sábado, 6 de fevereiro de 2021

A guerra dos meninos


“Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

Parece uma contradição. Sugerir o ardor de um desejo infantil, em almas adultas. Desejai como meninos, o exercício da razão. A meninice em realce tem a ver com o afã de querer muito, algo que parece desejável, mais do que, com o teor do desejo.

A negligência com a Doutrina de Cristo foi a denúncia, segundo a qual, certos cristãos, malgrado o curso de tempo, seguiam meninos. Se, o anelo pode ter vigor infantil, a compreensão e diligência não devem. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não de sólido mantimento. Qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça porque é menino.” Heb 5;12 e 13

Ora, sendo a conversão, um dom facultado a gente grande, “O que crer e for batizado será salvo”, a coisa não se aplica a meninos literais; pois, crer demanda entender ao menos em parte, o teor da fé; sendo possível esse encontro de adulto natural, com menino espiritual, se desfaz a aparente contradição.

Quando alistou todos os dons, os quais, nenhum teria valor sem o concurso do amor, Paulo, como numa tênue exortação aos que faziam uso carnal dos mesmos pontuou: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

Adiante propôs a junção desejável dos aspectos adulto e infantil; “... sede meninos na malícia e adultos no entendimento.” Cap 14;20

Tenho visto uma guerra de meninos, dado o teor da “Campanha da Fraternidade”; ela traz o ecumenismo e o homossexualismo como batedores; centro da preocupação “quaresmal” da CNBB e do CONIC que estão juntos nessa.

Frases como “discursos de ódio, polarização, fundamentalismo” aparecem sob a sedutora canção que, do estava dividido se fez a unidade. Qual o motivo da surpresa?

Francisco não produziu a “Fratelli Tutti” segundo a qual, mesmo sem novo nascimento todos são irmãos creiam no que quiserem? Está tocando firme e forte sua agenda pela igreja global única, sem barreiras; sem Deus.

Alguns católicos estavam furiosos com a participação do CONIC, os “Protestantes”, mais que com o teor comunista do texto. Para eles é mais grave a presença desses que cultuar o ateísmo.

Se, do que estava dividido se fez unidade, então essas partes sempre compuseram um todo; em algum momento foi fracionado. Mas, não é assim.

Unidade é ímpar e o liame é o Espírito Santo; essa já possuem todos os salvos independente da denominação onde vivam. 

União é humana, política, rasteira, terrena, balaio de gatos, ecumenismo. Poderão estar na mesma figura como os pés da estátua aquela, com dedos mesclados de ferro e barro; se “misturam” mantendo-se apartados.

O que poderão fazer os católicos sinceros que estão indignados com isso? Infelizmente, (posso falar pois fui um dos tais) não é a diretriz da Palavra de Deus que seguem, mas da igreja.

Aprenderam que “Fora da Igreja Católica não há salvação”. Cristo disse diferente: “Ninguém vem a Pai senão, por mim.”

Mais; que Pedro era a Pedra sobre a qual a Igreja foi edificada, sendo eles, os únicos e legítimos sucessores; o próprio Pedro pensava diferente; “... Eis que ponho em Sião a Pedra principal da esquina, eleita e preciosa; quem nela crer não será confundido.” I Ped 2;6 Óbvio que Fala de Jesus Cristo.

Nunca pretendeu a exaltação terrena de ser Papa; “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles...” Cap 5;1 Tampouco quis que tradições e dogmas tomassem o lugar da Palavra; “Se alguém falar, fale segundo as Palavras de Deus...” Cap 4;11

Por fim, os “protestantes” do CONIC também laboriosos por ecumenismo patenteiam igual meninice. Se Deus não conta por quê precisaríamos um religião global? Se conta, por quê ousaríamos contra à Sua Palavra?

A irmandade veraz é espiritual mediante novo nascimento; “... não nasceram do sangue, nem da da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;13

E a verificação de quem entre no Reino também não deriva de arranjos humanos; “... O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Mãe é a Água (palavra) e Pai, o Espírito (Santo); fora disso, não importa o zelo religioso de quem for, estará sem pai nem mãe; “Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento da tua mãe.” Prov 1;8

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A respeito do respeito

“O jeito mais prático de se aprender sobre respeito é lembrar que as escolhas do outro não são da sua conta.”

Deparei com essa frase numa postagem hoje e me pus a pensar; será que respeito é isso mesmo, ou eu aprendi errado?

É que muitas vezes usei a frase; “Com todo respeito me permito discordar...” já vi e ouvi outros fazendo semelhante afirmativa. 

Agora, se respeito é uma barreira que faz o outro intocável diante de mim, ele escolheu tá escolhido e ponto final, já não existe como discordar respeitosamente; uma vez que mero importar-se com as alheias escolhas seria uma intromissão; um desrespeito já.

Nesse caso, para quê serviriam as redes sociais? Pois, as reações de curtir, amar, aplaudir, fazer muxoxo, espantar-se, comentar, etc. são nossa opções possíveis e usuais, ante as publicações/escolhas dos outros; e deles para com as nossas.

Mas, se para respeitá-las eu não posso interagir expressando meu pensar como faço? Ou, se mesmo postando coisas aos olhos de todos, aquilo interessa apenas a quem posta e não ao público, não seria melhor que o tal guardasse o que é de seu exclusivo interesse apenas para si?

Há algo errado na pele dessa geração hipersensível, que a faz melindrosa ao extremo, a ponto de receber de braços abertos apenas curtidas e aplausos; se pintar algo diverso, presto a síndrome do tatu bola em estado de defesa deixa apenas a redonda casca à vista dos “predadores” que se atrevem a opinar.

A coisa é de tal modo tênue, que se um respirar em público poderá ser acusado de separatista, por separar oxigênio e gás carbônico; ou, como observou alguém num post sarcástico, se outrem postar que detesta cebola presto a galera subirá a tag #somostodoscebola; teremos “urbi et orbe” uma caçada aos nefastos cebolafóbicos.

Francamente! Nunca pensei que o ser humano seria tão rasteiro assim.

Ora, escolhemos amigos, reais e virtuais, por alguma identificação. Se um dos meus, sem mais nem menos decidir comer fezes, eu me importarei, claro! Não será por falta de respeito; antes preocupação com sua sanidade; primeiro, por respeito a ele tentarei chamá-lo de volta à razão; mas se isso não tiver jeito e o dito se revelar um fezívoro incorrigível, por respeito a mim mesmo, me afastarei do tal.

Não raro, quando alguns defendem coisas muito fora-da-casinha, seja contrariando valores civis, espirituais, políticos até, que me são caros, me dou ao direito de excluir aos tais.

Já excluí alguns, e também fui barrado em páginas onde meu modo de pensar e expor não era bem visto.

Portanto, respeito é uma coisa, e melindre gratuito, outra. Não creio que nenhuma pessoa concorde cem por cento com outra; por mais que dois tenham grande identificação em muitas áreas, em alguma divergirão e podem levar isso numa boa, significando apenas alteridade de opiniões, não desrespeito.

Sobre isso, aliás, oportuna a frase de Voltaire: “Não concordo com uma palavra do que dissestes; mas defenderei até à morte teu direito de dizeres o que pensas”. Isso é respeito! 

Posso ser diametralmente diferente de alguém, sem nem por isso me impor, ou vetar que o tal seja como é. Isso tudo, preservado meu direito de discordar das escolhas dele. Simples assim.

De duas fontes vertem as águas do respeito; dignidade e posição. O primeiro caso tem a ver com quem se é; o segundo, com onde se está.

Por exemplo: Dilma quando presidente pela posição deveria ser chamada de Excelência; quando falava em saudar a mandioca o estocar vento, agia de modo indigno de uma inteligência mínima a merecer respeito. Inevitáveis os choques entre o respeito e a zombaria.

Então, para finalizar, se o respeito não se devendo à posição de autoridade de alguém, deve-se em virtude de certa dignidade, aqueles que, sendo meus amigos ou não, agirem com um mínimo dessa fibra já terão meu respeito.

Assim como, direito e dever são, de certa forma, frutos do mesmo baraço, sendo o cumprimento de um, o patrocinador do usufruto do outro, do mesmo modo, a dignidade e o respeito.

A primeira é o germe, de cuja vida nasce o segundo.

Se alguém quiser tomar as ruas, praças, redes sociais defendendo assassinato de inocentes indefesos, prostituição infantil, ideologia de gênero, drogadição liberada, pedofilia, zoofilia e afins, será direito seu defender tais escolhas; e meu, me importar com isso e manter distância de uma besta dessas que, tendo ganhado o dom da vida para viver, desperdiça-o na sanha de destruir. Sendo chamado a ser filho de Deus, por preguiça para disciplina opta pela paternidade do Diabo.

Quem ao amanhecer escolhe as veredas fáceis do vício, tem grandes chances de encontrar a noite ainda antes de anoitecer.

O "poder" da fé


“Não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Estava admirado da incredulidade deles...” Mc 6;5 e 6

Houve eventos onde O Senhor se admirou da fé, dum centurião, uma mulher siro-fenícia, agora O encontramos admirado da incredulidade dos Seus concidadãos.

Embora a narrativa diga que Ele “não podia” fazer ali obras maravilhosas, nem de longe isso ensina o “poder da fé” que alguns incautos apregoam. Quando Ele dizia: “A tua fé te salvou...” não estava aludindo ao suposto poder da mesma; mas, a ter sido posta no alvo certo. Crido em quem podia; “Crede em Deus crede também em mim.” Ensinou.

O papel da fé não é acessar bênçãos no aspecto do poder; antes, atuar de uma forma que agrada Àquele que pode. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele Existe e que é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

O que restringia Jesus não era eventual lapso de poder, por causa da incredulidade; antes, a desonra. “Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre seus parentes e na sua casa.” Mc 6;4

Quando O Eterno “não pode” fazer algo bom a quem O desonra, isso tem a ver com Sua Justiça, não com Seu Poder como Eli tardiamente aprendeu; “... Na verdade tinha falado Eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de Mim perpetuamente; porém agora diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que Me honram Honrarei, porém os que Me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

Isaías disse mais ou menos o mesmo; que não há nada de errado com o Poder do Senhor; mas, com as vidas dos que desejam seus benefícios; “Eis que a Mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado Seu Ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;1 e 2

Quando A Palavra diz que “a oração de um justo pode muito nos seus efeitos” é porque a prática da justiça que O Eterno Ama, honra-o.

No primeiro culto humano se diz que “Deus atentou para Abel e sua oferta, porém, para Caim e sua oferta não atentou.” A ordem dos fatores é vital aqui; antes de olhar para a oferta O Santo olha para a pessoa do ofertante; seu modo de vida, motivações.

Se, a narrativa não deixa patente que Caim agia de modo réprobo, sendo por isso rejeitado, a exortação subsequente explicita isso; “Se bem fizeres, não é certo que serás aceito?” Gn 4;7 Implica que não fora aceito porque agia mal.

Então, o “poder” de uma oração, ou mesmo da fé, é ser a mesma oriunda de uma vida da qual Deus, que tudo Pode, se agrada.

São balelas, cadeias malignas essas “orações infalíveis” que circulam por aí. Se, o poder estivesse do lado de cá, em minha fé ou em minhas orações, por quê precisaria eu do Senhor?

Se, você ainda acha que Deus precisa de nossa fé para fazer algo, Ele tem uma questãozinha básica; a mesma que colocou para Jó: “Onde estavas tu, quando Eu fundava a terra? Faze-me saber, se tens inteligência.” Jó 38;4

Se, as más conversações corrompem os bons costumes, também as más concepções e interpretações pervertem à Sã Doutrina.

Quando O Santo diz para não se orar sobre determinado assunto, não é porque seria “forçado” a atender, senão; antes, porque a aversão por tais alvos é tanta, que sequer deseja ouvir mais sobre o mesmo. “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques, porque não te ouvirei.” Jr 7;16

Nesse caso a rejeição não era pela pessoa que oraria, Jeremias; mas, por seus alvos, um povo que estava sob juízo pela reiterada desobediência.

Enfim, não existem “palavras certas” que Deus ouve ao orarmos; antes, vidas ainda ao alcance de Sua misericórdia, ou, intercessores aos quais Ele aceita; fora disso, por fervorosas e justificáveis que determinadas orações pareçam, no fundo serão meros “sacrifícios de tolos”, erros de alvo.

Três amigos de Jó em sua saga foram “consolá-lo”; invés disso se revelaram molestos; pois, o acusaram de faltas que não cometera; no fim, após uns puxões de orelha em Jó pela sua imprudência, pelos amigos, apenas a oração Dele era aceitável; “... o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei ...” Jó 42;8

Enfim, nossa fé não força Deus a nos abençoar; mas ao ouvirmos quando Ele fala, ganharemos Sua atenção quando falarmos.

O ódio com a palavra

“Tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que possuis, nomeia juízes, que julguem todo povo que está dalém do rio; a todos que sabem as Leis do teu Deus; ao que não sabe lhe ensinarás.” Ed 7;25

Além da autorização para Esdras restaurar o templo em Jerusalém, Artaxerxes ainda proveu meios até do tesouro real; ordenou que ele estabelecesse juízes, cuja credencial exigida era ser sabedores das Leis de Deus. Bons tempos!

Quando a Lei Divina era vista como é; lâmpada para os pés, luz para o caminho. Capaz de admirar até mesmo quem não era do povo escolhido.

“Guardai-os e cumpri-os, porque isso será vossa sabedoria e vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas vezes que o invocamos? Que nação há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta Lei que hoje ponho perante vós?” Deut 4;6 a 8

Ímpar pela origem, a Lei de Deus; também pela Sabedoria e Justiça.

Hoje, que “enfraquecem os mais altos do povo da Terra”, os governos em sua imensa maioria estão nas mãos de gente baixa, sem valor, vergonha, espírito público; em total aversão para com Deus e Sua Palavra.

Uma vez empossados, invés de saírem promulgando medidas desenvolvimentistas, para fomentar estruturas, desburocratizar meios rumo ao progresso, como o bordão usado por Donald Trump, “Make América Great Again”; invés de buscar a grandeza do país mediante trabalho, o “elevado” Joe Biden saiu dando “canetaços” rumo à ideologia de gênero tornando comuns os banheiros dos colégios; cada qual, macho ou fêmea pode ir onde quiser; legitimando que homens possam competir em certames femininos, caso desejem por “sentirem-se” mulheres; os “trans” em nome da “igualdade”.

Como não lembrar Aristóteles? “A pior forma de desigualdade – disse - é considerar iguais, aos que são diferentes.”

Enfim, invés de um porte desenvolvimentista como o de Trump, temos um viés gayzista, abortista, globalista; antes do labor por um país próspero, o engajamento perverso pela “desconstrução” de valores; invés de fazer a América grande novamente, a ordem é fazer da impiedade o “novo normal” urgentemente.

Não pode mais a Lei de Deus ser credencial, como nos dias de Esdras, a oposição a Ele é que está na moda.

“Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra ...” Is 24;5 e 6

Incautos poderão pensar que é o suprassumo da liberdade, deixar que cada um, ainda em tenra idade faça escolhas que aprouver no âmbito sexual, invés de ensinar algo moralmente saudável, de acordo com a constituição biológica.

Porém, quando o canhoto repete a cantilena de outrora, “Vós sereis como Deus sabedores do bem e do mal”, embora pareça estar “libertando servos” está apenas furtando; removendo da submissão a Deus, O Digno Criador, para a submissão a si, ladrão usurpador.

Quereis ver como o sistema diabólico aprecia liberdade? Tentem fazer leis que sejam reflexos da Lei de Deus nos códigos humanos. Menos; divulguem vídeos defendendo isso em plataformas do sistema maligno; quando não forem excluídos os conteúdos serão censurados, demonetizados.

A “liberdade” que o Diabo oferece é apenas para profanar a Deus. Ouse-se a defendê-lo e breve nos enquadrarão nas pechas de divulgadores de “fake News”, propagadores de “discursos de ódio.”

O que é falso é biodegradável; deixe-se livre e breve o concurso dos fatos desqualificará toda a mentira. Mas, as “agências de checagem de fatos” nome pomposo para censura, se apressam a depreciar à verdade; pois, não é à mentira que temem, dado tão largo e amistoso convívio.

Engana-se quem pensa que ainda serão possíveis escolhas em urnas. O Vaticano e os Estados Unidos, mostraram que está tudo na mão deles; farão valer na marra os governos que quiserem.

O que nos resta são opções pessoais, sobre a quem servir. Andar segundo a Bendita Lei de Deus, ou ser levado pelo mar de lama da “desconstrução” que varre o planeta.

Outrora homens pediam oportunidades de trabalho para ganhar dignamente o pão; governantes pediam verbas para passar uma ponte sobre o desfiladeiro, alvo necessário ao progresso de todos. Hoje, vergonhosamente alguns seres respiradores não identificados pedem desculpas por serem homens; nem precisa; não são!

Cáspita!! Homem é homem! Mulher é mulher; gay é gay; Diabo é Diabo, Deus é Deus! nada vai mudar isso! É “discurso de ódio”, eu sei. 

Mas, é um ódio parecido com o de Deus; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Viagem no Tempo


“... Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? ... Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.” Mat 19; 7 e 8

Pensando pegar ao Senhor em contradição os Fariseus trouxeram à baila o matrimônio; Jesus lembrou que o projeto inicial é indissolúvel; eventual repudio fora mera permissão.
A hipocrisia desentendida de sempre.

Apresentaram uma possibilidade não recomendável à luz do propósito Santo, mera permissão, como sendo mandamento. O Senhor tratou de corrigir dizendo que a concessão atinava à dureza do coração humano, não à Vontade Divina.

Se o projeto Divino pudesse ser executado sem a participação humana seria perfeito; contudo, “... Ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão.” Heb 2;16 

Então, arrependimento e perdão entram em cena para suprir mediante a graça, os efeitos desastrosos da desgraça, a queda humana.

Dado que estamos “presos” numa redoma de tempo e espaço e as consequências das escolhas são eternas, Deus nos permite “viajar no tempo”; o arrependimento é possibilidade do transgressor voltar atrás, rever posturas; reconhecer que foi mal e pedir perdão. Isso é como se Deus voltasse conosco e aceitasse nossa segunda avaliação. Deixa que a experiência e consequência nos ensinem; depois, que o arrependimento seja a prova da veracidade do nosso aprendizado.

Porém, uma vez aprendido o caminho, devemos permanecer, não achar que essa “máquina do tempo" é nosso dileto brinquedo;

“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, da boa Palavra de Deus, das virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério. Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, e perto está da maldição; seu fim é ser queimada. Heb 6; 4 a 8

Afinal, não é apenas divórcio que incomoda Ao Eterno; qualquer espécie de pecado. Todos eles são “permitidos” por causa da dureza dos nossos corações; mas, a Palavra de Deus visa amolecer o barro e refazer, como ensinou mediante Jeremias: “… eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” Jr 18; 6

Esse refazer Divino mediante Jesus Cristo demanda a cruz em nossas vidas; não a morte literal como Ele sofreu; antes, uma mortificação sonegando os anseios carnais em prol da Sua Vontade, como ensina Paulo: “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança da Sua Morte, também o seremos na da Sua Ressurreição; sabendo isto, que nosso homem velho foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito e não sirvamos mais ao pecado.” Rom 6;5 e 6

Os que ainda servem voluntariamente ao pecado, ocupam-se em buscar “contradições” na Palavra de Deus como os Fariseus; (como se elas existissem) os que reconhecem as suas falhas preferem “contradizer” a si próprios, mediante arrependimento e confissão; e fazendo isso, encontram a porta da graça aberta. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Afinal, habilidade com palavras é relativamente fácil para muitos; agora, honestidade intelectual e probidade espiritual demandam um caráter acima da média; um jeito para com a verdade e os fatos, que a maioria não tem; pois, o lugar comum nesse mundo é o da safadeza e improbidade. Porque é mais fácil fazer fumaça que remover manchas.

Entretanto, Deus prometendo bens de valor eterno seria ilógico que fizesse fácil o caminho até eles.

Ainda que os Salvos sejam fortalecidos pelo Espírito Santo, podendo achar “leves” as tribulações terão que lidar com elas; como ensinou o mesmo apóstolo, que superou tantas tribulações considerando a recompensa; “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais e as que se não veem são eternas.” II Cor 4; 17 e 18

Assim, os que viajam atrás nas asas do arrependimento encontram a eternidade à sombra do perdão. Ela pode ser achada mesmo voltando atrás; pois, não é uma refém do tempo como nós.

domingo, 31 de janeiro de 2021

Semelhante Mente


“Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor; Tu És Grande; Grande O Teu Nome em poder.” Jr 10;6

Outrora era tão óbvia a existência do Criador, que não se cogitava negá-la; o mais longe que a loucura chegava era, uma criatura pretender, de alguma forma, assemelhar-se ao Eterno. Certo anjo tentou isso; “Subirei sobre as alturas das nuvens, serei semelhante ao Altíssimo.” Is 14;14

Como num resumo das inglórias tentativas Jeremias sentenciou: “Ninguém há semelhante a Ti...”

Ateísmo é uma proeza mais moderna, uma “resposta civilizada” à “Idade das Trevas”, do fanatismo onde a violência política usou vestes religiosas; o “iluminismo” que afundou o navio para apagar o incêndio; combateu o fanatismo cego, com uma cegueira envernizada.

O homem, por ter subido dois degraus na ciência achou que chegara ao topo da escada.

“Uma falsa ciência gera ateus, mas a verdadeira ciência leva os homens a se curvar diante da Divindade.” Voltaire

O apreço da negação do óbvio, invés de ser tido como ignorância, desinteligência, foi posto por Paulo como loucura. Não sendo falta de luz, mas de sensatez. Recusar-se a ver, não incapacidade para isso.

Tendo visto os frutos (de Deus) o esperável era que soubessem avaliar à Árvore; mas, não foi assim. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem, claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. Mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, aves, quadrúpedes e répteis.” Rom 1;19 a 23

O contexto inicial desse texto era também da confecção de imagens, ídolos para adoração, como se esses produtos da mão humana fossem, de alguma forma, semelhantes ao Altíssimo.

O Eterno desafia tais deuses para que “mostrem serviço” a fim de que, sua adoração faça sentido; ou, que demonstrem ser mesmo, deuses; “Anunciai-nos coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou mal, para que nos assombremos, e juntamente vejamos. Eis que sois menos do que nada! vossa obra é menos que nada; abominação é quem vos escolhe.” Is 41;23 e 24

Entretanto, o famigerado ecumenismo que grassa sob a batuta de Francisco labora para tornar qualquer espantalho, bibelô ridículo, ou vento de doutrina, como se iguais ao Altíssimo, Seu Excelso Ser, e Sua Santíssima Palavra.

Quando alguém diz: “Deus como você o concebe”, embora pareça estar falando algo espiritualmente profundo, ou filosoficamente altruísta, apenas empresta sua voz a Satanás para reafirmar seu crime: “Vós sereis como Deus; vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Alguém, com algum resquício de valores, sentimentos, escrúpulos, quando falha compunge-se, entristece-se invés de reiterar sua falha; no entanto, aquele é “como cão que volta ao próprio vômito, ou porca lavada retornando à lama.”

Sendo o homem criado à Imagem e Semelhança de Deus, Ele É Espírito, como Sua Palavra ensina; natural a conclusão que a semelhança possível se verifica nesse prisma; dos valores espirituais, morais, intelectivos, estéticos; causas que não podem ser vistas em si; senão, nos resultados que produzem. Outra vez é oportuna a figura: “Pelos frutos a Árvore”.

O problema é que o discurso da oposição conseguiu fazer parecer que a Árvore da Vida não bastava; que tocando em outra os jardineiros seriam “mais semelhantes” a Deus do que já eram.

A “semelhança” obtida foi aquela que Paulo mencionou de migrar da sabedoria à loucura; reduzir O Todo Poderoso às vis imagens de criaturas.

A coisa não está apenas por manutenção como fazem parecer os ecumenistas; para eles o alvo é coexistência; carecemos salvação, regeneração.

Por isso a necessidade insubstituível de Cristo e Sua Doutrina; “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” disse.

“Ir ao Pai” é um movimento espiritual dos que, cansados de ser imagem do engano plasmado pela mentira, olham outra vez para a Imagem de Deus. Afinal, O Salvador veio “... sendo o resplendor da Sua Glória, A Expressa Imagem da Sua Pessoa ...” Heb 1;3

A “viagem” nem requer que nos desloquemos fisicamente; só que mudemos de Senhor. Deixando o autônomo sequaz do capeta, pelo Servo de Cristo e Sua Mente; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

sábado, 30 de janeiro de 2021

O Profeta e a Estrela


“Temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a Estrela da Alva apareça em vossos corações.” II Ped 1;19

Quando se pensa, grosso modo, na Palavra dos profetas o que salta às nossas lupas curiosas é entender o porvir; o que se deve esperar segundo A Palavra de Deus; como serão, enfim, os últimos dias.

Não estamos errados; essa nuance consta nas Escrituras; no entanto, no enfoque de Pedro, estar atentos à Palavra dos profetas ensejaria uma luz interior; a “Estrela da Alva” (Cristo) apareceria em nossos corações.

Paralelo com uma sentença dos provérbios; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Assim, justificados Nele, somos pouco a pouco ensinados para que nossa visão se amplie no que deveras conta; o conhecimento de Deus na Face de Jesus Cristo.

Paulo disse: “Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da Glória, vos dê em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos;” Ef 1;16 a 18

Aqui também, sabedoria e revelação não atinam a eventos, mas à pessoa de Cristo; pois, adiante anexa que devemos “conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” Cap 3;19 Assim, a revelação em pauta é de Uma Pessoa, não de alguns eventos.

Portanto, a Palavra profética não visa apenas acontecimentos, tempos, datas, ainda que o faça também; atua para apontar à bendita Luz de Cristo, Seu Ser em nós, aperfeiçoado mediante edificação pela ensino.

Pois, o ministério de ensinar atina precisamente a esse alvo; “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes...” Ef 4;12 a 14

Vemos que a devida edificação traz constância, firmeza, não satisfação de curiosidades.

O conhecimento de Cristo enseja como efeito colateral uma melhor visão de nós mesmos; nossas misérias e más inclinações. 

A luz espiritual não vem para satisfação do intelecto como se fosse mera elucubração filosófica; é antes, um desafio a andar conforme; “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7 Notemos que a eficácia de Cristo só nos atinge se andarmos conforme.

Nossa inclinação natural tende para outro lado, “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.” Rom 8;6 quanto melhor nos vermos na dimensão espiritual, mais trabalho terá a cruz; de outro modo: Quanto mais conhecermos a nós mesmos mais dependentes de Cristo nos veremos.

Se, nossos descaminhos revelados cotejando nosso ser com o Senhor, invés de afastamento gerarem mudança, arrependimento, conversão, então nossa luz será ampliada; O Amor de Deus fará de nossa submissão ao Salvador um “Círculo Virtuoso”, cujo girar nos aproximará paulatinamente dos predicados da Estrela da Alva; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;7 e 8

“Não havendo profecia, o povo se corrompe; porém, o que guarda a lei é bem-aventurado.” Prov 29;18
Esse preceito também evidencia que a função primeira da palavra profética não é prever eventos mas, preservar a integridade.

Esses textos, muitos mais poderiam ser acrescidos, mostram quão errados estão os que acercam-se de adivinhadores do futuro, auto apelidados de profetas, em detrimento dos mestres da Palavra. Deixam a fonte da Água da Vida, que Cristo Faz nos Seus e peregrinam nos desertos do engano, confiados em nuvens que não trazem chuva.

Não que O Eterno não possa usar a quem Lhe aprouver para revelar algo; apenas, Seu alvo principal é regeneração, não informação.

Pois, mais que algo novo a revelar, há muito de revelado carecendo ser entendido; sobretudo, obedecido.

Se, nas veredas naturais da vida carecemos de utopias para caminhar com disse Eduardo Galeano, na senda espiritual a demanda mais cara é por luz. “Lâmpada para os meus pés é Tua Palavra, e luz para meu caminho.” Sal 119;105