“Não sou eu apóstolo? Não sou livre? Não vi a Jesus Cristo Senhor nosso? Não sois vós minha obra no Senhor?” I Cor 9;1
Deparei com um vídeo onde um “mespone”, um mestre de... enfim, dizia que o cristianismo teria sido uma criação de Paulo. Tão fraudulenta, que o referido apóstolo, sequer teria visto ao Senhor pessoalmente. O que poria em xeque, a honestidade dos seus escritos. Seu argumento se baseia na omissão dos registros evangélicos sobre isso. De que Paulo tenha conhecido ao Senhor. Ora, a omissão não prova nada, exceto, ela mesma.
O texto acima, da pena do próprio, diz o contrário. A sua pergunta retórica implica que ele vira ao Senhor. Porém, argumentaria aquele, Paulo estaria se referindo ao incidente de Atos, onde O Senhor ressurreto, lhe teria falado; esse seria seu argumento de ter “visto” ao Senhor. Apenas uma luz dos Céus e uma voz, que ele extasiado ouvira, o que seria frágil como prova. Demandaria confiarmos no que ele disse. Lucas teria registrado o que ele dissera e ponto.
Ele falou mais do que isso; “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; ainda que, também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não O conhecemos deste modo.” II Cor 5;16
Ainda que O tenha visto fisicamente, não é isso que importa; antes, quem Ele É, espiritualmente, é que tem maior relevância; essa é a ideia.
Acaso, os milhões de cristãos que tiveram suas vidas transformadas pelo Senhor, careceram vê-lo pessoalmente para que isso acontecesse? “Bem aventurados os que não viram e creram”; como disse Ele a Tomé.
]
Os evangelhos registram muitos embates do Senhor contra os fariseus, dos quais, Paulo era um. Se, não foi citado nominalmente, poucos foram, (Anás, Caifás, Jairo) se deu porque, então, não tinha relevância.
Os evangelhos registram muitos embates do Senhor contra os fariseus, dos quais, Paulo era um. Se, não foi citado nominalmente, poucos foram, (Anás, Caifás, Jairo) se deu porque, então, não tinha relevância.
O fato de que se tornou o mais ferrenho dos perseguidores da Igreja embrionária, foi registrado por Lucas em Atos dos Apóstolos. Caso tenha decidido, em determinado momento da sua empresa perseguidora, a mudar de lado, poderia explicar o barbado mestre, como alguém deixa de ser mortal perseguidor, para se tornar um defensor, de forma a arriscar a própria vida, como ele fez? Pois, invés de um espertalhão, isso o faria um estúpido.
Se o seu intento fosse mera velhacaria, por que tamanho risco? Que velhaco mais bisonho seria!! Qual o incentivo para tão árdua empresa, saindo da facilidade de perseguidor oficial, com o beneplácito do Sinédrio, para a saga de perseguido sem nenhum auxílio humano?
Não pretende o aludido “mestre” que duvidemos da honestidade do apóstolo; é necessário que o façamos em relação à sanidade dele, para darmos algum lastro de verossimilhança a tamanhas sandices.
Ir a um podcast, sem nenhum contraditório, e vomitar um monte de baboseiras oriundas de “cérebros” crustáceos, qualquer um consegue. Agora lidar com fatos, com argumentos calcados na honestidade intelectual e moral, aí já não é tão simples.
O mesmo apóstolo, tão odiado por muitos advertiu: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4
Que direito tenho que tratar como fábulas às propostas alternativas e defender à Palavra como verdade? Os frutos que ela produz em cada um que a abraça, falam por si, como O Senhor mesmo desafiou; “... Minha doutrina não é Minha, mas Daquele que Me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de Mim mesmo.” Jo 7;16 e 17
Crer ou descrer, é direito inalienável de todos. O número dos que duvidam é muito maior do que o dos creem, infelizmente; me refiro a crer de modo a se deixar transformar segundo a doutrina, não, mera articulação fonética para uma vitrine social.
Entretanto os que descreem apenas, seguem suas vidas às suas maneiras. Quando alguém, além de descrer parte para o ataque, formula uma “doutrina” para negação da verdade, por que o faz? Acaso reconhece que está a serviço da oposição ou ignora que é um fantoche dessa?
Sempre cito uma frase que escutei alhures; “Queres conhecer a situação espiritual de alguém? Observe contra o quê, ele está lutando.”
Pois os que lutam contra a difusão da verdade, o mesmo Salvador e Senhor advertiu, a quem servem: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” Jo 8;44