sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Distância Segura



“Para fazer diferença entre imundo e limpo...” Lev 11;47

Após uma série de orientações sobre alimentação e higiene, veio o motivo; diferir o imundo do limpo.

As restrições dadas aos Levitas tinham um aspecto espiritual anexo; “... havia um muro em redor, de quinhentas canas de comprimento, e quinhentas de largura, para fazer separação entre santo e profano.” Ez 42;20 Com responsabilidades sacerdotais deveriam manter certo isolamento geográfico. A visão de Ezequiel deixou patente a distinção.

Separação; palavra quase maldita na “sociedade inclusiva” atual; mas, sempre foi demanda para muitas coisas atinentes à Santidade Divina. Quando Chamou Abrão, a primeira ordem foi uma “ruptura social”; “... Sai-te da tua terra, da tua parentela, da casa de teu pai, para a terra que Te mostrarei.” Gn 12;1

Foi por fazer algo profano, que Belsazar, no auge da soberba, quando tratou de modo vulgar, vasos de Deus, sofreu trágicas consequências. “Tu, Belsazar... Te levantaste contra o Senhor do céu; pois, foram trazidos à tua presença os vasos da casa Dele; tu, teus senhores, tuas mulheres e concubinas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;22 e 23

Mesmo o ensino requer dos mestres uma separação das coisas ímpias, senão, o mero vociferar textos santos sem compromisso com eles aumenta nossa culpa; “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” Tg 3;1

O Eterno questiona: “... Que fazes tu em recitar Meus estatutos, tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele; tens tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal; a tua língua compõe engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Te arguirei e as Porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16 a 21

A santidade está deteriorada; já há sites especializados em denunciar escândalos nas igrejas; por certo esses são instrumentos de Deus, que julga provisoriamente expondo-os; “... Porei por ordem diante dos teus olhos.” Se algum se arrepender e mudar, ainda pode ter conserto; senão, perecerá mesmo avisado.

Embora o ecumenismo “inclusivo” que aglomera, seja a febre que grassa, a salvação sempre será um convite à separação; O Caminho é Exclusivo; “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

Devo me separar, até mesmo de mim; “Negue a si mesmo...” Como se faz isso? Mudando o modo pensar e consequentemente, de agir; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor...” Is 55;7 Doravante, os pensamentos do Alto devem sobrepor-se aos meus.

A negação da vontade natural é a “cruz” que nos cabe. É insano pensar que podemos fazer as coisas à nossa maneira e Deus será conosco. Cristo ensina: “... O Pai não me tem deixado só, porque Faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29

Quem se pretende de Cristo, pois, deve se dar ao mesmo esvaziamento. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

A dificuldade em se separar dos “chegados” que não se achegavam a Deus, limitava os coríntios; “... estais estreitados nos vossos próprios afetos.” II Cor 6;12

Muita “gente boa” deveria ser evitada, para sermos recebidos por Deus. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão tem luz com trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois templo do Deus vivente, como Ele disse: Neles Habitarei, entre eles Andarei; Serei seu Deus, eles serão Meu povo. Então saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e vos receberei; Serei para vós Pai, e sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” Vs 14 a 18

A existência de Céu e Inferno deveria bastar como argumento que, não é tudo igual.

E como disse Aristóteles: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.”

terça-feira, 14 de setembro de 2021

A Falta, da Omissão


“... que te falta comigo, que procuras partir para tua terra? Disse ele: Nada, todavia, despede-me.” I Rs 11;22

Davi destruíra Edom, mas, alguns fugiram pro Egito; entre eles, Hadade, que fora bem recebido na casa de Faraó, se tornara cunhado do soberano e vivia no palácio. Sabedor da morte de Davi e Joabe, decidiu voltar à sua terra.

Então a pergunta de Faraó; “O que te falta comigo que procuras ir para tua terra?” Mesmo admitindo que não faltava nada desejou voltar.

Faraó tinha lá sua lógica; normalmente uma empresa migratória surge patrocinada por alguma falta; como Elimeleque e Noemi migraram para Moabe, quando faltou o pão em Belém; ou, mesmo Jacó e sua descendência foi de Canaã para o Egito nos dias de José, por motivo semelhante.

Contudo, estando Hadade em meio à fartura, nada faltando, seu desejo de ir carecia uma explicação; o quê te falta? Os “bens” anelados pela alma humana nem sempre se resumem às coisas materiais. Desejos derivados de sentimentos, como amor e até ódio podem patrocinar grandes mudanças, de modo a deixarmos uma situação confortável em troca de outra menos vantajosa, se, o coração quiser.

Segundo o cronista que relatou a saga, era Deus levantando adversários a Salomão para puni-lo pela sua idolatria. “Levantou O Senhor contra Salomão um adversário, Hadade, o edomeu; era da descendência do rei em Edom.” V;14 “Foi adversário de Israel, por todos os dias de Salomão, isto além do mal que Hadade fazia; porque detestava Israel, e reinava sobre a Síria.” V 25

Então, além das causas vistas que podem ensejar mudanças, ainda concorre a Vontade Divina que pode “inclinar os ventos” para essa ou aquela direção. “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor, que o inclina a todo Seu Querer.” Prov 21;1

Os escritos sapienciais, não trazem verdades absolutas; derivam das observações de homens sábios, de como, as coisas geralmente acontecem. Deus não manipula fantoches; labora por persuadir à Sua Vontade, o que, com o próprio Salomão não funcionou, senão, não teria ele descambado para idolatria.

Parece que sentenciou a si mesmo: “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

Se, ante a fidelidade dos servos, O Eterno trabalha para cercá-los de paz, o outro lado da moeda também acontece; deixa que vicem adversários ante à impiedade. “Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até seus inimigos faz que tenham paz com ele.” Prov 16;7

No caso, os caminhos de Salomão desagradavam ao Eterno, então, até desafeições adormecidas terminaram a hibernação e voltaram ao viço, na estação favorável das emulações políticas. Hadade sendo edomita, Deus preparou caminho de modo que ele acabou no trono da Síria.

Infelizmente, faltas do coração e alma, têm sido desconsideradas nos lugares que deveriam ter primazia; as do ventre, essas coisas menores que podem ser obtidas por justos e injustos, mediante trabalho, ocupam seu lugar.

Paulo chamou aos viciados, proponentes disso, de “adoradores do ventre”; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e de novo digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, Deus é o ventre, e a glória é para confusão deles, só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

Então, invés de promotores de inclusão, feitores de “justiça social” como se pretendem, os que atuam como se fosse possível fundir comunismo e cristianismo, esses são “inimigos da Cruz de Cristo;” invés das renúncias às más inclinações, o negue a si mesmo, e câmbio dos pensamentos humanos rasteiros pelos Divinos, as pessoas são instadas a “cobrar seus direitos” invés de abandonarem seus vícios.

As culpas de Salomão que ensejaram adversidades a ele; nossas omissões no que tange ao conhecimento da Palavra, têm permitido viçar falsas profecias e doutrinas; o mau hábito de preferirmos o agradável ao verdadeiro tem dado asas aos que deveriam receber grilhões; os que produzem enganos. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Se aos fiéis as dores derivam, eventualmente, de longa espera por respostas de Deus, aos ímpios, seus desejos respondidos é que os amaldiçoa; rejeitando Deus e Sua Palavra, receberão “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10

À alma que “Tem tudo”, se ainda faltar Deus, falta tudo, perde-se.

domingo, 12 de setembro de 2021

A ciência que esconde


“Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;” I Cor 12;8

Circula alhures pretensa relação positiva entre bem e mal; seriam forças opostas amalgamadas e complementares; aquela balela da filosofia oriental do Yin e Yang; o peixinho branco com olho preto, recurvo contra o preto de olho branco num círculo.

Para essas correntes, o homem é “devedor” à serpente que teria aberto os horizontes da ciência, instando o casal edênico a comer do fruto proibido. O bicho não seria tão feio como o pintam. Prometeu trouxe fogo aos homens, diriam os gregos.

Acima vemos como dons do Espírito, (Santo) Palavra da Sabedoria e Palavra da Ciência. Resulta uma questão: Se, a serpente abriu as portas à ciência, por quê partículas da mesma teriam que ser doadas a alguns pela ação benévola do Espírito Santo?

Voltemos ao Éden. “O Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida; a Árvore da Vida no meio do jardim e a Árvore da Ciência, do bem e do mal.” Gn 2;9

A “Ciência” escondida, pois, era o conhecimento do bem e do mal. Antes da queda o homem conhecia o bem, tinha comunhão com Deus e paz.

O fato novo após a queda foi o conhecimento do mal; a invasão desse, na antiga habitação da inocência fez necessária a ajuda de uma pedagoga para entender o que se passava, a consciência.

Na primeira aula advertiu que eles fizeram mal em desobedecer ao Criador e que sobre eles pesava sentença de morte.

Então, Adão que prazeroso recebia ao Sumo Bem na viração do dia, de repente teve medo e se escondeu, pois a perversão na escolha acabara de perverter os valores e agora, O Bem Supremo parecia ter as cores do mal.

Por isso a inversão de valores traz um “ai” ameaçador; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce e do doce, amargo!” Is 5;20

É dessa ciência atinente aos meandros da alma e espírito, que se tratava. A difusão do conhecimento tecnológico tem a ver com inteligência; Adão tinha de sobra; deu nomes a todos os animais existentes.

Como os dons intelectuais são amorais (podem ser usados tanto para o bem, quanto, para o mal) dessa ambiguidade resultaram duas “Ciências”; uma em consórcio com a sabedoria, segundo Deus; outra terrena, animal e diabólica, divorciada do Santo.

Desta Paulo aconselhou Timóteo a manter distância. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6;20

Vemos que os frutos da ciência falsa se opõem à fé. Blaise Pascal chamou de pouca ciência, disse: “Um pouco de ciência afasta o homem de Deus; um muito, aproxima.”

Então, antes da ciência carecemos sabedoria. Essa é um dom que não deriva de análises experimentais, como costumam madurar os frutos da ciência. É uma certeza íntima da existência e grandeza do Criador, que patrocina uma postura humilde ante Ele; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria...” Prov 1;7

Esse temor nasce de fragmentos de luz que buscam aos pecadores, de modo a verem que o mal, os pecados, estão em si; a “ameaça” de Deus não O Faz um mal; antes, é Sua Justiça Amorosa nos desafiando à reconciliação que Ele Fez possível em Cristo.

A luz nem sempre persuade, por causa da enfermidade da vontade; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas...” Jo 3;19

Ele nos implantou essa faculdade bendita que chamamos consciência; a qual, aglutina duas palavras; com, e ciência; isto é, quando ela nos incomoda, nos dá ciência do motivo, de onde erramos.

Sendo avisados daremos mãos à sabedoria; buscaremos restabelecimento da retidão mediante o perdão. O Eterno não rejeita pleitos assim, antes, “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo...” Prov 2;7 e 8

Essa gritaria que tudo é igual, cada um tem sua verdade, é o suprassumo de Satã; quando quis fazer dos humanos perfeitos, seres caídos como ele, disse: “Sereis como Deus”.

Medram muitas vozes, ensinos que “provam” isso, aquilo. Mas, só o “Novo Nascimento” em Cristo, e obediência a Ele fazem com que nossas consciências provem outra vez, a paz de regenerados.

Fora disso iremos a pique; “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

sábado, 11 de setembro de 2021

Afaste-se do cálice, Maria!


“No caminho de tua irmã andaste; por isso entregarei seu cálice na tua mão.” Ez 23;31

O Senhor compôs uma alegoria, na qual, Judá e Samaria, o reino dividido eram duas mulheres infames, irmãs; Aóla, e Aoliba.

Os crimes de ambas eram basicamente adultério espiritual, e seus desdobramentos; prostituição com os deuses das nações, de maneira tal, que mesmo sacrifícios humanos eram feitos. “Porque adulteraram, sangue se acha nas suas mãos; com seus ídolos adulteraram; até os seus filhos, que de Mim geraram, fizeram passar pelo fogo, para os consumir.” V 37

A resiliência ímpia, que se apega a tradições vãs, refratária a mudança libertadora que Deus propõe; a idolatria fora um vício trazido do Egito. Mesmo no Êxodo, com os milagres das dez pragas inda “quentes” mostrou suas garras plasmando o bezerro de ouro. “As suas prostituições, que trouxe do Egito, não as deixou...” v 8

Vez em quando surge um paladino da moralidade e humanismo, para denunciar a “violência de Deus”, quando O Criador Julga essas coisas com justiça. Felizmente, Ele não precisa aprovação da oposição e sequazes, para fazer o que é justo. “Operando Eu, quem impedirá?” Ah, você não concorda? Também Ele discorda do teu pretenso direito autônomo de relativizar ao Absoluto.

Uma coisa que chamamos “Isonomia” aglutinação de duas palavras gregas que significam igualdade perante a lei, ocorre Nele; não existem esses vícios tão comuns entre nós, de “todos iguais, mas, uns mais iguais que os outros.” O juízo de Judá seria exatamente o mesmo que o de Samaria; “No caminho de tua irmã andaste; por isso entregarei o seu cálice na tua mão.”

Quando a apostasia se generaliza, só o surgimento de um “não alinhado”, como foram Josias no trono, e Elias no deserto, afrontando ao ímpio Acabe, por exemplo, O Eterno pode falar exortando ao arrependimento, e suster temporariamente Seu Juízo; Não era o caso, então; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante Mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém, ninguém achei.” Cap 22;30

Tendemos ao efeito manada, o vulgar “Maria vai com as outras;” se um só, não for, ficando, antes, na Divina dependência, esse “albino”, mesmo não falando já se tornará um profeta; se Deus falar mediante ele, um oásis.

O centro confortável tende a nos atrair, mesmo que o faça rumo à perdição. Normalmente não se rejeita alguém por que está errado, necessariamente; antes, porque, pelo que o tal é e traz, as pessoas são desafiadas a mudanças que não querem. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Assim, o desejo de aprovação prevalece ao de salvação.

Sabendo que o Divino Juízo será sem parcialidades, acepções, com isonomia, O Salvador nos desafiou a irmos praticando essas coisas já; os que pretendem trilhar a vereda da salvação. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12

Muitos de nós, infelizmente, mesmo convivendo no arraial dos santos, ainda cultiva hábitos trazidos do “Egito”; mentiras, parcialidades, hipocrisias várias para se manter no nicho do centro confortável.

Como naqueles dias, O Eterno procura homens na brecha, gente que não se incomode com a humana rejeição, desde que, concorra a aprovação Divina. Pois, o mesmo cálice amargo de juízo que bebem com nossa aprovação, aqueles dos quais não gostamos, nos caberá se incorrermos em erros semelhantes; o juízo será com isonomia. “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 3;2

A Palavra não visa mera mudança de hábitos; deixarmos de ir a certos ambientes para irmos à igreja e estará tudo bem; não.
Foi dada para mudança de caráter; deixarmos de depender de nossas inclinações rasas, para sermos dirigidos pelos pensamentos dos Céus; “Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;8 e 9

Maria deverá não temer certo isolamento, quando as outras andam mal. Pois, “... Não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na lei do Senhor; na sua lei medita dia e noite.” Sal 1;1 e 2

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

O Advogado do Diabo


“O Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” Luc 19;10

Deparei com um vídeo chamado “Teologia Reversa” onde muitas blasfêmias provocam.

Lá, Deus é o “Vilão” não Satanás; O Eterno seria Autor de todos os males; Satanás teria morto “apenas os filhos de Jó” isso, com permissão Divina. Citou textos como o de Isaías: “Eu Formo a luz, Crio as trevas; Faço a paz, crio o mal; Eu, o Senhor, faço todas estas coisas.” Is 45;7

Mencionou ainda Ananias Safira mentindo a Pedro sobre a venda de certa herdade; disse que “Basta alguém mentir sobre grana para Deus e zás!” (fez o gesto aquele de cortar a cabeça). O Vídeo seguia, não vi tudo.

Segundo seu dito, já foi católico e evangélico e parece ter se tornado ateu.

Sabemos que, morar numa garagem não nos transforma em carro; nem, frequentar uma igreja faz alguém cristão; tampouco ritos religiosos repetidos são equivalentes a conhecer Deus. Pode ter orbitado perto, mas jamais viu Ao Santo; se Visse amaria, invés de blasfemar.

Ora, do ponto-de-vista espiritual todos estavam mortos, Deus não precisaria matar nenhum; contra Sua Amorosa Vontade eram apenas “Walking Dads” mortos-vivos. O Salvador Veio para buscar o que se havia perdido, como vimos.

Jó, por ser fiel e reto, óbvio que O Eterno o protegia! Assim, só com permissão Dele poderia ser tocado; mas, transformar isso em regra para todos os homens, mesmo os ímpios, é patentear crassa ignorância acerca das coisas espirituais.

O juízo referente a Ananias e Safira nada tem a ver com dinheiro; mas com mentira solene, num momento de criação da Igreja, onde os atos seriam registrados como ensinos sendo precedentes abertos aos demais. 

Do dinheiro Pedro disse: “Guardando não ficava para ti? Vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”
Ninguém pediu que vendesse nada, ou, tendo vendido, que doasse; mas doar parte dizendo ser tudo e, diante de Deus? Maldade punida com morte.

Um precedente assim, se permitido poderia causar milhares de mortes mais.

Como vimos, Deus não carecia matar mortos; mas entregou Seu Único Filho, para que os mortos-vivos tivessem, enfim, chance de viver; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus, os que ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

O Sentimento do Altíssimo em relação à morte dos ímpios Ele mesmo Expressa; “Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva...” Ez 33;11

Quando Ele Diz: “Eu Faço a paz, Crio o mal, formo a luz as trevas...” O “mal” em questão é uma linguagem antropocêntrica, a forma como o home vê o Juízo; como o Dilúvio, por exemplo, citado pelo nosso ateu em apreço. 

Deveria ter lido com mais atenção; “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; encheu-se a terra de violência.” Gn 6;11 Violência e corrupção são culpa de quem?

Esses muitos males que ocasionaram o juízo foram feitos por homens que escutaram ao Pai da Mentira invés de Deus.

A Bíblia é categórica: “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam3;39 “Porque o salário do pecado é a morte ...” Rom 6;23

Então, embora O Senhor permita o mal, pontual, não o criou, em absoluto. Ao dar livre arbítrio às criaturas, criou a possibilidade do mal; possibilitou ser desobedecido. A primeira incidência foi muito antes da queda humana; do anjo de luz, diz: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.” Ez 28;15

Foi esse iníquo que, expulso do Céu levou a terça parte dos anjos após e, derrubou ao casal Edênico, espalhando o mal por toda a Terra.

Deixar a casa do Pai para ser advogado do Diabo, é mostrar-se indigno do Inefável Favor oferecido. “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende justiça; até na terra da retidão ele pratica iniquidade, não atenta para a majestade do Senhor.” Is 26;10

Coerente com o espírito do mundo onde a vontade majoritária é “antidemocrática”, assim todos os “reversos” de Satã. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; que fazem do amargo doce e do doce amargo!” Is 5;20

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

A fé e suas certezas


“A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Um fundamento é base para que se edifique sobre ele; não é um fim em si mesmo, antes, o assento a algo maior, para o qual foi posto. Sendo a fé fundamento de coisas que se esperam, a edificação dessas é o propósito daquela.

Muitos assemelham fé com mera confiança, expectativa, pensamento positivo e coisas assim; mesmo sendo possível que essas inclinações naturais usem o nome de fé, é mui diversa disso, a fé bíblica, na qual somos instados a andar.

Ela não paira sobre o vácuo; tem conteúdo expresso, e não se alinha às inclinações naturais, dada sua Divina origem. Deus é Fiel tanto quando nos disciplina, quanto, quando nos consola; a fé sabe disso. “Porque O Senhor corrige ao que ama, açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” Heb 12;6 e 7

Então, que coisas devemos esperar, se temos fé em Deus? Nada além do que Ele prometeu. Se, no âmbito natural cada um pode acreditar no que quiser, no espiritual, para os renascidos em Cristo, se veta que migrem para além do que está escrito. “Para que, por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos firme consolação, nós, que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;” Heb 6;18

Sabendo isso, que pela Sua Integridade Santa, é impossível que Deus minta, resulta que, o que nos prometeu, mesmo habitando ainda no âmbito da esperança, já pode ser tido como certeza, pela fé; “Mas, desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até o fim, para completa certeza da esperança;” Heb 6;11

Agora, se devanearmos com coisas alheias ao prometido e nelas anexarmos nossa fé, estaremos traindo a nós mesmos, dando largas aos enganos do coração, onde deveria habitar tão somente A Palavra de Deus.

Os anseios da vista pedem algo palpável, a fé descansa no que só ela divisa; “Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência esperamos.” Rom 8;24 e 25

Vemos então, que mesmo a esperança, consorte da fé também prescinde da vista. Os que para “terem fé” carecem algo palpável, uma imagem, negam à fé, quando pensam exercê-la.

Se, a atuação plena da fé saudável em nós pode ensejar certeza, esse ensejo basta como “Prova das coisas que se não veem.” Pois da sua maneira, com seus olhos privilegiados, a fé já vê.

Quando diz que devemos reter a esperança proposta, não podemos ser seletivos, como se, as partes aprazíveis das promessas estivessem vigentes, as dolorosas pudessem ser olvidadas; não fizessem parte do “pacote” proposto.

Tanto valem as promessas de livramento, ajuda, consolo, salvação, quanto as que se referem às calúnias, perseguições, injúrias, aflições e ataques vários advindos desse mundo maligno e seu príncipe. Não sem motivo, aliás, a fé foi figurada como arma defensiva contra dardos maus. “Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.” Ef 6;16

Esses dardos normalmente são sutis, atuam com fito de perverter à sã doutrina, fomentar desobediências tênues, até alienar as incautas vítimas, da salutar relação com O Pai.

Qualquer ensino, insinuação, conselho que traga em seu bojo algo que embace o conhecimento de Deus e Sua Palavra é um dardo maligno. “As armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Uma fé que não se coadune com obediência ao Senhor é fraude.

Muitos tendem a alinhar suas predileções naturais com a Vontade Divina; fazem o que querem, habitam em igrejas acostumados aos ritos religiosos, sem nenhuma transformação de caráter e pensam que seus desafetos são os mesmo de Deus. Deseja com toda “fé” a remoção dos óbices externos, alheios aos vícios que os habitam.

“Lendo a Bíblia encontrei muitos erros; todos em mim.” (Agostinho). 

Assim, devemos voltar nossa artilharia contra nossos próprios erros, más inclinações, para nosso aperfeiçoamento, antes de nos incomodarmos com os alheios. Tirar o cisco de nosso olho primeiro, como ensinou O Mestre. Precisamos fé para crer nisso também.

“A fé sobe pelas escadas que o amor construiu, e olha pelas janelas que a esperança abriu.” C. H. Spurgeon

Faz essas coisas sem descuidar dos espinhos que a prudência avisou.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Os filhos da pátria

“Os operários não têm pátria.”
Karl Marx

“Depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria.” François Chateaubriand

Para Marx, pai do comunismo, como vemos, operários são coisas, não seres humanos. Pertencem ao Partido comunista. Que o digam os chineses. Sua pretensa universalização os deixaria órfãos de pátria, em prol de algo maior. Por isso, via de regra suas bandeiras são vermelhas, não de países específicos. São feitos gado; seus donos, prósperos fazendeiros, vide Fidel Castro, Hugo Chaves, Nicolás Maduro et caterva.

Em Chateaubriand, a liberdade aparece como valor primeiro, sem a qual, sequer a pátria existe.

A ausência de cérebro dos “idiotas úteis” como seus donos os chamam, os leva a discutir periferias criadas por profissionais do engano; o preço disso, daquilo, em tal e qual tempo, sem investigar as causas, nem o contexto, muito menos, qual seria o papel prioritário de um Governo decente.

O gás custa tanto! Gasolina outro tanto! “Fora Bolsonaro!” Pouco importa que O Presidente tenha eliminado impostos para que os preços baixassem, e os Governadores, tentáculos do “Mecanismo”, os tenham elevado ao cubo.

Os “Operários” idealizados por Marx, além de apátridas devem ser também acéfalos.

Uma dezena de aves de rapina colocadas em ponto estratégico decide ao bel-prazer, o que é “democrático” e o que não; sumariamente, sem processo nem direito a defesa, prendem, tolhem, perseguem indefinidamente.

A revista Oeste contabilizou 123 ações do STF contra O Governo Federal em pouco mais de dois anos, média de uma por semana. Nunca tivemos uma “Oposição” tão ferrenha.

Ora, o Papel daquela Corte seria de, Guardiã da Constituição, não mais. No entanto, a atual composição colocada majoritariamente pela esquerda, se dá ao direito de legislar, tolhendo competências dos outros poderes, Legislativo e Executivo. Uma ditadura judiciária.

Graças a Deus, a “Imprensa” deixou de ser relevante há muito; a Mídia alternativa via Internet tem viçado; as tentativas de desinformação e manipulação recorrentes têm o devido contraponto; quem quer, pode saber fácil de onde sopra o vento.

Nunca achei Bolsonaro um deus; mas, é um político “albino”; desde que me lembro por gente, jamais vi outro como ele, fiel às promessas de campanha, ousado pelos valores que crê, enfrentando incólume a oposição velada de todo o Congresso a engessá-lo, do STF a estreitá-lo e de 90% da mídia a caluniá-lo.

Tendo O Governo Federal distribuído milhões para minimizar danos da guerra biológica chinesa, o “Auxílio Emergencial”, bem como, verbas gigantescas aos Governos Estaduais para mesmo fim, ainda, aprovando em regime emergencial a vacinação dentro dos prazos legalmente possíveis, para efeito de consumo público, em “Mentecaptolândia” o Presidente é um “Genocida”.

Enfim, essas coisas e muitas mais, do mesmo calibre ou piores, como uma CPI instaurada, (pasmem!) pelo STF, para investigar “Crimes durante a pandemia” nega-se a inquirir suspeitos de grandes desvios; mira suas armas contra O Presidente.

Dezenas de manifestações pacíficas foram feitas em todo o país, e nada. A Imprensa escondendo e os alvos dos protestos surdos.

Então, dado o somatório disso tudo, chegamos ao que promete ser um Sete de Setembro histórico; os meios legais estão controlados pelos inimigos da Pátria; mesmo assim, O Presidente afirma que se pode extirpar o “Câncer do Brasil dentro das quatro linhas da Constituição.”

Uns pensam em artigo 142; outros, Intervenção Federal com Bolsonaro no poder; não sei. 

O que sei é que, o jogo democrático não é o forte dos vermelhos. “Vamos tomar o poder; é diferente de ganhar uma eleição” (José Dirceu)

Até usam palavras da moda como artifícios pra enfeitar sua hipócrita árvore. Mas, desde que Bolsonaro foi eleito com suspeitos 57 milhões de votos, (foi muito mais, as urnas roubaram) desde então, digo, invés de a oposição se opor dentre dos limites do melhor para o país, debatendo ideias, se opõe à existência do governo eleito, por extensão, à vontade do povo. Eis a “Democracia” esquerdista!

Com esse estado de espírito, verde-amarelo pulsante, como seria se, os intentos deles, via “magia” das urnas, reconduzissem no ano que vem, o rei dos ladrões ao poder? 

Ele mesmo ameaça censurar à imprensa, (leia-se mídias sociais) “La prensa” ele compra; “redefinir o papel das igrejas” segundo as ordens de seu “Chefe supremo”, parece que, certo “Zé Pilintra”.

Enfim sendo a esquerdalha refratária ao jogo democrático e sua saudável alternância de poder, e contando com apoio de máfias internacionais, igualmente comunistas, dias sombrios podem assomar sobre o País.

Se, a remoção de um câncer precisa cirurgia, e essa requer anestesia, o câncer político demanda uma nação bem acordada.

Outrora se disse em meio a badernas desorientadas que, “O gigante acordou”; perambulou sonâmbulo, foi mijar e voltou a dormir. Mas agora, finamente ouviu ao despertador.