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domingo, 26 de abril de 2020

O Rebanho e o Zoológico


“Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.” Jo 10;8

A Bíblia menciona pelo menos dois “Messias” que vieram antes e tiveram alguns seguidores, até; “Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; foi morto e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos, reduzidos a nada. Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento; levou muito povo após si; mas também este pereceu e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.” Atos 5;36 e 37

Nos dias do alistamento foi quando Jesus nasceu; quiçá, informado do incidente dos sábios, algum aventureiro tenha pensado aproveitar-se do clima e se fazer líder de uma revolta; deu em nada.

Se, as ovelhas não seguiram aos ladrões e salteadores pretéritos, quem os seguira?

Pessoas que se identificavam com os tais. Afinal, não era a identificação que ligava “O Bom Pastor” às Suas ovelhas? “Quando tira para fora Suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas o seguem, porque conhecem Sua voz. Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;4 e 5

É natural alguém seguir a outrem, com o qual se identifica. Sócrates, o filósofo dizia que, quando aplaudimos alguém o fazemos por identificação, por esse alguém representar nossos anseios de beleza, talento, virtude... no fundo, aplaudimos nós mesmos. Acaso não vaiamos aquilo do qual discordamos?

Pois, mesmos cabritos com presunções ovinas também seguem mercenários com pretensões pastorais; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Como o chamado do Messias começa com o “negue a si mesmo”, nosso “aplauso” necessariamente será Dele, se, de fato somos ovelhas Suas. Nossa forma de pensar, sentir, desejar a vida, já não conta; antes, Sua mente deve ser a nossa; segui-lo não é caminhar estritamente, mas agir conforme Ele agiria estando em nosso lugar.

Não que alguém já fosse ovelha, e finalmente achasse um pastor pra seguir; antes, um predador foi deixado na cruz, convencido pela Palavra da Vida; uma ovelha gestada mediante novo nascimento, a qual, pelo Espírito consegue identificar-se com a Voz do Pastor.

O desafio do convertido que conserva a antiga natureza rapace é crucificá-la a cada a dia, mediante renúncia, não agindo conforme seus reclames, mas conforme a Voz do Pastor. Assim, se o predador deseja carne, a ovelha renascida é gerada do Espírito; seguir segundo Ele é sua dieta normal; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a Lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Duas leis; uma para julgar o mundo, outra para justificar os salvos. Aquela com dez mandamentos escritos; essa com uma síntese de dois, amar a Deus e ao próximo, coisas possíveis ouvindo a Voz do Pastor.

Por isso a transformação deve ser radical; novidade de valores, atitudes, de vida. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17
Se, somente andando em espírito não haverá condenação, como seríamos salvos seguindo a outrem que não fosse O Bom Pastor? Como disse Pedro: “Para quem iremos nós se só Tu Tens as Palavras de Vida Eterna”, ou, Ele: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”.

Portanto, mensagens de “tolerância e inclusão” tão em voga, o dito ecumenismo que considera válidas todas as crenças, a despeito dos ensinos, invés de “Um rebanho e Um Pastor” como tenciona O Eterno, se faz uma arca de Noé, um amontoado de todos os bichos, onde deveria existir ovelhas apenas.

Ainda que o Amor Divino seja universal, não morreu para salvar sistemas políticos, nem a sociedade; mesmo que Sua eficácia e propósito atinjam o mundo todo, morreu para salvar pecadores arrependidos, coisa que se verifica caso a caso, segundo a resposta de cada um. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

A Voz do Pastor é única; nos separa das demais; “... não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na Lei do Senhor...” Sal 1;1 e 2

terça-feira, 26 de junho de 2018

O Exército de Ovelhas

“Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas, as ovelhas não os ouviram.” Jo 10; e 8

Os ladrões e salteadores pretéritos foram líderes que pretenderam ser o “Messias”. Primeiro, tinham uma ideia muito rasa da função do mesmo. A libertação sonhada era apenas do jugo estrangeiro que pesava sobre eles. Aí, tinham uma concepção errada sobre o método da luta.

Sem considerarmos os Macabeus que foram bravos defensores de seu povo sem pretensões messiânicas, a Bíblia menciona dois, que alistaram pessoas para esse fim; “... antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntaram uns quatrocentos homens; o qual foi morto; todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos, reduzidos a nada. Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento e levou muito povo após si; mas, também este pereceu, e os que lhe deram ouvidos foram dispersos.” Atos 5;36 e 37

Segundo Gamaliel, um arregimentara 400 homens; outro, “levou muito povo após si...” Que humilhante para O Salvador que andou por três anos e meio “alistando” e só conseguiu 12 “soldados” sendo, um, traidor!

Por que o apelo dos “ladrões e salteadores” teve mais eco que o do Senhor? Bem, havia uma sintonia de ódio entre os “Messias” e seus seguidores, um alvo comum; livrar-se do jugo e retomar o governo da sua terra. Além disso, identificação quanto ao método; deveria ser feito, óbvio, por meios bélicos. Quase todos estão prontos a ouvir um chamado, quando, o problema é o outro; contra ele devemos lutar.

O que são as intrigas, calúnias, maledicências, fofocas, senão, nossa “luta” contra as falhas do outro? Pois é.

O apelo de Cristo não soou atrativo, basicamente por duas razões: Primeiro: Invés de disseminar ódio contra os odiáveis opressores, era misericordioso com eles; curou o servo de um centurião, elogiou a fé dele, favoreceu alguns publicanos traidores que serviam a Roma, desafiou seus ouvintes a amarem os inimigos; pior; além disso, de desaconselhar o uso da espada em prol do perdão, do amor, mandou cada um lutar contra algo que amava; “Negue a si mesmo”.

É compreensível que só mansas e frágeis ovelhas ouvissem algo assim. Sendo para pilhar ao outro, destruir, fazer violência, qualquer índole rapace se sente apta; porém, renúncia? Ovelhas, animais dóceis acostumados à dependência do Pastor não têm dificuldade numa empresa assim; mas, “de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;5

Ademais, O Salvador estava propondo uma “missão impossível”; Escribas e Fariseus, religiosos em geral do Sinédrio eram a elite; apenas eles sabiam das coisas certas, de modo que, disseram certa vez: “A plebe que não sabe a Lei é maldita.”
Entretanto, aos que lhe davam ouvidos, O Salvador desafiou a que superassem-nos; “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” Mat 5;20

Outro dia, o Ministro Gilmar Mendes em face às críticas dirigidas ao STF disse: “Quem entende só de samba, não deve opinar sobre ópera.” Deixando a “Ópera da impunidade”, por ora, O Salvador chamou os que tocavam “samba” em caixa de fósforo, para tocarem violino.

Acontece que a “música” da conversão é dançada no Céu; ímpios da Terra passam longe de entender sua harmonia. Cada nota afinada à Divina Vontade é registrada nos anais celestes, onde, não há plágio; no devido tempo, cada um receberá a recompensa justa. “ajuntai tesouros no céu, onde, a traça nem a ferrugem consomem, e os ladrões não minam nem roubam.” Mat 6;20

Mas, alguns “progressistas” góspeis, cientes da dificuldade de seguir a um Messias assim, fizeram um “Remake” em “Sua” Chamada para aumentar o exército. Invés do frágil “Batei, batei, e abrir-se-vos-á”, criaram o “Decretai, e Deus obedecerá.” Invés do masoquista “negue a si mesmo”, criaram o “Tome posse da bênção, prospere;” invés da dolorosa Cruz com as renúncias pertinentes, o “$acrifíco” pode $er de outra e$pécie.

Enfim, ficaram com o Nome, cujo marketing é mais eficaz, mas, copiaram a mensagem dos ladrões e salteadores, cujo apelo é mais atrativo. Se, o “inocente” Salvador tivesse pensado nisso, não teria ficado com o pífio “pelotão” de 12.

Enfrentar a si mesmo como Deus requer, de fato, não é algo fácil; mas, pretender ganhar a eternidade com facilidades é estúpido; seria pretender comprar diamantes com moedas.

Ninguém é forçado; todos podem recusar. Mas, quem quiser ir, será nos termos Dele, ou, jamais irá.

“Não confunda minha Sobriedade com idiotice, pois, neste contexto o inepto poderá ser você.” E. Lima