quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Reta Final


“Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como a nós; não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando seus corações pela fé.” Atos 15;8 e 9

A questão era a inserção dos gentios à igreja; alguns pensavam que, para isso, seriam necessários alguns ritos judaicos, como a circuncisão e a Lei.

No meio dos acalorados debates, Pedro disse as palavras acima; considerou o dom do Espírito Santo como um testemunho Divino; a difusão Dele sobre ambos os povos, judeus e gentios, como o fim da separação e consequente união em Cristo. “Deus... não faz diferença alguma entre eles e nós...”

O elo que superou preconceitos, barreiras, foi o Espírito; a iniciativa foi do Alto, não um acordo humano.

A unidade não é feita de baixo para cima; Paulo ensina: “Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo, um só Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus, Pai de todos, o qual é sobre todos, por todos e em todos vós. Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” Ef 4;3 a 7 O termo é unidade, não união.

Ao longa da história, toda sorte de patifaria, tortura, assassinatos, guerras se fez, em nome da religião. Mas, basta ler um só dos quatro Evangelhos para entender que isso nunca foi ensino de Cristo, ou avançar às epístolas para constatar que, tampouco os apóstolos ensinaram alguma forma de violência.

Usar rótulos religiosos nunca transformou patifes em santos, e jamais o fará.

“Concluir” que a paz só virá com o famigerado ecumenismo, a união de todos os credos, por contraditórios o opostos que sejam, traz três mentiras grandes em seu bojo.

Primeira: A Religião verdadeira, bíblica, sempre foi perseguida, minoritária, fugitiva; jamais fez guerras. Patifes de sempre usaram a religião como pretexto para anseios de poder terreno. A “mulher que cavalgou à besta,” o Império Romano, padece orfandade bíblica; embora seja rica de pretensões religiosas. Falo dos fiéis, não disso.

Segunda: a meta da Igreja de Cristo não é sistêmica; não visa a paz como fim em si mesma; “Deixo-vos a paz, Minha Paz vos dou; não a dou como o mundo dá...” Jo 14;27 A do mundo deriva de acordos internacionais; a de Cristo reconcilia com O Pai a quem Lhe Obedece; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

A igreja não tem como alvo pacificar o mundo a qualquer preço; antes, pregar e viver O Evangelho a qualquer custo. “No mundo tereis aflições...”

Terceira: A união proposta em nome da paz será uma imposição; perseguirá quem não quiser. Logo, pela última vez, a religião será usada como pretexto para se fruir poderio político que culminará em totalitarismo global.

Assim como essas vacinas ineficazes e duvidosas não têm nada a ver com saúde, mas, com controle, dominação globalista, quiçá, extermínio dos mais vulneráveis em médio prazo, também o ecumenismo em gestação não tem nada a ver com fé. Busca os mesmos alvos por caminhos alternativos.

A ditadura do pensamento único tem infiltrados em toda parte; uma multidão de idiotas uteis anencéfalos partilham as ordens disfarçadas de notícias, que ditam, os patifes que se presumem senhores do mundo.

O crime organizado se organiza em âmbito global. Logo, os conceitos de crime serão todos avessos ao que sempre foram ao longo das eras. Virtude e vício trocaram as vestes onde a dominação globalista chegou. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce e do doce amargo!” Is 5;20

O fato de algo ímpio ser “legal” nesse sistema satânico, apenas define contra qual aberração os servos do Senhor devem lutar.

“Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

Como foi no início, O Espírito Santo agregava à Igreja quem queria; será assim, até o fim. Os homens podem matar, perseguir, segregar; mas o que poderão do outro lado, na hora do juízo??

“... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, Esse temei.” Luc 12;4 e 5

Toda sorte de escárnios, pressão, intimidação aguardam aos fiéis nessa reta final; todavia, “Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará nossos inimigos.” Sal 60;12

domingo, 24 de outubro de 2021

A Pressa da Vingança


“Minha é a vingança, a recompensa; ao tempo que resvalar seu pé; porque o dia da sua ruína está próximo, as coisas que lhes hão de suceder se apressam a chegar.” Deut 32;35

Aos Olhos Divinos, recompensa ou punição, são coisas que “se apressam a chegar”. Entretanto, aos nossos com seus açodos imediatistas, a impressão é que essas coisas demoram.

Agir alguém de modo flagrantemente ímpio e posar de abençoado fere nosso parco senso de justiça, como escreveu Agur: “Eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, mas firme está sua força. Não se acham em trabalhos, nem são afligidos como outros homens.” Sal 73;3 a 5

“Prósperos” até à morte; mas, no santuário ele viu além; “Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente Tu os puseste em lugares escorregadios; Tu os lanças em destruição.” Vs 17 e 18

Quando O Eterno ordena que não nos vinguemos, está cuidando da nossa saúde espiritual, não de quem nos feriu; eventual alvo de nossa revanche.

Ao perdoarmos as dívidas para conosco sedimentamos o caminho pelo qual Ele perdoará as nossas; criamos um precedente de “isonomia” em graça. “Perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos nossos devedores...”

Do ponto-de-vista dos nossos perdoados, a intenção Divina é que O Amor de Cristo em nós os constranja; quiçá, se arrependam! Assim, preceitua: “Não vos vingueis amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; Eu recompensarei, diz O Senhor. Portanto, se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 12;19 a 21

Aquilo que, aos olhos naturais poderia ser lido como, “dar o braço a torcer” aos Divinos será uma vitória.

Não que essa vitória seja fácil. Geralmente, nosso sangue quente tenta arbitrar; gostaríamos que, aqueles que nos decepcionaram colhessem na mesma moeda de modo imediato. “Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; em alguns manifestam-se depois.” I Tim 5;24

Tendemos a ver a Longanimidade Divina como conivência. Contudo, não é assim. Ele mesmo desnuda ao que agiu impiamente lendo o silêncio Divino como aprovação. “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

Nos provérbios lemos: “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

Nossa estrutura, também pó, nos acossa com o horizonte da finitude e lidamos mal com a morosa paciência do tempo; gostaríamos das coisas para ontem.

Porém, somos exortados a transcender isso, mais de uma vez; “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19 então, “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado...” I Tim 6;12

Pois, nem sempre a recompensa dos feitos pode ser vista no nosso existenciário terreno. Há justos que terminam em grandes privações e ímpios que adormecem na fartura.

Quando Paulo aconselhou a Timóteo o “exercício em piedade” ensinou que isso “prepararia seus músculos” para o porvir; “Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;8

Tendemos a tratar as coisas no “varejo” querendo punições pontuais para picuinhas que nos incomodam. Quantas vezes essas coisas têm um papel didático? Feridas que sofremos nos ensinam a não fazermos o mesmo ao semelhante? “Observando erros alheios o homem prudente corrige os seus.” Oswaldo Cruz

Quando Deus fecha uma vida para balanço olha para o saldo, malgrado, lapsos tantos; de Moisés diz: “... Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo...” Heb 3;5 Cometeu muitos erros, mas o resumo é que foi fiel. “A misericórdia triunfa do juízo.”

As recompensas repousam mais no Macro, que em eventuais detalhes “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Se as coisas não acontecerem como esperamos, os que falharam conosco não pareçam ser punidos, lembremos que, também falhamos, e o Perdão Divino nos achou. Em caso de dúvidas, que tal a reflexão de Abraão? “... que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a Terra?” Gn 18;25

sábado, 23 de outubro de 2021

A Pureza da Rocha


“Porque sua rocha não é como a nossa, sendo até nossos inimigos juízes disto.” Deut 32;31

As “rochas” eram os deuses das nações; como mostra o verso 37, por exemplo; “Onde estão seus deuses? A rocha em quem confiavam”.

Podemos parafrasear assim: “Porque seus deuses não são como Nosso Deus; até nossos inimigos sabem disso.”

Singularidade é esperável se, de fato, Deus É O Criador. Onde estava a concorrência na hora de criar?

O Eterno os desafia, não num sentido de quem desejaria enfrentar mas, como recurso retórico para levar a pensar, aos que confiam naquilo. “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e vejamos. Eis que sois menos do que nada! vossa obra é menos do que nada; abominação é quem vos escolhe.” Is 41;23 e 24

Fosse um totem, antepassado, crendice tribal, superstição geográfica ou algo assim, natural que cada tribo, cada povo tivesse seu “deus.”

Senaqueribe, rei assírio, mandou um emissário a Jerusalém determinando sua rendição; advertiu aos judeus que não se estribassem em Deus; pois, trazia como credenciais o fato de ter derrotado muitos povos com seus deuses.

“Não vos engane Ezequias, dizendo: O Senhor nos livrará. Porventura os deuses das nações livraram, cada um, sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura livraram Samaria da minha mão?” Is 36;18 e 19

Se, até os inimigos sabiam a diferença entre A Rocha Eterna e as demais pedras, então, O Todo-Poderoso foi posto em pé de igualdade com doentios frutos da ignorância; Ezequias orou: “Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram as nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso destruíram.” Cap 37;18 e 19

A resposta: “Assim diz O Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com escudo, ou levantará trincheira contra ela.” V 33

O Anjo do Senhor matou 185 mil soldados assírios; o que restou voltou humilhado para sua terra, inclusive o blasfemo rei, que foi morto pelos próprios filhos.

Apesar da dura lição diferindo O Criador dos espantalhos criados, estava diante de um desses quando foi morto. “Sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada e escaparam para a terra de Ararate; Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.” Is 37;38

Dada essa lição e tantas similares das Escrituras, onde aparece uma brecha, mínima que seja, para o ecumenismo, o alvo em célere gestação do Papa Francisco?

Falando como Deus O Eterno garantiu que não há outra Rocha; como Salvador pontuou que não há outro caminho; “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo 14;6

Sutilmente, o inimigo tem plasmado a ideia que religiões em suas convicções causam divisões e conflitos; e para obtenção da paz é necessária a união de todas. O que causa conflito é a inveja dele no tocante a Deus; as coisas que ai estão, a maioria esmagadora das religiões inclusive, são meros desdobramentos disso.

O Objetivo de Deus não é a paz com um mundo divorciado Dele; antes a paz individual com cada um que desejar reconciliar Consigo; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo...” II Cor 5;19

Quando diz, “mundo” atina à universalidade do Seu Amor; mas, trata com indivíduos; “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

O mundo, “Jaz no maligno”; jazer é uma condição de quem está morto; mesmo existindo, respirando, se respira alienado de Cristo, ainda está morto, condenado; daí a exortação: “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Se A Rocha Eterna protege Seus Filhos, “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” Sal 46;1

Deles requer santidade; “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.” V 4

As correntes desse rio devem manar coisas aprazíveis ao Eterno; “Corra, porém, o juízo como as águas, e justiça como ribeiro impetuoso.” Am 5;24

A diferença entre A Rocha e as pedras não se resume a poder; mas, sobretudo, santidade. Essa não comunga com a união de predileções doentias e contraditórias; antes, requer separação segundo os valores dos Céus. “Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei;” II Cor 6;17

domingo, 17 de outubro de 2021

Perdidos no parque


“Numa visão ele viu que um homem chamado Ananias punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver.” Atos 9;12

O encontro com O Senhor no caminho de Damasco privara Saulo das vistas; impactado, abriu mão de outras coisas também; “Esteve três dias sem ver, não comeu nem bebeu.” V 9

Antes que alguém presuma algum mérito no ascetismo, simplesmente, convém saber que ele fez mais que jejum; reviu seus passos; de perseguidor de homens com ódio, se fez suplicante a Deus, com temor. “... Levanta-te... pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois, que ele está orando;” v 12

Seguro de suas tradições religiosas, do mérito do seu zelo, fazia o que “tinha que ser feito”, não precisava do “Parecer” Divino. Agora estava orando.

Convicção é faca de dois gumes; quando apoiada na verdade patrocina proezas meritórias, como dar a vida pela fé; porém, derivada do fanatismo, do zelo sem entendimento, erige a obra do inimigo presumindo servir a Deus. Saulo estava “recalcitrando contra os aguilhões...” ou, dando murros em pontas de facas.

“Se Deus é Um só, por que tantas religiões?” Porque há muita gente convicta do que “vê”; poucos com ousadia para a Luz.

O ecumenismo em formação ensina que todos estão certos; e, conforme seu objetivo, estão. Seu alvo não é a reconciliação com Deus, mas um motim global. “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra o Senhor contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas?” Sal 2;1 a 3

Porque “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Se, Saulo cego dos olhos naturais tinha visões de Deus, o outro lado da moeda também é verdadeiro; as pessoas podem ver muito no prisma científico, político, artístico, econômico, tecnológico, emocional etc. sendo cegas espirituais.

Deus em Sua Bondade faz até o cego ver o que precisa, (“Trazei o povo cego, que tem olhos” Is 43;8) o canhoto por sua vez, cega aos poderiam ver, fazendo-os olhar para o que dispersa.

Observe um parque de diversões. Rodas giram sustendo helicópteros, elefantes, trenzinhos; peneiras malucas, bancos móveis em curso vertical, a roda gigante; mesmo as montanhas russas, no fundo, são rodas, malgrado as muitas e calculadas sinuosidades. Todos os engenhos com mesmo princípio; um eixo a girar, penduricalhos diversos dispostos e calculados pera gerar “adrenalina”.

As pessoas não vão lá para meditar, pensar; antes, extravasar tensões, fruir o gozo da excitação.

Assim faz do mundo, o seu príncipe; Satanás. Um imenso parque de diversões; “rodas” múltiplas a girar, para que as pessoas disfarcem suas frustrações olhando para algo que não as pode curar, alheias ao Único que Pode; Jesus Cristo. “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? O produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” Is 55;2

Tanto é assim, que a economia produtiva foi forçada a parar em muitos lugares no auge da pandemia; mas, as rodas, digo, o circo continuou. Futebol, vôlei, fórmula 1, música mediantes as “lives”; etc. seguiram de vento em popa; sem público presencial, mas via TV seguiam olhando ao que, fingindo entreter, no fundo, opera por cegar para a necessária e urgente regeneração.

A ideia de que tudo se resume a essa terra, açoita vidas desorientadas; aos cristãos está dito: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

O que os ímpios chamam de “curtir a vida” a Bíblia adjetiva como “medo da morte”; vício feitor da servidão ao pecado.

Assim resulta a ironia dos cegos que buscam à morte, por medo dela. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele (Cristo) participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

Mas, o livramento que Cristo oferece requer uma cruz. Parar de esmurrar facas tentando suprir à sede de Deus com enganos. Já foi tentado outrora e falhou; “Porque o meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Foi de olhos fechados que Saulo viu a Divina providência; após restaurado soube para onde olhar; “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu Sou Deus, não há outro.” Is 45;22

sábado, 16 de outubro de 2021

A Justiça de Deus


“Então José, seu marido, como era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente.” Mat 1;19

José fazendo planos, dada a inusitada gravidez de sua prometida, Maria. Se, acusada de adultério, a Lei previa morte por apedrejamento; tanto dela, quanto do que fora consorte no ato.

Evadir-se silenciosamente do compromisso matrimonial, foi adjetivado por Mateus como derivado de sua justiça. “Como era justo, não a queria infamar...” Senso de justiça diferente do quê, estamos acostumados.

Em casos assim, o noivo ofendido costuma expor à infiel, para “lavar sua honra”; não raro, acontecem reações extremas, dos que até “matam por amor.”

A “justiça” dos homens, geralmente atém-se ao mérito de um ato pontual; enquanto, A Divina considera a fraqueza do agente.

No caso do mulher adúltera, essa sim, (Maria era uma escolhida, não infiel) O Salvador, ao ser chamado a votar pelo apedrejamento dela concedeu que os acusadores o fizessem, com a condição de que estivessem sem pecados. Ao demandar que promotores de justiça e algozes fossem justos, acabou com o “julgamento.” Por isso a Escritura diz que, Nele, “A misericórdia e verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10

A justiça do ponto-de-vista dos Céus trata com perfeita isonomia.

Por isso a Doutrina de Cristo apregoa que andemos por esses caminhos também; “Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a Lei e os profetas” Mat 7;12

A primeira coisa que um “justo” como José sabe, é das suas próprias injustiças, suas falhas. Como assim? Ele é “justo” ao reconhecer as mesmas; por isso, concede ao semelhante o direito de também falhar, sem ser o agente de eventual punição. “Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.” Rom 3;11

A “justiça” rasteira, como contraponto a um ato isolado até os hipócritas praticam, ou requerem. Assim faziam os religiosos da época, aos quais, O Salvador desaconselhou imitar; disse que Seus discípulos deveriam ir além. “Porque vos digo que, se vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” Mat 5;20

Paulo detalhou um pouco mais o nosso dever; “Não vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; Eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 12;19 a 21

Para uma visão superficial, morremos porque pecamos; afinal, “O salário do pecado é a morte.” mas, para Deus, pecamos porque estamos mortos. “... a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5;12

Notemos que o pecado como “pessoa” é singular; os pecados que cometemos são frutos do pecado que em nós habita. Por isso, João apresentou a Cristo como o “Cordeiro de Deus que tira ‘o pecado’ do mundo.” Tira o aguilhão e poder do pecado e nos faz renascer; dá O Espírito Santo, para tratar das consequências, os pecados.

O novo nascimento não mata a velha natureza; capacita a mortificarmos ela. O convertido não é salvo porque para de pecar; mas, porque começa a crer.

Por maior que seja nossa pretensa justiça, será como trapos da imundícia como disse Isaías; boas ou más, as obras de um morto são obras mortas. Então, por melhores que sejam não logram gerar vida, o Novo Nascimento depende da graça do Senhor Justiça Nossa; Jesus Cristo. “... não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas...” Heb 6;1

Por isso Ele ensinou: “... A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;29 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Um “justo” segundo Deus não paga na mesma moeda com que foi ofendido; antes, na mesma com que Deus tratou suas ofensas; “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;” Mat 6;12

Às vezes carecemos abdicar sonhos legítimos, como se dispusera José; ou, como o outro José, o do Egito; teve que sofrer muitas injustiças, até que, O Senhor julgou sua causa, e o recompensou ricamente.

Os “processos” perante Deus não caducam; a demora do império da injustiça potencializa as mãos da justiça, com a qual, O Eterno galardoa.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Permita-se!!??


“Não deixe de buscar as coisas que desejares, com medo do que os outros irão falar; permita-se.”

Li algo assim e achei normal; ia seguir rolando a página do Face. Mas, como numa reação atrasada, (dizem que respirar gás carbônico sob máscaras atrapalha as sinapses) meus dois neurônios atrapalhados pegaram no tranco e me pus a pensar. Quem escreveu isso deve gostar de mim, parece.

Disse que, devo ser mais eu, dane-se a opinião alheia! Ninguém pode apitar nada em minha vida. Mas, quem aconselhou isso não estava apitando, sobre como eu devo agir?? Os neurônios ainda não fizeram direito seu trabalho.

Não temos problema nenhum com a opinião alheia, quando essa nos elogia, estimula, encoraja, seja na direção que for. Se alguém ousar exortar, corrigir, discordar, quiçá, ensinar, aí não; pague minhas contas primeiro.

Contra expressiva maioria, sou dos que acham que não devem tomar vacina contra Covid, por exemplo. Que a coisa ainda não revelou eficácia nenhuma; foi aprovada a toque de caixa por pressões políticas não convicção médica, e soa estranha essa pressão desordenada de gente que se omite de pensar e quer opinar sob a saúde alheia, ignorando lapsos dos próprios neurônios.

Mas, diria o Simplício, trata-se de saúde de todos, é um problema social. Certo. Mas, se as tais vacinas imunizam mesmo, qual risco correriam os que, imunizados, tiverem contato com outros que não foram?? No entanto, se não funciona, como inúmeras mortes de “duplamente imunizados” demonstram, qual o sentido de se fazer isso? Às vezes me permito pensar...

Além disso, gente que defende o aborto, matança de fetos inocentes, por quê se preocuparia tanto com vidas veteranas e culpadas? Não sei; preciso parar de usar essas máscaras emburrecedoras.

Se, o que os outros hão de falar não deve ter a mínima importância para mim, permito-me discordar desses berrantes globais. A humanidade está apodrecida, doente moralmente, eivada de inversão de valores. “A multidão é ignorante; um mostro anencéfalo;” diziam antigos pensadores gregos.

Assim, a tendência que falem mal de mim, desfaçam de minhas escolhas aumenta exponencialmente, tanto mais, quanto, eu tiver por firmes e confiáveis os valores do Céu, expostos na Palavra de Deus.

Inconsequentes do “permita-se” agem como se a vida fosse um eterno convite para festa; A Bíblia ensina: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos aplicam ao seu coração.” Ecl 7;2

Invés de um festeiro e irresponsável “permita-se” aconselha que olhemos para a realidade e nos instruamos.

Até tem um “caminho largo” sinalizado com placas de ironia e advertência da necessária chegada; “Alegra-te, jovem, na tua mocidade, recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, anda pelos caminhos do teu coração, pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” Ecl 11;9

O Criador colocara uma só restrição ao casal de mordomos do Éden; mas, apareceu um que “gostava” deles mais que Deus e soprou seu insano “permita-se!”

O que teriam pensado do mais novo “amigo”, quando, reféns do medo se esconderam; descobertos tentaram pagar resgate com desculpas esfarrapadas?

Desde então tem sido assim; na hora de encaminhar para o abismo sempre surge um amigo “libertário” que parece gostar mais de nós, que nós mesmos; mas na hora das amargas consequências estamos irremediavelmente sós.

O que os outros vão dizer mostra o que eles são; com o quê se identificam. Mais facilmente reprovam as escolhas virtuosas que as viciosas; assim, o aplauso humano é um péssimo aferidor do mérito das nossas escolhas.

Tendemos a devanear com as cores do caminho, mais que, a considerar aonde ele leva; A Palavra de Deus ensina: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Por olhar para os alvos, mais que a trajetória, O Divino Conselho parece tão sisudo; “Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e tua descendência;” Deut 30;19

Dado o destino a ser buscado O Salvador ensinou a trajetória também; “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

Enfim, invés de pautar escolhas pelo que o outros irão falar, ignoro-os em prol da fidelidade do que O Rei dos Reis Falou: “Negue-se; tom sua cruz e siga-me.”

domingo, 10 de outubro de 2021

Negue-se; mas não muito


“Para que o homem hipócrita nunca mais reine, não haja laços no povo.” Jó 34;30

Desconsiderando se, os amigos de Jó colocaram bem ou mal suas palavras; o que disseram de certo, coerente com as demais Escrituras é válido.

Temos um tipo de reino que deverá ser banido para sempre, (da hipocrisia) e, como atua; armando laços ao povo.

Isaias anexou ao laço, as figuras do medo e da cova; “O temor, a cova e o laço vêm sobre ti, ó morador da Terra.” Cap 24;17

A hipocrisia é codinome da mentira; o mesmo profeta mostrou a verdade em seu banimento necessário, de tal situação. “Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu, e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça.” Is 59;14 e 15

Foi assim nos dias do Salvador. Mas, a coisa cresceu exponencialmente, malgrado, Sua Obra; sinais do juízo vindouro gritam. Ainda, Renan é juiz; Jair é réu.

A Palavra apresenta o motivo da permissão do trono da mentira sobre a humanidade; virá “Com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade, antes, tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;10 a 12

Como vemos, não há neutralidade; não amar nem se comprometer com a verdade, necessariamente nos lança nos domínios da mentira; para tais, qual juízo mais adequado, que viver sob o império da mentira?

Esse “Reino Global” sobre o engano será para “os que perecem;” diverso do de Deus, que ensina crer na Verdade para viver. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que Deu O Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

A imitação jamais será o mesmo que imita. O Reino de Deus traz unidade; a uniformização doutrinária, malgrado, diferenças culturais, rituais, denominacionais, de personalidades; “... Pai santo, guarda em Teu Nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós.” Jo 17;11

Noutra parte pormenoriza; “Há um só corpo, um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus; Pai de todos, o qual é sobre todos, por todos e em todos vós.” Ef 4;4 a 6

O reino da hipocrisia, por sua vez, no prisma religioso propõe união dos diferentes, considerando válidos todos os caminhos, a despeito do Rei dos Reis ter dito: “Eu Sou O Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão, por mim.” Jo 14;6

Na Unidade em Cristo, a pessoa “perde-se” para ser uma com o Espírito de Deus, e irmãos. Na união dos diferentes, cada paixão humana afirma-se, sob o bordão do ecumenismo; hipocrisia comum onde todos concordam em não discordar.

No aspecto sócio econômico, criam problemas globais para vender “soluções” globais; pandemia, “mudanças climáticas”. 

Os peões do rei gritam em uníssono suas palavras de ordem; “New world Order” (nova ordem mundial); Built back better (fazer de novo, melhor); e finalmente, “Great Reset;” ou grande reinício.

A ditadura do pensamento único permitido, o nefasto “politicamente correto” marginaliza quem ousa fazer fogo com a própria lenha; digo, pensar por si mesmo.

Quando o bastão for passado finalmente ao rei da mentira não haverá espaço para discordância; “Estes têm um mesmo pensamento; entregarão seu poder e autoridade à besta.” Apoc 17;13

Cristo chama-nos à renúncia das vontades pecaminosas, não da inteligência; “negue a si mesmo”.

O Anticristo mediante seus serviçais requer a negação da faculdade de pensar. Máscara não protege nada, mas é obrigatória, devo usar quieto; vacina não imuniza; mesmo com duas doses estão morrendo; mas todos devem se vacinar; senão, presto colam a pecha de “negacionistas.”

Não obstantes, muitos “apreços” à liberdade de expressão, devemos agir e nos expressar apenas “segundo a ciência”; uma “liberdade” cheia de expressões proibidas caçadas por algoritmos; uma “ciência” válida para as coisas que o rei manda; se disser que cientifica e biologicamente nascem apenas dois sexos, aí a ciência se torna preconceito.

Coerente com o império da hipocrisia. Esse terá permissão de existir só um pouco; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos...” Sal 125;3

O Grande Reinício virá; A Palavra chama de “Novo Céu, Nova Terra; Milênio.” Antes, teremos o Grande Juízo. Não abdique seu direito de pensar sobre isso.