segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Códigos Eternos


“O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto outro, são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15

Quem se apega com todas as forças ao “não julgueis”, sem entender deveras o sentido, precisa cotejar o ensino, com o provérbio supra. Não está censurando justificar, ou condenar; mas, fazer isso de modo indevido, alienado do método justo.

Uma coisa é julgar, de modo temerário, atribuindo motivações que ignoramos, produzindo-as. Outra, saber o que é justo, por ter aprendido do Senhor; à luz disto, se portar no teatro da vida. Nesse caso, não julgamos, antes, discernimos a essência das coisas segundo Deus. “O que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 1 ;15

Deriva de sermos bons ouvintes, ante À Palavra do Eterno, que traz edificação, maturidade, aperfeiçoamento no sentido de identificarmos a essência das coisas; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm sentidos exercitados para discernir tanto o bem, quanto, o mal.” Heb 5;14

Como poderíamos optar pelo bem, pelas coisas virtuosas, ou, evitar o mal, sem certa capacidade de julgar e identificar um e outro?

Para mantermos o bom porte nos apreços que fazemos, seja, censurando, seja, apoiando, devemos nos pautar por valores, não por preferências; e os tais, derivados da Fonte da Justiça, O Todo Poderoso, se, pretendemos estar alinhados com Ele. “... todas minhas fontes estão em Ti.” Sal 87;7

Os reféns de paixões clubísticas nos esportes, ideológicas na política ou filosofia, rituais espúrios na religião, em geral, tendem a ser lenientes, cúmplices até, com os que envergam o mesmo lábaro; avessos, severos contra os que pensam diferente. Tanto censuram aos justos se esses forem diferentes, quanto, justificam aos ímpios, se os tais forem dos “seus”.

Nesse caso, tendo as paixões humanas como aferidoras, ou, alguma conveniência rasteira a “patrocinar”, então se aplica com todas as letras, o “não julgueis.” Foi a isso que O Salvador censurou. “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” Jo 7;24 “Porque O Senhor é justo, ama a justiça; o Seu Rosto olha para os retos.” Sal 11;7

Tenho minha preferência esportiva, nada doentia, mas gosto de ver o Grêmio ganhar. Quando se anula um gol “nosso”, como ocorreu duas vezes, ontem, penso: Se fosse contra nós, seria justa a anulação? Caso afirmativo, considero justa mesmo sendo a favor. Simples assim. Por essa régua devemos pautar todos os nossos julgamentos, a isonomia. Convém medir nossos direitos com a mesma escala dos deveres.

Há um ditado que versa: “Ouro nas mãos do bandido, ainda é ouro.” Ou seja, a coisa certa, veraz, justa, feita por gente que desaprovo, segue sendo certa, veraz e justa. Mas, em geral as paixões humanas não permitem nenhuma concessão aos que não são aves do mesmo bando.

Na política, com a imprensa prostituta a serviço de quem paga seus trabalhos de alcova, alguns começam a falar que Nicolás Maduro é de direita; porque a escalada de violência e a nudez da fraude que cometeu se tornaram indefensáveis.

Aqueles que sempre defenderam à ideologia esquerdista, quando percebem que o “modus operandi” da mesma desfila inaceitável, tentam amputar um de seus próceres e jogar para o outro lado. O esquerdismo sempre foi amoral e imoral; defendendo bandidos, aborto, drogadição, casamento gay... qual o problema, roubar a eleição e matar quem se opõe?

Isso evidencia que tais “juízes” não censuram ao ímpio; antes ao que pensa diferente. Se, o tirano é mesmo de direita, o que fez esses anos todos que participou do encontro da esquerda latino-americana, no de Foro de São Paulo? Devia ser um infiltrado, um espião. Francamente! O jornalismo tinha dever de não ser tão obsceno.

Enfim, as palavras de julgamento que falarmos, serão usadas contra nós em juízo; “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” Mat 12;37

Por isso, quem teme a Deus fala segundo Ele; não precisa se preocupar, mesmo sabendo que os Céus registram suas falas; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; O Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que O temeram; para os que se lembraram do Seu Nome. Eles serão Meus, diz O Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve.” Ml 3;16 e 17

Nossas falas estarão no Tribunal Eterno, não como códigos; mas, como testemunhas das escolhas que fizemos. Códigos, são as Palavras do Senhor. “Quem Me rejeitar, não receber Minhas Palavras, já tem quem o julgue; a Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

domingo, 4 de agosto de 2024

O porvir


“Porque nunca haverá mais lembrança do sábio que do tolo; porquanto de tudo, nos dias futuros, total esquecimento haverá. Como morre o sábio, assim morre o tolo!” Ecl 2;16

Salomão e sua filosofia, “debaixo do sol.” Uma vez que a sina inevitável da morte, “nivela” todos, tanto faria, ser alguém sábio, ou tolo. Será?

Dizem que Salomão teria escrito seus Cânticos nos dias da juventude, na efervescência do amor; os Provérbios na idade madura, quando a mente, no auge do vigor, busca entender o porquê das coisas; o Eclesiastes, na sua velhice; então, viu a impotência do labor e do saber humano, contra a “máquina do tempo”; por isso, um escrito eivado de pessimismo. “vaidade de vaidades; é tudo vaidade.”

Sendo os escritos de cunho sapiencial, não, por revelação, natural que as vicissitudes humanas ponham a digital em tudo o que se escreve. Agiu com um filósofo a refletir, não como porta-voz duma revelação recebida.

Geralmente, os profetas introduziam suas falas com, “Assim diz O Senhor... Veio a mim a Palavra do Senhor;” Salomão, malgrado tenha recebido o dom da sabedoria, ele mesmo deixou claro que seus escritos eram fruto de suas meditações, não de revelação Divina. “Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. Apliquei meu coração a esquadrinhar, informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu...” Cap 1 vs 12 e 13

No fim de seu tratado pessimista, deixou uma janela nos Céus, sem a pretensão de encerrar o assunto, “debaixo do sol;” disse: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda Seus Mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra; até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Ecl 12;13 e 14

Mensurara como palavras sábias, as recebidas, não as buscadas mediante reflexão; “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo Único Pastor.” V 11 Por isso, o dito de Paulo aos de mente filosófica: “Qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão, O Espírito de Deus.” I Cor 2;11

Quando vejo gente derivando doutrinas do Eclesiastes, como o “sono da morte” dos adventistas, percebo que estão equiparando o saber humano ao Divino, sem sequer se darem conta. Paulo cotejou o humano saber com o do Senhor; Esse, mais que em rebuscadas ginásticas intelectuais, se reflete no modo como agimos; “Falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;7 e 8

Em certo sentido é vero o dito: “como morre o sábio, morre o tolo.” A morte, após a queda, resultou inevitável; “Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.” Frase que Ariano Suassuna colocou nos lábios do Chicó, em “O Auto da Compadecida.”

Porém, que todos se igualam como condenados, há controvérsias. Ou, que “no futuro, total esquecimento haverá”, também é duvidoso.

Que sentido teria vivermos renúncias, em submissão a Cristo, ancorando nossa esperança em venturas do além, se tudo acabasse aqui? Para quê, serviria o “Tesouro nos Céus” que devemos ajuntar? Paulo advertiu: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” I Cor 15;33 Antes, dissera: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” V 19

Qual sentido na pergunta do Salvador, “Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo se perder sua alma?” Mc 8;36

Se tudo se acaba com a morte do corpo, já não há uma alma que possa se perder. Contudo, Jesus Cristo ensinou: “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Àquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5

Do futuro, Daniel ensinou duas coisas relevantes: Ressurreição e recompensa. “Muitos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, outros para vergonha e desprezo eterno. Os que forem sábios, resplandecerão como o fulgor do firmamento; os que a muitos ensinam justiça, como as estrelas sempre, eternamente.” Dn 12;2 e 3

“Ouvi a instrução, e sede sábios, não a rejeiteis.” Prov 8;33

sábado, 3 de agosto de 2024

Esquerdismo


“A disciplina é mais forte que o número; a disciplina, isto é, a perfeita cooperação, é um atributo da civilização.” John Stuart Mill

Desde que, servos do capiroto conseguiram incutir nas massas que, disciplina equivale à opressão; possuir riquezas, a ser opressor; e acoroçoar espúrios anseios, com métodos violentos é lutar por direitos, o mundo entortou de vez.

A Bíblia ensina que, os avessos à disciplina são de espúria origem, invés de filhos de Deus; “Se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;8

O que são as leis, e as necessárias instituições saudáveis, para garantir o império delas, senão, cercas indispensáveis à civilização, cujo respeito requer disciplina, para preservação de uma sociedade igualitária e livre?

O “progressismo” com sua anárquica destruição de valores, tem no fim do túnel seu mentor de braços abertos e garras afiadas, assanhado para impor o totalitarismo global.

O mundo carece refratários a esses “progressos” se, pretende seguir respirando, ainda que, tênues nuances de liberdade. “Cada época é salva por um pequeno punhado de homens que têm a coragem de não serem atuais." Chesterton. Esses “jurássicos” preservam valores, disciplina, leis; coisas essenciais para que a barbárie não os vitime.

O “avanço” socialista não tem uma linha de chegada que condecore vencedores; antes, o objetivo é a destruição dos valores, instituições, democracia, patriotismo, família. Quando conseguirem vermelhar o mundo, os idiotas úteis cooptados por eles entenderão, que pelejaram pelo direito de não terem direitos. Xeque-mate!

Cinicamente preservam os rótulos, enquanto destroem essências. Em nosso país, altamente vulnerado pela metástase desse câncer, temos uma “democracia”, onde o povo livremente, nas ruas, deixa patente sua escolha; mas, “contam” os votos no escuro; sonegam auditoria e ameaçam, perseguem, prendem; cassam direitos políticos de quem discordar do “resultado.” Precisam “defender à democracia”.

Nesse quesito, felizmente, o Maduro se revelou verde; sua “vitória” foi tão mal maquiada, que, apenas ditadores como ele (China, Rússia, Coréia do Norte, Nicarágua, Irã...) ou, prisioneiros de interesses mesquinhos, narco-ideológicos como Brasil, Colômbia e México conseguem fingir que o “resultado” é confiável; conceder o benefício da dúvida até a “apresentação das atas”, tempo que dão ao tirano, para ver se ele descobre algum disfarce para a fraude que perpetrou.

Lula não viu nada de anormal. Isso deve ser atribuído aos seus olhos, agravados pela miopia ideológica, comprometidos com ilícitos financiamentos recebidos daquela fonte; não, aos fatos.

Disse que bastaria a oposição, por discordar, entrar na “justiça” onde essa decidiria. Num sistema onde o próprio “eleito” declara sua vitória e fala pelo “tribunal eleitoral”, pleitear algo num antro assim, tem tudo para terminar bem; para o ditador, dono do tribunal, e dos juízes. Também isso, a toupeira voluntária finge não ver.

Nas Olimpíadas, o esquerdismo com sua pauta “Woke”, apelido conveniente que dão às perversões sexuais, e ao feminismo, mostra suas garras. Nenhuma manifestação religiosa é permitida; jogadores marroquinos comemorarem de rosto em terra como fazem quando oram a Alá, tudo bem. Parodiar o quadro da Santa Ceia, na abertura, também. De Jesus se pode falar apenas em “LIBRAS” sujeito a punições.

Tudo acaba sendo “munição” para a guerra cultural, dos esquerdistas. A jogadora de futebol, Marta, por ser LGBT, é endeusada, idolatrada acima da média; erros grosseiros como o que causou sua expulsão contra a Espanha são minimizados. Deixou de ser uma jogadora de futebol, para ser munição, por parte dos Wokes. Acaba sendo rejeitada por muitos, malgrado seus relevantes feitos, pela nociva ressignificação da sua vida.

A judoca que ganhou o ouro, Beatriz Souza, invés de ser celebrada como uma brasileira vitoriosa, é “mulher negra”; por que abririam mão de tão preciosa “munição.”

Ela é mulher, negra e brasileira. Mas, está lá representando nosso país, não, uma razão alheia aos esportes. Mas, eles se apropriam de tudo o que seve à “causa”. Se a fraude do Maduro não vingar, já começam a dizer que ele é de direita, e bolsonarista. Se, a destruição dos valores é seu alvo, por que a verdade ficaria em pé?

Pouco importa se a “Cidade-Luz” colocou triatletas a nadar entre as bostas flutuantes do Sena; há uma causa subjacente aos jogos que despolui tudo. Se eles disserem que as águas estão cristalinas, estão.

Ironicamente, é justo nos esportes que a disciplina e as regras isonômicas são indispensáveis. Mas, emporcalham tudo, mesmo as competições.

Maduro que já mandou matar dezenas de opositores se disse “guerreiro do amor”. Eles conseguem matar até as palavras, de modo que não consigam dizer mais nada.

Para azar deles, Jesus sempre foi anunciado em LIBRAS; digo, pelos gestos, que prescindem das palavras; aquele que pauta seu viver pelos ensinos Dele, em silêncio se faz pregador.

Simples; e sério


“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Mc 16;16

Simples assim? Sim, e não. Essa promessa inclui algumas “letras miúdas” que precisam ser consideradas, também. Crer e ser batizado são passos iniciais, indispensáveis; contudo, a decisão demanda outros passos, ainda.

A primeira nuance é uma mudança no agir, doravante, segundo o Ensino Daquele em quem cremos. As obras coerentes que evidenciam a fé. “... a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, eu tenho obras; mostra-me tua fé sem tuas obras, eu te mostrarei minha fé pelas minhas obras.” Tg 2;17 e 18

A Palavra é categórica sobre o meio pelo qual somos salvos; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

E expressa com a mesma clareza, como deve ser o andar dos que creem; “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” V 10 “Aquele que diz que está Nele, também deve andar como Ele andou.” I Jo 2;6

Assim, mesmo sendo simples a receita, crermos em Cristo e nos batizarmos Nele, essa iniciação demonstrada pelo batismo supõe uma identificação com O Salvador às últimas consequências. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Isso traz anexo, o compromisso com um modo de viver diverso do que tínhamos antes; “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos em novidade de vida.” Rom 6;4

Eventualmente, consideramos nos identificar com O Senhor em obediência, quiçá, na capacidade de operar algum sinal pelos dons do Seu Espírito; porém, o mais grave nesse mundo mau e adverso ao Senhor, é que devemos nos identificar com Ele em Sua rejeição. “Basta ao discípulo ser como seu mestre, ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao Pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” Mat 10;25

Mais que rejeição, grassa o ódio do mundo contra O Senhor. Basta ver o exemplo atual das Olimpíadas de Paris, onde, O Nome Dele precisa ser “falado” em LIBRAS, sujeito a punições; enquanto, a blasfêmia contra Ele e Seus ensinos é encenada “Urbe et Orbe”.

Não, conquistar coisas pela fé, como ensinam os mercenários da prosperidade, os vencedores de Cristo, são os que perseveram em meio às adversidades, perseguições, zombarias que esse mundo dirige contra O Senhor e Seus servos.

Mais que uma “chave” que abre portas cerradas, a fé sadia é uma confiança inabalável, que repousa no seu alvo, O Senhor, mesmo quando todas as portas insistem em não se abrir. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Podemos aprender com o erro de Abraão, que, quando lhe pareceu que a Promessa Divina estava meio fora do alcance, de ter um filho, por sugestão da esposa aceitou um atalho, tomando em seu leito à escrava, Agar.

Sempre que nossa fé for testada, a vida se encarregará que colocar uma “Agar” ao lado, um “plano B”; a excelência da fé não é esperar pelo óbvio, o lógico.

Quanto ao fiador do que cremos, devemos descansar na Integridade Divina; quanto o teor do que convém esperar, devemos crer conforme Sua Promessa.

Se ancorarmos nossa esperança no que não foi prometido, O Eterno não se responsabiliza pelos nossos devaneios. Saibamos que, embora seja lícito orarmos pedindo coisas segundo nosso arbítrio, a essas devemos colocar o adendo: Todavia seja segundo a Tua Vontade; atinente à salvação, convém “... reter a esperança proposta;” Heb 6;1

Na reta final, dos “dias maus”, mais que uma força para fazer acontecer coisas boas, a fé sadia nos mantém na Rocha, vendo nas crescentes adversidades, no recrudescer da maldade, a certeza que, não somos do mundo; ou, um testemunho oblíquo de que pertencemos a Cristo.

Seguem imutáveis os passos, crer e ser batizado; concorrem sofrer rejeição, perseverar; “sereis odiados por todos por amor do Meu Nome; mas quem perseverar até ao fim será salvo.” Mc 13;13

Estejamos também atentos aos da Graça barata, que, superestimam o perdão, e ignoram a necessária disciplina. Setenta vezes sete é ordem de perdoar sempre, que recebemos; não, licença para os maus seguirem maus, indefinidamente.

A fé salvífica é disciplinada, obediente. “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus...” Rom 11;22

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Maduro e a fraude


“As palavras dos ímpios são ciladas para derramar sangue, mas a boca dos retos os livrará.” Prov 12;6

Alguém disse com propriedade, que a hipocrisia é uma homenagem que o vício faz, à virtude. Toda a cilada carece de alguma aparência de normalidade; quiçá, uma “isca” que atraia a pretendida vítima.

Assim, as palavras dos ímpios precisam parecer retas, se, desejam que tenham eficácia na arte de enganar. O capeta não aparece com chifres, rabo e tridente; se disfarça em anjo de luz.

Os mais cretinos dos biltres, servos dele, no reino das palavras usam “falas virtuosas”, malgrado, no teatro das ações, incorram nos mais perversos dos vícios. Acaso o ditador fraudulento da vez, Nicolás Maduro, não fala em defender à democracia, os direitos do povo, a justiça e o escambau?

Todos os distúrbios que ocorrem pelos inconformados com a vergonhosa fraude, são por culpa de “la oposicóin”; ele quer a paz, tranquilidade. O canalha comete a maior das violências, surrupia a liberdade de escolha de milhões de pessoas; feito isso, recolhe as garras de Wolverine, e se faz de vítima, defensor da paz??

Ora, num ato falho ou, “sincericídio”, ele mesmo disse outro dia, que se não fosse vencedor nas eleições, haveria “um banho de sangre.”

Informado sobre os apontes das pesquisas, “fazia campanha” dando do que possui, ameaças; buscava votos via intimidação. Não funcionou. Aquele povo, sofrendo pela opressão e miséria do chavismo há mais de duas décadas, está cansado, para seguir tolerando mais do mesmo. Assim, por uma diferença avassaladora, escolheram ao candidato da oposição.

Em nenhuma arena, mais que, na política, as palavras bonitas são usadas para camuflagem de caracteres feios, atitudes indignas; gente sem valor, se traja com vestes furtadas da moralidade.

Tivemos coisas nebulosas nos Estados Unidos; muitos mortos inclusive “votaram” no Biden; a eleição foi burlada, pois, precisavam se livrar do “fascista” Trump. Ah, o outro lado da moeda; assim como palavras belas são usadas como verniz para que bosta pareça ouro, as feias são jogadas contra desafetos, mesmo sem menor nexo com a realidade; sem que a maioria, sequer saiba direito o que significam. Assim, quem o sistema teme é “nazista, fascista, homofóbico, racista...” etc.

Nossas “eleições” todos sabemos como foram; “Eleição não se ganha; se toma”, dissera o Ministro Barroso; tomaram. Os votos foram “contados” no escuro, por um sujeito que tem tanta confiabilidade, quanto, os cabelos da sua cabeça.

Até o Vaticano padeceu dessa “democracia”, onde fortes correntes “progressistas”, “renunciaram” ao Papa conservador, Bento XVI, para colocar o Chico comunista no lugar.

Homens se esforçam para dominar aos outros, usam meios espúrios, fraudes, porque não se atrevem a dominar a si mesmos. Segundo Salomão, isso não resulta em bênção. “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8;9

Para Platão, o risco de os homens bons evitarem a política era serem governados pelos maus. Infelizmente, é o que mais acontece. Para Sócrates, os bons deveriam ser forçados a governar, mesmo contra suas vontades.

Todavia, quando surge um patriota, defensor de valores, mais que interesses, como foram Trump e Bolsonaro, esses albinos enlouquecem o sistema, acostumado com bichos de pelagens normais, os venais e corruptos, apenas. Presto dão um jeito “democrático” de fazer insidiosa campanha de difamação, pela mídia; não bastando essa, domesticam a “contagem” dos votos, injetam o “tranquilizante” da fraude, para que as presas da verdade, e as garras da vontade majoritária da fera, não lhes façam dano.

A maioria cola. Porém, quando é gritante e visível demais, como foi na Venezuela, para manter as aparências “democráticas" não reconhecem à fraude alheia, porque foi mal feita.

Infelizmente esses párias, como aquele que ascendeu ao poder Maduro, e hoje está podre, derramam sangue inocente, de gente que só quer liberdade de escolha; e essa, respeitada. 

Como na Olimpíada, atletas não podem fazer nenhuma manifestação de cunho religioso; mas a organização pode tripudiar da fé alheia. Exemplos da justiça dos homens, num mundo gerido pelo maligno.

Isaías viu uma situação mui semelhante à atual: “... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas; equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu, e pareceu mal aos Seus olhos que não houvesse justiça.” Is 5;14 e 15

Quando esses tiranos assassinos discursam, em “defesa da justiça” pelo verniz aquele, acabam encontrando a condenação, que, no Juízo, ouvirão dos próprios lábios. “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” Mat 12;37

terça-feira, 30 de julho de 2024

Os apóstatas


“Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada.” Heb 6;7 e 8

Pessoas que, tendo crido foram enriquecidas com dos espirituais, para o exercício do ministério; invés de frutificarem para O Senhor, caíram. “É impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, O expõem ao vitupério.” Vs 4 a 6

O texto não se refere a alguém que, tendo crido por um tempo, depois se desviou do caminho, como se, não tivesse mais perdão para o tal, em caso de arrependimento. Antes, aos que, depois de crer receberam uma porção especial de luz espiritual, “foram iluminados”, capacitados a dar frutos excelentes. Porém, em dado momento se desviaram do caminho; invés de produzir os frutos anelados pelo Senhor, deram espinhos.

Conhecemos muitos casos, infelizmente, de gente que recebeu dons preciosos, foi bênção combatendo pela verdade; decorrido algum tempo, mudou o rumo de tal maneira, que o ministério atual pode ser combatido, refutado, rebuscando as mensagens do mesmo ministro, em dias pretéritos. Os ensinos dele, de ontem, combatem os que esposa agora.

Clássico caso de uma árvore que um dia deu frutos, agora produz espinhos.

Seduções modernistas, como se A Palavra fosse biodegradável, as pressões mundanas de gente “boa” que não tolera à verdade como é, encontrando a fraqueza onde deveria estar a vigilância, vão ganhando terreno; o iluminado ministro, descuidado, cede terreno, e por não ser uma queda abrupta, mas, uma derrocada tênue, pouco a pouco, continua ministrando; não mais empunhando a Espada do Espírito, antes, torna-se um porta-voz dos sofismas da oposição.

Paulo fez uma pergunta que caberia a esses apóstatas também: “Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?” Gál 5;7

Eventualmente, deparo com vídeos de ministros com os quais aprendi, e constato entristecido, que hoje, talvez meus mestres careçam observar seus alunos; não ir além do que está escrito, nem acrescentar nada À Palavra de Deus. “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Esses “cresceram” tanto, que citações simplórias como essa, os faz rir; têm-na na ponta da língua, bem como, os sofismas com os quais as ressignificam, segundo “nova luz” que receberam.

Paulo advertiu: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” II Cor 11;3

Uma coisa pode passar despercebida precisa ser dita. A “Monotonia” de Deus tem a ver com Sua Perfeição e Integridade; “Jesus Cristo É O Mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8 “Porque Eu, O Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Ml 3;6 etc.

A sofreguidão demandando por novidades, modernismos, deriva do vazio espiritual, que, quanto mais movimentados forem os vasos, menos identificarão o lapso de Deus; por isso, o príncipe do mundo os faz correr após sombras.

Modernizantes aplaudem aos “homens à frente do seu tempo”, a higidez espiritual requer gente que, por ter recebido a vida eterna, não sofra pelos arroubos efêmeros, antes persevere fiel à Integridade Divina. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6;16

Daniel anteviu a correria tecnológica; “... muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Dm 12;4 A inteligência artificial será o instrumento da dominação do Anticristo; “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Portanto, embora usamos melhoramentos que a ciência possibilita, nas questões espirituais, a excelência reside na fidelidade, não, na modernização.

Enfim, esses que tropeçam tendo perdido noção do certo e do errado, como se arrependeriam se, estão convencidos que o cristianismo precisa mudar, não eles? Os que foram combatentes contra o pecado, agora lutam contra igrejas. O objetivo contra o qual alguém luta, evidencia o quê, o incomoda; esse incômodo deixa ver a qual senhor eles servem.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

O Pão dos Céus

 

“Cessou o Maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã.” Js 5;12

O povo fora alimentado milagrosamente no deserto, durante 40 anos; Maná, nome que deram ao alimento que caía todas as noites para o sustento deles. Talvez, daí a inspiração do salmista; “O homem comeu o pão dos anjos; Ele lhes mandou comida a fartar.” Sal 78;25 Porém, uma vez ingressando em Canaã, aquela “fonte” secou.

Não havia mais necessidade de os Céus proverem, o que a própria terra podia produzir, o alimento. Então, “comeram do fruto da terra...”

Milagres se processam numa interferência sobrenatural na esfera natural, quanto ao “método”; quando à necessidade, geralmente atuam, onde seu resultado não pode ser obtido pelo caminho natural.

Jesus multiplicou pães e peixes; coisas que podem ser obtidas pelos meios naturais. Certo. Porém, no lugar e nas circunstâncias que fez, não. Apenas pelo milagre poderia alimentar a tantos, de modo imediato, em local desértico.

Fazer O Senhor, um transplante de órgãos, mudando o coração ímpio, pela persuasão do Seu Espírito e Palavra, transformando num coração piedoso, é o maior dos milagres. Pois, tende a natureza humana pervertida, após a queda, a enfrentar às coisas fora de si, e manter o apego doentio aos vícios que escolheu. Isso resulta em condenação, mesmo assim, acontece aos montes. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Conversão é milagre. Sem o bendito concurso do Espírito Santo, não vemos nem entramos nos lugares de salvação. “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

Quem nivela as coisas espirituais, com as da alma, como escolhas políticas e esportivas não sabe o que está falando. Embora, pertencer a Cristo nos constranja a abraçar certos valores, que podem ser contemplados na esfera política também.

Que cada um pode escolher o que aprouver, é pacífico. Porém, as consequências são necessárias, não, arbitrárias como as escolhas. A Palavra de Deus é categórica: “... tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gl 6;7 e 8

Embora as escolhas possam parecer diversas, a rigor, no que atina à essência, as opções são duais. Agiremos segundo a carne, ou segundo O Espírito, não obstantes os muitos desdobramentos possíveis.

Esperar obter pelos meios naturais, aquilo que é sobrenatural, é estúpido e contraproducente, como seria, esperar pelos frutos da terra, onde a aridez desértica não os permitia. Então, era o caso do Maná. Deixar de laborar quando em terra fértil, em demanda do pão, seria a sagração da omissão, esperando que os céus tragam o que nós podemos buscar.

Dependemos de um milagre para sermos salvos, recebermos o Pão dos Céus; “... Moisés não vos deu o pão do céu; mas Meu Pai vos dá o verdadeiro Pão do Céu. Porque o Pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá vida ao mundo.” Jo 6;32 e 33

Nossa participação requer que não resistamos quando, nos sentirmos constrangidos pelo Espírito Santo, a rever nossos caminhos nos arrependermos deles, para, doravante aprendermos de Cristo. Sem essa participação, ficaremos alheios ao milagre. “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a Sua voz, não endureçais vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto.” Heb 3;7 e 8

Espiritualmente, sem Cristo estamos no deserto. O Salvador, por Sua bondade faz cair perto de nós o Maná da Sua Palavra. Recolher a necessária porção e dela nos alimentarmos, é escolha de cada um.

Podemos nos ocultar nas carapaças do amor às trevas, rotuladas por uma religiosidade qualquer, como uma tartaruga ante o predador; ou, recebermos À Palavra do Senhor, atendendo ao Seu Chamado. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;28 e 29

O primeiro passo pra ser salvo é reconhecer que, sem Cristo estamos perdidos; o segundo, entender que Ele não é mero rótulo, antes uma pessoa laborando pela nossa transformação, segundo Sua Palavra. “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” II Cor 5;17