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domingo, 9 de junho de 2019

Nuances do silêncio

O silêncio tem tanto a dizer... às vezes nele conseguimos conexões com O Pai; oramos sempre; mas, eventualmente, podemos “ouvir” Deus. Se, não, mesmo assim, nele se antecipa os passos do amanhã, se evoca nossos tropeços, erros, e realça o que haurir deles para que a dor dos mesmos nos ensine o “caminho das pedras” e não tropecemos novamente.

As aflições dos espíritos errantes têm pavor a ele com seu modo tácito, gentil, tênue, grave; buscam agulhas do álcool que acrescem aflições mais; nessa fuga camuflada qualquer barulho serve; então, se impõe o desejo por música; pior, chamam barulhos desconexos de música... Eu colho limão e faço limonada; a maioria dos “músicos” em voga deve ter colhido um cágado... Putz! O barulho traz cada porcaria. O silêncio educado sai de fininho; a ninguém se impõe.

Tá certo que carece, não raro, a assessoria da solidão e essa véia é mui solitária, às vezes. Contido o anseio de lhe dar um pé na bunda até que ela serve para algo. Pois, essa dupla enseja as mais profundas reflexões, as mais ferventes preces e os mais eloquentes poemas... Por isso só já compensa seu incômodo.

Precisamos muito cuidado no manuseio das palavras, elas são feitoras perigosas, como disse alguém: “A palavra que tens dentro de ti é tua escrava; a que deixas escapar é tua senhora...” Assim, se o silêncio não trouxer nada mais, porém, detiver essa ameaça; digo, mesmo sem reflexão, prece ou poesia inda será um grande bem. “Falar é prata, silencio é ouro.”

Sabedores de todos os perigos que a voz porta, muitos políticos evitam-na sob os préstimos de um porta-voz. Nosso presidente, por exemplo; tudo o que fala é distorcido, reinterpretado; e, querendo ou não, com o intento que for, acaba se voltando contra ele pelas mãos da extrema imprensa a prostituta de luxo do “Mecanismo”.

Fico a pensar se o número de eleitores surdos-mudos fosse maior o que essa meretriz faria com os discursos em LIBRAS da Primeira-Dama; como “interpretariam” o mover das suas mãos. O discurso ao público alvo seria um, a nós, o seu oposto.

Os sábios hindus recomendam uma análise custo-benefício, antes de uma opção que sacrifique o precioso silêncio; dizem: “Quando falares cuidas para que as tuas palavras sejam melhores que o teu silêncio.” Como fazer com que a prata valha mais do que o ouro? Dá uma vontade de calar a boca! Quantas vezes matamos o silêncio sem dar vida às palavras!

Entretanto, algumas vezes o silêncio deriva da velhacaria desonesta dos que relutam reconhecer os alheios méritos. Dizem alhures que as pessoas ficam boas depois que morrem; é que os que divisavam nelas, qualidades, já podem falar das mesmas, livremente sem o risco que o finado ouça; como disse certo personagem de Machado de Assis: “Está morto; podemos elogiá-lo à vontade.” “No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.” Martin Luther King

De certa forma o silêncio funciona como a água que temos canalizada em nossas casas. Sequer percebemos o valor, a utilidade quando temos; mas, ouse faltar por um diazinho só. O silêncio também é mais notado pela sua ausência que pela presença.

Em alguns casos pode ser requisitado pelos seus próprios meios; digo; pedido em silêncio com um simples gesto; em outros diante de uma balbúrdia generalizada onde todos falam ao mesmo tempo, alguém brada: Silêncio!! Ironicamente um barulho maior que os barulhos clama, para que aquela desordem volte a existir certa ordem. Não ao silêncio absoluto se busca, mas, ao falar mais “rarefeito” para que o peso das palavras possa ser comunicado.

Se todo tagarela fútil expõe uma imagem de tolo, parvo, a quem observa-o, as tintas do silêncio costumam pintar-nos mais belos do que somos, como disse Salomão: “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” Prov 17;28

Parece que nossas fachadas humanas trazem estampado certo saber “à priori” que as drogas das palavras insistem em estragar. Como ironizou alguém: “Melhor ficar calado inda que nos presumam tolos, que abrir a boca e lhes dar a certeza disso.”

À rocha escura do silêncio muitos talentos verdadeiros moldaram esculpindo as mais belas canções e louvores.

Não que ele seja um valor absoluto a ser mantido a todo custo; mas, em muitos momentos é a mais sábia das respostas; em outros, a porta de entrada pra uma vereda que dará conteúdo à nossa fala quando essa for oportuna.

“Na procura de conhecimentos, o primeiro passo é o silêncio, o segundo ouvir, o terceiro relembrar, o quarto praticar e o quinto ensinar aos outros.” Textos judaicos

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Você gosta do seu nome?



“...Ao que vencer darei a comer do maná escondido, dar-lhe-ei uma pedra branca, na pedra, um novo nome escrito...” Apoc 2; 17

Essa promessa dum novo nome, ouso dizer que permeia o imaginário de muitos, cristãos ou não. Quem vem de berço mais abastado pode trocar de nome, quando não gosta, via meios judiciais. Mas, a maioria não. 

A princípio, como o nome nos acompanhará por toda a vida, deveria ser escolhido por nós; receberíamos um número provisório até a idade do entendimento, depois, escolheríamos como  seríamos chamados. Isso evitaria nomes de mau gosto; pelo menos, mau gosto alheio, não tolheria o nosso. 

Os judeus geralmente davam nome em atenção a algum detalhe do nascituro, ou, que encerrasse significado profético; como, Isaque, riso; Esaú, vermelho; Moisés, tirado da água; Samuel; Deus ouviu; Jeoshua, em grego, Jesus; Deus é salvação, etc.  

Hoje, na maioria dos casos o significado não é o mais importante, antes, arbitra o gosto pelo som, simplesmente. Aí temos muitos nomes de som agradável que não significam nada.

Alguns pretendem juntar pai e mãe no  filho. Então, o filho da Joana e do Vilson vira Joílson; corre-se o risco da filha de Salatiel e Sandra vire Salamandra.  Ainda, importamos nomes que trazem já, pai e filho aglutinados; tipo: Jeferson. Son e inglês é filho; daí, filho de Jefer, Jeferson;  filho de Eduard ( Ed ) Edson, etc. Todavia, facilmente encontraremos Jeferson júnior, Edson filho, etc, que trazem a palavra filho duplicada. 

Mas, pensando melhor, quem usa meu nome são eles, não eu; viram, sou “Eu”, ou, obliquamente, “mim”; desse modo, quem escolheu mal meu nome, que sofra agora.

Quando cansam da brincadeira criam apelidos, que, seja a síndrome do brinquedo novo, ou, a tardia autocrítica, é problema deles, eu sou eu. 

Contudo, a despeito deste, que herdamos, há dois nomes que escolhemos após nosso domínio da consciência. O funcional, e o moral. Digo, esses “nomes” são efeitos colaterais de nossas escolhas no âmbito profissional, e dos valores. 

Por exemplo: Se, o João decidiu ser professor, seu nome, naturalmente será Professor João. Assim, com todas as profissões.  No campo moral a coisa é mais complexa; nem sempre nos atrevemos a dar nomes aos bois; digo, chamar alguém pelo que é; salvo, em momentos extremos. Mas, quem usa a mentira como meio, para seus fins, é mentiroso; de igual modo o cínico, o adúltero, o falastrão, etc...  Em muitos casos, “profissão” e valores se fundem num nome só; tipo: Prostituta, ladrão, traficante...   

Embora, nome próprio, não se traduza, o significado, sim. Desse modo, os nomes passeiam pelos mais diversos idiomas oriundos de fonte comum. Como João, Juan, John, Jean, Giovanni, Ivan, Johann, todos derivados do hebraico Johannah, que significa: “Graça de Jeová.”  Com muitos nomes mais, se dá o mesmo.  

Há ainda os famosos que agregam um “terceiro” nome, os de renome.  A excelência no que fazem, seja bom ou mau, funciona como um apêndice ao próprio nome, mesmo sem ser nomeado. Por exemplo: Imaginemos que estejamos assistindo uns fedelhos jogando bola, e alguém, após um bela jogada diz; “Aquele franzino é um Neymar”.  O renome de Neymar foi usado como sinônimo de qualidade, excelência. 

Para Deus, nome é coisa muito séria; não atrela a ele predileção, antes, identidade. Tanto que, Seus dons comunicáveis aos Seus filhos o são, “em Nome de Jesus”. Isso significa: em submissão ao Seu Senhorio, e identificação com Seu caráter. Quem usa indignamente, apenas profana. 

Quando oro a Deus em Nome de Jesus, digo ao Pai: Ele, Jesus, me autorizou a falar com o Senhor. 

Todavia, muitos, católicos, sobretudo, oram em “Nome do Pai, Filho e Espírito Santo”. Estão falando com quem?  Sim, se evoco Esses Três, como fiadores do meu pleito, devo estar falando com uma quarta pessoa, quem?  

Jesus ensinou expressamente: “Pedi ao Pai em meu Nome”.  A “fórmula” supra aparece uma vez só no epílogo de Mateus, como ordenança para o Batismo. “... batizando-os em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Nesse caso, o ministro fala com o batizando, e a tripla menção é plena de sentido.  

Mas, muitos dirão, se, souberem de meu escrito que sempre fizeram assim, o padre faz, quem sou eu, blá  blá, blá... Isso também tem nome: Fanatismo.  A força da paixão disfarçando a fragilidade, ou, ausência de argumentos.  

Em suma, se o nome que carregamos por razões estéticas, ou, funcionais,  não é assim, relevante, o que envergamos derivado de nossos valores é vital. Será essa escolha, em última análise, que abrirá o “processo” para troca de nossos nomes, dando ocasião a Deus para escolhê-lo, desta vez.  Estou certo que, quem criou todas as belezas do Universo, fará a melhor escolha.

domingo, 7 de setembro de 2014

Justiça parcial; culpa total



“Então irão com os seus rebanhos, com o seu gado, para buscarem ao Senhor, mas não acharão; ele se retirou deles. Aleivosamente se houveram contra o Senhor...” Os 5; 6 e 7 

O tema central de Oséias é a apostasia de Israel. Deus chamou-o, ordenou que casasse com uma prostituta para figurar o que a Nação fazia ; o primeiro filho já traria em seu nome um endereço de juízo. “E disse-lhe o Senhor: Põe-lhe o nome de Jizreel; porque daqui a pouco visitarei o sangue de Jizreel sobre a casa de Jeú e farei cessar o reino da casa de Israel.” Cap 1; 4 

Espere! Diria um mais atento. Jeú fez realmente uma grande mortandade de profetas de Baal; exterminou a casa de Acabe a mando do próprio Deus. Israel seria punido por isso? Parece injusto. 

Precisamos ver melhor. “...Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel. E ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor, da mão de Jezabel. Toda a casa de Acabe perecerá; destruirei de Acabe todo o homem, tanto o encerrado, como o absolvido em Israel.” II Rs 9; 6 a 8  

Disse o anônimo profeta enviado por Eliseu a Jeú. O relato mostra que fielmente cumpriu a missão vingadora banindo a  baal de sua nação. Mas, o sangue que derramou em obediência ao juízo Divino seria vingado então, disse Oséias. 

Haveria punição por ter ele obedecido? Acontece que sua obediência, infelizmente, teve um porém. “Porém não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez pecar a Israel, a saber: dos bezerros de ouro, que estavam em Betel e em Dã.” II Rs 10; 29 

Fora escolhido para erradicar aos ídolos de Israel; fez a metade da obra no que tangia a baal, e seguiu curvando-se aos detestáveis bezerros que Jeroboão instituíra em Dã e Betel. Não existem ídolos melhores ante Deus. Detesta uns e outros. 

Se Jeú associou-se à ira Divina considerando aos idólatras como dignos de morte e seguiu cultuando ídolos, seu juízo era mesmo seu, não de Deus. Assim, se fez culpado do sangue que derramou. 

Paulo ensina: “Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo a mim mesmo transgressor.” Gál 2; 18 O contexto era outro, mas, o princípio, o mesmo. Depois de se dizerem salvos pela graça de Cristo estavam volvendo às obras da Lei; “edificando” de novo um caminho que não era de salvação, mas, condenação. Jeú fez o mesmo; puniu severamente os idólatras e seguiu sendo um. 

A apostasia que se arrastara até aos dias de Oséias causara a rejeição cabal de Deus. Posto que seguiam religiosos. “Então irão com os seus rebanhos, com o seu gado, para buscarem ao Senhor, mas não o acharão; ele se retirou deles.” 

Seus rebanhos eram ofertas, dízimos que levavam.  O Santo nunca atentou para essas coisas em si, aliás, o primeiro “crente” rejeitado na Bíblia, o foi em pleno culto, quando ofertava, Caim. 

Deus mesmo diz: “meu é todo animal da selva, o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; minhas são todas as feras do campo. Se eu tivesse fome não te diria, pois, meu é o mundo e toda a sua plenitude.” Sal 50; 10 a 12 

A Introdução de Isaías também mostra Deus rejeitando o culto hipócrita com suas ofertas; desejando justiça. “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação; as luas novas,  os sábados e a convocação das assembleias; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene.” Is 1; 13  

No auge de seu arrependimento, após pecar gravemente Davi lembrou essas coisas. “Pois não desejas sacrifícios, senão eu daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” Sal 51; 16 e 17 

Antes dissera para oferecer sacrifícios de louvor. Será que é tão simples assim? Chegar entre glórias e aleluias e está tudo bem? “Aquele que oferece sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.” Sal 50; 23 

Assim, seja com ofertas, seja louvores, Deus anela algo mais que o culto. Bem ordenar nossos caminhos. Como? “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.” Sal 119; 9 

Deus não esperava que o culto seguisse; antes, que “caísse a ficha” dos cultuantes. “Irei e voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando angustiados, de madrugada me buscarão.” Os 5; 15