domingo, 22 de maio de 2022

Caminhos do coração

“Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Embora contraditório, ser fortalecido em Deus, requer um enfraquecimento do homem. “Negue a si mesmo; tome cada dia sua cruz e siga-me". Deixar a autoconfiança e se estribar estritamente no Senhor.

Jeremias mostrou os dois lados da moeda: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia No Senhor, cuja confiança é O Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro, não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” Jr 17;5 a 8

O Eterno não se torna mais forte em razão da minha fé, nem menos, se em mim houver incredulidade. As possíveis oscilações estão sempre no homem; nunca, Nele.

Ele costuma se “mostrar forte” para com as vidas que O Amam e deixam isso patente através da obediência; “Porque, quanto ao Senhor, Seus Olhos passam por toda a terra, para Mostrar-se Forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele...” II Cro 16;9

Mais que fortalecer, tem prazer neles, os quer perto; “Os Meus Olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

O que forma acidentes nos caminhos do coração, são nossos pecados. A primeira consequência, óbvio, da escolha pelas trevas é a privação das vistas; então, tendemos a ver ameaças fora de nós, quando as causas mortais albergamos dentro. “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov 28;1

As inquietações já são “luzes no painel” advertindo que algo não está bem. Enquanto o justo pode descansar em Deus, mesmo cercado de adversidades. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre o seu Deus.”

Antes de contarmos com a Força do Senhor, porém, devemos descansar na Sua Sabedoria. O fato de O Poderoso estar comigo não significa que abrirá as portas que desejo; tampouco, que me socorrerá quando, espero.

Obediência traz discernimento, nunca, arrogância; “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5 “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

A Sabedoria Eterna não faz experiências para aprender como nós; a cortina das aparências que nos embaça às vistas, não existe aos Olhos do Santo. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Sem essa balela de “Teísmo Aberto”, onde, O Onisciente iria “descobrindo” caminhos. “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que Eu sou Deus, e não há outro; não há outro semelhante a Mim. Que Anuncio o fim desde o princípio, desde a antiguidade coisas que ainda não sucederam...” Is 46;9 e 10

Então, ser fortalecido no Senhor, mais que poder fazer as coisas acontecerem segundo nossos anseios, é deter as inquietações patrocinadoras de angústias; uma força que se revela em quietude, descanso, confiança. “Se te mostrares fraco no dia da angústia, a tua força será pequena.” Prov 24;10

A Luz Divina em nós atua como antídoto às precipitações feitoras das angústias. Freio esse que falta aos ímpios. “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Normalmente pensaríamos em força para a guerra; porém, os meios “bélicos” são preventivos contra ataques do inimigo e enfermidades da alma. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

Não por coincidência, a fé foi figurada como escudo. Nossa confiança impedirá que saiamos batendo cabeça, segundo os açodos naturais, ou, da oposição.

Essa força que aquieta e conforta, tem a ver com ouvidos, não com músculos; “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus Mandamentos, então seria tua paz como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar!” Is 48;18

sábado, 21 de maio de 2022

Fora da lei


“Não admitirás boato, não porás tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa.” Ex 23;1

O veto ao uso de “fake news” é muito mais antigo que o cristianismo; remonta aos dias de Moisés.

Quando testemunhamos sobre algo, imensa responsabilidade nos pesa. “Morte e vida estão no poder da língua; aquele que a ama comerá do seu fruto.” Prov 18;21 Diverso de certas heresias que grassam por aí, o “poder da palavra” humana se verifica em casos assim.

Não, como se tivesse mesmo um poder intrínseco, e bastasse repetir à exaustão o que se deseja, para fazer acontecer. O Eterno ama caráter, invés de mantras. A eficácia da oração deriva de Deus aceitar à face de quem ora, não, por fazermos uma cantilena enfadonha contra a Divina paciência. “A oração de um justo pode muito em seus efeitos...”

Se, até a oração que por sua natureza nos coloca como súplices, dependentes, demanda certos predicados, quem disse que nossas palavras, operando num vácuo, não necessariamente em direção a Deus, malgrado, a intensidade dos nossos desejos, têm algum poder?

Se as coisas fossem dessa forma, certos versos não poderiam estar na Bíblia; “Porque O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” I Cor 4;20 “Este povo se aproxima de Mim com sua boca e Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus.” Mat 7;21 Por exemplo.

Por só aceitar adoração em espírito e verdade O Onisciente e Eterno, antes mesmo das nossas palavras, já nos pode “ouvir”. “Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.” Sal 139;4

Quem resiste à verdade, luta contra si mesmo. A voz da consciência até pode ser ignorada, mas será ouvida. Geralmente as pessoas preferem “ouvir” tarde demais; depois de já terem errado; como disse Samuel Bolton, “se a consciência não for um freio ela será um chicote.”

Portanto, o uso de falsidade, antes de a terceiros, faria mal a mim. Por isso a exortação de Paulo: “Conservando fé e boa consciência, a qual, alguns, rejeitando fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Tendo uma Lei Eterna e Excelente assim a me ensinar, não preciso de “ajuda” de rasteiros tribunais humanos, que, não raro, usam eufemismos vários para maquiar razões impuras; e mudam sentenças de acordo com a “cor” ideológica do réu.

Invés de ter as leis estabelecidas como cercas intransponíveis, malversam, deturpam, ignoram, acrescentam conforme os interesses espúrios.

Muitas vezes o mal, aos Divinos Olhos desfila de “legal” nas planícies humanas. Quem conhece ao Eterno, nesses casos, prefere se manter “fora da lei". “Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

Todo o homem que ouve o Evangelho, de certa forma se coloca no “dilema de Pilatos”. “O que farei de Jesus, chamado O Cristo?” Existe uma espécie de “lei da física” espiritual, onde dois seres antagônicos não se assentam no mesmo trono.

Devemos renunciar o comando de nossas vidas em submissão ao Salvador, “negue a si mesmo”, pois o “poder” que Ele nos dá não é uma “turbinada” em nossos meios; antes, uma regeneração espiritual, Nele. “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Essa regeneração fatalmente fará visíveis nossos males; mas, além de nossas coisas a deixar, passamos e ver onde ingressar; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver O Reino de Deus.” Jo 3;3 O Reino de Deus não é um lugar para onde vamos; é um lugar interior onde Ele Vem, e nos lava. “O Reino de Deus está entre vós...”

Quanto mais perto, mais nossas maldades nos serão visíveis. O arrependido, deveras, se sentirá eternamente agradecido por ser livre de tamanhas culpas. Os demais acharão Cristo um estorvo, uma ameaça.

“Tu amas a justiça e odeias a impiedade” Sal 45;7 Quem recusa-se à submissão, facilmente se melindrará, ante o “discurso de ódio” do Salvador. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;20 e 21

Dentre as falsidades possíveis, a mais perniciosa é a que me faria presumir de Cristo, vivendo da minha maneira. A Terra até espalharia o boato da minha conversão; mas, O Reino dos Céus é avesso a boatos.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

O Sonho do Faraó


“Que voz de grande júbilo é esta, no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda ao arraial.” I Sam 4;6

Ao sinal visível da “presença de Deus”, os hebreus fizeram grande barulho comemorativo, de modo a ser ouvido até no acampamento inimigo. Embora, aos olhos mais simplórios isso pareça uma demonstração de fé, a rigor, não é.

Os clamores e “confiança” manifestos apenas em momentos de urgência, dificuldade, tem seu consórcio mais com a esperteza, que outra coisa. A fé verdadeira se alinha ao Eterno quando tudo está bem; e, nas horas difíceis, pode descansar Nele. Devemos reparar o telhado em dias de sol, não quando está chovendo.

Aquilo que precisa de uma “segunda opinião” das vistas, não é fé; quando muito, autoengano, temeridade. A idolatria dos que têm fé nos seus “santos”, também é uma doença do mesmo calibre.

Se “a fé vem pelo ouvir, e ouvir da Palavra de Deus”, ainda, “é o firme fundamento das coisas que não se veem”, os olhos não têm parte com ela. Por isso a advertência do Senhor a Tomé: “Porque me vistes, Tomé, crestes; bem aventurados os que não viram e creram.”

Pra alguns, a fé é cega. Entretanto, ela pode “ver” a vida que transcende aos sentidos. Não é algo deficiente das pernas que precise de muletas para andar com dificuldade; antes, uma firmeza tal, que mesmo às circunstâncias mais adversas, inda prevalece confiante. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Essa doença humana da incredulidade, cujas vistas se esforçam pra disfarçar os sintomas, tem sido explorada de modo absurdo, por toda sorte de falsários. O fetichismo que grassa nas igrejas, nada mais é do que isso: Oferecer uma muleta à descrença, para que essa se apoie nesse pretenso símbolo de fé, que, se existisse deveras, não careceria, tais espantalhos.

Não bastassem as “rosas ungidas”, sal, toalhinhas, fronhas, lâmpadas, e o diabo a quatro, “terra de Israel”, muitas dessas guarnições de aves de rapina, também trazem uma réplica da Arca da Aliança, para saciar a fome das vistas, de uma geração que se recusa a crer.

Quem conhece À Palavra e está atento aos tempos vividos, se vê repleto de sinais, que testificam a veracidade das profecias, bem como, a urgência de salvação, para os que ainda a desconhecem.

Porém, o problema maior é que os fetichistas da vez, acoroçoados por mensagens mercenárias de falsos profetas não têm a salvação como horizonte, quando frequentam tais ambientes. O alvo sempre é um “upgrade” financeiro, emocional, quiçá, uma cura.

Tomar o “Jugo de Jesus” e renunciar a si mesmo para salvação, seria esperar demais, sobretudo, porque as mensagens que ouvem não apontam nessa direção.

A Palavra deixa categórico qual é o objetivo da fé; “Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” I Ped 1;9

Não precisamos de mais revelações que as que estão na Palavra para interpretarmos o “sonho de Faraó” e nos precavermos ante o que está por vir. 

O mundo caminha célere para o totalitarismo global, imposição do ecumenismo, destruição dos valores cristãos, fim da liberdade de credo, de expressão, de culto, destruição das famílias.

Quem for prudente encherá os “celeiros” enquanto a “colheita” de liberdade permite; para que, nos dias do estio não pereça de fome.

Deus não pode ser coagido a fazer o que não quer; naqueles dias, em tempos de calmaria profanavam-no; nos dias de combate levaram a Arca ao Front, para que Deus pelejasse por eles. Nada. A Arca foi tomada pelos inimigos e eles sofreram amarga derrota.

A pior geração de todos os tempos, os pés de barro vistos por Daniel, é onde estamos. Em todos os quesitos; honra, cultura, valores, sabedoria, fé... A única coisa em veloz expansão é a tecnologia, o que acelera os meios, sem impedir o apodrecimento dos fins.

Muitas pessoas de baixíssima estatura estão em lugares altos; grassa como nunca o “triunfar das nulidades.”

Como O Eterno não É sujeito à ação do tempo, não carece dos “revisionismos politicamente corretos” dos teólogos liberais que profanam Sua Santa Palavra.

Não importa quão moderninha se pretenda a vida; a essência segue a mesma: “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele...” Jr 6;16

Muito barulho político, religioso, assoma para confundir; mas, no fundo é simples: “... o erro dos tolos os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Os retirantes


“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco...” I Jo 2;19

Há uma saída que é física visível; outra, espiritual; negação da fé, mesmo permanecendo junto, a apostasia. 

A primeira, pelo menos é honesta; pois, tendo dificuldade para conviver com os santos, o sujeito muda de ares. “Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1;5

A saída dos que ficam de corpo presente, se dá quando, a porta estreita se vai alargando; mediante apóstatas infiltrados, as doutrinas de demônios, ou mesmo humanistas que, furtam à Palavra de Deus.

Por falta de uma mensagem sadia, esses falsos obreiros começam infiltrar adulações, onde deveriam pregar A Santa Palavra apenas.

Como um abismo chama outro, logo, os pregadores de facilidades cercam-se de incautos que desejam ouvi-los, mais que aos que pregam a mensagem sadia. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Aqueles, pois, que, pregando o fazem alheios à sã doutrina, são os mais nocivos; os que saem ficando.

Além de nada produzirem para a salvação, ainda desencaminham outros que estavam chegando a ela; “Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” II Ped 2;18 e 19

Como vemos, não basta alguém se dizer servo de Deus; precisa viver vitoriosamente Nele.

Quando vale à pena, pois, devemos ser mais que polêmicos, combatentes. De certa forma as heresias que se tentam infiltrar são a pedra de toque que mensura a veracidade da nossa fé; “Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” I Cor 11;19

Tantos “pastores” que acham que O Eterno É biodegradável deveriam reler Hebreus 13;8 “Jesus Cristo É O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.”

Ele assegurou: “Passará os Céus e a Terra, mas, Minhas Palavras não hão de passar”. Então todo o pastor moderninho revisionista que acha que A Palavra precisa ser atualizada, é apenas mais um que saiu de nós.

Terá seguidores aos milhares, pois, as pessoas buscam mais por facilidades que pela verdade. A questão não é ser seguido por muitos, mas, para onde; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Se sucumbem apenas às seduções, como agirão quando a apostasia oficializada for lei?

Ouvi de um “pastor” defensor do homossexualismo, mais ou menos o seguinte: “Como recusar os céus a tantas pessoas lindas, enquanto há tantos fariseus infiltrados nas igrejas?”

Primeiro: Um erro não concerta outro. Usar tal argumento é tentar se lavar com lama. Os hipócritas infiltrados não serão salvos; o Senhor separará o joio do trigo; e adjetivar de lindas, pessoas dadas a um comportamento que, A Palavra de Deus chama de infame, abominável, é levar às últimas consequências o conselho de Satanás; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Quem disse que o belo a nós é o mesmo que aos Olhos Divinos? “Dai ao Senhor a glória devida ao Seu Nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.” Sal 29;2

A Palavra é categórica: Não somos chamados a um encaixe com esse mundo e seus valores invertidos; antes, a uma ruptura, sem a qual, sequer experimentaremos a Divina Vontade. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Cheio está o universo virtual de “investidores de palco” dispostos a te ensinar tudo, em troca de alguma relevância nesse espaço.

Mas, a Obra de Cristo é demonstrada, deveras, naqueles cuja transformação, a novidade de vida, salta aos olhos. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40;2 e 3

Chegaremos a um ponto, breve, em que não serão possíveis mudanças; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Por isso a urgência de decidirmos por Cristo enquanto inda podemos. “... Hoje, se ouvirdes a Sua Voz, não endureçais os vossos corações...” Heb 3;15

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Não somos daqui


“Os lábios dos que se levantam contra mim e seus desígnios me são contrários todo dia.” Lam 3;62

Não apenas muitos lábios eram contra Jeremias; também os desígnios, propósitos.

O ser humano normalmente é gregário; gosta de viver em sociedade; a ideia que, de repente todos são contra nós não desce muito bem.

Todavia, quando chamou ao jovem para profeta O Senhor o avisou das contrariedades que ele enfrentaria. “Porque, eis que hoje te Ponho por cidade forte, coluna de ferro, muros de bronze, contra toda a terra; contra os reis de Judá, contra seus príncipes, contra seus sacerdotes e contra o povo da terra. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque Eu Sou contigo, diz o Senhor, para te livrar.” Jr 1;18 e 19

Ele atuaria contra tudo e contra todos, mas, estaria com Deus. Não há retrato mais eloquente da apostasia, que, estando alguém com Deus, se veja contra tudo mais. Isso mostra que todos, já estavam contra O Eterno.

A armadilha que muitos pregadores caem, é o desejo de atuar para agradar suas plateias. O Salvador colocou nossa rejeição como desejável, mais que a aceitação. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa.” Mat 5;10 e 11

O aplauso humano, a exaltação, costuma ser um demérito ante o olhar celeste. “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Aquele que desejar se encaixar aos mundanos padrões, não serve para o necessário confronto que Deus propõe.

O que é famigerado ecumenismo em célere gestação, senão, um acordo global de serem todos contra Deus? O Senhor sentenciou: “... ninguém vem ao Pai senão, por Mim.” Jo 14;6 No entanto, todos os credos, por esdrúxulos que sejam, contraditórios, serão tidos por válidos; cada um “servirá a Deus” à sua maneira. Pior, os remanescentes que insistirem em se manter fiéis à Palavra Divina sofrerão escárnios, açoites, perseguições.

Enquanto O Eterno “condena” Suas criaturas ao direito de fazer escolhas, os sistemas oriundos da oposição não convivem bem com a liberdade. Todos os credos serão permitidos, livres, exceto, crer em Deus segundo a Sua Palavra. Eis a “liberdade” do Capiroto!!

Sendo O Criador O Todo Poderoso, bem poderia tolher aos que se lhe colocassem contra; mas, apenas adverte das consequências das escolhas, enquanto, as permite. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A contrariedade à qual somos chamados na conversão respeita às nossas próprias inclinações interiores, sempre opostas a Deus. “Negue a si mesmo”, “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Vivemos numa geração viciada em bajulações, lisonjas, falsas profecias, concomitante a certa aversão pela Palavra, na qual está nossa vida.

Queremos coisas de valor eterno ao custo de bagatelas efêmeras. Ora, o que está proposto aos salvos é “glorioso demais para ser fácil.”

A famigerada frase de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, de que, “Uma mentira mil vezes repetida se torna verdade”, embora falsa no mérito, é veraz no método, usado nos últimos dias.

Vivemos na pós-verdade; narrativas abafam fatos; os interesses do sistema são impostos no grito, malgrado, flagrantemente falsos.

Então, na reta final da saga Divino-humana, contrariar às narrativas vendidas como verdades será mais perigoso que mero contraditório amistoso, num embate de opiniões. Poderá custar nossas vidas terrenas.

O espírito desse tempo deixa patente, via mídia, política, artes, sua aversão à verdade.

A disseminação da mentira será uma permissão do Eterno, como juízo para quem não amou à verdade; a vinda do fantoche de Satã “é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira;”

Necessariamente temos que escolher: nos opormos ao sistema que governará tudo, ou nos alienarmos de Deus; não haverá meio termo.

Esses “profetas”, entregadores de “chaves”, “código de ativação”, estarão do lado de fora. Os que entram pela Porta, Cristo, precisam de perseverança, não de bajuladores.

Toda escolha virtuosa implica uma contrariedade; não parece difícil aquilatar o que mais vale, entre o aplauso humano e aprovação dos Céus.

terça-feira, 17 de maio de 2022

A voz dos "imbecis"


“Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos...” Prov 2;7

A expressão, verdadeira sabedoria, implica a existência de outra, que perante Deus, é falsa.

Dado o conteúdo moral dos verdadeiros sábios, os retos, tal sapiência nunca será mero enunciado de sentenças, cujo viver não confirme; dessa matéria-prima, falar bem e viver mal, são feitos os hipócritas. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

Tiago desafiou a sabedoria a um desfile, não a um discurso; “sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos... Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato, suas obras em mansidão de sabedoria.” Tg 1;22 e 3;13

Ante O Eterno, a sabedoria não tem consórcio com o intelecto apenas; antes, com os fins que, o conhecimento albergado nesse, atinge; pureza, retidão. “A sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade nem hipocrisia.” Tg 3;17

Se, ao menos, algumas pessoas admitissem que não sabem... ante O Santo, falta de noção é mais grave que a privação de sabedoria; “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo que dele.” Tg 26;12 Daí, “... vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” Tg 4;16

Desfilar garbosa sobre a imundícia moral e espiritual é um mal atribuído a uma geração inteira: “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Todavia, o antídoto à ignorância sempre foi a busca pelo que falta, não a mordaça. “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente; não lança em rosto, ser-lhe-á dada.” Tg 1;5

Então, o lamento do Ministro do STF, Alexandre de Moraes, pois a Internet teria “dado voz aos imbecis”, certamente significa, dado ser ele um homem reputado de “notório saber”, que ele deseja que nosso sistema educacional seja incrementado, melhorado, para que, os hoje imbecis, amanhã sejam esclarecidos.

Não?? Meu cavalo acabou de murmurar que o objetivo do “sábio” é usar tal argumento como patrocinador do “controle social da mídia”, frase que, traduzida do eufemismês para o português, significa censura.

Mas, se ele e a maioria dos demais de “notório saber”, não sabem nem mesmo ler a constituição, entender mediante ela a diferença entre democracia e ditadura; o que significa independência e harmonia entre os poderes da República; onde estará excursionando o “notório”, que só notamos sua ausência?

A diferença entre conhecimento e sabedoria, basicamente, é que aquele, pode servir seus préstimos ao mal, enquanto essa, jamais.

Quando pessoas esclarecidas se fazem de tontas para, usando argumentos esdrúxulos defender o mal travestido de bem, então temos o caso denunciado pelo Salvador, da “luz” que são trevas; “Se, porém, teus olhos forem maus, teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

A voz dos tolos apenas retrata-os em suas limitações; enquanto a dos astutos mal intencionados, tenta forjar um lastro virtuoso, sobre o qual, a vileza dos seus anseios doentios pretende passar.

Embora os postos que alguns ocupam demandam uma abordagem respeitosa, seus atos parciais, cretinos, têm potencial de ensejar asco, por sua obscenidade moral.

Quando “universitários” cirandava nus, um “plugado” no traseiro do outro, silêncio ensurdecedor; era “ensino superior”.

Agora que, os desmandos de uma Corte parcial, política, oposicionista barata, quando, finalmente somos dirigidos por alguém decente, são denunciados nas redes, por gente que, superou os efeitos tóxicos do carnaval e do futebol e começou a se ocupar com o que interessa, urge que eles nos controlem.

Ora, falsidade deve ser combatida com verdade; e ignorância com fomento do conhecimento. Para nenhum dos casos, a mordaça é o remédio.

Sempre fomos manipulados do primeiro ao quinto, por um mecanismo corrupto, viciado e vicioso. Finalmente, Deus Proveu um governante que coloca o país, não as vantagens pessoais como prioridades. Os “defensores do povo” espalhados na política, mídia e judiciário passam o mandato todo tentando sabotar. Eis a “democracia” que defendem.

Sempre se disse que a culpa era nossa; O Congresso era o retrato fiel do povo; as manifestações espontâneas em favor do Presidente mostram que não. Não somos tão indecentes assim.

Os eternos “donos do circo” se cagam de medo; o “elefante” descobre paulatinamente sua força. Para eles urge que o espetáculo volte a ser com pulgas amestradas.

Malgrado, sermos pecadores, não somos quadrilheiros. “Quando os justos governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Prov 29;2

domingo, 15 de maio de 2022

Deus Criou o mal?


“Porventura o contender contra O Todo-Poderoso é sabedoria...?” Jó 40;2

Em nome da Soberania Os calvinistas defendem que Deus decretou tudo de antemão; “eleitos e perdidos”; de modo que, embora o teatro de nossas vidas traga constante desafio a alinharmos nosso viver à Vontade Divina, no fundo, tudo já está decretado; o que tem que ser, será.

Assim, dada a Onisciência do Eterno, tendo Ele criado o anjo que se tornou Satanás, Ele sabia e ainda assim, fez; levada essa “lógica” às últimas consequências, Deus teria criado o mal.

A Palavra traça um limite para as “excursões teológicas” que convém observar; “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém, as reveladas pertencem a nós e nossos filhos para sempre...” Deut 29;29

Nosso escrutínio observável se restringe aos nossos dias; ninharia aos olhos do Eterno; fora disso especulamos. “... mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou...” Sal 90;4 “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos; se, alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta, vamos voando.” v 10

Na saga de Jó, em suas queixas evocou seu tratamento aos pobres, órfãos, viúvas, sua retidão em questões morais, seu respeito à dignidade das mulheres, sua fé... tudo, como não poderia ser diferente, coisas atinentes aos dias de sua vida.

Quando O Eterno resolveu falar, a primeira das dezenas de perguntas que fez o deslocou ‘um pouco;’ “Onde estavas tu, quando Eu Fundava a terra?” Jó 38;4 Depois, uma série de questões mais, do mesmo calibre.

Então, ficou visível ao infeliz patriarca que há pleitos bem maiores que, a breve vida humana, disputas que remontam à eternidade, das quais desconhecemos as minúcias.

Depois de Jó ter se arrependido e reconhecido sua temeridade, Deus cuidou dele restituindo seus bens em dobro.

Nossa atuação, embora reputemos restrita à nossa existência terrena, também respeita a coisas que a excedem. Uma plateia eterna nos assiste; “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus”. Ef 3;10 “Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o Evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.” I Ped 1;12

Pois, ante os anjos, a dona tentação também desfilou garbosa, quando um deles inflamou em orgulho por causa da sua formosura, se tornando Satanás. “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.” Ez 28;17

O Todo Poderoso, Onisciente, sabia de antemão que isso aconteceria. Mas, estancarmos O Divino Saber aí, é temerário, imprudente.

Acaso O Eterno não sabia também da necessidade do Calvário? O que significa quando diz que “O Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo?” Quando aceitou a missão, aos Olhos Eternos, foi morto. Assim, quem acusa ao Santo de ter criado o mal, deve acusá-lo também de ter enviado O Redentor.

Mas, por quê proveria um “remédio” de tão alto custo, para nos redimir do mal, se, Ele tivesse algum interesse na criação do mesmo?

Como quem se submete a uma cirurgia, quimioterapia, ou similar, em busca da saúde, sabe dos transtornos que terá; mas, em vista do bem final, a saúde, “paga o preço” necessário.

Um dos “Problemas” do Eterno é que Ele É Amor; e o amor, “... não busca seus interesses...” I Cor 13;5 Como o pai do Pródigo, bem sabia onde a esbórnia do filho inquieto daria; mas, seu amor proibiu de proibir a excursão.

O Eterno É Culpado de nos amar tanto, que nos “condenou” à liberdade; embora Ame também à justiça, o que nos força a sermos consequentes.

Tivesse criado seres impecáveis (incapazes de pecar) em quê seriam superiores aos robôs? Se fizesse meros autômatos que nós também podemos, em quê nos seria superior?

Frutos que dão na Árvore da Ciência não são os mesmos da Árvore da Vida.

Acaso nós, chamados por Cristo ao “Negue-se” fazemos isso por gostar dos custos da renúncia, ou, pelo prêmio eterno prometido aos fiéis?

Mais facilmente sucumbem os seres criados perfeitos, à inquietação de conhecer algo novo, como anjos e o homem caíram, que outros, reciclados, que, conhecem as dores da alienação a Deus, desejariam voltar à miséria de onde foram tirados.

Quem disse que o Trabalho do Criador acabou? Cada feixe de luz que acende ante teus olhos é um chamado para galgares um degrau mais, rumo ao lugar onde Ele te quer.