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domingo, 3 de setembro de 2017

A Bênção dá Trabalho

“Se diligentemente obedecerdes meus mandamentos que hoje vos ordeno... darei chuva na vossa terra a seu tempo, a temporã, a serôdia, para que recolhais vosso grão, o vosso mosto e azeite. Darei erva no teu campo aos teus animais, comerás e fartar-te-ás.” Deut 11;13 a 15

Que Deus abençoa aos obedientes parece pacífico, embora, alguns ensinem que Ele abençoa aos “comerciantes”; os que comparecem em lugares de culto com vultosas ofertas; isso seria tão tocante ao Santo, que Ele abençoaria tal “fiel”, independente de ser obediente, ou, não.

Mas, deixando por ora os alvos da bênção quero deter-me um pouco sobre a forma que O Senhor prometeu abençoar.

Disse que, como consequência da obediência daria chuva em tempo oportuno para abençoar a colheita de grãos, e viçar o pasto dos animais. Assim, a parte do Senhor que abençoa é propiciar meios; a do homem, cooperar com seu trabalho; pois, nada valeriam condições favoráveis para uma boa colheita onde não houvesse semeadura; tampouco, viçarem pastagens não havendo gado para usufruí-las.

Além da obediência, portanto, que preserva a relação com Deus, o trabalho é a “oferta” aceitável ao Eterno, mediante o qual nos abençoa dando a contrapartida dos frutos.

Ontem deparei com uma postagem onde a foto de uma pilha de dinheiro semelhante às malas de Brasília ilustrava uma legenda mais ou menos assim: “Algo maravilhoso vai te acontecer; Deus quitará de forma sobrenatural suas dívidas; se você crê, compartilhe”.

Claro que muita gente crê naquilo, afinal, propõe “bênçãos” incondicionais, sem demanda de relacionamento saudável com Deus, nem, trabalho; apenas a mandinga de crer e compartilhar. A ultrapassada história de comer o pão com suor do rosto, isto é, com o esforço do trabalho já não conta; Deus deve ter modernizado Seus meios com o advento da Internet.

Na verdade, as veredas do modernismo tanto alienam da realidade, quanto, afastam de Deus; pois, sendo Eterno em Seu tempo, Perfeito em seus Juízos, não sofre a ação do tempo nem carece aperfeiçoamentos. Quando diz que determinadas coisas eram segundo os rudimentos do mundo, não, segundo Cristo, atenta à nossa incapacidade, não, a eventual aprendizado daquele que É a Sabedoria.

Portanto, bebamos umas taças de Seu vinho maduro; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, andai por ele; achareis descanso para as vossas almas...” Jr 6;16

E algumas veredas apontavam para a diligência no trabalho; “A alma do preguiçoso deseja e coisa nenhuma alcança, mas, a alma dos diligentes se farta.” Prov 13;4 “Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento, eis que estava toda cheia de cardos; a sua superfície coberta de urtiga, o seu muro de pedras estava derrubado. O que eu tenho visto guardarei no coração; vendo-o recebi instrução. Um pouco a dormir, um pouco a cochilar; outro pouco deitado de mãos cruzadas, para dormir, assim te sobrevirá tua pobreza como um vagabundo, e tua necessidade como um homem armado.” Prov 24;30 a 34

Essa balela esquerdista, pois, de “inclusão” de vagabundos avessos ao labor não tem respaldo na Palavra de Deus. Paulo foi mais incisivo ainda: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: Que, se alguém não quiser trabalhar não coma também. Porquanto ouvimos que, alguns, entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs. A esses tais, porém, mandamos, exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam seu próprio pão.” II Tess 3;10 a 12

Saímos óbvio, de uma sociedade agro-pastoril como era naqueles tempos para outra industrializada, tecnológica, comercial; mas, se as circunstâncias mudaram os princípios Divinos, não. As portas de trabalho abertas são Suas bênçãos, bem como, nossa saúde para tal; o demais é conosco. Mete o peito n’água abençoado!

O dano maior que fazem esses imbecis que prometem facilidades em nome de Deus não é que as facilidades não se cumprem; antes, que vulgarizam O Altíssimo ao nível rasteiro das paixões humanas, e O desacreditam, pois, não cumpre o que “promete”. 


Em tempos antigos já foi assim. A mesma reprimenda que Deus enviou àqueles, vale aos de hoje: “Não mandei esses profetas, contudo, foram correndo; não lhes falei, porém, profetizaram. Mas, se estivessem estado no meu conselho, então teriam feito o meu povo ouvir minhas palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22

Em domínios espirituais não existe riqueza maior que a Luz. Mas, essa tem o péssimo hábito de mostrar quem somos; como estamos. Uma droga psicológica que alucina, à maioria já basta.

“Os homens preferem geralmente o engano, que os tranquiliza, à incerteza, que os incomoda.” Marquês de Maricá

domingo, 7 de setembro de 2014

Justiça parcial; culpa total



“Então irão com os seus rebanhos, com o seu gado, para buscarem ao Senhor, mas não acharão; ele se retirou deles. Aleivosamente se houveram contra o Senhor...” Os 5; 6 e 7 

O tema central de Oséias é a apostasia de Israel. Deus chamou-o, ordenou que casasse com uma prostituta para figurar o que a Nação fazia ; o primeiro filho já traria em seu nome um endereço de juízo. “E disse-lhe o Senhor: Põe-lhe o nome de Jizreel; porque daqui a pouco visitarei o sangue de Jizreel sobre a casa de Jeú e farei cessar o reino da casa de Israel.” Cap 1; 4 

Espere! Diria um mais atento. Jeú fez realmente uma grande mortandade de profetas de Baal; exterminou a casa de Acabe a mando do próprio Deus. Israel seria punido por isso? Parece injusto. 

Precisamos ver melhor. “...Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel. E ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor, da mão de Jezabel. Toda a casa de Acabe perecerá; destruirei de Acabe todo o homem, tanto o encerrado, como o absolvido em Israel.” II Rs 9; 6 a 8  

Disse o anônimo profeta enviado por Eliseu a Jeú. O relato mostra que fielmente cumpriu a missão vingadora banindo a  baal de sua nação. Mas, o sangue que derramou em obediência ao juízo Divino seria vingado então, disse Oséias. 

Haveria punição por ter ele obedecido? Acontece que sua obediência, infelizmente, teve um porém. “Porém não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez pecar a Israel, a saber: dos bezerros de ouro, que estavam em Betel e em Dã.” II Rs 10; 29 

Fora escolhido para erradicar aos ídolos de Israel; fez a metade da obra no que tangia a baal, e seguiu curvando-se aos detestáveis bezerros que Jeroboão instituíra em Dã e Betel. Não existem ídolos melhores ante Deus. Detesta uns e outros. 

Se Jeú associou-se à ira Divina considerando aos idólatras como dignos de morte e seguiu cultuando ídolos, seu juízo era mesmo seu, não de Deus. Assim, se fez culpado do sangue que derramou. 

Paulo ensina: “Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo a mim mesmo transgressor.” Gál 2; 18 O contexto era outro, mas, o princípio, o mesmo. Depois de se dizerem salvos pela graça de Cristo estavam volvendo às obras da Lei; “edificando” de novo um caminho que não era de salvação, mas, condenação. Jeú fez o mesmo; puniu severamente os idólatras e seguiu sendo um. 

A apostasia que se arrastara até aos dias de Oséias causara a rejeição cabal de Deus. Posto que seguiam religiosos. “Então irão com os seus rebanhos, com o seu gado, para buscarem ao Senhor, mas não o acharão; ele se retirou deles.” 

Seus rebanhos eram ofertas, dízimos que levavam.  O Santo nunca atentou para essas coisas em si, aliás, o primeiro “crente” rejeitado na Bíblia, o foi em pleno culto, quando ofertava, Caim. 

Deus mesmo diz: “meu é todo animal da selva, o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; minhas são todas as feras do campo. Se eu tivesse fome não te diria, pois, meu é o mundo e toda a sua plenitude.” Sal 50; 10 a 12 

A Introdução de Isaías também mostra Deus rejeitando o culto hipócrita com suas ofertas; desejando justiça. “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação; as luas novas,  os sábados e a convocação das assembleias; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene.” Is 1; 13  

No auge de seu arrependimento, após pecar gravemente Davi lembrou essas coisas. “Pois não desejas sacrifícios, senão eu daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” Sal 51; 16 e 17 

Antes dissera para oferecer sacrifícios de louvor. Será que é tão simples assim? Chegar entre glórias e aleluias e está tudo bem? “Aquele que oferece sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.” Sal 50; 23 

Assim, seja com ofertas, seja louvores, Deus anela algo mais que o culto. Bem ordenar nossos caminhos. Como? “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.” Sal 119; 9 

Deus não esperava que o culto seguisse; antes, que “caísse a ficha” dos cultuantes. “Irei e voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando angustiados, de madrugada me buscarão.” Os 5; 15