sábado, 23 de outubro de 2021

A Pureza da Rocha


“Porque sua rocha não é como a nossa, sendo até nossos inimigos juízes disto.” Deut 32;31

As “rochas” eram os deuses das nações; como mostra o verso 37, por exemplo; “Onde estão seus deuses? A rocha em quem confiavam”.

Podemos parafrasear assim: “Porque seus deuses não são como Nosso Deus; até nossos inimigos sabem disso.”

Singularidade é esperável se, de fato, Deus É O Criador. Onde estava a concorrência na hora de criar?

O Eterno os desafia, não num sentido de quem desejaria enfrentar mas, como recurso retórico para levar a pensar, aos que confiam naquilo. “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e vejamos. Eis que sois menos do que nada! vossa obra é menos do que nada; abominação é quem vos escolhe.” Is 41;23 e 24

Fosse um totem, antepassado, crendice tribal, superstição geográfica ou algo assim, natural que cada tribo, cada povo tivesse seu “deus.”

Senaqueribe, rei assírio, mandou um emissário a Jerusalém determinando sua rendição; advertiu aos judeus que não se estribassem em Deus; pois, trazia como credenciais o fato de ter derrotado muitos povos com seus deuses.

“Não vos engane Ezequias, dizendo: O Senhor nos livrará. Porventura os deuses das nações livraram, cada um, sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura livraram Samaria da minha mão?” Is 36;18 e 19

Se, até os inimigos sabiam a diferença entre A Rocha Eterna e as demais pedras, então, O Todo-Poderoso foi posto em pé de igualdade com doentios frutos da ignorância; Ezequias orou: “Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram as nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso destruíram.” Cap 37;18 e 19

A resposta: “Assim diz O Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com escudo, ou levantará trincheira contra ela.” V 33

O Anjo do Senhor matou 185 mil soldados assírios; o que restou voltou humilhado para sua terra, inclusive o blasfemo rei, que foi morto pelos próprios filhos.

Apesar da dura lição diferindo O Criador dos espantalhos criados, estava diante de um desses quando foi morto. “Sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada e escaparam para a terra de Ararate; Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.” Is 37;38

Dada essa lição e tantas similares das Escrituras, onde aparece uma brecha, mínima que seja, para o ecumenismo, o alvo em célere gestação do Papa Francisco?

Falando como Deus O Eterno garantiu que não há outra Rocha; como Salvador pontuou que não há outro caminho; “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo 14;6

Sutilmente, o inimigo tem plasmado a ideia que religiões em suas convicções causam divisões e conflitos; e para obtenção da paz é necessária a união de todas. O que causa conflito é a inveja dele no tocante a Deus; as coisas que ai estão, a maioria esmagadora das religiões inclusive, são meros desdobramentos disso.

O Objetivo de Deus não é a paz com um mundo divorciado Dele; antes a paz individual com cada um que desejar reconciliar Consigo; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo...” II Cor 5;19

Quando diz, “mundo” atina à universalidade do Seu Amor; mas, trata com indivíduos; “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

O mundo, “Jaz no maligno”; jazer é uma condição de quem está morto; mesmo existindo, respirando, se respira alienado de Cristo, ainda está morto, condenado; daí a exortação: “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Se A Rocha Eterna protege Seus Filhos, “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” Sal 46;1

Deles requer santidade; “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.” V 4

As correntes desse rio devem manar coisas aprazíveis ao Eterno; “Corra, porém, o juízo como as águas, e justiça como ribeiro impetuoso.” Am 5;24

A diferença entre A Rocha e as pedras não se resume a poder; mas, sobretudo, santidade. Essa não comunga com a união de predileções doentias e contraditórias; antes, requer separação segundo os valores dos Céus. “Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei;” II Cor 6;17

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