“Vinde meninos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor.” Sal 34;11
Os meninos podem ser biológicos, psicológicos ou espirituais.
O primeiro caso, a idade. Alguém, ainda, na idade do aprendizado, que deve ser aproveitada, para neles incutir valores. “Instrui o menino no caminho em que deve andar; até quando envelhecer, não se desviará dele.” Prov 22;6
O ensino na infância, seja para o bem, seja para o mal, fica como que, impregnado na alma. Jeremias cita os que aprenderam o vício invés da virtude; figura isso como se fosse parte do ser, a própria pele dos ensinados; “Porventura, pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então, podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23
O menino psicológico é o que, mesmo tendo tempo, idade adulta, por negligência, se recusa a crescer, fazendo figurar no gráfico da sua alma, o upgrade necessário; entendendo que é hora de assumir responsabilidades maiores, interpretar no teatro da vida, um melhor script que aquele pertinente à infância.
De uns que, malgrado o decurso do tempo, preferiram seguir psicologicamente infantes, pela negligência em abraçar A Palavra de Deus como diretriz normativa para viver, foi dito: “Porque, devendo ser mestres pelo tempo... necessitais de leite... qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na Palavra da justiça, porque é menino.” Heb 5;12 e 13
Se, a simplicidade de uma criança nos é recomendada pelo Salvador, isso é atinente à humildade, e à índole ensinável que devemos ter; entretanto, no prisma do entendimento podemos mais; Paulo resume numa sentença o que convém: “... sede meninos na malícia, e adultos no entendimento.” I Cor 14;20
Por último, o menino espiritual. Aos que colocavam dons como aferidores de estatura espiritual, (o simples disputar isso já é infantil) Paulo colocou o amor como mais importante que os dons, e mencionou sua infância naturalmente superada, pretendendo emular seus leitores a crescer também; disse: “Quando eu era menino falava como menino, sentia como menino, discorria como menino; mas quando me tornei homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11
Outro traço que mostra a meninice espiritual é a inconstância doutrinária; qualquer novidade soa atraente ao menino, invés da novidade de vida que devem evidenciar os que passam a pertencer ao Senhor. Preceituando a edificação como necessária, Paulo explica um dos motivos: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que pela astúcia agem fraudulosamente.” Ef 4;14
Se tratando de ministério, salvaguardada a Divina Soberania que pode usar a quem quiser, quando e onde quiser, não devemos tratar à meninice de modo diferente do que ela é. O conselho para as coisas de nossa iniciativa, veta que se coloque a inexperiência, como autoridade sobre os mais vividos. Da separação de ministros, Paulo Diz: “... não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia nas ciladas do Diabo.” I Tim 3;6
Está havendo uma danosa inversão nesses dias; meninos em todos os sentidos, são colocados em lugares de pregadores; invés de ser instrumentos de ministração da Palavra da Vida, começam a “revelar macumbas” e ver “varões de branco”, ante plateias incautas que, vergonhosamente pagam aos tais para que esses os enganem.
Quando O Eterno usar a alguém precocemente, não carecerá muito barulho; os próprios frutos evidenciarão que O Pai está no negócio.
Ninguém precisa de reveladores fajutos, adivinhadores de CPFs e similares. O Capeta já fazia coisas assim no início da Igreja e levou um pé na bunda por isso. Ver Atos, cap 16
O que a Igreja carece urgente é de intérpretes idôneos da Palavra, que a conheçam e vivam. “Revelar” invejas e macumbas, até as ciganas fazem.
Um ministro idôneo não atrai público, necessariamente; poderá pregar para igrejas lotadas, mas, saberá que não é estrela, nem motivo para a presença, dos que ali estão; antes, Cristo É.
Essa invasão da puberdade, nos púlpitos e na mídia, já é um derivado de uma safra de pastores sem zelo, que se preocupam mais com frequência que com fidelidade. Quem disse que um templo repleto é sinal necessário de bênção? Um pirralho desses, por causa da febre da fama que contamina incautos, pode atrair muitos.
José foi exaltado no Egito com trinta anos; Gn 41;46 O ministério dos levitas exigia a plenitude do vigor e maturidade, de 30 a 50 anos; Num 4;3. Cristo começou Seu Ministério com essa idade. Luc 3;23 deve haver uma razão para isso.
A sadia mensagem do Evangelho carece duma gravidade que, em geral, a juventude desconhece. Jovens, sois bem vindos na casa do Pai! “Vinde meninos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor.”
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