quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Como tem passado!


Essa frase seguida de interrogação é usual quando encontramos um amigo (a) que não vemos a algum tempo, e desejamos saber dele (a).

Há um conteúdo filosófico misturado que geralmente nos passa desapercebido; não dizemos que a pessoa vive, mas que ela passa. Senão, perguntaríamos: Como tens vivido?

Os tempos e peripécias humanas já conhecidas, acondicionamos todos no particípio, passado.

Nalguns casos desaconselhamos que se mexa nesse baú; “Águas passadas não movem moinho;” dizemos. Noutros, desejamos que frutos dos idos estejam presentes, pois, “Quem não aprende com erros históricos tende a repeti-los”.

Então, se, as coisas que aprendemos moldam nosso ser e agir, atuando no presente trazem novo ciclo de “águas passadas”; As lições idas moldam ao que é.

Se, nossos erros pretéritos facultam o aprendizado, quem os repete por não aprender é retratado na Bíblia de modo duro; “Como o cão torna ao seu vômito, assim o tolo que repete sua estultícia.” Prov 26;11 Pedro reitera a figura e acrescenta: “Como a porca lavada que volta para a lama.”

Portanto, não somos instados apenas a passar, mas a passar crescendo, haurindo os frutos das experiências que margeiam a passagem.

Embora temporais um nossa incidência, há um quê de eterno em nós, colocado pelo Criador; “Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim” Ecl 3;11

Se, nossa atuação só é possível no presente, podemos evocar o passado mediante aprendizado, ou, nos emocionarmos, nas asas da saudade; e, tocarmos o futuro pela fé e esperança.

Essa “eternidade” pode ser realidade em todos o que encomendam-se a Cristo. Para aquilo que não tem mais jeito, os pecados já cometidos Ele perdoa em Seu Amor e purifica em Seu Sangue.

O “esquecer” possível aos seres com um HD como o nosso é lembrar sem dor; os que recebem a dádiva do perdão, por graves que sejam as faltas idas podem dizer como Paulo: “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo...”

Quanto ao devir, podemos abraçar pela fé as coisas conforme as promessas, não derivar nas incertezas das humanas especulações.

Assim, a Vida Eterna em Cristo elimina nossa temporalidade, tirando manchas de uma época, e dúvidas de outra; isso tudo num glorioso presente que enseja o viver pela fé.

Por isso a exortação: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I Tim 6;12

Então, nesse tempo de renovo de ciclo, muitos, dadas as rudes incidências do ano que se finda aguardam apressados a vinda do “novo”, como se esse trouxesse de per si, alívio às angústias que assustam tantas vidas.

Meu papel como ministro do Senhor não é ser otimista nem pessimista; apenas, verdadeiro.

E duas coisas, a bem da verdade, precisam ser ditas: Uma; o mundo jaz no maligno, e a humanidade majoritariamente prefere esse a Cristo, por amor aos prazeres e medo da cruz;

duas; à medida que avança o curso do rio do tempo com um espírito mau no comando, a maldade tende a aumentar; o devir, a ser pior do que o passado. “Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.” Ecl 7;10

Portanto, não há melhorias gerais no escopo; só há possiblidades individuais, aos que, ousarem andar contra o curso desse mundo aproximando-se de Cristo, reconciliando-se com Deus.

Se, alguém tinha um passado ruim a tratar esse era Paulo; Ele chegou a dizer: “Não sou digno de ser chamado apóstolo, pois, persegui à Igreja de Cristo. Mas, pela Graça de Deus sou o que sou.” 

Esse cotejo da indignidade de pecadores com a Graça Divina, só é facultado pelos Méritos do Bendito Salvador: Jesus Cristo.

Se, em tempos de possiblidade francas como agora as pessoas recusam crer e obedecer, quando entronizado o “Príncipe desse Mundo” será proibido; ele “mudará os tempos e a lei” Acaso depois do “Great Reset” acham que seguiremos contando o tempo à partir da era Cristã e tendo o Evangelho ao dispor? Não!

Esse pulha ciente da feiura dos seus feitos apagará até o passado, tanto quanto puder, para omitir feitos de Cristo e tantos heróis da fé, que podem servir de exemplo a quem quiser se espelhar.

Embora já atue com narrativas fraudulentas tentando manchar toda honra, bom exemplo, testemunho, ainda temos muito para ver e aprender se quisermos investigar o pretérito.

Breve haverá só um ajuntado de robôs de carne, sem passado nem futuro, exceto, perdição. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz...”

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Mecanicamente


“Como ajudaste aquele que não tinha força, sustentaste o braço que não tinha vigor! Como aconselhaste aquele que não tinha sabedoria, plenamente lhe fizeste saber a causa, como era! Para quem proferiste palavras? De quem é o espírito que saiu de ti?” Jó 26;2 a 4

Jó usou ironia sobre as inúteis falas de Bildade; ‘Foi muito válida tua ajuda, precioso teu conselho!’ Depois deu uma situada: “Para quem proferistes palavras?” Por fim, acusou ao pretenso sábio de estar repetindo falas alheias; “de quem é o espírito que saiu de ti?” Ou, a quem estás plagiando, copiastes de onde?

Sempre que o mote é “pensar” lembro o dito de Henri Ford: “Pensar é o trabalho mais duro que há; essa é, talvez, a razão pela qual tão poucos se dedicam a isso.” 

Não estaria eu plagiando-o? Se dissesse que as palavras são minhas; como cito-o, por me identificar com o conteúdo, apenas, somos consortes nisso.

A rotina mecânica e mecanicista, do que, apenas repete coisas sem se ater às múltiplas possibilidades do pensamento, ou da arte, foi chamada por Saint-Exupérry de “máquina de entortar homens”; e ele viveu no início do século XX; foi morto pelos alemães na segunda guerra mundial. Como sumiu num bombardeio aéreo contra os nazistas, a presunção que seu avião foi abatido pelo inimigos é razoável.

Se vivesse hoje veria a pujança da máquina de modo assustador. Não somos apenas mecanizados em processos produtivos como então; somos controlados por máquinas.

A cada instante uma mensagem invade meu fone dizendo quais vantagens ganhei, ou perdi; o que disponho em créditos; o que “ela sugere” que eu faça para obter vantagens mais.

Portanto, repetir um espírito alheio, como estaria fazendo o infeliz conselheiro seria coisa do passado; agora podemos repetir máquinas, obedecer comandos mecânicos. Embora, haja um espírito no sistema que as produz.

Abro meu Face e está lá a pergunta: “Em quê estás a pensar, Leonel?” Sim, me chama pelo nome como se fôssemos íntimos. Eventualmente me dá ordens: “Escreva algo para ...;” ou, “Hoje é aniversário de fulano(a) não esqueça de cumprimentá-lo(a).”

Cheia está a rede de joguinhos das máquinas que “sabem” quem fui ‘noutra vida’; qual o animal que me simboliza; (sempre um felino vivaz ou uma águia, nunca um burro ou uma preguiça) qual minha maior virtude; meu maior defeito; (geralmente ser bom demais) o que me acontecerá no ano novo; isso e muito mais da mesma estirpe;

numa centena de adulações que algum salafrário constrói e vende como se aquilo abarcasse ao universo de sete bilhões de pessoas ímpares que existem e tivesse algum nexo com a verdade. Pior, tem quem consulte e partilhe.
Vê-se de longe, o quanto o Henri Ford tinha razão.

Se voltarmos ao início da saga, ao Jardim do Éden, veremos duas árvores em destaque: A da ciência, vetada; a da Vida, sugestiva, franca. O primeiro casal, acossado pelo “profeta” da ocasião fez a má escolha.

Não que Deus seja contra o conhecimento, a ciência; antes, porque “Não há sabedoria, inteligência nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30 Tudo o que vai Contra Ele, não é sábio.

Assim, a ciência autônoma, independente avessa à Sua Vontade, acabou se tornando uma fraude, uma farsa; Contra essa, Paulo advertiu a Timóteo: “... guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos, profanos e oposições da falsamente chamada ciência.” I Tim 6;20

A ciência veraz procede do Senhor; é um dom do Seu Espírito; “A manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;” I Cor 12;7 e 8
Muitos obedecem máquinas e desdenham-nos por obedecermos Ao Senhor.

Seu hábito será útil ao inimigo, quando, por privado da Onipresença usará máquinas para ser adorado em todas as partes; “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Essa geração robotizada perdeu a noção. Muitos partilham porções bíblicas concomitantes com exibições, quase pornográficas; quando não, derivadas de crenças opostas aos ensinos bíblicos. Oportuna a pergunta de Jó: “De quem é o espírito que fala em ti?”

O Espírito Santo não partilha Seu templo com outro; “Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;5

As coisas profundas de Deus são para quem obedece; aos demais resta uma questão: “Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção...” Sal 50;16 e 17

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Missão Cósmica Abortada (antigo editado)


Em 11 de 11 de 2011 segundo místicos se abriria um “portal cósmico” que elevaria a humanidade à maturidade de consciência, nova era de paz.

Num passe de mágica, mercê da data coincidente.

Alguns acreditam no início de um humanismo renovado, uma nova harmonia; abertura dum portal para outra dimensão; revolução da consciência. Centenas de aficionados pelas ciências ocultas planejam se reunir neste dia para cerimônias e danças”.

"Ter um triplo número na data é, sem dúvida, de grande importância", disse Solara um (médium peruano) à AFP. "Vejo uma grande mudança na consciência do planeta e isto coincide com a data",
acrescentou. (Yahoo notícias)

Escrevi um poema denunciando essa farsa; o qual gerou as mais diversas apreciações; a maioria de apoio, mas revolta também, vejamos um comentário.
11/11/2011 11:28 - Bruxa do bem [não autenticado]
“Que baboseiras vc escreveu, se vê que se trata de alguem com pouquissimo conhecimento tentando chamar atencao ao falar de algo do qual nada sabe. Pena que exista gente assim como vc. By the way, your god is dead, sorry.”

(A propósito, seu Deus está morto, lamento.) O inglês.

Bem, que sou homem do pouquíssimo conhecimento (com agudo no i) não carece muito esforço para demonstrar; mas, não era meu saber que estava em apreço; só o que a data significava.

Se, marcava mesmo uma mudança na humanidade, abrindo um portal encantado que espalharia influências luminosas sobre o planeta, devem ter abortado a missão.

Guerras continuam, crime organizado, tráfico, violência, adultérios, mentiras, egoísmo... A corrupção segue resiliente; falsários no âmbito religioso, mais falsos e prósperos.

Meu Deus Venceu à morte; não é refém de forças cósmicas, antes Criador do Cosmos. “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,” ... “... toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” Rom 8; 20 e 22 A Bíblia apresenta a vinda de Um que pode redimir a criação; Jesus Cristo.

Perdoem os que acreditam no surgimento espontâneo de uma nova era; nada surgirá alheio às nossas escolhas, senão o engano destruidor. Quando surgir o esperado líder mundial anistiando a tudo e a todos, liberando geral, será o lobo-mor, em pele de cordeiro para breve ato de juízo.

As pessoas preferem acreditar na loteria da sorte, a assumirem que suas circunstâncias refletem escolhas.

Alguns nascem com privações; mas, mesmo esses parecem mais resignados que os “normais” que vivem buscando justificativas aos seus fracassos. Basta ver as Parolimpíadas, em contraste com muitos fisicamente perfeitos, reféns da depressão, em face de um capricho sonegado.

Andando nos altos do mercado público em Porto Alegre algo chamou-me atenção. Ambiente quase vazio, três mesinhas dessas para uma pessoa só, ocupadas. Uma jovem duns 18 anos preenchia o que perecia ser um trabalho escolar; a segunda de uns 25 circundava anúncios de emprego nos classificados; por último, um ancião de uns 70 anos, marcava com dificuldade um volante lotérico.

A primeira preparava-se para a vida; a preparada buscava meios de ganhá-la; quem já tinha a vida ganha, aposentado e devendo ser uma fonte de saber, jazia ainda nas algemas materiais, sonhando com a “liberdade” dos banquetes para os quais, já não tem apetite.

Jueves de Excelsior disse: “Começamos a dar bons conselhos quando a idade nos impede de dar maus exemplos”. Naquele caso, o mau exemplo persistia, malgrado a idade.

Somos caídos, desgraçadamente inclinados ao egoísmo. Sem O Salvador tendemos à injustiça; esse é nosso Modus Vivendi, infelizmente.

Ele ensinou: “Sem mim, nada podeis fazer”. Carecemos “O Senhor Justiça Nossa”; ainda que, eventualmente sejamos justos nas relações horizontais, ante Deus, seguiremos injustos, carentes de justificação.

De qualquer modo, vem aí 12 de 12 de 2012, quem sabe a porta emperrou, abrirá finalmente... senão, teremos nova chance mais adiante...

Estranho o Homo Sapiens com seu crânio avantajado, cheio de cérebro ser presa tão fácil... o engano pode prescindir de sofisticação, qualquer aberração faz seguidores.

“Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência.” Ruy Barbosa.

Nossa visão deve estar baça, ou, abdicamos dela e nos deixamos guiar apenas por sentimentos, desejos; Jeremias o profeta advertiu: “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17; 9

A Luz deriva do Espírito, logo, carece Revelação.

É mais fácil a escolha do prazeroso ao saudável; mas, como bem disse Dave Hunt, o que nos está proposto em Cristo é glorioso demais para ser fácil. 

Sabedoria é mais preciosa que diamantes; muitos preferem bijuterias.

“Tens um anel imitado,
E vais contente de o ter;
Que importa o falsificado,
Se é verdadeiro o prazer?”
(F. Pessoa)

A Febre da Fama


"Tente ser uma pessoa de valor, não de sucesso" (Albert Einstein)

Há dois aspectos opostos que orbitam à palavra fama; um é saudável, cujo significado é reputação; a presunção do bom caráter à partir de um histórico conhecido; nesse caso, a fama é desejável. Salomão disse: “Melhor é a boa fama, (reputação) que o melhor unguento."

O outro é enfermiço, febril. A fama como renome, como objetivo a ser alcançado a qualquer custo. Do jeito que se nos apresenta hoje é inócua, amoral, quando não, imoral.

Quantos não se importam de parecer ridículos, para participarem dos “Realitys Shows” estilo BBB, cujo “talento” necessário é uma aparência “sarada” e habilidade para manipular pessoas fazendo intrigas!

Decorridos uns meses, os tais, passam a frequentar os sites de notícias sobre famosos, eventos etc. Sendo a maioria sem talento algum; apenas, “canonizado” pela santa mídia.
No primeiro caso a pessoa é conhecida por seus atos, ideias, relacionamentos; no segundo, mediante superexposição é guindada, apesar de faltar caráter, talento, ser obtusa, etc. Sua “qualidade” mais acentuada, é o fato de ter aparecido muito na Tela.

O Guiness Book, o livro dos recordes, está repleto de feitos que deixaram pessoas famosas, uns lícitos, a maioria, fraudulentos.

O que considero um Record honesto? Aquele que deriva da excelência no que se faz; é consequência da busca pela qualidade, não por fama.

Por exemplo: Lá consta que Pelé ao longo de sua carreira fez 1283 gols; um feito desses não tem como se buscar artificialmente. É preciso trabalhar em nível de excelência durante todo tempo, o que torna o tal, honroso.

Agora, se reunirem 300 alunos de uma escola de natação, chamarem juízes para cronometrar e baterem o recorde mundial de mais tempo ficarem nadando numa piscina, por exemplo, é de uma boçalidade titânica.

Cheio está o mundo de “Recordes” assim; o maior bolo de aniversário, o maior comedor de hot dogs, etc. 

Claro que qualquer pessoa honesta gostaria de ser reconhecida pelo talento, quando faz bem, alguma coisa; entretanto, nada faz para isso, senão buscar aprimorar os feitos, segundo seus dons.

Muitos dos grandes gênios da humanidade, só ficaram famosos após a morte; a fama não lhes fez falta alguma.

"A fama é para os homens como os cabelos - cresce depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia." (Albert Einstein)

O problema da fama febril é que, certos que seus “cabelos” não vão crescer, os calvos fazem implantes; pessoas fúteis podem obtê-la; e aí, futilidades viram notícias.

Outro dia um site trazia a alimentação especial que certa “talentosa” usava para manter sua bunda; não sei como eu tinha vivido até agora sem saber disso.

A brasileira que vendeu a virgindade na Austrália, está sendo cogitada para posar na Playboy, afinal dado seu “talento” tornou-se uma celebridade; aquilo que deveria ser vergonhoso, virou escada para a fama. Como nos tornamos assim tão imbecis?

Tinha um quadro no SBT, se não me engano que se ocupava de buscar o que está “bombando” na Net; assim, foi chamada para se “apresentar” uma especialista em arrotos, pois, tinha milhões de acessos no Youtube.
Quantidade é o aferidor da qualidade do “artista”.

No filme, “Náufrago” com Tom Hanks, seu personagem ao mandar comprar um CD do Elvis disse: “Quarenta milhões de pessoas, não podem estar erradas”. Na hora me pareceu inteligente aquilo; mas, depois, pensando melhor, ele advogou quantidade como se fosse qualidade, se bem que Elvis era excelente cantor mesmo.

Todavia, outro dia li por aí uma frase sarcástica e didática sobre isso que dizia: “Coma merda, cem bilhões de moscas, não podem estar erradas.”

É o que nossa geração tem feito. Infelizmente, os tche tche re re tche tche, bará bará berê berê; le le le le, quero tchu quero tchá e assemelhados, estão na boca do povo, pois a “máquina de entortar homens” trabalha a todo vapor, vendendo suas “novidades” a cada semana; contrário ao dito que só mudam as moscas, aqui nem elas mudam.

Quando busco a excelência no que faço, estou respeitando os que serão atingidos por meus feitos e a mi mesmo; quando busco o renome a qualquer custo, recordes de plástico, a única coisa que importa é minha vaidade, que como o nome diz, não infrói nem diminói, é vã.

Suspeito que os poucos famosos dignos, nem se inflamem muito com isso; apenas, suportem.

Afinal, mais sábio que deixar os pés na calçada da fama, algo biodegradável, seria deixar alguma marca nas almas com as quais convivemos; pois, mesmo anônimos aos olhos do mundo, teremos pegadas nas ruas de ouro da eternidade.

“A grandeza foge de quem a persegue, e persegue a quem foge dela”. ( Prov Judaico )

domingo, 27 de dezembro de 2020

Casulos Dourados


“Não te fatigues para enriqueceres; não apliques nisso tua sabedoria. Porventura fixarás teus olhos naquilo que não é nada? porque certamente criará asas, voará ao céu como águia.” Prov 23;4 e 5

Não significa que os bens materiais sejam inúteis; são coisas necessárias à vida na Terra. Porém, no escopo eterno não são nada.

Isto é; nada podem adquirir na dimensão que permanece, a espiritual; “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele (Pois a redenção da sua alma é caríssima; cessará para sempre), para que viva para sempre e não veja corrupção.” salmo 49;6 a 9

As prioridades invertidas sempre foram postas como coisas insensatas; “Por que gastais dinheiro naquilo que não é pão? O produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, a vossa alma se deleite com a gordura.” Is 55;2 ou, “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, Selou.” Jo 6;27 Não entendam os vagabundos de plantão como se O Senhor estivesse vetando o trabalho; estava estabelecendo prioridades.

Chamaríamos louco, insensato alguém que tentasse coletar água com um chapéu de palha, ou, bater pregos com uma garrafa; entretanto, muitos chamam bispo, apóstolo, pastor, missionário aos que usam a “Fonte da Água da Vida”, a Palavra de Deus, para edificar sepulcros; digo, usam os genes que dão asas para urdir casulos.

Embora, o “rótulo” Jesus seja usado pelos tais, O Senhor não está entre eles; pois, Deus não é Deus de mortos; “... Por que buscais O Vivente entre os mortos?” Luc 24;5

Qualquer um pregador que apresentar o Evangelho Eterno como um meio para viver melhor, é uma fraude; não está apresentando ao Evangelho do Reino; antes, suas concepções rasas do que seja viver.

A mensagem genuína do Salvador nos desafia a morrer melhor; negar-se, perder a vida para achar outra superior, eterna, a cruz. Então, embora seja salutar nosso labor rumo ao progresso em bens aqui, ainda é apenas um upgrade nos meios, jamais o fim (objetivo) de nossa saga terrena.

Judas trocou ao Salvador por trinta moedas; sequer chegou a usufruí-las; a dor da consciência e o remorso o levaram ao suicídio.

Uma das especialidades do ser humano cegado pelo Capeta é trair a si mesmo; nas filosofias de botecos todos dizem a coisa certa no que tange aos bens materiais; “Da vida nada se leva; caixão não tem gavetas; vão-se os anéis ficam os dedos...” entretanto, olhemos as filas lotéricas e as igrejas sérias, bíblicas e comparemos quantos estão cuidando dos dedos, e quantos estão comprando ingressos ante o “Senhor dos Anéis”.

O sonho de muitos “cristãos” é a “Mega da Virada”. Não jogaria essa porcaria nem que trouxessem volantes em minha casa e não tivesse custo. Não gosto de dinheiro? Não dessas fontes; trabalho por ele.

Breve o mesmo será apenas digital. No império global em gestação os comunas trarão o fim da propriedade privada; “você não possuirá nada e será feliz” apregoam; tanto fará ser ocioso ou diligente; será o tempo da “justiça social” do Diabo; só poderá movimentar dinheiro quem se deixar marcar como gado.

Então, vemos que as “asas” que fazem a ilusória riqueza material desaparecer já assustam com suas sombras velozes. 5G.

Ao “rico” que esqueceu de firmar-se em Deus e correu pelo que não é nada se repetirá a pergunta de Cristo: “Louco! Esta noite pedirão tua alma; o que tens preparado, para quem será?”

Desgraçadamente o viço da “Árvore da Ciência” tem ofuscado à “Árvore da Vida”; facilidades tecnológicas, livre acesso a tudo, numa geração que, desconhecendo limites dá vazão aos desejos mais ímpios deixando O Senhor da Vida de lado; afinal a geração vídeo acha muito mais divertidos os “memes” que fazem rir e não tem tempo para textos sisudos como esse, muito menos para A Palavra de Deus direto da Fonte.

A cultura inútil invés da vida, o erro de Belsazar em vestes atuais; “... deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está tua vida, de Quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Ainda se pode ser rico daquilo que o dinheiro não compra; basta aceitar os termos Daquele que enriquece; “O Espírito e a esposa dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça da Água da Vida.” Apoc 22;17

sábado, 26 de dezembro de 2020

Natal; a máscara de sempre


“Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende justiça...” Is 26;10

Mais que favor nos mostrou O Senhor, a ímpios pecadores, para os quais deu a mais intensa e imerecida prova de amor; “Deus prova Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8

Natural que um ímpio, caso aprenda a justiça não deseje sua atuação; ímpio que é teria essa luz aprendida como adversária; acontece que, a Bondade e O Amor Divinos apagaram nossas culpas; depois de nos ensinar justiça, nos desafiou a novo modo de vida desde então; apagando erros pretéritos.

Contudo, aprender justiça não é uma coisa muito fácil, dados os “efeitos colaterais”. Demanda uma mudança muito intensa que não queremos nem tentar; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

A maioria de nós prefere um “meio termo” sem ignorar Deus, tampouco, servi-lo; parece que Ele percebeu nosso truque e denunciou: “Este povo se aproxima de mim com sua boca; Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Fazemos um barulhão nessa época do Natal; mandamos mensagens ocas, aquelas de lábios apenas que o Santo detesta; enfim, a algazarra é tanta que, sem medo de errar afirmo que, se o povo gostasse do Senhor como gosta do Natal e do Noel, o paraíso seria refeito na Terra. Só que não.

Só um completo imbecil, caso achasse uma cédula de três reais procuraria pela marca d’água para ver se não é falsa; do mesmo modo, outrem, veria honras ao Salvador em luzes, árvores enfeitadas e no boneco do paganismo, que a maioria cultua.

Entretanto, essa falsidade institucionalizada é chamada de “Espírito do Natal”.

Em lugar da Sua Luz, que revelaria plenamente como somos, com nossa feiura toda, enchemos as ruas, praças e fachadas, de luzinhas, artefatos de plástico reciclado, estrelas; é muito mais divertido.

Até mencionamos o Nome de Jesus que o fantoche vermelho aquele tenta esconder; mas não muito. Cantamos cantos de ninar ao “menino Jesus”; “dooorme em paaaz oh Jesuuus...”

Enquanto O mantivermos assim, infante Ele precisará de nossos cuidados, será alvo de nossa ternura, toda criança é; sem aqueles ensinos sisudos sobre tomar a cruz, negar a si mesmo, ouvir Sua Doutrina e praticar, enfim, a “porta estreita”. Não precisamos levar tudo tão em ponta de faca.

É melhor nivelar Jesus a uma figura folclórica tipo, duendes, elfos, gnomos, fadas... é o que temos feito Dele; tudo é tão mágico, o Noel com suas renas voadoras, entrando por chaminés e dando presentes... mais ou menos o que fazemos na “Páscoa”.

Hoje deparei com uma postagem onde alguém fotografou um pátio com cadeiras espalhadas e dezenas de latinhas de cerveja vazias pelo chão com a seguinte legenda: “Foi o que sobrou do Natal”. Isso é uma miniatura do que os ímpios avessos a aprender justiça fazem nessas épocas.

Por que negar a si mesmo se as pessoas podem adular a si mesmas?

Embora Ele tenha dito: “Felizes os humildes de espírito” nós dizemos “Feliz Natal!” aos arrogantes;

mesmo que tenha ensinado: “Felizes os limpos de coração”, nós bradamos: “Feliz Natal” a todo tipo de safado; ladrões e adúlteros;

não obstante Ele tenha apregoado: “felizes os pacificadores”, nós desejamos isso aos violentos, maldizentes promotores de contendas...

Não é para contrariar; é só para não ficarem polêmicos os relacionamentos, sobretudo, em épocas festivas.

Na minha cidade vi “Papai Noel” à cavalo, de moto, em carros abertos, à pé... lembrei uma frase onde alguém versou que a mentira dá uma volta no planeta antes que a verdade tenha tempo de vestir as calças; o Noel mentiroso parece Onipresente, quando não passa da desculpa esfarrapada dos ímpios que se recusam aprender justiça.

As razões e a sentença estão postas; nada mitológicas nem festivas; apenas justas, verdadeiras: “Atentai para minha repreensão; então, vos derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber minhas palavras. Entretanto, porque Clamei e recusastes; Estendi minha mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo Meu conselho, não quisestes minha repreensão, também de minha parte Rirei na vossa perdição; zombarei ao vir o vosso temor.” Prov 1;23 a 26

Quando O Salvador voltar como Juiz, e será breve, quem o trocou por Noel terá que pedir ajuda a esse, não a Ele. “... trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às Minhas Palavras, e rejeitam Minha Lei.” Jr 6;19

Estocando o essencial


“... o justo pela sua fé viverá.” Hc 2;4

Essa sentença repete-se no Novo Testamento.

Em Hebreus, como contraponto aos que apostatam aparece o “justo”; “O justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” cap 10;38

Sempre interpretamos viver pela fé com, pautar as decisões e escolhas pela Palavra; em momentos difíceis seguir confiando. Mais ou menos como aconselha Isaías; quando tudo nos faltar, inclusive luz: “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

É uma interpretação saudável; mas, atrevo-me a dizer que tem um aspecto pontual mais preciso, que nos escapa.

Habacuque mencionara uma visão que falaria até o fim; deveria escrever de um modo que pudesse ler quem passa correndo, estilo outdoor; similar à mensagem de Daniel, também alusiva ao tempo do fim; tempo de correria desenfreada; “... muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Cap 12;4

Ímpios edificam acelerado o império global totalitário; uma ditadura onde marcarão o povo como gado com uma parafernália eletrônica sem qual se fica de fora do sistema, sem possibilidade de comprar nem vender; temendo esses dias, onde, os fiéis que recusarão o “selo do Capeta” serão excluídos da cidadania na Nova Ordem Mundial, muitos aconselham que se estoque alimentos, cereais em garrafas pet, e demais coisas temendo a fome.

Quanto a mim, aconselharia que se fizesse outro tipo de “depósito”, o mesmo que Paulo aconselhou; “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência... Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” I Tim 6;20 e II Tim 1;14

Os que possuem esse, não apenas têm “suprimentos” para si, como ainda tem a “chave da despensa” que há de alimentar outros que andam consigo. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, despenseiros dos mistérios de Deus.” I Cor 4;1

Naturalmente mencionamos textos que asseguram que Deus não muda; entretanto, às vezes agimos como se, Ele mudasse.

Dos dias de perseguição final contra Seus servos, a Palavra menciona de novo, Seus cuidados no deserto. “A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.” Apoc 12;6 Três anos e meio a “mulher”, (igreja) alimentada no deserto.

Se, para intérpretes historicistas isso se dilui em 1260 anos, e já aconteceu, transformando o “Tempo do fim” numa coisa infindável, aos meus olhos isso é mesmo meia “semana” no período do Anticristo.

Aqui, ser alimentada por Deus é literal, estrito; de modo a preservar a vida, como os peregrinos do Êxodo que receberam o Maná celeste durante 40 anos.

Por isso digo que há um “viver pela fé” pontual, que se refere mesmo, a preservar a vida física, contra os danos da fome. Nos dias que não pudermos comprar nem vender, pois, os mercados da Terra serão todos de Satã, Deus alimentará os fiéis mais uma vez, de modo miraculoso.

Por isso, reitero, quando dizemos que Deus não muda devemos lembrar que Ele, alimentou Elias no deserto usando corvos; multiplicou pães através de Eliseu, multiplicou o azeite a certa viúva pobre, fez chover maná, e até carne aos descontentes no deserto, multiplicou pães e peixes nos dias do Senhor, etc. Então, se Ele não muda em Seu Ser, também preserva Seu Poder.

Quem do nada alimentou aos Seus, fará isso outra vez, quando estiverem ameaçados pela espada da fome.

Logo, mais importante que saber qual títere Satanás usará como cabeça do império mundial, ou, que armazenar grãos e aprender técnicas de sobrevivência, é robustecermos a fé em obediência; pois, sozinha não bastará; demanda certa “qualidade” de seu hospedeiro; ser justo. Embora seja uma justiça imputada, porque, herdada de Cristo, é essencial.

Outra coisa que citamos de passagem é que a “Alegria do Senhor é nossa força” sem nos determos o suficiente sobre isso. Ora, ao dizer, como acima, que, se o “justo” recuar “Minha alma não tem prazer nele”, implica que os que não recuam dão prazer ao Eterno, alegram-no. Assim, a perseverança na fé em meio ao que vier, acaba sendo “nossa força”.

Então, estreitar laços com O Todo Poderoso é mais importante que estocar grãos; “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que procede da Boca de Deus.”

O “depósito” da Palavra vem sendo atacado diuturnamente; Satanás força rumo à desobediência; fazemos o caminho inverso; atuamos “Destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;5