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domingo, 28 de outubro de 2018

A Justa Contenda

“Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo.” Jó 10;2

Por Deus Ser Todo Poderoso, muitas vezes as pessoas fazem análises superficiais, quando não, errôneas sobre os acontecimentos. Para o infeliz patriarca, as duras provas que lhe sobrevieram derivavam de alguma contenda que Ele tinha consigo. “Quem não entende, por todas estas coisas, que, a mão do Senhor fez isto?” Cap 12;9

Claro que, sendo ele justo, reto, temente a Deus, e tendo sido, até então, grandemente abençoado, tal revés, pensava, só poderia ser algum desagrado Divino ignorado que estava pesando sobre si.

Seus amigos insistiam na ideia de juízo contra presumidos pecados; ele via uma contenda por motivo ignoto; daqueles disse: “Vós, porém, sois inventores de mentiras, todos; médicos que não valem nada.” Cap 13;4

Os mentirosos “produzem” mais quando descansam que, quando “trabalham”; ele os desafiou a serem produtivos, pois; “Calai-vos perante mim; falarei eu, venha sobre mim o que vier.” Cap 13;13

Longe da presunção de achar que poderia afrontar ao Santo, convicto de seus princípios decidiu pelejar pelo que acreditava, mesmo que, isso lhe custasse a vida. “Ainda que me mate, Nele esperarei; contudo, meus caminhos defenderei diante Dele.” Cap 13;15

Que raros os homens cujos valores, convicções, princípios valem mais que a própria vida! Tais acessórios fazem-nos preciosos demais; considerando suas vidas coisas que podem perder legam lições que valem vidas.

Voltando; alongou-se o debate; Jó sempre defendendo sua integridade; os amigos acusando-o de pecados que não podiam evidenciar.

Enfim, O Eterno resolveu intervir.
Se, em dado momento Jó disse: “Qualquer um entende, que a Mão do Senhor fez isso...” O Senhor redarguiu; “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?” Cap 38;2

A nós que foi facultado o entendimento do porquê, das coisas; ficou demonstrado que, por trás de todos os duros eventos que Jó padeceu estava a inveja de Satanás. Mas, a compreensão da existência, poder e atuação desse ente maligno escapava aos homens daqueles dias.

Quando da destruição dos rebanhos, o repórter narrou assim: “... Fogo ‘de Deus’ caiu do céu; queimou as ovelhas e os servos, os consumiu; só eu escapei para trazer-te a nova.” Cap 1;16

Tudo o que fugia ao entendimento natural, ou, por outra; tudo que parecesse milagroso, necessariamente viria “de Deus”.

Naquele contexto pré-revelação é compreensível esse lapso de luz; todavia, em pleno século 21 a maioria da geração atual exibe ignorância espiritual tão pujante, quanto, aquela.

Se, para efeito de consumo externo, ou, ginástica mental se menciona Deus e o inimigo, na prática, opta-se pelo veneno doutrinário caramelizado com o açúcar das sensações agradáveis que mata, em lugar da sisuda verdade que restaura, dá vida. Assim, o “inimigo” é o que não gosto, invés, daquele que me trai.

A forma que O Senhor ordenou que se abençoasse Seu povo evocava a Face Divina; “O Senhor faça resplandecer Seu Rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante Seu Rosto e te dê paz.” Nm 6;25 e 26.

Sendo Deus, Espírito, não devemos pensar na Sua Face como imagem física, antes, espiritual; “Quanto a mim, contemplarei Tua Face na justiça; me satisfarei da Tua semelhança quando acordar.” Sal 17;15

Desse modo resulta necessária a conclusão que, se, o projeto original plasmou o homem à Imagem e Semelhança do Criador, e, a satisfação do salvo será a redenção dessa Imagem quando “acordar” na ressurreição, nossa peregrinação, acima de tudo, deve ser um aprendizado de justiça, mais que, um espetáculo de milagres.

Sendo O Senhor capaz de intervenções sobrenaturais, e, amando aos Seus, milagres eventualmente fazem parte do “pacote”. Porém, esses podem ser imitados um tanto, pelos “prodígios da mentira”.

Então, ainda que creiamos em milagres, tenhamos vivenciado muitos deles, esses sinais são periféricos ao que realmente importa; a salvação.

Um ministro idôneo, pois, antes de qualquer outra coisa deve ser um mestre de justiça. Invés da busca por poder pra fazer sinais deve buscar ao Santo, para ser justo e ensinar justiça; “Com minha alma te desejei de noite, com o meu espírito que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9

Foi para demonstrar a justiça das recompensas que dava ao fiel Jó que O Senhor permitiu ao inimigo testá-lo de modo tão intenso. Assim, O Eterno “contendeu” com Jó para evidenciar Sua Justiça e a fidelidade do Seu servo.

E legou-nos uma preciosidade no que tange à compreensão do sofrimento dos justos.

Cada vez que somos tentados a cometer injustiça, por menor que seja, e resistimos, somos um milagre justificando ao Santo e envergonhando ao Pai da mentira.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Votos em branco



“Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26; 2 

O entrelaçamento de causa e consequência vem desde a criação. O Senhor advertiu a Adão que, se fizesse certa escolha, que lhe fora vetada, morreria. Ele pagou para ver, viu. Se, é natural  do trabalho, o devido fruto, também, a maldição, o juízo Divino, seguem à rebelião que afronta Sua vontade. 

Desse modo, O Salvador aconselhou que semeássemos boas sementes apenas. “Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lho também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7; 12 Paulo disse o mesmo, porém, com uma linguagem poética; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Gál 6; 7 

Não raro, somos demasiado superficiais para buscarmos sentido nas palavras; aliás, nem lhes impomos que transportem o sentido algum; antes, podem trafegar vazias, desde que encenem nossas conveniências; descansamos como tendo recebido o “frete”.  A futilidade como modo de ser espera que os convivas sejam igualmente fúteis, senão, eventual gravidade pode nos desalojar do conforto da manada.

Nessa época de fim de ano, as felicitações voam para todos os lados, buscando endereços certos e errados indiscriminadamente. Eu não quero que o desonesto, corrupto, ladrão mentiroso contumaz, tenha um feliz ano novo; antes, que colha as devidas consequências de seus atos aos olhos da Justiça. 

Se, uma vez corrigido aprender a lição, terá uma herança maravilhosa. “O juízo habitará no deserto, a justiça morará no campo fértil. O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 16 e 17 Contudo, se persistir, depois de punido, que seja infeliz por sua própria escolha. 

Por soturno e desmancha prazeres que pareça, a melhor maneira de desejar a outrem um ano de paz, é ensinando amar e praticar a justiça. Isso é tão precioso aos olhos Divinos que fará tais mestres, depositários de bênção eterna. “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento;  os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre, eternamente.” Dn 12; 3

Acontece que a posse da alegria baseada em valores adversos à justiça, embora possa ser a colheita de frutos do engano, também a ceifa é enganosa;  no fundo, o reiterar de um plantio que, no fim, redundará em maldição.  A prosperidade dos ímpios é circunstancial como a provação dos justos; um dia o Eterno atua. “O justo é libertado da angústia e vem o ímpio para  seu lugar.” Prov 11; 8   

Claro que entendo a boa intenção, a civilidade dos votos de pessoas que nos consideram; mas, estou tratando palavras como estudantes de medicina que esmiúçam  corpos mortos, para aprender como cuidar, depois, dos vivos. Não sou contra a civilidade, cordialidade; mas, a superfície das águas é mero reflexo, os peixes nadam mais fundo.  Assim, embora gostando de ver a superfície, às vezes ouso um mergulho. 

O “ponto fraco” das consequências é o tempo. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8; 11 

Então, se, aos olhos Divinos dar tempo é manifestar paciência, longanimidade esperando que nos arrependamos; aos  de muitos insanos, a falta de juízo significa aprovação, ou, indiferença de Deus. Porém, Ele adverte que não é assim; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, a tua língua compõe o engano.  Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas, te argüirei, as porei por ordem diante dos teus olhos; ouvi pois isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que eu vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre.” Sal 50; 16 a 22 Diatribe Divina contra um que toma Seu Nome, Sua aliança nos lábios, mas, age em oposição ao que diz.  Deus diz: Eu me calei, mas, agora estou denunciando. 

Não gosto do “Natal” sem Deus, nem, penso que devamos ponderar nossos passos a cada ano. A escalada do tempo por degraus é mero arranjo; as coisas dignas de levarmos  transcendem datas, agendas. Vigiai em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de ... estar em pé diante do Filho do homem.” Luc 21; 36