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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O Senhor; os "Senhores da Guerra"

“A guerra, a princípio, é a esperança de que a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de que o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver que o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver que todo mundo se ferrou.” Karl Kraus

Jó em meio aos seus justos lamentos observou: “Porventura não tem o homem guerra sobre a terra? Não são os seus dias como os do jornaleiro? Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão; acabam-se, sem esperança.” Cap 7;1 e 6

Tiago por sua vez, abordou a questão do motivo e deparou com a cobiça. “De onde vêm as guerras, pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais, e nada tendes; matais, sois invejosos, nada podeis alcançar; combateis, guerreais e nada tendes...” Tg 4;1 e 2

Por enquanto, na questão da Coréia do Norte a guerra é de propaganda, mentiras; embora, tenda a se revelar de fogo e sangue como as demais. Mesmo sendo aquele país insignificante do ponto de vista econômico e político, gaba-se de ter o quarto maior exército da Terra. Mais, de ter armas nucleares de longo alcance com as quais faz ameaças.

Eles ficam expondo seus “testes” de mísseis e bombas à luz do dia, o que, não passa de propaganda, cujo alvo é obter acordos plurilaterais que lhes favoreçam comercialmente, não mais. Se desejassem guerra de fato, já teriam dado o “pontapé inicial” invés de estarem rosnando ameaçadores como cães bravos atrás da cerca.

Ora, uma nação populosa que, invés de fomentar os meios de produção investe todo potencial em aparatos bélicos, quando a fome ameaça, só armas podem ser usadas em busca de pão. Para um consórcio com a Terra bastaria o trabalho e as sementes; com a indústria, seu fomento e incentivo; mas, agora, as fortunas gastas na aquisição e produção de armamentos precisam “dar frutos”.

Quando, fronteiras nacionais sequer existiam, e, cada qual pelejava pelo espaço desejado, em parte, as guerras faziam sentido. Agora, com limites assentados, cada nação soberana dos seus domínios, sempre são razões econômicas, comerciais, eufemisticamente chamadas de “estratégicas” que as patrocinam. Sejam iniciadas pelos Americanos, pelos Russos, Chineses, ou, como agora, pelos Norte-coreanos.

Contudo, o mesmo Tiago diz: “Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia...” cap 3;5 Às vezes, o tiro sai pela culatra. Invés de nascerem acordos que lhes beneficiariam em troca da não produção de armas nucleares como aconteceu já, nalguns casos, como o Irã, pode ser que a comunidade internacional reunida na ONU decida pagar para ver.

Gigantes bélicos e econômicos como China e Rússia tendem a tomar lado oposto aos americanos e aliados europeus. Feito isso, o cenário estará pronto; o circo em chamas, a morte alugando celeiros; a loucura ostentando seus excessos de posses.

Infelizmente as robustas asas da tecnologia em questões de sabedoria ficam mui aquém do “voo da galinha”. O homem domina a técnica, os meios, mas, ainda é escravo das paixões; aprisionado a tais “algemas” segue criando mais do mesmo, como dissera Salomão: “O que foi, isso é o que há de ser; o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.” Ecl 1;9

O projeto original era coexistência harmoniosa em submissão ao Criador; o “fato novo” proposto pelo traíra onde todo mundo virou “deus” ensejou a competição entre iguais, e nos lançou, pela negação do Absoluto, na absolutização das paixões; cada um julga seu direito aquilo que gosta, deseja, a despeito dos direitos alheios.

Enquanto o “Homo Instintus” não reconhecer que é uma “deidade” falida, que necessita perdão, adoção e regeneração, pelo Deus Vivo, seguirá endeusando suas comichões insanas, pisando outros “deuses” invés de se ajoelhar perante O Único.

De um cenário de guerra deverá surgir certo “pacificador” global que enganará a todos os que se alienaram do “Príncipe da Paz”, fazendo as vontades daquele que deseja a destruição, as guerras. Depois de três anos e meio de “paz” mostrará enfim, a que veio. Exigirá adoração como se, Deus; e matará quem recusar.

Contudo, o mundo está tão afinado com o engano, que detesta verdade e aplaude seus próprios feitores. Negar a si mesmo e tomar a cruz é a única “luta” que nos reconduz a Deus. Contudo, fracotes que não conseguem vencer a si mesmos devaneiam que poderão lutar contra Deus.

Cada não, ao Evangelho é uma “bomba testada”, uma vanglória suicida. A guerra pela vida só vencerá quem tiver como Líder, O Senhor dos Exércitos. Enquanto o mundo bravateia mentiras e propaganda, O Senhor segue Fiel à Verdade. Escolhamos nosso lado.

sábado, 11 de outubro de 2014

Força da sabedoria



“Ou qual é o rei que, indo à guerra pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede condições de paz.” Luc 14; 31 e 32 

O Salvador evoca a figura de um rei prudente, que, na iminência de uma guerra, além de reconhecer os próprios limites conhece o poderio do adversário.  Tal, disse, vai à luta se tem possibilidade de vencer, senão, negocia paz, submete-se. 

Ainda que a incidência das guerras tome teatros amplos, a origem, como ensina Tiago, está na cobiça alojada no coração humano. De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” Tg 4; 1 

Aqui está uma guerra que frequentemente perdemos. A luta contra as cobiças que combatem em nosso interior. Com qual exército iremos contra elas? Temos condições de vencê-las, ou, carecemos negociar a paz?  Mas, a paz com os desejos naturais, que equivale ao mundo, não nos coloca em guerra contra Deus? Sim, o mesmo Tiago escreveu: Adúlteros e adúlteras; não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4 

Assim, gostemos ou não, necessariamente estamos em conflito, dada a dualidade de forças espirituais antagônicas que nos cerca. Ou estamos nos braços do pecado e em guerra contra Deus; ou, à Sombra do Altíssimo em conflito com o mundo. Porventura não tem o homem guerra sobre a terra? E não são os seus dias como os dias do jornaleiro?” Jó 7; 1 

De qualquer forma, uma declaração de guerra ainda é preferível à sentença de morte; naquele caso, se pode até vencer; nesse, nada resta a fazer. Foi o caso da mensagem entregue à Nínive, mediante Jonas. Quarenta dias mais e a cidade será destruida. 

Não havia exército a arregimentar, ou, logística a preparar, pois, contra Deus a luta é impossível. Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21; 30 

Tanto é impossível pelejarmos contra Ele, quanto, nas nossas guerras horizontais, em última análise, o Eterno é quem escolhe o vencedor.  “Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do Senhor vem a vitória.” Prov 21; 31

O Rei de Nínive, porém, convocou humilhação e arrependimento para sonhar com alguma possibilidade; “Esta palavra chegou também ao rei de Nínive;  ele levantou-se do seu trono,  tirou de si as suas vestes, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza. E fez uma proclamação que se divulgou em Nínive, pelo decreto do rei e dos seus grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem se lhes dê alimentos, nem bebam água;” Jn  3; 6 e 7 
O Eterno agradou-se de tal postura de humildade e cancelou o juízo, pois, grande é Sua misericórdia .   

Davi, em seus dias, também preferiu “lutar” contra Deus, a enfrentar inimigos humanos, dado que esses são impiedosos e o Eterno, Benévolo. “Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu.” II Sam 24; 14 

Nem sempre identificamos as causas de nossos conflitos, e, não raro, estando em atrito com Deus, buscamos amparo humano, não Nele. Israel fez assim em tempos idos. Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim; que se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado; descem ao Egito sem pedirem meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, para confiarem na sombra do Egito. Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha; a confiança na sombra do Egito em confusão.” Is 30; 1 a 3 

O desafio de Cristo, enfim, é que lutemos contra o único que nos pode fazer mal, em última análise, nosso ego obstinado que não coexiste com a submissão ao Santo; precisa morrer.  Eis a vitória da cruz!   

Então, somos chamados a vencer não arregimentando forças, antes, enfraquecendo em nós e dependendo do Forte e Poderoso que venceu a morte. “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia  tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” 

Acostumamos a aquilatar poder via força; Deus nos desafia a vencermos mediante sabedoria. “Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força...  Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém, um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9; 16 e 18