quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Íntimos de Deus


“Servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.” Atos 13;2

Interessante o relato! não menciona nenhum apóstolo, ou profeta como o veículo usado para manifestação; “disse O Espírito Santo.” Óbvio que o fez mediante alguém! Mas a comunhão era tão intensa, que não havia lugar para partidarismos, egoísmos, essas doenças tão comuns, onde pessoas superficiais visam para si a Glória que pertence ao Eterno.

Muitas “Igrejas” têm um proprietário humano, quando não, uma convenção, que, periodicamente mexe os pauzinhos, atentando a politicagens, nepotismos e conveniências humanas, invés da necessária consulta a quem os rebanhos pertencem.

Apadrinhados sem preparo, sem uma vida digna, ocupam lugares altos. Não poucos de vidas consagradas, testemunho probo e almas preparadas são preteridos, pois, o “Espírito Santo” não os vê.

Na igreja infante já havia voluntarismo de gente que Deus não chamara, que se punha a estragar o trabalho alheio. Hoje a proporção é assustadora.

Paulo sofreu muito com isso; certa vez algumas questões tiveram que ser tratadas num concílio apostólico. A resolução descartava aos voluntários e seus ensinos; dizia: “Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a Lei, não lhes tendo nós dado mandamento, pareceu-nos bem, reunidos em acordo, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que já expuseram suas vidas pelo Nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas.” Atos 15;24 a 27

Como sabiam que Paulo, Barnabé, Judas e Silas anunciariam as mesmas coisas? Serviam no mesmo Espírito estavam imbuídos do mesmo propósito, participaram todos da decisão comum. É o modo do Espírito Santo agir; diversidade de dons e pessoas, unidade de propósito.

Disputas periféricas de igreja a x b, de fulano que passou daqui para a acolá; beltrano migrou da lá para cá, são tristes recortes do egoísmo e insubmissão a Deus, não algum progresso da Igreja do Senhor, que não se prende às predileções particulares.

Há mais “despregadores” do Evangelho, que pregadores. Sempre tem um ateu que conhece grego e hebraico, com seus “argumentos” fundados sobre a areia movediça da própria incredulidade; outro que “descobre” livros que a “Igreja escondeu” e claro, ensinariam coisas totalmente desconexas com A Palavra; não poucos, que testemunham decepções que viveram no meio cristão; portanto, se tornaram “desigrejados;” os que passaram a consumir porções de “Teologia liberal” invés da Pura Palavra de Deus e se fizeram expoentes das aberrações que consumiram; deixaram a Sã doutrina e se desencaminharam, etc.

O que todos têm em comum, é que nenhum foi chamado pelo Espírito Santo; se foi, um dia, separou-se e perdeu o rumo; isso os “frutos” produzidos, deixam ver.

Os dons espirituais não são brinquedos aleatórios, antes, ferramentas para laborar com um propósito específico; “Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12;6 e 7

A comunhão necessária com Deus, nos permite uma identidade afetiva até; pouco a pouco aprendemos a amar o que Ele ama, e desprezar o que O Santo despreza. Essa identidade “atrai” O Espírito Santo, de modo a se expressar mais vivamente por nosso intermédio; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.” Sal 45;7

Objetaria um intérprete qualquer: Mas esse texto se refere a Jesus; certo. Mas, não fomos chamados para sermos imitadores Dele?

Os que prezam estar com O Santo, vivendo em temor e obediência, se fazem íntimos Dele, a ponto de receber revelações especiais. “O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14

No caso de um assim, estar em posição influente na Obra de Deus, acaso não lhe diria O Espírito Santo, a quem teria escolhido e para fazer o quê? Não foi O Espírito que perdeu a aptidão para dirigir, ou a condição de falar; mas muitos “líderes”, não O conseguem ouvir mais.

Infelizmente, muito do que se pretende igreja, se institucionalizou e virou empresa, assunto de homens apenas.

Graças a Deus as coisas nem sempre são tão ruins como nos parecem; quando Elias se sentiu só, O Senhor garantiu que havia mais sete mil fiéis.

Como são preciosos aqueles que, nessa ou naquela denominação, temem a Deus e nada acrescentam à Sua Palavra. O Espírito Santo os pode enviar onde aprouver, e falarão todos, as mesmas coisas.

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