sábado, 26 de dezembro de 2020

Natal; a máscara de sempre


“Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende justiça...” Is 26;10

Mais que favor nos mostrou O Senhor, a ímpios pecadores, para os quais deu a mais intensa e imerecida prova de amor; “Deus prova Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8

Natural que um ímpio, caso aprenda a justiça não deseje sua atuação; ímpio que é teria essa luz aprendida como adversária; acontece que, a Bondade e O Amor Divinos apagaram nossas culpas; depois de nos ensinar justiça, nos desafiou a novo modo de vida desde então; apagando erros pretéritos.

Contudo, aprender justiça não é uma coisa muito fácil, dados os “efeitos colaterais”. Demanda uma mudança muito intensa que não queremos nem tentar; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

A maioria de nós prefere um “meio termo” sem ignorar Deus, tampouco, servi-lo; parece que Ele percebeu nosso truque e denunciou: “Este povo se aproxima de mim com sua boca; Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Fazemos um barulhão nessa época do Natal; mandamos mensagens ocas, aquelas de lábios apenas que o Santo detesta; enfim, a algazarra é tanta que, sem medo de errar afirmo que, se o povo gostasse do Senhor como gosta do Natal e do Noel, o paraíso seria refeito na Terra. Só que não.

Só um completo imbecil, caso achasse uma cédula de três reais procuraria pela marca d’água para ver se não é falsa; do mesmo modo, outrem, veria honras ao Salvador em luzes, árvores enfeitadas e no boneco do paganismo, que a maioria cultua.

Entretanto, essa falsidade institucionalizada é chamada de “Espírito do Natal”.

Em lugar da Sua Luz, que revelaria plenamente como somos, com nossa feiura toda, enchemos as ruas, praças e fachadas, de luzinhas, artefatos de plástico reciclado, estrelas; é muito mais divertido.

Até mencionamos o Nome de Jesus que o fantoche vermelho aquele tenta esconder; mas não muito. Cantamos cantos de ninar ao “menino Jesus”; “dooorme em paaaz oh Jesuuus...”

Enquanto O mantivermos assim, infante Ele precisará de nossos cuidados, será alvo de nossa ternura, toda criança é; sem aqueles ensinos sisudos sobre tomar a cruz, negar a si mesmo, ouvir Sua Doutrina e praticar, enfim, a “porta estreita”. Não precisamos levar tudo tão em ponta de faca.

É melhor nivelar Jesus a uma figura folclórica tipo, duendes, elfos, gnomos, fadas... é o que temos feito Dele; tudo é tão mágico, o Noel com suas renas voadoras, entrando por chaminés e dando presentes... mais ou menos o que fazemos na “Páscoa”.

Hoje deparei com uma postagem onde alguém fotografou um pátio com cadeiras espalhadas e dezenas de latinhas de cerveja vazias pelo chão com a seguinte legenda: “Foi o que sobrou do Natal”. Isso é uma miniatura do que os ímpios avessos a aprender justiça fazem nessas épocas.

Por que negar a si mesmo se as pessoas podem adular a si mesmas?

Embora Ele tenha dito: “Felizes os humildes de espírito” nós dizemos “Feliz Natal!” aos arrogantes;

mesmo que tenha ensinado: “Felizes os limpos de coração”, nós bradamos: “Feliz Natal” a todo tipo de safado; ladrões e adúlteros;

não obstante Ele tenha apregoado: “felizes os pacificadores”, nós desejamos isso aos violentos, maldizentes promotores de contendas...

Não é para contrariar; é só para não ficarem polêmicos os relacionamentos, sobretudo, em épocas festivas.

Na minha cidade vi “Papai Noel” à cavalo, de moto, em carros abertos, à pé... lembrei uma frase onde alguém versou que a mentira dá uma volta no planeta antes que a verdade tenha tempo de vestir as calças; o Noel mentiroso parece Onipresente, quando não passa da desculpa esfarrapada dos ímpios que se recusam aprender justiça.

As razões e a sentença estão postas; nada mitológicas nem festivas; apenas justas, verdadeiras: “Atentai para minha repreensão; então, vos derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber minhas palavras. Entretanto, porque Clamei e recusastes; Estendi minha mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo Meu conselho, não quisestes minha repreensão, também de minha parte Rirei na vossa perdição; zombarei ao vir o vosso temor.” Prov 1;23 a 26

Quando O Salvador voltar como Juiz, e será breve, quem o trocou por Noel terá que pedir ajuda a esse, não a Ele. “... trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às Minhas Palavras, e rejeitam Minha Lei.” Jr 6;19

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