sábado, 12 de outubro de 2024

Malafaia, a vergonha


“... não pense de si mesmo além do que convém...” Rom 12;3

Muitos estão decepcionados com as recentes declarações de Silas Malafaia, que falou duras coisas contra Jair Bolsonaro.

Eu não estou decepcionado por algumas razões; a primeira e mais grave é o conhecido “mimetismo” político do referido pregador. Já “abençoou” Lula, Dilma, Temer, antes do Jair. Se estiver vislumbrando alguma chance em Tarcísio para 2026, nada mais natural que comece sua migração. Trata-se de um parasita dos poderosos, não um referencial moral e espiritual como deveria ser.

Diferente de João Batista, que segundo Jesus, não era “uma cana agitada pelo vento”, ele iça suas velas segundo as correntes. Gente venal assim, para meus parâmetros não vale nada.

Se souber que escrevi isso, certamente dirá: “Quem éss tu na fila do pão? Eu faço esse negócio há maiss de trinta anoss!” Quando lhe convém usa fama como “argumento” e longevidade como “testemunha”; embora, a função pareça mesmo um negócio, ao tal.

Quando são atitudes, evidências do caráter, que estão em apreço, apenas essas devem ser analisadas. Há muitos “influencers” com milhões de seguidores que não valem um prato de lentilhas. O imbecil coletivo não arrasta os valores para o âmbito da imbecilidade. Assim como, preço e valor são coisas distintas, também, sucesso e anonimato, nada têm a dizer em questões de caráter. Quem és tu? Um bicho que se recusa ser camaleão.

Escolher uma “jornalista” como Mônica Bérgamo para falar, piora muito as coisas. Notória militante comunista, parcial, desonesta intelectual, quando convém à “causa”. Não satisfeito de produzir “M”, fez questão do auxílio do ventilador. De uma baixeza moral assustadora.

Ele está pensando de si mesmo muito acima do que convém. Quem disse que algum candidato carece do apoio dele para ser eleito? Não foi ele que tirou o Marçal do segundo turno, malgrado, toda a campanha difamatória que promoveu. O mesmo sistema que “elegeu” Lula definiu o resultado em São Paulo.

Dada a aversão que a maioria dos cristãos têm ao tal, mais repele votos, que os atrai. Se, como pastor serviu de apoio pontual ao Bolsonaro em momentos difíceis, deveria ter sido leal e guardado isso como “segredo de confessionário”; não lançado ao vento como fez. Porém, no prisma político, não foi de valia nenhuma ao Bolsonaro, que conquistou o que conquistou, apesar dele, não, por causa dele.

Se eu tivesse acesso ao Jair, diria que mantivesse distância segura desse “apoiador”; no prisma espiritual há melhores que ele; que aconselhariam sem o expor; no político, não fariam perder votos como o falastrão em apreço, faz.

Não sou radical a ponto de esposar que um cristão não se envolva em política. Quando os de bom caráter se recusam acabam, necessariamente, governados pelos maus. Somos cidadãos dos Céus e da terra. Cada coisa, pois, no seu lugar. “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” Não usamos o púlpito para candidatos pedirem votos, tampouco pedimos, para esse ou aquele; mas os que vêm a nós em busca de oração, e apoio espiritual, encontram.

Se um lado defende valores com os quais os cristãos se identificam, natural que nos identifiquemos. Não é isso ser coerente? O que são as obras da fé, senão, agirmos consoante ao que cremos?

Há muitas fés “walking deads” por aí; dos que afirmam crer em algo, e votam nos que defendem o oposto. Gente que não merece respeito e sabe disso; seus olhos os denunciam, quando encontram alguém verdadeiro. Suas “vitrines baças” mostram que sabem o que fizeram, não conseguem ser espontâneos. O homem que trai a si mesmo dorme com o inimigo e anda sempre em má companhia.

Agora abraçar ao verde hoje, ao vermelho amanhã, ao roxo mais adiante, não é participar de política, simplesmente. Antes, participar no subsolo dos valores, abraçando ao que a má política tem de pior; fisiologismo, jogo de interesses, corrupção.

Não me dá nenhum alento, antes, tristeza ter que falar assim de alguém que um dia me pareceu ser alguma coisa de valor. Deixem esse pavão entregue a si mesmo, o único ser que ele respeita.

Se aplicássemos ao Silas a “regra” aquela de comprar pelo que vale e revender pelo que pensa que vale, nossa fortuna nos faria figurar na revista Forbes; colocaríamos o Elon Musk no bolso.

Certas “bênçãos” é melhor não ter; quando a origem é naqueles que desonram a Deus; “Se não ouvirdes e se não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao Meu Nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós e amaldiçoarei as vossas bênçãos; também já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Ml 2;2

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