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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Socialismo X Liberalismo, quem está certo?

Reinaldo Azevedo, jornalista que admiro, disse: “Quem não foi socialista até os dezoito anos, não tem coração; quem segue socialista após os vinte, não tem cérebro.” Caramba! Que contraditório! O Quê, ele estaria querendo dizer? Bem, arriscarei a dar minha interpretação.

Na idade ainda jovem, contemplar as injustiças sociais desperta nosso zelo apaixonado em desfazer isso, e como num primeiro momento parece que os “socialistas” detêm o monopólio da justiça social, natural que nos alinhemos aos tais.

Depois, transitando para certa maturidade, descobrimos que a diferença não é de mérito, mas, de método; digo, os dois sistemas socialismo e liberalismo se preocupam com o social, apenas, com métodos divergentes, e, analisando à luz da lógica, da razão, dos fatos e da história, constataremos que, o “socialismo” fomenta a pobreza, invés de erradicar.

Seguir defendendo após perceber isso, é coisa de mentecapto. Bastaria uma questão objetiva simples para tornar diáfano isso: Onde os pobres são mais pobres? Em países “socialistas” como China, Venezuela, e Cuba, por exemplo, ou, nos Estados Unidos, Suécia, Noruega, Canadá? Parece bem óbvia a resposta, não?

Há um provérbio asiático que diz: “Não dê peixe ao faminto; dê o anzol, e ensine-o a pescar.” Aqui temos a negação de um sistema, e a afirmação de outro. A “inclusão” do socialismo, consiste, basicamente nisso: Dar peixe aos famintos. A dos liberais, ou, capitalistas, em ensinar a pescar.

No primeiro caso, via assistencialismo a pessoa ganha pronto, a demanda é que seja mero consumidor; no segundo, é capacitada e desafiada a produzir algo; será que isso explica por que as economias liberais são pujantes, e as outras paupérrimas?

Claro que, em qualquer sistema, há casos extremos, que fazem necessário o assistencialismo; gente sem a mínima condição de inserção no mercado de trabalho, e com filhos para criar. Agora, gente saudável, capaz, vivendo como zangões sociais, às custas de bolsa isso ou aquilo? Fomento da pobreza e da injustiça na certa.

Infelizmente, para a maioria, a chuva das paixões é torrencial demais, de modo que, mesmo na idade madura o limpador de para-brisa da razão não tem capacidade suficiente para clarear o caminho. Erram nas vias públicas tolhidos pelos discursos opacos de espertalhões que os cooptaram.

Seus líderes sempre serão “protetores dos pobres” “governantes populares” mesmo se, morarem em coberturas com vista para o mar e seus filhos tiverem iates e aviões executivos.

Quem os acusa de corruptos não quer justiça, antes deve ser um elitista, inimigo dos pobres. Aliás, peçamos aos “Ghost Busters” socialistas para nos dar exemplos práticos, dos inimigos fantasmas que perseguem; ora a “zelite”, a “burguesia”, o “Sistema”, o “Establishment”, o coelho da páscoa, o caipora, o saci Pererê...

Acaso as empreiteiras envolvidas com eles, os empresários paparicados via “Bolsa BNDS” as grandes empresas de comunicação cooptadas via anúncios oficiais, e os expoentes do coronelismo político que se coligou a eles, não são a elite do país. Se, a elite é nociva, por quê estão de mãos dadas?

Burguesia? Ora, que são os burgueses senão componentes do burgo, cidade, gente de medianas posses, ou, a classe média? Esses bravos ajudam em muito a fazer a riqueza da nação. São o primeiro estágio acima dos pobres. Contudo, se o socialismo se propõe a defender os pobres, incluí-los socialmente, logrando isso não os promoveria a serem classe média? Então, eventual sucesso “socialista” transformaria alguns pobres em culpados também?

Sistema; ora, sistema é algo amoral, atina a acuidade organizacional da sociedade, não às escolhas em si. Tanto entre socialistas quanto, liberais, se faz necessário o sistema. Assim, sendo algo necessário, só um imbecil ou desonesto fingiria combatê-lo.

“Establishment”, no fundo, não passa de sinônimo de sistema, a ordem social como está concebida. Se a concepção é boa ou, má, isso deriva dos valores adotados, não da concepção em si.

Todavia, quem gasta tempo, esforços caçando fantasmas, não raro, deixa de combater inimigos verdadeiros. É bonito falar em distribuição de renda; mas, impossível fazê-lo sem geração de renda; parece elegante pregar justiça social; mas, não é justo tirar de quem trabalha para aquinhoar vagabundos; pode soar, música, a defesa da igualdade; mas, igualdade quando deixa de ser de oportunidades para ser de frutos, com ou sem mérito, torna-se, seu oposto.

O mais insano de nossa política é que a maioria, malgrado sofra as consequências no bolso, está pronta a defender paixões, bandeiras, como se, seu partido fosse um time de futebol.


Torcer pra o Grêmio, mesmo se, rebaixado, não posso evitar; mas, em política, a cada quatro anos tenho direito a um “Recall” e não abro mão dele, se, meus governantes falharem, seja em competência, seja, em probidade. O governo atual falha grotescamente em ambas as frentes.

domingo, 19 de outubro de 2014

A Espada Poderosa de um Rei



“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, quanto, para convencer os contradizentes.” Tt 1; 9

Paulo está ensinando ao jovem pastor Tito, e dá o conselho supra: Que a palavra fiel seja retida com firmeza em busca de certa consequência. “...para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, quanto, convencer aos contradizentes.”  

Muito se tem falado sobre poder da palavra em mensagens sadias, outras, nem tanto. Essas últimas chegam ao absurdo de dizer que nossas palavras têm poder de criar o que afirmam quando atuam no mundo espiritual. Longe disso. Embora cheia esteja a Bíblia de exortações para que creiamos, tenhamos bom ânimo, ousadia, confiança, etc. em lugar algum ensina uma doutrina tipo, “pensamento positivo”, como meio de conseguir qualquer coisa. 

Quando o mesmo apóstolo escreve aos filipenses sobre o objeto adequado aos  pensamentos, tem o fito de que se mantenham em santidade, não, obtenham bens. Disse: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro,  o que é honesto, o que é justo, o que é puro, o que é amável, o que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, nisso pensai.” Fp 4; 8 

A mera introdução do verso deixa claro que trata-se de um adendo às coisas mais importantes que já foram ditas; daí, “Quanto ao mais...”  O cerne do ensino aos filipensess pode ser resumido no mesmo conselho dado a Tito; “Retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.” cap 2; 16  

Não tinha os pensamentos deles como alvo; antes, “A Palavra da vida”.  Se, disse apenas, “retendo”, a Tito, acresceu: “retendo firme”. 

Por que é necessária firmeza?  Porque é uma arma de guerra; como tal, será alvo de ataques. As chuvas e os ventos na parábola dos dois fundamentos, que testariam a nossa casa. Ora, a firmeza em tempo bom repousa, mesmo estando presente; só é testada deveras nas adversidades. 

Se, por um momento João Batista pareceu ter dúvidas a respeito de Jesus, quando enviou a perguntar se era Ele mesmo que haveria de vir, O Salvador deu testemunho de sua firmeza. “Tendo se retirado os mensageiros de João, começou a dizer à multidão acerca de João: Que saístes a ver no deserto? uma cana abalada pelo vento?... E eu vos digo que, entre os nascidos de mulheres, não há maior profeta do que João o Batista;...” Luc 7; 24 e 28   

Quem estava inquieto com o ministério de Cristo eram os seus discípulos que não tinha entendido o “convém que ele cresça e eu diminua...”  Assim, os abalos estavam neles, não no Batista; o Mestre deixou isso claro.

Há um provérbio chinês que diz: “A palavra que tens dentro de ti é tua escrava; a que deixas sair, tua senhora.”  Deus comporta-se assim, para com Sua Palavra. “...Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.” Jr 1; 12 

Quando Paulo acentua que a retenção da Fiel Palavra nos faz poderosos, noutra parte ensina porquê. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13; 8 Aí reside o Poder, na Palavra de Deus, não na nossa. A nossa pode, tanto quanto, alinha-se àquela. 

Quando mencionamos a Palavra de Deus retamente, respeitando contexto, objetivo, estamos empunhando uma Espada mais perene que os Céus e a Terra. “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” Mat 24; 35 

Se, nos dias de Tito  era necessário preservar a Palavra com firmeza, nesse tempo, em que ventos de liberalismo, ecumenismo, modernidade sopram fortes como nunca, mais premente ainda é o preceito de Paulo. 

E, olha que, no contexto dos dois fundamentos não era a Palavra em si que estava em realce, antes, o cumprimento. O que edificara na rocha ouvia e praticava; o que, sobre areia, apenas ouvia. 

Assim, a retenção firme da Palavra demanda mais que repetição, mas, agir conforme. Adiante, escrevendo ao mesmo Tito, aliás, Paulo denuncia essa discrepância de ter as palavras, e faltarem as ações correspondentes. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra.” Tt 1; 16 

Então, nossa postura em relação à Palavra deve ser a mesma de Deus: “Velo para cumprir.” Ele, como quem se responsabiliza pelo que falou; nós, como quem será responsabilizado pelo que ouviu. 

“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30; 5 e 6

domingo, 14 de setembro de 2014

A solidez da tenda



 “ A casa dos ímpios se desfará, mas a tenda dos retos florescerá.” Prov; 14; 11 

Sem dúvidas, se cotejarmos uma casa com uma tenda para ver qual sobressai em termos de resistência às intempéries, solidez, qualquer um apontará as vantagens da casa. Geralmente feita de pedra, naqueles tempos; ao passo que, a tenda padece a fragilidade que conhecemos, uma vez que, feita de couro e tecidos similares à lona, sustentada por cordas presas a estacas. 

Contudo, o provérbio supra, apresenta como melhor a tenda do reto, que a casa do ímpio. Assim, as qualidades morais do proprietário definem a solidez, ou não, da edificação. 

Um pouco antes, no mesmo capítulo, parece que o sábio preceitua certa “argamassa” intelectual como fator solidificante, diz: “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.” Prov 14; 1 Agora temos a sabedoria em oposição à estultice. Servindo, a primeira, para edificar; a segunda, para destruir coisas que eventualmente estejam em pé. 

Contudo, a abordagem Bíblica da sabedoria nunca se restringe a “uma mente brilhante”, como o filme homônimo. Antes, atrela ao fator espiritual, um modo de vida segundo Deus. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1; 7 Assim, o resumo da ópera é que: A morada sólida é a do justo, pois a edifica com sabedoria derivada do temor do Senhor. 

Por certo, muitos lembram que, há alguns anos ruíram dois edifícios no Rio de Janeiro que foram construídos por Sérgio Naya. Peritos concluíram que tal se deu por terem utilizado material de qualidade inferior para baratear custos.   

A Bíblia apresenta dois casos de edificação; um, onde o problema está na fundação; outro, na construção relapsa sobre o bom fundamento. vejamos:   E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” Mat 7; 26 e 27  

“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 11 a 13 

Se, na alegoria do Salvador a casa é testada pelos ventos e a chuva, na de Paulo o teste é pelo fogo. 

Cristo trata dos que apenas ouvem a Palavra e ignoram, edificam suas vidas do seu jeito, baseados na justiça própria; assim, desprezam ao bom fundamento, O Salvador. Paulo refere-se aos que creem, mas, são descuidados como o material de construção. Usam muitos meios humanos misturados à palavra de Deus.

Os rios e ventos que levarão a casa do ímpio será seu juízo quanto à salvação que desprezou. O fogo que testará os feitos do que creu tem a ver com galardão, recompensa pelo trabalho feito, ou não; caso o material não resista ao fogo das provações que testa a cada crente. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” I Cor 3; 15 

Muitos associam coisas totalmente diversas como se, semelhantes. A imperfeição humana permite que logremos melhoramentos científicos e tecnológicos a cada dia. Assim, muitas coisas rudimentares em face às novas acabam obsoletas. 

Igualmente, alguns transferem essa lógica indiscutível nas coisas humanas, para as Divinas que são perfeitas. Nesse espírito, liberalizam, flexibilizam à Palavra ao gosto humano corrente, como se, interpretações pretéritas estivessem ultrapassadas. Aqui começa a má qualidade no material de construção. 

Pedro alegorizou como alimento; vetou o “leite com formol” como alguns falsários fizeram no RS. “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2; 2 

Enfim, o que é modernizável é refém do tempo; as coisas de Deus são eternas. Certo que a ditadura do “politicamente correto” aplaude erros e deprecia caráter segundo Deus. Parece mais simpático ser dos tais, tanto quanto, a casa do ímpio  mais sólida que a tenda do reto. 

Todavia, quem criou o Universo não carece lições de arquitetura. Tampouco, poderia ser suplementado por seres imperfeitos como nós.

Se, seguirmos ao Seu projeto, Ele edifica e garante; se preferirmos alternativas assinemos nós; pois, o Santo se eximirá de culpa por nossas escolhas. Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam;...” Sal 127; 1