“Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo pensais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e, fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29
Os que equacionam superficialmente a Lei como severidade Divina, e, Graça como de facilidade precisam ver com mais cuidado seus conceitos.
A ênfase exagerada no “Deus é amor” pode obscurecer um tanto outra face igualmente pertinente, que, diz: “Minha é a vingança, Eu recompensarei, diz O Senhor.”
Quando O Salvador asseverou que nem um jota ou til da Lei passariam sem que, tudo fosse cumprido, entendem alguns, que, Ele cumpriu; para nós outros liberou geral; será?
Sempre que O Mestre interpretou a Lei para Seus discípulos, invés de dizer: “Está escrito; porém deixem comigo que Eu cumpro”, disse: “Ouvistes que foi dito: Amarás teu próximo, e odiarás teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam; orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos, do vosso Pai que está nos céus;” Mat 5;43 e 44
Se, o que fora escrito demandava uma postura mínima para servos, então, estava sendo requerido um salto acima das paixões rasteiras, para que, fossemos feitos filhos. Claro que é mais fácil cumprir ao “Não adulterarás;” exteriormente, que, coibi-lo, mesmo no coração, como ensinou O Salvador.
De certa forma, a coisa não mudou: Sempre que alguém pecasse deveria se arrepender e buscar o perdão Divino; isso persiste. Mudou a forma, que, antes requeria um novo sacrifício a cada culpa; agora, a Eficácia do Sangue de Cristo não demanda nova oferenda, apenas, arrependimento e mudança de atitude. “... estas coisas vos escrevo para que não pequeis; se alguém pecar temos um Advogado para com o Pai; Jesus Cristo, o justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados...” I Jo 2;1 e 2
Certa vez ouvi uma zombaria blasfema nos lábios de Woody Allen: “Uma vez que Cristo morreu por nossos pecados, seria tolice deixar de cometê-los.” Disse. Tal arrogância insana profana ao “Sangue da Aliança”. O pecado voluntário de quem brinca com sangue alheio e inocente.
O fato maravilhoso que Deus É Amor levou-O a fazer por nós algo inimaginável pra mais amorosa das almas; Dar Seu Próprio Filho. Uma vez que não merecíamos, isso configura Sua Graça; do contrário, caso merecêssemos, digo, seria justiça.
Então, a Graça não facilita as coisas a ponto de andarmos de qualquer maneira; apenas possibilita salvação, que, pela Lei não era possível. Por Ela somos livres da Lei; recebemos adoção de Filhos; porém, que tipo de filhos? Como o Pródigo que anseia sua herança para se esbaldar no pecado? Ou, o irmão dele que seguiu sóbrio cuidando dos negócios do Pai? Cristo condensou os dez mandamentos em Dois, amar a Deus sobre tudo, e ao próximo como a si mesmo; isso segue valendo; é mais que mero discurso, ou, sentimento; se verifica no teatro das atitudes.
Falando no pródigo, na Lei, conforme o pecado cometido não havia possibilidade de reabilitação; morria antes pela palavra de duas testemunhas; em Cristo a longanimidade Divina prolonga o tempo para que, os errados de espírito, quaisquer que sejam seus erros, ainda se arrependam para salvação. “... quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá Sua posteridade, prolongará seus dias; o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.” Is 53;10
O Prazer do Senhor é salvar, mas, ainda assim, respeita nossas escolhas; “Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas, que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis... ?” Ez 33;11
Se, a escolha avessa ao Senhor redunda em morte, eis, uma coisa que a Graça não faz! Salvar indiferentes que, alheios ao Santo vivem às suas maneiras. Quem a desprezar será, querendo ou não, tratado pela Lei; pela justiça. Ou seja, ao recusar um favor Divino, restará a si aquilo que merece. “O salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23
Na era da Lei poderia morrer por ela alguém, inocente; como Nabote que, acusado por testemunhas falsas foi apedrejado; esse era o juízo terreno; ante Deus, o inocente sempre é justificado.
Porém, quem profanar Cristo, ou, O Espírito Santo, terá contra si duas Testemunhas infalíveis; a própria consciência ,e, O Santo. “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...” Heb 2;3
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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sábado, 30 de junho de 2018
A Impotência da Graça
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terça-feira, 14 de outubro de 2014
A morte da morte
“Aniquilará a
morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os
rostos e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor o
disse.” Is 25; 8
Nesse verso temos a morte num estágio intermediário entre
causa e consequência. Digo, sendo ela derivada do pecado é geradora de
lágrimas, opróbrio. Assim, quando o Eterno prometeu remover a morte e suas mazelas,
certamente, tinha em mira a sua causa. Essa, sabemos, foi o pecado; “No dia em
que pecares certamente morrerás.” Dissera o Criador ao primeiro homem.
Tal qual
a remoção de eventual sombra que nos atrapalhe demanda a remoção do corpo entre
a luz e a superfície que a sustenta, a aniquilação da morte faz necessário destronar
o pecado.
E, Aquele que veio vencer a morte foi apresentado como, “O Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo.” Pois, o pecado, entregara um reino à morte. “...a morte reinou
desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da
transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.” Rom 5; 14
Na
verdade, o argumento de Paulo parece inverter causa e consequência em dado
momento; “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a
morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos
pecaram.” V 12 Quando diz que a morte passou a todos e por isso todos pecaram
fala do pecado tendo passado a todos,
trazendo seu salário junto, a morte.
Embora, para nós o erro assuma a
pluralidade, o que incomoda ao Santo é singular. “Tira ‘o pecado’ do mundo.” Sim, a
causa é impar, ainda que a produção seja múltipla. Na origem de tudo temos a
pretensa autonomia do homem em relação ao Criador. Em Cristo voltamos à submissão
e dependência do Santo; esse é o cerne da questão.
Resolvido isso, mediante
arrependimento e confissão, os pecados nossos de cada dia são consertados pelos
mesmos meios, desde que, sejam eventuais, não voluntários, e roguemos o socorro
do Salvador. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis;
se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele
é a propiciação pelos nossos pecados; não somente pelos nossos, mas também
pelos de todo o mundo.” I Jo 2; 1 e 2
Não significa que Ele salvou todo o mundo;
antes, que a eficácia de Seu sacrifício basta para todos, entretanto, só
salvará quantos o receberem e obedecerem. A morte passou a todos; a vida
regenerada será recebida por muitos. “Mas não é assim o dom
gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito
mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo,
abundou sobre muitos.” Rom 5; 15
Poucos veem com a necessária clareza o que
está em jogo no convite de Cristo. Muitos pensam que se trata de adotar nova
filosofia, quiçá, associar-se a determinado clube de lazer religioso. É bem mais intenso, dramático, que essas
coisas pueris. Não se trata de qualidade, ou, concepção de vida; antes,
regeneração em face à morte. “Na verdade, na verdade
vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5; 24
Assim, a morte em questão não é o repouso do corpo em jazigo de pedra; antes, a
prisão subserviente da alma num corpo de carne.
Alguns, plenos de justiça
própria cogitam que sequer pecados têm. Em parte, estão certos. A Bíblia não apresenta
o pecado como mero desvio que temos; antes, como um feitor que nos tem. “De
maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque
eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito,
querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.” Rom 7; 17 e 18
Ainda que,
no fundo, haja um anseio virtuoso, no domínio do corpo está o pecado
escravizando a alma. Dessa morte “viva”
o novo nascimento em Cristo liberta.
Nele, via auxílio do Espírito Santo, podemos
querer e realizar o bem, que, em última análise é a Vontade de Deus. A faceta
espiritual da morte é removida na conversão; a influência cabal, na
ressurreição. “Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.” I Cor
15; 26
Os jazigos dos mortos em ampla maioria ostentam uma cruz; quem
carregá-la em vida viverá para ver, a morte da morte.
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