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sábado, 12 de março de 2016

A Fonte Eterna

A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

Inusitado esse aspecto da vida ser como uma fonte. É próprio de uma fonte, o manar contínuo, diverso das águas paradas que se deterioram lentamente, por falta desse fluxo vital que renova.

A vida natural é mais ou menos como um relógio antigo, que, uma vez que se lhe dava "corda" funcionava normalmente pelo tempo correspondente ao curso mecânico e parava. Somos biodegradáveis no prisma natural, e, exceto o concurso do acidente, funcionamos relativamente bem, até o fim de nossa “corda”, digo, até o estertor de nossa resistência física.

Todos passam pelas veredas da vida satisfeitas três necessidades básicas: Comida, bebida e procriação. Como nenhum desses aspectos vitais demanda as benesses da “doutrina do sábio” para vicejar, parece necessária a conclusão que, a vida que carece tal alimento, que é caçada pelo laço da morte é a espiritual.

Ele mesmo figurara a mulher adúltera como uma assassina, sendo que, seus feitos não tiravam a vida das vítimas estritamente, mas, espiritualmente sim, enviavam à perdição eterna. “Assim, o seduziu com palavras muito suaves, o persuadiu com as lisonjas dos seus lábios. Ele logo a seguiu, como o boi que vai para o matadouro, como vai o insensato para o castigo das prisões; até que a flecha lhe atravesse o fígado; ou como a ave que se apressa para o laço, não sabe que está armado contra sua vida.” Prov 7;21 a 23

Quando o pensador diz que a doutrina do sábio é fonte vida, não está pleiteando óbvio, que o dito sábio seja tal fonte, antes, seu ensino, que, não tem origem nele; é mero canal que a conduz, como um aqueduto faz com a água viva.

Ele mesmo, ao encerrar as belas reflexões do Eclesiastes, pluralizou os meios de difusão da sabedoria, ainda que, reconheceu a origem em fonte singular: “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ecl 12;11

E, o Único Pastor, quando se apresentou na forma humana para, entre outras coisas, ensinar Sua Doutrina, disse: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Uma vez mais vemos, que o escopo transcende ao natural, à água comum que a samaritana buscava para sua sede, quando, O Salvador lhe acenou com a Água viva. Começamos com a metáfora da fonte, agora, estamos na água, produto da fonte, a doutrina do sábio.

Claro que, a sede espiritual é diversa da natural. Nem todos a identificam. Entretanto, todos, em dado momento se veem às voltas com traços dela, ainda que, façam errada leitura. Tentam silenciá-la com drogas, bebidas, promiscuidade, etc. Como um viciado em cigarros que diz que fumar lhe acalma. Na verdade, acalma aos clamores orgânicos por nicotina, da qual se fez dependente; assim, os hedonistas “acalmam” seus pleitos espirituais, com os ditos prazeres, que, amiúde, são fugas.

A Bíblia não apresenta a servidão ao pecado como oriunda da busca pelo prazer, antes, como fuga do medo da morte. Fugindo da sina, apressam-se ao seu encontro, como Édipo, da tragédia grega. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele ( Cristo ) participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

O livramento dos cristãos depende do que Cristo Fez na Cruz, não, de Sua Doutrina, estritamente; mas, essa, possibilita compreendermos as implicações eternas de Sua Grande Vitória.

Então, como o jorrar contínuo de uma fonte, carecemos a Palavra de Cristo nos escudando cada dia, pois, as tentações, os laços da morte nos buscam o tempo todo.

Não que haja algo errado com o prazer em si, antes, o veto atina aos degenerados que afrontam a Deus. Nos demais, na boa escolha o Pai tem prazer conosco. Censurando aos rebeldes certa vez, disse: “clamei e ninguém respondeu, falei e não escutaram; mas, fizeram o que era mau aos meus olhos, escolheram aquilo em que eu não tinha prazer.” Is 66;4


E o prazer maior do Santo é salvar aos que Ama, por isso, O Único Pastor encerra Sua Revelação acenando uma vez mais, com a Fonte Eterna: “O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” Apoc 22;17

sábado, 19 de dezembro de 2015

A chave; o sentido da vida

“A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte.” Prov 13; 14

Muito se falou sobre o quê, seria o sentido da vida, seu propósito. Nuances, facetas, peripécias, todos identificam, mas, o sentido é peixe de águas profundas.

O texto supra, do mais sábio dos homens, apresenta-a como alvo de caça pela morte, o quê, choca-se com a concepção vulgar que a morte é inevitável e o negócio é “curtir a vida”. Na verdade essa “curtição” cantada em prosa e verso é só uma veste que tenta disfarçar o medo da morte.

Falando do Feito de Cristo a Bíblia diz que foi para que, “livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2; 15 Não apesenta ninguém “curtindo” estritamente, antes, mediante servidão ao pecado, o que lograram foi a tentativa inglória de fugir da morte, ou, disfarçar o medo dela.

Dadas as paixões carnais, tendemos a imediatizar tudo, como se a vida se restringisse ao tempo do corpo. Imaginemos uma prova onde concorrem toda sorte de perigos, ameaças; provandos são soltos numa selva de predadores mortais, dos quais, apenas um guia extremamente sábio e corajoso conhece os hábitos e possíveis livramentos; quem sair vivo do outro lado receberá como recompensa, eternidade, plenitude da vida. Nesse caso, enquanto no campo de prova, o mais importante é a preservação da vida, que o desfrute do prazer; o alvo mais urgente.

Que propósito teria encontrar o sentido depois de ter perdido a vida nas garras das feras assassinas? Certa vez, eu morava junto com minha irmã, meu sobrinho e eu tínhamos uma chave apenas, de modo que, deixávamos em determinado lugar previamente combinado, quando saíamos, para que, quem voltasse primeiro, pudesse entrar. Voltando, um dia, fui ao esconderijo, peguei a chave e entrei; deparei com um bilhete que ele escrevera e colocara pra dentro por debaixo da porta; dizia: “Tio, a chave está debaixo do tanque, no lugar de sempre.” Comecei a rir sozinho feito bobo.

Primeiro, não precisava escrever nada, tínhamos combinado; contudo, se eu precisasse tal informação, que adiantaria tê-la do lado de dentro, após ter aberto a porta, quando não servia mais?

Isso tipifica, infelizmente, muitos que, agora, na perdição, sabem que Deus é Real, a Bíblia, verdadeira, a vida é um patrimônio eterno a ser guardado com zelo, porém, para esses, o tempo passou; descuidados perderam as muitas chances; a “chave” não lhes serve mais. Saber isso em nada ajuda, antes, aumenta o tormento.

A Palavra de Deus apresenta O Salvador como Único Guia confiável, capaz de conduzir os Seus em meio a um cenário ameaçador; tirá-los do outro lado do seu tempo, ainda, com vida. Diz que Ele “fez um curso” reduzido às nossas limitações, para vencer por Nós, e agora, se dispõe a vencer “em nós”. “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;” Heb 2; 14

Identificou-se com nossas fraquezas, em Si, para melhor socorrer-nos quando do assédio delas, em nós. “Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.” Heb 2; 18

Aos Seus ensinos, pois, alude profeticamente Salomão, colocando-os como antídoto eficaz à morte. “A doutrina do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte.” Prov 13; 14 Contudo, nada vale a existência de uma fonte pura, caso o sedento recuse a beber, ou, anseie por fontes alternativas, pouco importando-se com as consequências e vírus mortais que nelas exista.

Invés de uma espécie “evoluída” como advogam certos “cientistas”, a Bíblia nos adjetiva como caídos, de origem Divina, cujo tempo terreno é a “prova” onde somos instados a reencontrarmos a casa Paterna.

Em suma, nossa vida natural está inserida numa redoma de tempo e espaço, cujo alvo é buscar a Deus, Fonte e Sentido, da Vida. Aos filósofos que se ocupavam disso desde priscas eras, Paulo foi didático: “E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17; 26 e 27


O fato que Deus determinou tempos e limites, não significa que cada um morre no “tempo de Deus”; arbitrários que somos, nossas escolhas podem abreviar o tempo; por isso, a Salvação sempre é posta como urgente. “...Hoje, se ouvirdes sua voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3; 15