“Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6
A confiança irrestrita no Senhor, embora saibamos que é a coisa certa a fazer, para os que creem, nem sempre é muito fácil de ser praticada.
Usamos confiar em nossos parcos entendimentos, deixando a Luz Divina como um ornato de fachada, uma decoração natalina que reluz por fora; no fundo, inda resistimos autônomos.
Tendemos a pensar que vemos bem, mesmo estando no escuro. Quando nossa percepção limitada das coisas toma a dianteira, acabamos desprezando O Divino conselho e abraçando ao da oposição. Sim, foi o Capiroto que sugeriu que poderíamos agir como se fôssemos deuses. Essa mudança de diretriz, por bem intencionada que seja, nos faz incorrer em maldição, por colocarmos a confiança em nós mesmos, nas coisas que deveríamos confiar no Eterno.
“... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” Jr 17;5 e 6
Estamos habituados a confiar em fontes costumeiramente falhas; nossas percepções naturais, da vida. Uma renúncia cabal é necessária, “negue a si mesmo”, para que, pouco a pouco passemos a pensar os pensamentos de Deus, depois de os ter aprendido pela Sua Palavra.
“reconhece-o em todos os teus caminhos...” A expressão reconhecer, traz a ideia de conhecer novamente. Quando aprendemos a aversão Divina para com a mentira, por exemplo, no campo teórico conhecemos essa nuance do Divino pensar; todavia, se nalguma circunstância uma mentira soar vantajosa, ou, ao menos poupar algum desconforto, seremos tentados a incorrer nela. Antes de cometermos esse erro, nossa consciência nos lembrará o que já conhecemos sobre a Vontade do Pai; seremos desafiados a reconhecer; isto é: Conhecer de novo, agora, no teatro das ações, aquilo que já conhecemos no campo teórico, do intelecto.
Afinal, por maiores que sejam as “vantagens” de um agir ímprobo, nenhuma compensará nos indispormos com O Espírito Santo, que, foi dado para nos santificar e ensinar as veredas da vida, segundo Deus.
Devemos conhecer os preceitos Santos na hora do aprendizado; reconhecê-los no momento de escolher caminhos. “Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.”
A conversão é mais radical que concordar com alguns aspectos do Divino propósito, e nos outros seguir à nossa maneira. Mesmo se dispondo a perdoar, o que quer que tenhamos feito de errado, O Senhor demanda uma entrega irrestrita; um abandono de nosso raso modo de pensar, para então, sermos guindados às alturas, pela Divina misericórdia.
“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;7 a 9
Os profanos da “Teologia Liberal” que falam em “atualizar” À Palavra de Deus, tratam ao Eterno como se Ele estivesse em fase de aprendizado, observando-nos e aprendendo com nossas escolhas; francamente!!
Paulo foi categórico quanto a alguma dúvida entre os pensares humanos e os Divino: “Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está escrito: para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.” Rom 3;3 e 4
São as vontades humanas e sua punção em nós, que tolhem o conhecimento da Divina; daí, a necessidade de uma ruptura com elas para acessarmos os Santos Pensamentos; “... apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2
Davi foi chamado de homem “segundo o coração de Deus.” Malgrado, fosse um pecador como nós. Ora, segundo é aquele que vem após o primeiro. Quando Deus fala conosco para que deixemos o nosso modo errado de viver, e adotemos doravante, Suas diretrizes, se assim o fizermos, também agiremos segundo Ele.
Ele se responsabiliza por endireitar nossos caminhos, com a nossa anuência; jamais, contra nossa vontade. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;7
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