sábado, 5 de dezembro de 2020

O Caminho Singular


“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, nunca servimos ninguém; como dizes Tu: Sereis livres?” Jo 8;32 e 33

O Salvador prometera aos que O ouviam, verdadeira liberdade, com a condição de que permanecessem na Sua Palavra (praticassem).

Contudo, eles pensavam não necessitar disso. “nunca servimos ninguém...” Então ao oferecer libertação ao um povo “livre” assim, Ele estaria a chover no molhado.

Mas, naqueles dias, como hoje, ser livre da ignorância, patrocinadora da presunção é a libertação mais urgente. Muitos descansam no caminho da morte como se, falta de noção significasse falta de perigo.

Fácil tomar nos lábios a filosofia de botecos que “as aparências enganam”. Contudo, lutar contra o logro delas, quando, o engano parece-nos favorável, aí nem sempre as pessoas fazem; pois, “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

A Bíblia ensina que quem comete pecados é servo do pecado; “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Naquele caso, dos que queriam matar ao Salvador, não os disse apenas, servos do inimigo; pior que isso; filhos. “Vós tendes por pai ao Diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai...” v 44

Assim, eram servos do pecado, do Diabo, e de quebra eram vassalos do Império Romano que governava a vida por lá; tendo esses três senhores sobre eles ainda conseguiam dizer: “nunca servimos ninguém...” Nem ao cérebro, ao que parece.

Claro que, oferecer algo que demanda renúncia, esforço, para ganhar vida, a alguém que não quer, por acreditar que não precisa, tem tudo para dar errado, não por demérito do que está sendo proposto; mas, por falta de noção dos mortos que acreditam estar vivos.

Conheci um sujeito no litoral que, quando queria desfazer a importância de determinado rival ou competidor dizia: “Aquele é um morto”. Pois, dado que todos somos pecadores e o “Salário do pecado é a morte...” sem a graça de Cristo não excedemos a isso; mortos.

Invés de trazer uma abordagem “positiva”, verniz com que se usa dourar o engano, O Senhor falou sempre a verdade; deixou claro que Sua mensagem salvadora buscava por mortos que podem ouvir; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Hoje em dia as variáveis para evasivas são mais numerosas; mas o princípio da justiça própria, raiz da incredulidade permanece. “Todas as religiões são boas; não faço mal a ninguém; quem pensas ser? Dono da verdade? Deus é Amor, não condenará ninguém; sirvo a Deus do meu jeito; tens tua religião, tenho a minha; etc.”

Vivemos uma geração “tão livre” como aquela que condenou O Santo à Cruz; claro que, a boa e velha falta de noção, derivada da cegueira que o canhoto dissemina está no comando; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos; mas, nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Notemos que, os mesmos caracteres, mudando da perspectiva própria para a do Alto, saltam de “pureza” para imundícia. Não é pequena a distância entre esses dois estágios.

Por isso o conselho: “Confia no Senhor de todo o teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago, medula para teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Cheia está a Terra de religiões, filosofias humanistas, fraternas, caridosas, proponentes de um mundo melhor, harmoniosas, inclusivas; o escambau. Como O Salvador, ensinou: “... ninguém vem ao Pai senão por Mim.”
Essas belezuras seguem sendo apenas brinquedinhos de mortos; “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5 Sim; pretender salvação por caminhos alternativos é a mesma coisa; buscar O Vivente entre os mortos.

Numa era de superficialidades, cultura inútil em profusão, como agora, as chances de um texto “agressivo” assim, ser lido, entendido e digerido, ao menos em parte, são pífias. Mesmo assim é necessário gritar: “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá!” Ef 5;14

Enquanto O Evangelho for visto como uma opção entre tantas, não como a bênção Singular e urgente, que é, os cegados seguirão mortos, infelizmente. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

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