sábado, 26 de dezembro de 2020

Estocando o essencial


“... o justo pela sua fé viverá.” Hc 2;4

Essa sentença repete-se no Novo Testamento.

Em Hebreus, como contraponto aos que apostatam aparece o “justo”; “O justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” cap 10;38

Sempre interpretamos viver pela fé com, pautar as decisões e escolhas pela Palavra; em momentos difíceis seguir confiando. Mais ou menos como aconselha Isaías; quando tudo nos faltar, inclusive luz: “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

É uma interpretação saudável; mas, atrevo-me a dizer que tem um aspecto pontual mais preciso, que nos escapa.

Habacuque mencionara uma visão que falaria até o fim; deveria escrever de um modo que pudesse ler quem passa correndo, estilo outdoor; similar à mensagem de Daniel, também alusiva ao tempo do fim; tempo de correria desenfreada; “... muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Cap 12;4

Ímpios edificam acelerado o império global totalitário; uma ditadura onde marcarão o povo como gado com uma parafernália eletrônica sem qual se fica de fora do sistema, sem possibilidade de comprar nem vender; temendo esses dias, onde, os fiéis que recusarão o “selo do Capeta” serão excluídos da cidadania na Nova Ordem Mundial, muitos aconselham que se estoque alimentos, cereais em garrafas pet, e demais coisas temendo a fome.

Quanto a mim, aconselharia que se fizesse outro tipo de “depósito”, o mesmo que Paulo aconselhou; “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência... Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” I Tim 6;20 e II Tim 1;14

Os que possuem esse, não apenas têm “suprimentos” para si, como ainda tem a “chave da despensa” que há de alimentar outros que andam consigo. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, despenseiros dos mistérios de Deus.” I Cor 4;1

Naturalmente mencionamos textos que asseguram que Deus não muda; entretanto, às vezes agimos como se, Ele mudasse.

Dos dias de perseguição final contra Seus servos, a Palavra menciona de novo, Seus cuidados no deserto. “A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.” Apoc 12;6 Três anos e meio a “mulher”, (igreja) alimentada no deserto.

Se, para intérpretes historicistas isso se dilui em 1260 anos, e já aconteceu, transformando o “Tempo do fim” numa coisa infindável, aos meus olhos isso é mesmo meia “semana” no período do Anticristo.

Aqui, ser alimentada por Deus é literal, estrito; de modo a preservar a vida, como os peregrinos do Êxodo que receberam o Maná celeste durante 40 anos.

Por isso digo que há um “viver pela fé” pontual, que se refere mesmo, a preservar a vida física, contra os danos da fome. Nos dias que não pudermos comprar nem vender, pois, os mercados da Terra serão todos de Satã, Deus alimentará os fiéis mais uma vez, de modo miraculoso.

Por isso, reitero, quando dizemos que Deus não muda devemos lembrar que Ele, alimentou Elias no deserto usando corvos; multiplicou pães através de Eliseu, multiplicou o azeite a certa viúva pobre, fez chover maná, e até carne aos descontentes no deserto, multiplicou pães e peixes nos dias do Senhor, etc. Então, se Ele não muda em Seu Ser, também preserva Seu Poder.

Quem do nada alimentou aos Seus, fará isso outra vez, quando estiverem ameaçados pela espada da fome.

Logo, mais importante que saber qual títere Satanás usará como cabeça do império mundial, ou, que armazenar grãos e aprender técnicas de sobrevivência, é robustecermos a fé em obediência; pois, sozinha não bastará; demanda certa “qualidade” de seu hospedeiro; ser justo. Embora seja uma justiça imputada, porque, herdada de Cristo, é essencial.

Outra coisa que citamos de passagem é que a “Alegria do Senhor é nossa força” sem nos determos o suficiente sobre isso. Ora, ao dizer, como acima, que, se o “justo” recuar “Minha alma não tem prazer nele”, implica que os que não recuam dão prazer ao Eterno, alegram-no. Assim, a perseverança na fé em meio ao que vier, acaba sendo “nossa força”.

Então, estreitar laços com O Todo Poderoso é mais importante que estocar grãos; “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que procede da Boca de Deus.”

O “depósito” da Palavra vem sendo atacado diuturnamente; Satanás força rumo à desobediência; fazemos o caminho inverso; atuamos “Destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;5

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