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domingo, 21 de dezembro de 2014

Eu tenho a força!



“Bem aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Salm 84; 5 

A integridade desse venturoso é figurada como sendo um caminho plano; o método para chegar a isso, a dependência; força, em Deus.  Como a queda humana resultou após o brado de independência, “Vós mesmo sabereis o bem e o mal”, nada mais natural que a restauração comece aí. 

Se, é certo que somos extremamente frágeis, a ponto de um micróbio qualquer nos poder tirar a vida, somos presunçosos como se nossa força fosse imensa; na linguagem atual, diria que o ser humano é sem noção. Consideramos fortes as coisas imanentes, palpáveis, materiais... as espirituais, mera abstração, crendice; refúgio dos fracos. Esses “montes” desfiguram os caminhos da Sabedoria no coração humano.

Israel vivenciou na pele, quando, invés de confiar no Seu Deus, ante, iminente perigo buscou auxílio nos exércitos de Faraó. “Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim;  que se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado;  descem ao Egito, sem pedirem o meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, para confiarem na sombra do Egito. Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha; a confiança na sombra do Egito, confusão.” Is 30; 1 a 3 

A razão de ser insana tal busca, era, justo, por buscarem no domínio material o que reside na dimensão espiritual. “Porque os egípcios são homens, não Deus; os seus cavalos, carne, não espírito; quando o Senhor estender a sua mão, tanto tropeçará o auxiliador, quanto cairá o ajudado, todos juntamente serão consumidos.” Cap 31; 3 Parece perceptível que, a vera força reside na esfera espiritual. 

Assim, quando Deus promete realizar algo nesse âmbito está usando o que de mais forte possui; “E respondeu-me, dizendo: ... Não por força nem por violência, mas, pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina; porque ele trará a pedra angular com aclamações: Graça, graça a ela.” Zac 4; 6 e 7 O “monte grande” ante Zorobabel era oposição quando da reconstrução do Templo. 

Então, depender de Deus é mesmo refúgio de fracos; uma vez que esses têm Nele sua força; contudo, essa fraqueza abre caminho à operação do Todo Poderoso. “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, injúrias, necessidades, perseguições, angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12; 9 e 10 

A dependência confiante no Santo é que faz fortes seus servos. Alguns desajeitados com a interpretação bíblica afirmam que Sansão tinha força nos cabelos; quando, os cabelos intactos era apenas parte do pacto de nazireu que exigia consagração a Deus, para que Seu Espírito nele atuasse. Cortado o cabelo, rompido o pacto; feito isso, o Espírito de Deus o deixou só. “E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. Despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, me sacudirei. Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele.” Jz 16; 20  Doentia presunção, seduzido pela ardilosa Dalila. 

Em suma, qualquer de nós que, presumir-se forte, no fundo, “corta os cabelos” e Deus se afasta. Quando protestava sua inocência, Jó esquivou-se de ter feito isso. E meu coração se deixou enganar em oculto, a minha boca beijou a minha mão, também isto seria delito à punição de juízes; pois assim negaria a Deus que está lá em cima.” Jó 31; 27 e 28. Forma poética de dizer: Se presumi que meus bens derivavam da força de meu braço invés da bondade de Deus. 

Ademais, enfraquecer a ponto de “negar a si mesmo”, demanda uma força que a maioria não possui. A que vale, nos domínios espirituais.

Embora todos digam por aí: “também sou filho de Deus”, isso demanda um poder que só Cristo dá. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1; 12 e 13 

Ponhamos um forte na carne num contexto que demande sabedoria e o deixemos atuar; fracasso. Um sábio em Deus, em qualquer contexto terá a força ao seu lado. “Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9; 18

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Os jovens não pecam



“Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento; pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Atos 15; 24 a 26 

Esse incidente ocorrido no início da igreja encerra algumas coisas que vale considerar. Embora, os mais simplistas tendam a imaginar que, eventuais ameaças à marcha estejam do lado de fora, os divisores de então, “saíram dentre nós.” Quem está fora pode discordar, criticar, ignorar, mas, “lato sensu”, respeita a opção dos que creem.

Todavia, quando alguém de dentro, com espírito empreendedor, aventureiro, sem a luz necessária, decide “aperfeiçoar” o trabalho, temos problemas. 

Geralmente um neófito impetuoso, esse estágio, onde, os erros estão sempre nos outros. Sim, pecar exige certa maturidade; essa idade sóbria onde já não são os outros os culpados. Os novatos são perfeitos. 

Talvez, por isso, aos muitos predicados demandados para obreiros, Paulo tenha anexado esse: “Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.” I Tim 3; 6 Parece que a tentação primeira do novato é a soberba.   

No exemplo supra, não os encontramos comissionados, enviados; antes, saíram espontaneamente, auto enviaram-se; foram “consertar” o trabalho alheio. Seu fruto? “Perturbaram com palavras”.  

Como é fácil investir-se em determinada empresa quando o “capital” necessário são apenas palavras! Todo mundo tem algo a dizer; desgraçadamente, quanto mais imbecil, mais falastrão. 

Salomão cotejou dois, aliás, o que tem “bala na agulha” e o que tem agulha apenas. “O que possui o conhecimento guarda as suas palavras, o homem de entendimento é de precioso espírito.” Prov 17; 27 Por outro lado, “O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada  seu coração.” 18; 2 

Ele tenta pacificar a distância entre ambos aconselhando ao segundo que exiba um traço, pelo menos, do primeiro. “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” 17; 28 Ocorre-me sempre, nesses casos, um provérbio indianos que diz: “Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio.” As palavras destes sempre são piores; desconhecem limites. 

Entretanto, sua entrada às igrejas da Ásia para consertar erros ausentes acabou criando problemas que, agora sim, precisavam conserto. Seus enganos disseminados precisavam ser desfeitos. 

Os escolhidos e comissionados para a devida correção tinham  traços dignos de nota: “Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Uma pequena diferença. Enquanto uns “reformadores” se dispõem a gastar palavras vãs pela causa, outros, ousam expor as vidas. Quais seriam dignos de crédito? 

Nesses dias de facilidades tecnológicas, cada um é rei no alto do castelo virtual coroado de presunção. Cheia está a “nuvem” de ensinos os mais absurdos e estúpidos. Hoje, sequer neófito precisa ser o sujeito, mesmo não convertido, pode espalhar amplamente sua “visão” poluindo o trabalho de homens sóbrios que trazem cicatrizes pela causa do Mestre.

Mas, como também lanço mão do universo virtual para difusão de gotículas de ensino, quem garante que não sou dos tais, mero paroleiro que investe só palavras no Reino? Ninguém. 

Isso está delegado ao paladar de quem lê; de ter, o tal, discernimento ou não depende o dirimir eventual dúvida. “Porventura o ouvido não provará as palavras, como o paladar prova as comidas?” Jó; 12; 11 As palavras daqueles produziram perturbação na igreja. E, “pelos frutos se conhece a árvore”. 

Ademais, quem vê a Obra de Deus sob o prisma da seriedade, responsabilidade, não se apresenta espontâneo; quando convocado teme, como fizeram Moisés, Isaías, Jeremias... Se, alguém logo se voluntaria para algo tão sério e perigoso, de duas uma: é mal intencionado, carreirista que vê a coisa como fonte de renda, vantagens, poder; ou, é um grande imbecil, sem noção. Em ambos os casos, nenhum serve. 

O Eterno não chama pessoas para darem trabalho; antes, para que façam o devido trabalho. 

Quando do Êxodo, veio junto uma mistura de gente que, à primeira adversidade seu anelo era volver ao Egito; desses se diz que deixaram ao Egito, mas, o Egito os não deixou. 

Na igreja também temos um “populacho” que diz ter abandonado aos “valores” do mundo, mas, quer “contribuir” com esses meios, uma vez que o mundo ainda está neles. 

Os sábios respondem à chamada de Deus de modo a não voltar atrás, como fez Eliseu quando Elias o buscou. Matou os bois e queimou as tralhas de arar, veio pra ficar. Meninos cansam cedo, e buscam brinquedos novos.

sábado, 11 de outubro de 2014

Força da sabedoria



“Ou qual é o rei que, indo à guerra pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede condições de paz.” Luc 14; 31 e 32 

O Salvador evoca a figura de um rei prudente, que, na iminência de uma guerra, além de reconhecer os próprios limites conhece o poderio do adversário.  Tal, disse, vai à luta se tem possibilidade de vencer, senão, negocia paz, submete-se. 

Ainda que a incidência das guerras tome teatros amplos, a origem, como ensina Tiago, está na cobiça alojada no coração humano. De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” Tg 4; 1 

Aqui está uma guerra que frequentemente perdemos. A luta contra as cobiças que combatem em nosso interior. Com qual exército iremos contra elas? Temos condições de vencê-las, ou, carecemos negociar a paz?  Mas, a paz com os desejos naturais, que equivale ao mundo, não nos coloca em guerra contra Deus? Sim, o mesmo Tiago escreveu: Adúlteros e adúlteras; não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4 

Assim, gostemos ou não, necessariamente estamos em conflito, dada a dualidade de forças espirituais antagônicas que nos cerca. Ou estamos nos braços do pecado e em guerra contra Deus; ou, à Sombra do Altíssimo em conflito com o mundo. Porventura não tem o homem guerra sobre a terra? E não são os seus dias como os dias do jornaleiro?” Jó 7; 1 

De qualquer forma, uma declaração de guerra ainda é preferível à sentença de morte; naquele caso, se pode até vencer; nesse, nada resta a fazer. Foi o caso da mensagem entregue à Nínive, mediante Jonas. Quarenta dias mais e a cidade será destruida. 

Não havia exército a arregimentar, ou, logística a preparar, pois, contra Deus a luta é impossível. Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21; 30 

Tanto é impossível pelejarmos contra Ele, quanto, nas nossas guerras horizontais, em última análise, o Eterno é quem escolhe o vencedor.  “Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do Senhor vem a vitória.” Prov 21; 31

O Rei de Nínive, porém, convocou humilhação e arrependimento para sonhar com alguma possibilidade; “Esta palavra chegou também ao rei de Nínive;  ele levantou-se do seu trono,  tirou de si as suas vestes, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza. E fez uma proclamação que se divulgou em Nínive, pelo decreto do rei e dos seus grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem se lhes dê alimentos, nem bebam água;” Jn  3; 6 e 7 
O Eterno agradou-se de tal postura de humildade e cancelou o juízo, pois, grande é Sua misericórdia .   

Davi, em seus dias, também preferiu “lutar” contra Deus, a enfrentar inimigos humanos, dado que esses são impiedosos e o Eterno, Benévolo. “Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu.” II Sam 24; 14 

Nem sempre identificamos as causas de nossos conflitos, e, não raro, estando em atrito com Deus, buscamos amparo humano, não Nele. Israel fez assim em tempos idos. Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim; que se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado; descem ao Egito sem pedirem meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, para confiarem na sombra do Egito. Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha; a confiança na sombra do Egito em confusão.” Is 30; 1 a 3 

O desafio de Cristo, enfim, é que lutemos contra o único que nos pode fazer mal, em última análise, nosso ego obstinado que não coexiste com a submissão ao Santo; precisa morrer.  Eis a vitória da cruz!   

Então, somos chamados a vencer não arregimentando forças, antes, enfraquecendo em nós e dependendo do Forte e Poderoso que venceu a morte. “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia  tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” 

Acostumamos a aquilatar poder via força; Deus nos desafia a vencermos mediante sabedoria. “Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força...  Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém, um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9; 16 e 18