazemos um mal, apenas repercutimos o mal que outrem fez.

Quantas vezes, em momentos de ira, chamamos um canalha, patife, ou, biltre qualquer, pelo que ele é; invés de se ofender o tal fica rindo? Quem está acostumado com o lixo não se ressente da falta de limpeza.

Porém, essa geração é tão superficial, que, o mero discordar de uma ideia já soa como ofensa grave. Presto saem da arena das ideias para ataques rasteiros de caráter pessoal.

Diga que você não pretende se vacinar; presto uma chuva de pedras cai sobre você, como se, o mero exercício de um direito fosse um ataque à sociedade, à vida.

Os que se vacinam correriam riscos por minha causa? Como, se eles estão imunes?

Não se trata de saúde, mas de controle social; os já imbecilizados e controlados odeiam os que seguem livres; como um cão preso no pátio emite latidos de protesto, quando outro passa nas ruas; assim esses, ante a menor sinal de liberdade alheia; uma vez que são ineptos, covardes, ou, indolentes demais para lutarem suas.

Dizem que somos contra a ciência, como se essa fosse uma deusa, malgrado seus repetidos erros. A própria ciência adverte que a inoculação de substâncias estranhas ao organismo, pode ensejar, efeitos colaterais.
E admite que os efeitos das famigeradas vacinas são desconhecidos, ainda; sendo que, uma fabricante, a Pfizer, disse não assumir responsabilidades pelos eventuais danos à saúde derivados das vacinas.

Então o que os paladinos da nova sociedade interligada chamam de negacionismo, na real, é apenas prudência de gente que ousa pensar por si mesma, avessa à manipulação da mídia e pressões de grupos multimilionários globalistas, cuja agenda prevê, entre outras coisas, a “redução da população”.

Esses são defensores do aborto que mata inocentes indefesos, e querem que eu acredite que lutam para salvar velhos que não fazem mais parte da força produtiva??

Portanto, as coisas que a mídia prostituta diz, bem como as pressões de grupos obscuros, com interesses escuros também, a nosso respeito, dos cristãos conservadores, que pelejam por valores individuais segundo Cristo, mais que um globalismo amoral e imoral, não passa de crassa mentira.

Outro dia um desses me deu um “científico” conselho dizendo que, na minha idade, se recusar a terceira dose o risco de morrer é muito alto. Ora, eu sei dos riscos de estar vivo num mundo assim.

Mas, não tomei nenhuma dose, tampouco o farei. Os riscos que corro dizem respeito a mim; não faço mal a ninguém. Se, os vacinados estão imunes não precisam temer; se a coisa não imuniza, por quê a tomam, malgrado, possíveis riscos inda desconhecidos?

O sistema faz contorcionismos para abafar toda sorte de dissidências; se fosse mesmo para defender a saúde, faria vistas grossas como sempre fez.

Chega a ser espantoso como algo com uma lógica assim diáfana, passe despercebido e seja defendido até, por toda uma geração. Quem acredita que se pode encontrar castidade no bordel que o faça; mas, respeite o direito dos que acham que as putas são mesmo putas, e nada do que disserem muda isso, pelo que fazem.

Segundo a Bíblia, acreditar na mentira é juízo para quem desprezou à verdade. “... Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tes 2;11 e 12

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Em Cristo; nova mente

 

“Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti.” Is 26;3

Sendo a mente abstrata, óbvio que, sua firmeza deve ser entendida nesse contexto. Como a firmeza em se tratando de coisas concretas é uma qualidade de algo que não se deixa mover, abalar facilmente, uma mente perene manterá sua postura, mesmo ante circunstâncias adversas.
O paralelismo da poesia hebraica acrescenta dados sobre a ideia de uma mente firme; “... ele confia em Ti.” (em Deus)

A paz com Deus tem peculiaridades diferentes da do mundo. Por isso, a distinção do Salvador; “Deixo-vos a paz, Minha Paz vos dou; não vos dou como o mundo dá...” Jo 14;27
A paz mundana muitas vezes abafa situações que a fariam morrer, se fossem visíveis; daí o dito que, “o que os olhos não veem, o coração não sente.” Testemunho oblíquo de que, certas nuances da “paz” vivida derivam da cegueira.
A paz com Deus jamais será construída no escuro. Esse é o habitat do mal; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

A Paz de Cristo traz consequências com os semelhantes, e purificação, perante O Eterno. “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7
Tal bem, como a Palavra apresenta, não é uma causa; antes, uma consequência de termos andado como O Príncipe da Paz, que nos justifica, ensinou; “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Jr 32;17
Justiça segundo O Senhor requer primeiro ouvidos, depois ações coerentes com o que ouvimos, para só então, fruirmos essa bendita consequência. “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus Mandamentos, então seria tua paz como o rio, e tua justiça como as ondas do mar!” s 48;18
A observância das Palavras do Eterno demanda um modo, muitas vezes, passivo, embora possa ser ativo também. Digo; uma espera confiante pode demonstrar uma mente firme, enquanto um ativismo religioso temerário derivará da dúvida, trará à luz incertezas, invés de paz. Há “orações” que nem deveriam ser feitas, por vidas alienadas da justiça; “O que desvia seus ouvidos de ouvir a Lei, até sua oração será abominável.” Prov 28;9
Normalmente a impiedade é a força motora da agitação, quando a espera confiante seria a coisa certa a fazer. “Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21
Não podemos esquecer que a confiança é testada em cenários cujos contornos ensejariam desconfiança. Não carecemos guarda-chuvas sob o sol radiante, mas quando chove. Camões dizia: “A verdadeira afeição, na longa ausência se comprova.”
Suponhamos que, O Eterno, que anseia ser também Amado pelos que ama, decida por à prova a veracidade da nossa afeição; e, teste à firmeza da nossa mente, em circunstâncias adversas tais, que não reste nenhum testemunho, do Seu cuidado, “apenas” o conhecimento da Integridade que há no Seu Nome. Os probos, de mentes firmes, fés enraizadas haverão de passar incólumes sob provas assim. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu Servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10
Em casos assim, sem luz nenhuma, aquele que entende o significado do Santo Nome, tem luz bastante para confiar. Os demais acendem fogos alternativos, como se algum ritual mágico desfilando no carro do ativismo religioso “obrigasse” Deus a agir só porque eles querem.
Desse calibre são as “orações fortes”, “determinações”, “decretos”, e similares profanações que navegam nas águas do fetichismo. Para Deus, apenas falta de fé, fruto de uma mente volúvel a friccionar o galho da dúvida contra o da presunção, com fito de ver voarem as faíscas do autoengano. “Eis que todos vós, que acendeis fogo, vos cingis com faíscas, andai entre as labaredas do vosso fogo, entre as faíscas, que acendestes. Isto vos sobrevirá da minha mão; em tormentos jazereis.” Is 50;11
A postura de uma mente firme, na qual devemos confiar e esperar, contudo, não justifica nem patrocina eventual indolência, quando sabemos que devemos agir. “Tudo tem seu tempo determinado”, ensina a Palavra.
Serão somente os obedientes que terão o discernimento necessário para os passos e as esperas em cada situação. “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5

domingo, 9 de janeiro de 2022

O Culto dos Mortos


“Quando Efraim falava, tremia-se; foi exaltado em Israel; mas ele se fez culpado em Baal, e morreu.” Os 13;1

Cinco palavras: Comunhão; autoridade; exaltação; apostasia e morte.

Quando Efraim falava... pelos predicados inerentes à fala, fica óbvio que falava segundo Deus; em comunhão com Ele.

Uma fala que faz estremecer não é prerrogativa humana; embora se diga vulgarmente que a voz do povo é a Voz de Deus, não é bem assim. “A Voz do Senhor é Poderosa; É cheia de majestade... A Voz do Senhor Separa labaredas do fogo. A voz do Senhor faz tremer o deserto...” Sal 29;4ss

Falar com autoridade tal, que enseje tremor é uma qualidade de quem fala segundo Deus. Jesus, a Voz de Deus encarnada, “... ensinava como tendo autoridade; não como os escribas.” Mat 7;29 Assim, os que O Servem.

Comunhão e autoridade estão amalgamadas, pois; são frutos do mesmo baraço. Cheias estão as redes sociais de anúncios que prometem me fazer um pregador assim, ou assado; com técnicas, esboços, ilustrações criativas...

Ora, colocar artimanhas humanas em lugar do Bendito Espírito Santo é regar flores de plástico. A autoridade não deriva de fontes rotas; “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7 Jeremias denunciou: “O Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Quando deparamos com mensagens “redondinhas” em conteúdo e vazias em autoridade, presto discernimos um papagaio espiritual repetindo coisas que ouviu alhures, por omisso em buscar na Fonte.

Exaltação; essa, provinda de Deus não traz o concurso raso das paixões por fama, renome, posses... antes, O Eterno se agrada de, em tempo, realçar àquele cujo viver, lhe apraz; para tal, o lugar alto se torna uma ameaça a mais, um risco de olvidar de onde veio, contra o qual costuma estar vigilante. Afinal, “diante da honra vai a humildade.”

Um “exaltável” aos Divinos Olhos, pode errar à sombra, até o momento oportuno; como José, na cadeia; ou, o do exemplo de Salomão; “Encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem.” Ecl 9;11

Como diz no Talmude que, “A grandeza foge de quem a persegue, e persegue quem foge dela.” assim, a vera exaltação.

Apostasia; “se fez culpado em Baal...” É uma doença espiritual que, a tentativa de “cura” diagnostica a enfermidade, mais que, outro sintoma qualquer.

Quando precisamos de algo para ocupar o lugar de Deus em nós, é porque esse já está vazio; nos afastamos Dele. Esse é tão especial, que, mais nada pode preencher. Por isso, um “abismo chama outro”, quando, um simulacro revela sua inutilidade e buscamos mais do mesmo em diferentes embalagens. Não bastando Baal, Efraim buscara os bezerros como deuses; “Agora multiplicaram pecados, da sua prata fizeram uma imagem de fundição, ídolos segundo seu entendimento, todos obra de artífices, dos quais dizem: Os homens que sacrificam beijem os bezerros.” Os 13;2

Morreu. A morte espiritual geralmente não é devidamente compreendida. Há quem pense que ativismo religioso equivale à vida. Pois, se haviam imagens de Baal e dos bezerros, havia culto “espiritual”; todavia, os cultuantes estavam mortos.

Há tantos mortos em evidência pelos maus frutos que ostentam... pensam que basta “gospelizar” tudo, digo; rotular doentias paixões e mundanas maneiras para que estejam espiritualmente vivos. Não. A Palavra é categórica: “... O Senhor conhece os que são seus, qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19 Sobre a mistura com valores e credos ímpios diz: “saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei;” II Cor 6;17

Pois, os que se preocupam mais com rótulos que com o produto, acabam tendo apenas as reputações religiosas, privados da Vida Em Cristo; “... Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.” Apoc 3;1

Tantos lugares, amplos espaços para se morrer lá fora, mas, os enganadores de si mesmo e de quem lhes escuta preferem morrer dentro das congregações dos salvos.

Andam de um lado para outro maquiando seus diabos de estimação, e esforçando-se em seus artifícios, para que o morto se movimente, como se estivesse vivo.

O “Marketing” de um servo de Deus não o coloca na passarela; antes, no combate contra a própria carne, o mundo e o inimigo; os que estão vivos frutificam até em ambiente árido. “Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” Jr 17;8