quarta-feira, 2 de outubro de 2024

As escolhas


“Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor a resposta da língua.” Prov 16;1

Quer o homem admita, quer não, Deus preside sobre suas escolhas. As coisas que se alinham ao Divino querer, óbvio, são expressões da Sua Santa Vontade; as demais, da Sua permissão, que na nossa saga de arbitrários, faculta que as façamos.

Nosso horizonte é mui módico, se comparado ao Divino. Somos imediatistas; supomos que nossa visão de mundo abarca a verdade, e nossa opção, uma vez exercida, é a melhor; em geral, porque é nossa, não por algum outro valor qualquer. 

Quem se acostumou a um relacionamento com O Eterno, usa ir além das predileções. Pondera valores a buscar, a evitar, tudo pelo alinhamento desses à Revelação Divina, ou, pela desconexão, no caso dos evitáveis.

O Eterno prescreve um “ai” aos defensores da inversão de valores; como uma campainha soando, a advertir do juízo que incidirá sobre os que se dão a isso. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

“Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas O Senhor pesa o espírito.” V 2

Mais profundo que o alcance dos olhos, O Senhor sonda o espírito, a intenção, a motivação subjacente às escolhas que fazemos. Se essas soarem probas aos Olhos do Santo, há boas chances que sejam abençoadas, com resultados venturosos. Se não, melhor que nem se realizem, sob pena de fazerem um depósito nefasto para nosso porvir, como disse Paulo; “Mas, segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

Assim, todo o homem prudente decide orar, consultar a Deus, antes de externar suas escolhas tangentes às incidências cotidianas, na terra dos homens.

A Palavra ensina: “Confia no Senhor de todo o teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago, medula para os teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Se, mantivermos um relacionamento sadio com o Pai, eventualmente Ele nos fará saber coisas pelas quais sequer oramos. Ele honra nossa condição de amigos Seus, e nos conta aquilo que acha que precisamos saber. Tanto as que Ele deseja que aconteçam, quanto, outras que fazem em oculto, os que se opõem ao Divino querer. “O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; Ele lhes mostrará a Sua Aliança.” Sal 25;14

Não raro, o homem que teme a Deus, quando fecha seus olhos para o descanso, tem os olhos espirituais abertos, e recebe instruções que nem estava esperando.

Se, as preparações do coração, estritamente do homem, carecem passar pelo crivo da aprovação Divina, antes de saírem à luz, as que vertem de um coração acostumado a agir segundo Deus, já saem à luz com o selo da aprovação Divina, pois, vieram da Bendita inspiração.

Nossa natureza tende ao egoísmo, a absolutização das nossas vontades. A visão do alto contempla o todo, e a despeito de nossas conveniências imediatas, nos mostra por onde convém andar. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Diferente de alguns “cultos alternativos” que existem por aí, para O Todo Poderoso, não se oferece algum amontoado de “guloseimas” em troca de um favor, mesmo que esse contrarie a vontade Dele. Antes, você vive um relacionamento com Ele, no qual, o querer do Altíssimo determina o seu, e então, não precisas de encruzilhadas pontuais; você tem um caminho que pauta seu dia a dia.

Dizer as palavras certas, eventualmente, qualquer um consegue; mas Aquele que sonda os espíritos, que É Rei dos Reis, seria ludibriado no raso império das falácias? “Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e meu deitar; conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.” Sal 139;2 a 4

Enfim, mesmo se declarando cristão, alguém, por imprudência, falta de comunhão com O Senhor, poderá receber um sonoro não! quando, Aquele que sonda os espíritos decidir sobre as escolhas feitas. Porque “... falei e não escutaram; mas fizeram o que era mau aos Meus Olhos, escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer.” Is 66;4

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