sábado, 9 de outubro de 2021

Desigrejados ou desobedientes?


“Agora, pois, meu filho, O Senhor seja contigo; prospera, e edifica a casa do Senhor teu Deus, como Ele disse de ti.” I Cron 22;11

Davi “passando a bola” para seu filho Salomão. Quisera ele mesmo edificar, mas O Senhor vetara. Fora homem de guerra, derramara muito sangue; O Eterno determinara que seu filho, que viera em dias de paz, com um nome alusivo a isso, (Salomão significa, pacífico) fosse o escolhido para aquela empresa.

Seria lugar alusivo à comunhão e adoração, mesmo carecendo sangue sacrificial de animais, para cobrir os pecados, O Altíssimo não desejou uma casa associada a derramamento de sangue humano. Preferiu, antes, uma ligada à paz.

Guerras nunca foram parte do Divino plano. Mas, uma triste necessidade, por causa das inclinações humanas. “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” Tg 4;1

Quando ordenou que se banisse os cananeus da Terra, advertiu que eles praticavam incesto, adultério, homossexualismo, idolatria, zoofilia, etc.

Mais que uma guerra, era juízo Divino contra esses atos, que, O Santo abomina.

“Não chegarás à mulher durante a separação da sua imundícia, para descobrir sua nudez, não te deitarás com a mulher de teu próximo para cópula, para te contaminares com ela. Da tua descendência não darás nenhum para fazer passar pelo fogo perante Moloque; não profanarás o Nome de teu Deus. Eu Sou o Senhor. Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é; não te deitarás com animal para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; confusão é. Com nenhuma destas coisas vos contamineis; ‘porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que Eu expulso de diante de vós’. Por isso a terra está contaminada; Eu visito sua iniquidade e a terra vomita seus moradores.” Lev 18;19 a 25

Vimos, pois, que não se tratava de guerra, ainda que, envolvesse a necessidade dela.
Pois, Deus, malgrado, seja “Varão de Guerra”, deseja, acima de tudo a paz.

A mensagem cantada pelos anjos quando do nascimento do Mediador: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra; boa vontade para com os homens” Luc 2;14

Um que daria Glórias a Deus, obedecendo-O às últimas consequências; como efeito colateral do Seu Destemido Ato, a possibilidade de paz com os homens; “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;18 e 19

Todavia, antes de firmarmos ímpias tendas na presunção que nos guarda um Deus de Paz, convém lembrarmos que Ele também é de justiça.

Tendo banido uma população extremamente ímpia, para dar a Terra Prometida aos eleitos, como agiria Ele, quando os escolhidos decidiram pela impiedade também? Paulo pontua a Isonomia Divina: “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;3

Ele usava as Escrituras para advertir os “eleitos” em Cristo, Isaías reportou a ruptura do Deus de Paz, com os rebeldes; “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

Na Nova Aliança “templos” são as pessoas; contudo, muitos levam ao extremo essa realidade, com “interpretações” convenientes, que “legitima” a “revolução silenciosa dos desigrejados”.

Há muitos erros, patifarias, escândalos nas igrejas, por isso, eles não se misturam.

De fato, acontecem muitas coisas vexatórias no que se denomina igreja; mas, sair desses ambientes seria a solução de Deus?

Dois grupos religiosos se destacavam nos dias de Cristo; Fariseus, ou, “Separados” e Saduceus, ou, “Justos”.

Eram tão “Justos e separados” que sequer se misturavam com aqueles que Cristo buscou e disse que entrariam nos Céus adiante deles.

Rebeldia em trajes de gala é como defunto; banhado, barbeado, elegantemente vestido e morto.

A Palavra não oferece uma ilhota sequer, aos que nadam nesse mar; lhes deixa flutuando em suas doentias presunções: “Não deixando nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; tanto mais, quanto, vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb 10;25

O templo deveria ser feito como e por quem, O Senhor escolhera, “edifica como Ele disse de ti.”

Quem autorizou que os novos “templos” sejam erigidos de verve autônoma, não segundo o dito de Deus?

“Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria. O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada seu coração.” Prov 17;1 e 2

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

O mérito e a graça


“Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará sua destruição; a ruína de ambos, quem a sabe?” Prov 24;21 e 22

Agitações sociais e mudanças políticas na base do berro, atos tão comuns atualmente, foram desaconselhadas pelo sábio.

A atração dessas coisas sobre incautos é a segurança de serem eles, as vítimas. O mundo carece cambiar; a sociedade precisa mudar, eles não!

A diferença do Evangelho e o comunismo é que a mensagem de Cristo desafia cada um a uma mudança profunda em si mesmo. Para Deus não são os outros os errados; ou, se são, não é minha incumbência mudá-los; sou mordomo da minha alma apenas. O convite do Salvador é que eu renuncie isso, doravante, deixando com Ele. “Negue a si mesmo... siga-me.”

Ontem vi uma montagem dessas que fazem eclodir os “orgasmos intelectuais” dos mentecaptos; a coisa me fez pensar; era a linha de partida duma corrida; de um lado um carrão levava um “competidor”, presumivelmente, rico, bem vestido; do outro, um miserável puxava outro com uma carroça; a legenda era: “Meritocracia”.

Não precisa ser sábio pensador para ver a denúncia das “desigualdades sociais”, as benesses da “classe opressora” em detrimento dos “oprimidos”. A eterna balela comunista, com suas “máquina de churros” a rechear idiotas úteis com presunção adocicada.

Algumas reflexões brotaram. Primeiro: Quem disse que devo competir com o semelhante, invés de coexistir? A riqueza gera desigualdade, ou, em mãos empreendedoras gera empregos, melhora as vidas?

Segunda: Quem garante que o de posses sempre foi assim, e não as conquistou com seu trabalho, investimento? Ou, que o miserável não recusou muitas portas de trabalho preferindo a preguiça indigente? Nesse caso a diferença é muito justa, uma vez que cada um ceifa segundo seu plantio. Meritocracia sim.

É roubo, injustiça, a cigarra desejar os suprimentos do formigueiro, se, apenas cantou indolente quando as formigas trabalhavam.

Ainda, se os sistemas socialistas são mais igualitários e desejáveis, pela pretensa “justiça social”, por quê, onde foram implantados, sempre culminaram em miséria coletiva, e riqueza de meias dúzia de ditadores?

Ao dar sorte comum entre diligente e vagabundo, não melhorou a esse e estragou àquele, castrando sua chama que mantinha vivo o anseio de progredir. Vetada essa possibilidade esvaiu-se o sentido do labor. Até uma anta perceberia, menos, os “oprimidos” em sua conveniente estupidez.

A Palavra de Deus não encoraja excessivo apego às posses; “Acautelai-vos da avareza, pois a vida de cada um não consiste na abundância do que possui.” Ensina.

Todavia, chuta com os dois pés o traseiro do preguiçoso; “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para seus caminhos, e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, guarda, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados; assim sobrevirá tua pobreza como o meliante, e tua necessidade como um homem armado.” Prov 6;6 a 11

Deus não alimenta ilusões quanto aos sistemas humanos, nem pretende mudá-los. Trabalha para persuadir indivíduos, para que cada um abrace à Vontade Dele.

Esse negócio de luta de classes, oprimidos e opressores, vem de Marx e derivados, não da Bíblia. Portanto, seja o Papa, bispo, padre, pastor, missionário, ou o escambau, se tentar fundir o Evangelho com a doutrina comunista, não importam os rótulos palatáveis que cole nisso, é fraude. 

Não existe uma “Teologia do Oprimido” que opere o “milagre” de converter culpados em vítimas. “Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus;” Rm 3;23 com, ou sem grana.

Para efeito de salvação não há meritocracia nenhuma; não merecemos e ponto final. Mas, pelo Amor do Eterno Ele enviou Cristo; e pelo que Ele Fez em nosso lugar, a todos os que se lhe submetem, a redenção é dada de graça. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Quando A Palavra ensina que Deus Amou o mundo; refere-se à Universalidade do Seu Amor; não ao mundo estritamente. Não busca salvar ao mundo, antes indivíduos; “... todo aquele que Nele Crê...” Jo 3;16

Não trabalha com “massas;” “... cada um dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

Inúteis as badernas “sociais” que ousam contra leis estabelecidas; elas redundarão em perdição.

O comunismo vende como direito seu, um fruto do outro; o cristianismo ensina como dever seu, fazer ao outro o que deseja para si; isonomia e extorsão não são sinônimos.

sábado, 2 de outubro de 2021

Medo de romper


“Todos choravam e pranteavam; Ele disse: Não choreis; a menina não está morta, mas dorme. Riam-se dele, sabendo que estava morta.” Luc 8;52 e 53

O motivo pelo qual zombaram de Jesus foi que Ele “pensava” que a menina dormia; mas, eles “sabiam” que ela estava morta.

Entendemos que, a fé é “o firme fundamento das coisas que não se veem...” Heb 11;1 porque não se limita às coisas palpáveis apenas, restringindo seu “saber” ao tangível. Seus alicerces se firmam no Saber e Poder, Divinos.

Se, Aquele que É A Vida, afirmou que a menina não estava morta, não o fez porque desconhecesse seu estado; antes, porque estava antecipando o que faria; ou, como isso que chamamos morte, é vista aos Olhos dos Céus; um sono reversível, até.

Nossos eventuais deboches ante, a “ignorância” ou, “impossibilidade” Divinas, não revelam essas coisas; só desnudam os efeitos colaterais da Árvore da Ciência” em nossas almas desorientadas. A falta de vínculo com A Vida, dando peso cabal à morte.

Necessário recorrer a Pascal mais uma vez: “Um pouco de ciência afasta o homem de Deus; um muito, aproxima.”

Decidirmos nós mesmos acerca do bem e do mal, coloca sobre nossos crânios doentios um teto mui raso. Nosso senso de lógica, plausibilidade e verossimilhança estreita-nos de tal modo, que asfixia às possibilidades da fé.

Contra essa “ciência” Paulo advertiu: “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6;20 e 21 Notemos que o saber presunçoso, não apenas limita à fé; antes, se opõe.

O conhecimento humano é nada, na arena da fé. Aliás, o texto que mais irritava a Niezstche, cheio de diatribes em seu livro, “O Anticristo” era, justo um, onde Paulo alistava que Deus “não entendia” de lógica; esse: “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, muitos poderosos, nem muitos nobres que são chamados. Mas, Deus Escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” I Cor 1;26 e 27

Os “sábios” riem da Palavra de Deus, como os daqueles dias na casa de Jairo.

A Palavra sempre frisa que o motivo da rejeição a Deus é volitivo, não intelectual. Noutras palavras: Não é que o homem não possa entender Sua existência e a justiça das Suas demandas; apenas, que bem as entendendo, o homem não as quer. Prefere a autonomia suicida.

O Salvador figurou que A Luz Veio, mas os homens amaram mais às trevas; e Paulo ousou além; disse que até mesmo a criação testifica de modo eloquente, do Criador; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;20 e 21

Uma vez mais, a nefasta migração; “Tendo conhecido Deus”, a Luz, “seu coração insensato se obscureceu”, a escolha pelas trevas.

O problema da Luz é que ela não me mostra as coisas; mostra-me perante Deus. Até gostamos de luz; “pero no mucho”; bastam os holofotes.

As redes sociais com suas frases de aluguel, fotos cheias de caras e bocas, belos panos-de fundo, etc. mostram como as pessoas gostam de ser vistas; a Luz espiritual revela o “pacote” todo; sobretudo, as coisas que o homem tenta ocultar. Por isso, incomoda.

Então o Capeta e sequazes parecem tão diversitários, inclusivos, tolerantes. “Resolvem” os problemas humanos apagando a luz, para que eles não sejam vistos. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Mais fácil rir da Palavra, fazer violenta oposição até, que incursionar nela, para conhecer a intimidade com Deus, e as reentrâncias obscuras da própria maldade.

Isso demanda uma ruptura social que a maioria não ousa; “... não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na Lei do Senhor; na Sua Lei medita dia e noite.” Salm 1;1 e 2

Naquele evento, da ressurreição da filha de Jairo, O Salvador também “rompeu” com escarnecedores; levou apenas os pais e três discípulos.

A fé em intimidade com Ele faculta ver grandes coisas; aos demais resta o escárnio. Limitam Deus às suas impossibilidades; seguem mortos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

"Gabinete do Ódio"


"Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que Te odeiam, não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.” Sal 139;21 e 22

Velho Testamento, onde as lutas ainda se davam estritamente entre homens. Odiar aos inimigos era, então, a coisa certa.

Entretanto, após a Vitória de Cristo, o “campo de batalha” mudou; a luta se deve travar com outras armas, dados os novos inimigos. “Porque não temos que lutar contra a carne e sangue, mas, contra principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12

O fato de adjetivarmos a cruz como vitória, já denota que a coisa extrapola à abrangência da carne; pois, se fosse nessa arena estrita, a morte do Senhor seria estrondosa derrota. Contudo, foi um Triunfo Eterno.

Invés de derramar sangue alheio, pois, do cristão se espera que derrame o próprio, se necessário, na resistência ao mais letal dos inimigos; o pecado. Aos hebreus desanimados por frustrações menores, esse alto padrão foi posto: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Hb 12;4

Embora, principados e potestades sejam nossos adversários, eles usam pessoas de carne e sangue, para disseminar conselhos avessos ao conhecimento e obediência. Devemos, os despenseiros da Obra de Deus, estar preparados para tais embates. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Se é certo que devemos pagar ao mal com o bem, isso equivale a sermos lenientes com os maus, à medida que eles são vítimas do engano de tais potestades. Daí, o preceito: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 12;20 e 21

Todavia, se nesse contexto, vencer o mal com o bem significa socorrer ao desafeto, nem sempre as coisas são assim.

Às vezes, muitas vezes, o mal a ser derrotado é a mentira; o bem, necessário, a verdade.

Não devemos odiar pessoas, como no Antigo Pacto, mas, aborrecer valores avessos, coisas que ante O Santo são iníquas. Pois, o ódio tem seu mérito sim, no devido lugar. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria mais que a teus companheiros.” Sal 45;7

Ontem, no depoimento do empresário Otávio Fakhoury na “CPI” ele foi acusado de pertencer ao tal “Gabinete do ódio”. O Presidente Aziz, se disse cristão amoroso, que jamais usou uma forma agressiva contra alguém; questionou o cristianismo do depoente, pois, haveria “muito ódio” nas postagens dele. Deveria ler o Evangelho, foi a sugestão.

Conclusão implícita é que, O Evangelho é o “puro amor”, sem nenhuma diatribe sequer; será?

Que Deus É Amor, nenhuma dúvida. Contudo, o amor “Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;” I Cor 13;5 e 6

Aquela fábrica de mentiras e narrativas fraudulentas que chamam CPI, poderia se escudar no que lhe aprouvesse, menos, no Evangelho de Jesus Cristo. Pois, malgrado sua mensagem de amor e perdão, traz duras reprimendas contra hipócritas, mentirosos, ladrões, e presunçosos do calibre desses; deveriam transbordar amor, dada sua contumaz aversão ao “Ódio”.

Eça de Queiroz cunhou: “Políticos, como fraldas, devem ser trocados de tempo em tempo; pela mesma razão.” Bons tempos aqueles em que eles apenas cagavam. Hoje vendem a alma ao diabo, caluniam, atacam, mentem solenemente, em defesa de interesses rasos, apelidados de justiça.

Eles manifestam seu “amor” blindando corruptos que meteram a mão no erário durante a pandemia, e atacando de todas as formas as reputações de cidadãos honestos, como Luciano Hang, acusado, pasmem! de usar vestes verde-amarelas. Imaginem o dano disso!

Um deles ousou dizer, “Eu sou um senador!” Como se isso o colocasse anos-luz acima dos demais. 

Sua besta! Isso significa que vossa displicência é funcionário público, um servidor pago por nós e nos deve satisfação; não, nós pagadores de impostos devemos nos ajoelhar diante dele. Gente sem noção; vergonha. Como não odiar posturas cretinas assim?

O Senhor que É amor, enfrentou à morte, o “Gabinete do ódio" de então; no clímax da dor orou: “Pai Perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem.”

Pois, os da “CPI” sabem muito bem, portanto peço: Pai julga-os, porque eles sabem o que fazem.

domingo, 26 de setembro de 2021

A contenda e seus porquês



“Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo.” Jó 10;2

O Eterno não toma em conta os tempos da ignorância, logo, não condenaria ninguém que pretensamente O servisse, sem dar ciência das causas. “Acaso não faria justiça O Juiz de toda a Terra?”

Quando, enfim, falou com Jó, não explicou cabalmente os motivos da “contenda”; apenas situou-o, sobre a devida distância entre criatura e Criador; por fim, justificou ao arrependido Jó, e o abençoou.

Resta aberta essa questão: Por quê Deus contende com o homem?

Não se trata de uma percepção particular de Jó; O Eterno mesmo dissera, antes do Dilúvio: “... Não contenderá Meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne...” Gn 6;3

O óbice é que o homem “também é carne”; Deus É Espírito; então, a carne atrapalharia que o homem tomasse o rumo desejado; será? O Novo Testamento traz: “Os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências.” Gál 5;24

O “Negue-se” equivaleria a: Contenda consigo mesmo, mortifique-se em sua natureza má, para não contender mais com Deus. Cristo vos dá poder para tal; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Assim fazendo “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo O Espírito.” Rom 8;1

Daí, a cabal necessidade de regeneração, para andar com Ele; “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Se, ao frear a contenda, como consequência veio o juízo do Dilúvio, uma conclusão se faz necessária: Ele contende com o homem no intento de salvar, para não precisar julgar. Se, desistisse dessa liça teria desistido de salvar. Bendita contenda!

Diferente das disputas humanas, onde concorrem coisas rasas, emulações, invejas, vaidades, orgulho, etc. A peleja de Deus conosco é para que andemos por caminho reto, vivamos de um modo que Lhe seja aceitável.

Intentar pelejar alguém, contra O Todo Poderoso seria ridículo; “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da Minha Força, e faça paz Comigo; sim, que faça paz Comigo.” Is 27;4 e 5

Notemos que a “Vitória” intentada pelo Santo é nossa reconciliação; “Se apodere da Minha força, (Cristo, O Braço do Senhor) e faça paz Comigo.” Arrependa-se. “Gloria a Deus nas altura, paz na Terra; boa vontade para com os homens.” Luc 2;14 Cantaram os anjos na Sua Vinda.

A luta é, antes de tudo, uma persuasão espiritual; peleja pela nossa obediência mediante Seu Espírito; “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

No Antigo Pacto as diretrizes do Espírito eram dadas através de um líder; eles não seguiram e recrudesceu a luta; “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

No novo, cada um em particular é chamado à reconciliação através de Cristo, Único Mediador. Claro que, para triunfar com Ele, no âmbito do Espírito, o homem caído e morto careceria de renovo espiritual; então, “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

A peleja nunca foi Vontade Divina; o homem foi criado à Sua Imagem para a comunhão; mas, surgiu um perverso que semeou mentiras e rompeu a amizade que deveria ser eterna. “O ... perverso instiga a contenda, o intrigante separa os maiores amigos.” Pro 16;28

Diz um provérbio que tempos fáceis fazem homens fracos; um Paraíso ao dispor, estava fácil demais. Adão resolveu “apimentar” a relação aceitando a sugestão de desobedecer. Confiou na balela do orgulhoso que queria ser como Deus, invés de confiar Naquele que É; “O orgulhoso de coração levanta contendas, mas o que confia no Senhor prosperará.” Prov 28;25

O complemento do provérbio é que, tempos difíceis fazem homens fortes; esse é o problema; nossa “força” atua contra; temos que negar-nos; quanto mais fracos de presunções e justiça própria estivermos, melhor.

“Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5 Paulo ampliou: “... me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” II Cor 12;9

O pecado do orgulho nos maldiz; vencido esse teremos paz; “Lança fora o escarnecedor, e se irá a contenda...” Prov 22;10

sábado, 25 de setembro de 2021

Rasgando o véu


“Destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos; o véu com que todas as nações se cobrem.” Is 25;7

A vinda do Salvador; o contexto imediato aponta para algo que somente Ele poderia fazer, e fez: “Aniquilará a morte para sempre...” v 8

Venceu-a permitindo que ela o “vencesse”; dando-lhe o salário que Ele não merecia, a morte “morreu”; “Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela;” Atos 2;24
Ela só tinha permissão para reter pecadores; “Porque o salário do pecado é a morte...” Rom 6;23 Ao “assalariar” Um Inocente, perdeu seu poder. “Onde está, ó morte, teu aguilhão?” I Cor 15;55

Além de salvar, Veio desnudar, expor a maldade humana, coisa que, os que preferem a cobertura do “véu” não desejam; deixaram claro isso matando Ele. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 Mesmo detestando à Luz, o “homo insanus” deseja receber aprovação.

Desde a nefasta “migração” de Adão, da comunhão bendita com O Criador às paragens do medo, refém da culpa, que o ser humano passou a ser um fugitivo.

Não que isso seja possível; “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não Encho os Céus e a Terra? diz o Senhor.” Jr 23;24

Logo, “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se subir ao Céu, lá Tu estás; se fizer no inferno minha cama, Tu ali estás também.” Sal 139;7 e 8
Sendo patente o motivo, culpa, está meio confuso o método da “fuga”, dado que a missão é impossível.

O Eterno É Onisciente, “Todas as coisas estão nuas e patentes perante Ele;” Heb 4;13 Todavia, os fugitivos, mesmo sabendo-se alienados Dele, contentam-se com suicida encenação.

Essa doença auto inoculada dos que silenciam às próprias consciências, e parasitam pretensa virtude no cinismo comum dos que se abrigam sob o mesmo véu.

Entre as formas mais requintadas de “fugir” há os que se escondem dentro das igrejas. Invés de, arrependimento e confissão, para o novo nascimento, e aprendizado da sã doutrina, para edificação e santificação, esses orbitam ao “Sol da Justiça” a uma “distância segura”; até ouvem à Santa Palavra, mas, não com a índole submissa dos que se deixam conduzir pelo Bom Pastor.

Alguns pregam, profetizam, cantam; mas, fora do ajuntamento agem como os ímpios; mentem, enganam, maldizem, compactuam com o mal; não passam de sal degenerado, gente que escandaliza; mesmo perto da Rocha Eterna, edificam suas malocas sobre a areia da encenação.

Não são incomodados por um chamamento à conversão, uma vez que já “são convertidos”; tampouco, a lâmpada da consciência consegue lhes aclarar; acostumaram com a auto indulgência, invés de buscarem o Perdão de Cristo. Fiz isso; mas, quem não faz?

A separação desejável perde-se nessa amálgama de cinismo e hipocrisia. O preceito é claro: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem seu prazer na Lei do Senhor, na Sua Lei medita dia e noite.” Sal 1;1 e 2

Está sendo forjado um mega esconderijo; um “véu” do tamanho da Terra, chamado, ecumenismo.

Visto de baixo para cima soa democrático, tolerante, inclusivo; da perspectiva celeste não passa de motim; “Por quê se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor, contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.” Sal 2;1 a 3

A pergunta poderia ser reformulada: Sendo impossível se esconder do Eterno, eles tentam por quê?

Porque fazem isso de todo o coração, e “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9

Tais pessoas negam a si mesmas de um modo suicida; fingem ser o que não são, e acreditam herdar o que jamais terão. 

As que ousarem se negar por Cristo, já não precisam de véu. “Todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” II Cor 3;18

Deus não massifica; tampouco, Lhe interessam ajuntamentos rasos de humana feitura. Para Ele estamos divididos, não, agregados; em dois grupos bem distintos, aos quais, acoroçoa que deixem patentes suas posições, escolhas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Árvores retas


“... Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.” Ecl 7;29 (algumas traduções trazem: Invenções)

O fato é que, a retidão criada se perdeu; a pretensa autonomia apregoada pelo “profeta” da queda tem levado o homem a buscar muitas coisas vãs, sem saber o que precisa.

Segundo Salomão, “O fim das coisas é melhor que o começo; o dia da morte melhor que o do nascimento.” Cap 7;1 e 8 Nós, autônomos “conhecedores do bem e do mal”, comemoramos o nascimento, e choramos a morte. Temos mais sangue que luz.

O Eclesiastes é meio filosófico, meio espiritual; considera as agruras que esperam no teatro da vida, e a “missão cumprida” do que, teoricamente viveu bem, segundo Deus; “... Teme a Deus, e guarda Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, até tudo o que está encoberto, seja bom ou mau” Ecl 12;13 e 14

Nesse prisma de ter alcançado reconciliação com Deus, que a morte é melhor que o nascimento; encerra vitoriosamente um vasto período probatório; então, “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos Seus santos.” Sal 116;15

Vulgarmente se barateia a salvação, como se, para tê-la bastasse morrer. O sujeito leva uma vida ímpia, arrogante, promíscua, egoísta, despreza os muitos chamados à salvação; de repente o fio da sua vida se rompe; presto surge um enganar de aluguel: “Está melhor que nós; virou uma estrela; passou a viver com O Senhor;” será?

O Senhor, que admitirá ou não, pessoas no Seu Reino explicou as bases do contrato: “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23

Não é uma imposição; antes, escolha arbitrária; “se quiser.” Não é um esvaziamento ascético, oco, como apregoam certas doutrinas; lutar contra pensares “negativos” e encorajar outros, meramente humanos. Ninguém é salvador de si mesmo.

A renúncia requerida é colocar Cristo em meu lugar. Como Ele se pôs em meu lugar, na cruz, É Digno; quem O quer servir, deixe que Ele se coloque em seu lugar nas escolhas. Viva como Ele viveria.

Paulo chamou isso de, ter a “Mente de Cristo.” Isaías vaticinara a necessidade de se cambiar o humanos pensares, pelos Divinos. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso É em perdoar. Porque Meus Pensamentos não são os vossos; nem vossos caminhos Os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Não que sejamos marionetes; reitero, temos arbítrio; mas, esse se resume a duas possibilidades. Escolhermos as coisas segundo Deus, ou segundo nós mesmos, o que equivale a seguir a oposição.

Grosso modo, todos querem a salvação, (exceto os que dizem duvidar da vida após a morte e o juízo, pretendendo salvar-se agora da angústia de pensar nisso) a maioria a quer sem custo, sem cruz.

Se, na criação Deus Fez ao homem reto e ele entortou, em Cristo o regenera, faz nascer de novo; e, pasmem! muitos entortam outra vez.

A Palavra é categórica: “É impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Pedro descreve com pesada figura essa nojeira espiritual; não versa de ignorantes, mas de gente que sabendo o que fazia, fez escolhas rebeldes; “Os quais, deixando o caminho direito, erraram... Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;15, 21, e 22

Os sintomas de “tortura” das árvores se fazem notórios no baixo paladar para com A Palavra da Vida, e a sôfrega busca por aduladores assassinos; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Contudo, as “árvores” obedientes, crescerão como O Senhor deseja: “Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro crescerá a faia, em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o Senhor por Nome, por sinal eterno, que nunca se apagará.” Is 55;12 e 13