terça-feira, 1 de dezembro de 2020

O mercador de mentiras


“... ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam.” Cant 8;7

Desloquemos esse verso do contexto, onde o poeta fala do seu amor; apliquemos ao nosso amor por Cristo, caso exista mesmo.

Necessária a ressalva; muitos estão enganados, amando a si mesmos e presumindo amar a Cristo, porque, eventualmente usam Seu Nome pedindo mais conforto e prazeres que buscam para quem amam de verdade; seus egos. O ensino é: “negue a si mesmo tome sua cruz e siga-me”.

O amor não pode ser demonstrado por palavras; Ele fez melhor; “Deus prova Seu amor para conosco, pois, Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 8;5

A correspondência que deseja, também deve vir de novo modo de agir, de ser; “Resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16 “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” Jo 14;15

Dos salvos Paulo disse que têm a “Mente de Cristo”, significando que Nele seus caracteres são transforados e pouco a pouco aprendem pensar como Ele.

Entretanto, muitos pensam como Satanás, e se presumem de Cristo. Aquele apareceu perante ao Eterno, defendendo como lógica a fidelidade de Jó, uma vez que, em contrapartida, Deus o abençoava. 

O Santo permitiu a dura prova, para deixar patente que o amor do seu servo era veraz, não mera troca como sugerira o traidor.

Para muitos, Deus é bom se lhes “der vitória” eufemismo “gospel” que usam para o suprimento das suas sedes de prazer e sucesso terrenos.

Ora, o ensinou O Salvador, “a vida de qualquer um não consiste na abundância do que possui”, então, um fiel pode ser vitorioso estando na lama, nas cavernas da terra, sendo martirizado, passando fome, doente... se a incidência desses flagelos todos não lhe fizer negar a fé. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” brado de vitória de Paulo às portas do martírio; seu conceito de vitória não era o triunfo no mundo físico, antes, espiritual.

Para o Capiroto que não conhece o amor, natural que baseie as relações em fatores comerciais como disse dele Ezequiel: “Na multiplicação do teu comércio encheu-se teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei profanado, do Monte de Deus; te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.” Ez 28;16

Quem “serve a Deus se Ele fizer isso ou aquilo”, ainda está no princípio mercantil de Satã, invés de tomar sua cruz agradecido pelo Deus já fez.

O mercador mor está espalhando na Terra que as guerras e mortandades que houve ao longo do tempo derivaram das religiões; dado esse “diagnóstico” prepara a cura forçando o ecumenismo; união de todas onde, sem divisões e com plena tolerância de todos os credos, enfim, teremos uma “Nova Era de paz”.

Esse arranjo mentiroso será feito breve; Deus expõe a causa, e o fim dele; “... porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira;” II Tess 2;10 e 11

Quando esse motim planetário finalmente triunfar, virá seu juízo; “Quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição...” I Tess 5;3

Claro que fanatismo religioso derramou rios de sangue ao longo da história; fomentado por quem? 

A Palavra de Deus ensina amar inimigos, perdoar aos que se arrependem, não matá-los.
Toda sorte de violência, mentira, cegueira, engano tem as digitais do Capeta, não importam pretextos, religiosos ou não. Agora quer “reiniciar o mundo” pois, o cristianismo não trouxe paz?

Nunca foi esse o escopo. “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;” Mat 10;34

Sabem os esclarecidos que essa Espada é espiritual, contra mentiras do príncipe deste mundo e sequazes, nada a ver com apologia à violência.

Porém, o enganador fez violência por dois mil anos, por se opor ao Reino de Deus; finalmente fará a paz numa “Nova Era" depois que todos se renderem a ele? Quem conhece ao Amor de Deus lutará bravamente contra.

Não sonhamos com um “mundo melhor” onde todos concordam em não discordar, baseado na hipocrisia como ele está fazendo.

O traíra pensa que nosso amor a Deus está a venda por uns goles de quietude e falsidade apóstata que ele chama de paz?

O grande mercador sabe o preço de tudo, mas de certas preciosidades ignora o valor. “...não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver... Mas, com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado...” I Ped 1;18 e 19

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