segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Beleza Roubada


“Uma coisa bela persuade por si mesma, sem necessidade de um orador.” Shakespeare

Que a beleza possui um “discurso” eloquente parece pacífico; quem não se admira diante dela?

Contudo, é algo relativo, (que pode mudar mudando a relação sujeito/objeto) noutras palavras, o que é belo para um, não é, necessariamente, para outro. Ademais, alguns folgam na satisfação mera; a sensação agradável é seu “conceito de belo” a despeito do quê, a produza.

Lembro Fernando Pessoa: “Tens um anel imitado, e vais contente de o ter; que importa o falsificado, se é verdadeiro o prazer?” Nem aí para o fato de ser reles bijuteria, simulacro; a pessoa estava contente assim.

Um fato inusitado me levou a pensar nisso; deixei o portão do pátio sem chave e chegando do trabalho fui regar as flores; o calor está intenso e faz tempo que não chove então as mudas que plantei no sábado último carecem ser regadas todos os dias até enraizarem bem.

Em princípio não notei nada de anormal; depois olhando melhor vi que meus canteiros estavam “banguelas,” pois, de modo esparso alguém arrancou doze mudas. Como fez sem muito cuidado de levar o torrão da raiz junto, pouco provável que as mudas peguem; mas, tomara que peguem e se façam mui belas. Quiçá um dia “o galo cante” e desperte Pedro.

Não é o tipo da coisa que, furtada se poderia converter em dinheiro logo ali. Então, presumo que quem as levou o fez para plantar; deve ser um (a) amante do belo.

Se alguém amar à beleza deve amá-la por inteiro e não fracioná-la conforme interesses pontuais.

Outro dia usei numa poesia a expressão, lobos em pele de lobos; isto é; gente que faz o mal abertamente, dissoluta que já não se envergonha dos caminhos que leva.

Para uma alma sadia psicologicamente a beleza não pode ser assim fragmentária, seletiva, parcial. Olhar uma flor e achar bela, tranquilo, normal; mas, não ver o furto como algo feio, desprezível evidencia um conceito de beleza saci; saudável a perna do apreço estético e amputada outra, da moral.

Como um cônjuge pérfido que capricha no visual para encontrar a amante com a qual cometerá adultério, assim, a beleza desprovida de sentido perde-se; é como inteligência que é uma coisa boa, colocada em uso, a serviço do mal, que se reduz a simples astúcia.

Meu jardim é mais dos outros que meu; exceto nos fins de semana, passo os dias fora e transeuntes podem “namorar” minhas flores mais que eu.

Não estou escrevendo isso porque esteja impactado com a coisa; próximo sábado replanto, e vida que segue; o que inquieta é o deserto de valores em que vivemos.

Pode até que quem fez isso, o fez apenas para dar seu recado que não vai com minha cara... nem poderia; onde vou sempre levo ela comigo; por ter apenas uma careço dela todo o tempo. Caso tenha sido esse o motivo, quem fez é mais digno de pena que outrem que as tivesse levado para plantar.

Não sou do tipo falastrão, “amigo de todo mundo”; geralmente fico em meu canto, na minha; mas, não creio que faça mal às pessoas, se o faço, juro que ignoro. Quem tem “amigos” demais, no fundo, não tem nenhum; sou seletivo.

Mudas de flor custam uma bagatela; uma caixa com 15 mudas, 18 reais; o que faz cada uma valer 1,20. O problema é que, O Salvador ensinou que devemos ser fiéis no pouco, para um dia sermos constituídos sobre o muito.

Grande é o estio de referenciais morais; outro dia tivemos um Senador flagrado escondendo 30.000 reais no traseiro; homens de idade avançada, pouco tempo para usufruir riquezas, e geralmente possuem grandes patrimônios, além do salário parlamentar, que, somadas as vantagens todas excede aos 100.000 por mês. Mas como “Quem ama dinheiro nunca se farta de dinheiro” o dito tinha que encher a bunda de grana.

A beleza tem vários aspectos; estético, moral, espiritual, psicológico, e intelectual. O estético salta aos olhos e não carece maiores definições; o moral deriva dos bons valores que alguém abraça e pelos quais peleja; o espiritual o faz imitar ao Senhor na “Beleza da Sua Santidade” como disse Davi; a beleza psicológica patrocina a dita inteligência emocional, que mesmo tendo motivos para se descontrolar e agir precipitadamente, a alma bela consegue atuar com equilíbrio, domínio próprio; e a beleza intelectual tem seu consórcio com a perspicácia, o entendimento sempre a serviço de bens probos, sabendo que, fora disso não seria bela.

Então, cortar um naco de beleza com a faca da feiura mostra, acima de tudo, falta de noção; como dizia o humorista Batoré: “Pensa que é bonito sê feio?”

domingo, 18 de outubro de 2020

Com qual árvore irei?


“Assim farei cessar em ti tua perversidade e prostituição trazida da terra do Egito; não levantarás teus olhos para eles, nem te lembrarás nunca mais do Egito.” Ez 23;27

Outrora libertos do cativeiro egípcio rumando a novo cativeiro, em Babilônia. A Causa? “... porque te prostituíste após os gentios, te contaminaste com seus ídolos.” V 30

Foram tirados de modo milagroso, alimentados no deserto por quarenta anos; tinham dever de conhecer a Deus, de modo a não reduzir O Altíssimo a meros bibelôs humanos.

Normalmente deparo com um texto vendido como promessas grandiosas; “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Sou teu Deus; Eu te fortaleço, te ajudo, te sustento com a destra da Minha Justiça.” No contexto, não é uma promessa; mas, um puxão de orelhas pelo mesmo motivo descrito em Ezequiel, idolatria.

Dos gentios O Eterno apenas descreve o processo; “O artífice animou ao ourives; o que alisa com martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos firma, (a imagem) para que não venha a mover-se.” V 7

Daí em diante começa a correção; pois, se era normal aos gentios agiram na ignorância, com Israel Deus tinha um relacionamento pessoal; “Porém tu, ó Israel, servo Meu, tu Jacó, a quem Elegi descendência de Abraão, Meu amigo; tu a quem Tomei desde os fins da terra, Te chamei dentre os seus mais excelentes, e disse: Tu és meu servo, a ti escolhi e nunca Te rejeitei. Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Sou teu Deus; Te Fortaleço, Te ajudo, Te Sustento com a destra da Minha Justiça?” Is;41 8 a 10

O Santo não está fazendo promessas a quem pegar primeiro; antes, recapitulando a fidelidade amorosa com a qual tratara seu povo, então ingrato, idólatra.

Sabemos que, quem não aprende com erros tende a repeti-los. A diferença entre O Todo Poderoso e os ídolos do Egito fora demonstrada de modo cabal durante as dez pragas e consequente libertação do povo; a aversão do Santo às imagens, deixada patente no infeliz episódio do bezerro de ouro; agora estavam presos novamente no mesmo erro.

Quem precisa imagem para firmar sua fé não possui fé nenhuma; engana-se. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem... Pela fé (Moisés) deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11;1 e 27

Então, se dizer liberto por Cristo, pertencente a Ele, e se curvar diante de imagens é apenas deixar patente o cativeiro da ignorância, o lapso do conhecimento do Salvador. “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20

Outro dia, católicos “tradicionais” estavam zelosos contra a “idolatria”, porque Francisco recebera com honras nos jardins do Vaticano uma imagem andina, a Pacha Mama. Eles conseguem a proeza de tem “imagens canônicas” e outras pagãs.

O texto que as veta é categórico; “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso...” Ex 20;4 e 5

O Criador fez o homem à Sua Imagem e Semelhança, a única imagem que lhe interessa é a regeneração disso que foi perdido.

Por isso, quando Filipe pediu a Cristo que lhes mostrasse o Pai, Jesus perguntou se ele não O conhecia; pois, veio “sendo o resplendor da Sua Glória, a Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

A “imagem” de Cristo em nós é Sua Palavra que forja; pois, devem os salvos estar plenos Dele que como disse Paulo; ter a “mente de Cristo”; essa molda caracteres, invés de esculpir matéria. 

Só é visível no teatro das ações, resulta em Glória a Deus; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Como não há neutralidade possível, os que preferem as imagens espúrias terão seu ápice; uma que “fala” para ser adorada; “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Cabal e sério assim: Ou seremos regenerados à Imagem de Deus mediante Sua Palavra, ou acabaremos nos curvando à imagem do Capeta mediante tecnologia. Termina onde começou; as duas árvores, a da Ciência e a da Vida. “Escolhe, pois, a vida.”

sábado, 17 de outubro de 2020

Fratelli Tutti?


“Mas, a todos quantos o receberam deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome.” Jo 1;12

Filiação espiritual, mediante “Novo nascimento”, sempre foi algo óbvio, entre os minimamente conhecedores da Doutrina de Cristo.Entretanto, chegamos a um momento crítico, onde, sequer o óbvio é tão óbvio assim; precisa ser defendido.

Numa encíclica de mais de oitenta páginas chamada “Fratelli tutti” (somos todos irmãos) o Papa Francisco esposa a ideia rasa, ecumênica de que todos, de qualquer credo, mesmo aqueles que degolam aos “infiéis” são irmãos. Todos, cada um a sua maneira estão certos, pois “buscam a Deus” que certamente os não rejeitará.

Dada nossa dupla natureza, duas irmandades são possíveis. Uma da carne; nesse caso, “Fratelli tutti”; outra espiritual, da água e do Espírito. Aí, já não é tão simples assim, pois esses, “... não nasceram do sangue, nem da carne, nem do homem, mas de Deus.” V 13

Pretendendo ser ele, um líder espiritual, não um antropólogo, usar como base o natural para acondicionar em cima, ao sobrenatural, blasfema por afrontar diretamente ao Mandado Divino; “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Ainda, por adicionar caminhos espúrios; O Salvador foi categórico: “... Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

Daí, invés de uma “equalização” com os “irmãos” dos demais credos, a fé em Cristo, requer exatamente o contrário; uma diferenciação dos salvos. Nas questões éticas, valores, a “mente de Cristo”, que patrocinam as comportamentais; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;2

Também, na relação com a disciplina; a correção da Palavra, coisa que filhos recebem, enquanto estranhos desprezam; “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;7 e 8

Para muitos, a Bíblia carece “atualizações” para “santificar” perversões que eles gostam; com esse fito criaram “versões inclusivas” para sua própria exclusão.

Se O Eterno fosse biodegradável, (sofresse ação do tempo) não seria Eterno; não teríamos segurança nenhuma; “porque Eu não mudo vós não sois consumidos... se formos infiéis Deus permanece fiel; não pode negar a Si mesmo;” Graças a Deus!

Então, não escreveu um rascunho para ir evoluindo; antes Sua Palavra Eterna é “lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos.” Sal 119;105

Circula nas redes um texto inteligente sobre esse vício blasfemo de imputar ao Santo as faltas que palpitam em nós, diz; “Lendo a Bíblia encontrei muitos erros... todos eles em mim”.

Mas, surgiria a questão: Se, o reino temporal do Anticristo bem como, a igreja global se farão, a Bíblia os prevê, que adianta a gente lutar contra? A tarefa de um ministro do Senhor não é evitar o inevitável; mas, difundir Sua Luz, (do Senhor) para que as escolhas particulares não sejam no escuro.

Quem quiser, enfim, fazer parte desse balaio de todos os gatos, validação de todos os credos, fim de toda disciplina segundo a Palavra de Deus, que o faça; mas, saiba de antemão como O Céu vê; “... grande Babilônia... morada de demônios, covil de todo espírito imundo, esconderijo de toda ave imunda e odiável. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição...” Apoc 18;2 e 3

Infelizmente as pessoas tendem a descansar numa hierarquia viciosa como se o erro de terceiros não incidisse sobre elas, dado tratar-se de um líder. “Se um cego guiar a outro, ambos cairão na cova”; o que deveria cessar nossos pleitos é se um mandado é verdadeiro, não se foi ordenado por um “grande” da Terra. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

Os salvos têm o coração no alto, nas as bundas assentadas em locais altos; “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi os servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7

Ademais, “... Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Um simplório incapaz de enxergar um palmo verá aqui um João ninguém como eu atrevendo-se contra o “Santo Padre”; quem tem olhos espirituais verá O Espírito Santo lutando contra as mentiras do Capeta.

Compare-se essa página, com as oitenta e poucas aquelas, e veja qual traz mais citações da Palavra de Deus. Meu Líder É O Senhor.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

A quem imitar?

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados...” Ef 5;1

Dada a abissal diferença entre criatura e Criador, a imitação tencionada por Paulo nesse verso deve ser algo estrito, pontual; possível a seres finitos e falhos como nós.

A conjunção conclusiva, “pois” por sua natureza aponta para trás; para o contexto imediatamente anterior, uma vez que está concluindo um argumento, uma ideia.

Se, olharmos o verso anterior, veremos em quê, somos desafiados a imitar Deus; “sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Cap 4;32 Imitarmos na prática do bem, no exercício da misericórdia, e sobretudo, perdoarmos ao semelhante como, por Ele fomos perdoados. Eis a imitação requerida ali!

O Salvador, quando desafiou ouvintes a darem a outra face (uma nova chance a quem falhou) ou, andar duas milhas quando a demanda fosse uma; ainda, solicitada a capa, dar também a túnica; enfim, amar inimigos, chamou essa postura de imitação da perfeição Divina; “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;48

Paulo disse expressamente isso; que imitássemos ele, na “arte” de imitar a Cristo; “Admoesto-vos, portanto, que sejais meus imitadores.” I Cor 4;16

Quando se diz vulgarmente que um exemplo vale por mil palavras, de modo oblíquo se diz também que tendemos muito mais a imitarmos o que vemos, que assimilarmos ao que ouvimos.

Nas relações interpessoais é assim; agora em se tratando da relação com Deus, carecemos certa acuidade auditiva, “Ouvir da Palavra de Deus” para sabermos como agiu e ensinou, deixando-nos um parâmetro para seguir.

De qualquer forma, a imitação requerida ainda que O Imitado seja O Senhor, se refere ao trato com o semelhante, pois, “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão é mentiroso. Quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: que quem ama Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

Entretanto, parece que, em nosso entorno o vício é um oceano, e a virtude raras ilhotas difíceis de se encontrar. Desgraçadamente as pessoas preferem nadar nas águas fáceis dos vícios, a palmilhar a terra firme das ações ponderadas, virtuosas e consequentes.

Não pouca vezes ouço, com sentimento de vergonha alheia, pessoas defendendo políticos corruptos com “argumentos” tipo: “Todo mundo tira uma lasquinha; tem mais é que levar vantagem mesmo;” Ou, nos domínios da promiscuidade, “ninguém é de ninguém, não existe mais fidelidade; então vou passar o rodo, o que vier eu traço.”

Ouvi isso ainda hoje de um colega de trabalho e respondi: “Se um cachorro te morder vais mordê-lo também? Eu sei que tem muito disso; maus exemplos existem à exaustão; mas, não altero o que sou pelo que os outros são; seja homem! Nade contra a corrente!”

Na verdade quem se corrompe, se prostitui, não o faz porque há muitos que fazem também; antes, faz porque é disso que gosta, porque se identifica com as aves das mesmas penas. A “justificativa" é só uma fuga hipócrita para acrescentar aos pecados praticados a covardia de lambuja.

Infelizmente, exemplos bons são raros; onde encontramos os que adotam as boas e virtuosas práticas, apenas por imitação de outrem que admiram?

Somos uma geração sem noção ao cubo; a ponto de, algumas pessoas postarem trechos de “músicas” pornográficas, cheias de expressões chulas, e versos bíblicos no mesmo dia, na mesma página!

Em outro contexto, no Desafio de Elias, a coisa foi posta assim: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” I Rs 18;21

Posso parafrasear assim: “Até quando estareis divididos em vossos corações? Se o lixo imoral é bacana, espojai-vos no lixo. Agora se fizerdes menção da Palavra de Deus não O profanem.” Ele mesmo adverte: “Ao ímpio diz Deus: Que fazes tu que recitar os meus estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti.” Sal 50;16 e 17

O Senhor encerrando da Revelação desafiou a cada um que deixasse patentes suas escolhas; virtuosas, ou viciosas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda. Eis que cedo venho, Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;11 e 12

Para Confúcio imitação é o método mais fácil de aprendizado.

Imitar a Deus cercado de impiedade como vivemos não chega a ser fácil; mas, como citou Dave Hunt, “o que espera pelos salvos é glorioso demais para ser fácil”.

domingo, 11 de outubro de 2020

Para quem será?

“Disse Mefibosete ao rei: Tome ele também tudo; pois já veio o rei meu senhor em paz à sua casa.” II Sam 19;30

O contexto era o da restauração de Davi ao trono após a sedição derrotada de Absalão.

Mefibosete e Ziba tinham uma questão sobre propriedades herdadas na qual Davi não quis se envolver; sugeriu que repartissem os bens entre eles.

O aleijado filho de Saul abriu mão de tudo, pois considerava honra suficiente ser recebido na mesa do Rei. “Porque toda a casa de meu pai não era senão de homens dignos de morte diante do rei meu senhor; contudo, puseste teu servo entre os que comem à tua mesa; que mais direito tenho de clamar ao rei?” v 28

Se, tinha problemas nas pernas, não no cérebro.

Temos facilidade de julgar do quê, somos “dignos” quando se trata de honrarias; não quando se trata de justiça e somos réus.

Achara-se, junto com toda família de Saul, dignos de morte. Pois, Saul perseguira Davi à morte mais de uma vez.

O problema do apego material é sua inutilidade quando a vida está mais frágil; às portas da morte, como ensinou O Salvador sobre o “próspero” que se alienava de Deus. “Louco! Esta noite pedirão tua alma; o que tens preparado, para quem será?” Lc 12;20

As filosofias de botecos tipo, “Da vida nada se leva;” “Caixão não tem gavetas;”, “vão-se os anéis ficam os dedos;” etc. parecem priorizar a vida sobre os bens.

Contudo, os frequentadores de botecos bebem e não se deve levar tão a sério o que falam. Digo, uma coisa é esposar a rota certa numa ginástica mental repetitiva, como o que estica os braços espreguiçando-se ao acordar; outra é pautar o modo de viver pelo que sabemos ser a escolha certa.

Não é errado possuir bens; todos laboramos por isso. Mas, o apego excessivo, o amor ao dinheiro, o culto a Mamon é suicídio.

O Globalismo acelera seu projeto; o Brasil já cadastra para adotar o PIX, sistema de pagamento digital full time; funcionará 24 horas, domingos feriados.

Daí para a moeda digital, um passo; para a moeda global única, dois; para a marca aquela, sem a qual ninguém poderá comprar nem vender, três. Diferente da canção em que o sujeito estava a “dois passos do Paraíso”, estamos há três passos do Reino do Anticristo.

Quando isso acontecer, não importará quanto temos de bens; quem conhece a verdade e se recusar a ser marcado como gado do Capeta, não terá mais patrimônio nenhum. Não podendo comprar nem vender servirá para quê? Nossos bens serão confiscados pelo sistema e dados aos “fiéis”.

Então, o desapego não é só porque depois da morte a coisa não servirá; ainda em vida, nesse contexto a riqueza de quem a possui, sendo salvo, será pó. Faça bom uso dela, pois, enquanto ainda tem domínio sobre a mesma.

“Isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” Rom 13;11

“Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que folgam, como se não folgassem; os que compram, como se não possuíssem; os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa.” I Cor 7;29 a 31

Mas, diria o Simplício mero, por quê ser tão dramático, apocalíptico, invés de abraçar a união de todos, construir juntos um mundo sem fronteiras, sem divisão, em paz?

Quando O Criador colocou o primeiro casal a administrar a criação vetou certa árvore sob pena de morte; bem dramático; o Capeta apareceu com uma proposta “muito melhor”; autoconhecimento, autonomia, auto divinização, auto escolha, autoestima, levou uma montadora de autos e o ingênuo casal comprou.

A questão não era o quê soava melhor, ou, o que tinha um viés mais dramático. Mas, que um dito era verdade, e o outro mentira. A coisa se repete.

Esse globinho mágico, multicolorido, de diversidades, tolerância, inclusão, prosperidade e liberdades sem limites é só o marketing do totalitarismo opressor, de um sistema que tolherá todas as liberdades; até os pensamentos “inconvenientes”. Então, pena de morte a quem desobedecer ao Big Brother.

Aprendamos com Mefibosete que, estarmos, seres indignos, pecadores, à Mesa do Rei dos Reis, é muito superior à possiblidade de nos esbaldarmos por um pouco, sobre vastidões condenadas, falidas.

“Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

sábado, 10 de outubro de 2020

O Globo da Morte

“A falta do saber e a falta de informações, são os princípios da manipulação." Diogo Pantoja

Cultura inútil a todo vapor. Me contam de grátis a saga de Will Smith, a “Verdadeira história do Titanic”, a resiliência do Satollone até a fama; a suspeita morte do filho do Bruce Lee;

destacam grandes surras do cinema; espalham “lições de moral” forjadas; mendigos comprando mansões, (se um maltrapilho vier comprar minha casa que não é nenhuma mansão, acharei ridículo também, não se trata de preconceito; mas, de ter ainda dois neurônios funcionando) ainda, piriguetes rejeitando magnatas de bicicleta, tendo um “possante” ao lado; ( a ‘moral’ seria encostar a bunda na grana)

e se eu quiser, até montam um bonequinho que seria “minha cara” um tal de Avatar, coisa que algumas crenças orientais atribuíam a espíritos que possuem humanos; como já vive em mim o Espírito Santo, não tem vaga. Prefiro evitar.

Mas é só uma brincadeira, o que tem demais? Eu sei. Cheia está a internet de gente que brinca com najas e cascavéis; o pai das cobras assegura: “Certamente não morrereis!”

Halloween também é inocente, carnaval infantil idem; eu e minha mania de levar tudo em ponta de faca.

Acontece que flores e hortaliças que planto sempre brotam de acordo com as sementes.

Essas “brincadeiras” lançam fundo sementes também, de modo a entranhar nas almas infantis e moldar ações futuras como disse certo profeta: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23

Vergonhosamente, “príncipes e princesas” que ainda não aprenderam o alfabeto já são versados em caras e bocas para fotos de pais orgulhosos e sem noção do perigo da sexualidade precoce.

Por quê será que o sistema ímpio tenta “treinar” as crianças no caminho do homossexualismo desde cedo, a famigerada ideologia de gênero?

O mundo se seu príncipe, o Capeta pintam tudo forjando seu mosaico de papel picado; tentam fazer belo um arranjo cujo teor, são cinquenta tons de bosta. Multicolorida, mas bosta.

Cortina de futilidades para esconder a única coisa que, no final da corrida terá relevância; ainda que, agora repouse sóbria, preto no brando; O Bendito Feito de Cristo por nós, e seu registro, A Palavra de Deus.

Daniel traz a sina de um rei versado em cultos inúteis e inútil no que É vital, o Deus Vivo. Isso o levou a práticas profanas o que lhe custaram o reino e a vida. “Te levantaste contra o Senhor do Céu, pois foram trazidos à tua presença os vasos da casa dele, tu, teus senhores, tuas mulheres e concubinas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de Quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Eu sei que, um pouco de humor e de leveza é necessário; já escrevi muitos textos de humor outrora; estão no “Recanto das Letras”; mas, minha unção é de outra estirpe, e o momento urgente e sério demais para que eu também me ocupe de papeis coloridos, quando vidas estão se perdendo aos montes.

Vivemos a era da velocidade, das tiradas breves e dos “memes”; textos com algum teor demandam espaço e são pouco apreciados; não raro se dá pitacos em quem escreve “textões”; não ligo. Não escrevo para ser “curtido”, tampouco, aplaudido. Se for entendido por uma minoria seleta que ainda lê, está de bom tamanho.

Achei nobre a cena do cinema; o Titanic afundando e a orquestra tocando. Naquele caso as opções seriam morrer com, ou sem dignidade; mas, inevitável morrer;

porém, agora que existe escolha entre salvação e perdição eternas, optar pelo riso sem nexo das hienas invés de basear a escolha na vida, não tem nada de nobre; é estúpido, suicida.

O cerco se fecha. O Falso Profeta que atende pela alcunha de Francisco escreveu sua “encíclica” globalista pela “fraternidade entre os povos” de todos os credos; O imbecil e os que lhe dão crédito devem pensar que a Arca de Noé continha um rebanho.

Ainda, condenou o liberalismo, o patriotismo e fez silêncio ensurdecedor sobre o comunismo assassino e opressor.

O papel dum representante de Deus não é sacrificar a mensagem para agrupar diferentes; antes, ensinar a sã doutrina, para que, quem crer e obedecer seja regenerado à Imagem de Deus. O mundo não pode ser salvo; já está condenado, aliás.

Uma advertência do Salvador para esses dias foi: “Cuidado, que ninguém vos engane”. Mas essa geração auto enganada foge da liberdade ao encontro das algemas...

A Ordem Sobrenatural das Coisas

“... Arão fez expiação por eles, para purificá-los. Depois vieram os levitas, para exercerem seu ministério...” Nm 8;21 e 22

Tratando-se das coisas espirituais, purificar-se antes de servir é a ordem “natural”, como lavar-se antes das refeições.

No fundo tratava-se de coisas sobrenaturais, de Divina esfera; embora, a “purificação”, fosse bem natural mesmo.

Mera capacitação formal, de participar de uma Assembleia humana; A maioria das prescrições sobre “pureza” tinha a ver com aspectos de higiene; prevenção de doenças contagiosas ainda desconhecidas dos homens, não do Criador; malgrado, a coisa fosse reputada como purificação espiritual, não passava de um tipo, um símbolo tênue de vera purificação que O Senhor buscaria.

A epístola aos Hebreus que ensina a transição do velho para o Novo Sacerdócio chama aqueles ritos de purificação horizontal, nas coisas atinentes à carne; “... o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne...” Heb 9;13

Lavar-se com água limpa era a purificação prática; o ritual, um tipo profético em sinal de reverência a Quem a prescrevera.

Só quando veio Cristo, a regeneração desejada se fez possível; “... nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que sangue de touros e bodes tire pecados.” Heb 10;1 a 4

Sendo impossível por aqueles meios, Deus os quis apenas como figuras transitórias, até O Sacrifício perfeito; “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;24 a 26

O Feito de Cristo é muito mais que mero arranjo externo para que eventual inepto se torne apto ao rito sagrado. A Água da Vida lava consciências. “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo...” Heb 9;14

A premissa aquela, seja primeiro purificado, depois sirva, no nosso caso demanda comparecermos ao Serviço do Santo, com as consciências em silêncio, como testemunho do bom porte em Cristo.

Não significa que todos que O servem sejam assim; mas, que se, recusarem a ouvir esse atalaia que, oportunamente adverte das impurezas ainda não tratadas, uma hora não apenas o ministério mas até fé irá a pique. "Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Eventualmente ouço uns dizendo que “se busque poder”; de minha parte diria que busquemos purificação. Da santificação Deus se agrada, e “A alegria do Senhor é nossa força”. 

O poder necessário ao serviço vem como bônus a quem cumpre o dever, igualmente necessário. A isso Paulo chamou: “Fortalecei-vos no Senhor; na força do Seu Poder”. Ef 6;10

Por causa da “matéria prima” ruim, O Eterno usa de longanimidade, dada nossa dureza; pesa também Seu amor para com outros que pode tocar mediante nós; porém, nossos erros adormecidos, “escondidos” se, não tratados, ouvida a consciência poderão resultar em escândalo um dia; pois o silêncio de Deus são significa aprovação, apenas misericórdia eventual; “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50;21

Muitos buscam “silenciar” a consciência com serviço; quanto mais ela lhes acusa do erro não tratado, mais querem “Fazer a obra” quando, a obra que está sendo requerida segue intocada.

Esdras dá um exemplo bem didático da ordem correta das coisas; “Porque Esdras tinha preparado seu coração para buscar a Lei do Senhor, para cumpri-la e para ensinar em Israel os Seus estatutos e Seus juízos.” Ed 7;10

Buscar a Lei; aprender. Cumprir, obedecer. Só então, ensinar.

Nossas escolhas morais e espirituais patrocinam nosso agir; esse molda nosso caminho. Por isso a figura que nossos caminhos estão nos corações; (consciências) “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Assim, a fé “remove montanhas” principalmente de culpas, para que em nós, como João Batista, se prepare o “Caminho do Senhor”; “... todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40;4

Se você tem fé na Palavra quando ela promete algo, creia-a também quando te corrige; “seja purificado, depois sirva”.