domingo, 3 de maio de 2020

O Topete do Último dos Moicanos


“Bom seria se os de duas patas aprendessem o significado da lealdade que os de quatro patas já nascem sabendo.” Gerson Palazzo Ribeiro

O “bípede sem plumas”, como Platão definiu o ser humano, tem muito a aprender com os quadrúpedes.

Foi criado para um Divino lugar; “Imagem e Semelhança” de Deus, apto à comunhão com O Criador. Após a queda, passou a identificar-se com outro senhor. “Vós tendes por pai ao Diabo...”

Se, houvesse um ponto neutro, sem influência espiritual, nem de Deus nem do inimigo, que o homem pudesse ser, estritamente, em si mesmo, teria aí, a grandeza dos animais. “... Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.” Ecl 3;18

Acontece que nenhum de nós é, estritamente, em si mesmo. Sofremos toda sorte de influências, de modo que, a escolha entre virtude ou vício, sempre deriva, em certa medida, dos referenciais que nos influenciam, seja com o ensino, seja, com o exemplo.

Infelizmente as pessoas se balizam mais pelo talento que pelo caráter, quando se espelham em alguém.

Não importa se é imoral, pervertido, desonesto, se jogar, cantar, tocar, atuar muito bem, ao tal, se dará a coroa de lata da fama, e uma geração de admiradores sonhará em ser, ao menos em parte, como seu ídolo. Tem cada nulidade famosa por causa da estupidez do povo!

A Palavra de Deus com sua mania de estragar a festa da carne nos desafia a sermos como Cristo. “Sede meus imitadores como eu sou, de Cristo”; disse Paulo.

Então, embora um grande talento nas artes, esportes, deva ser respeitado como tal, amiúde, não tem valor nenhum, exceto para seu hospedeiro que frui riquezas e facilidades, graças a ele.

A sombra do dinheiro serve de refrigério para o deserto eventual da existência terrena; mas, o apego e confiança exagerados nisso que é só um meio, jamais, um fim, precipitará muitas almas no deserto eterno, quando a sombra significaria vida. “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ec 7;12

Por isso, ao homem prudente convêm mais os referenciais morais, que os de talento. Talento é um dom recebido de graça; qualquer biltre o pode ter; idoneidade moral é uma escolha virtuosa, de uma índole abençoada que ousou nadar contra o curso natural do mundo, que sempre deságua no oceano do vício, da corrupção.

Então, quando alguém ostentava uma aura de incorruptível como o ex Ministro Sérgio Moro, natural que os homens de bem que atentam às boas referências o vissem com respeito, admiração até.

Entretanto, para a decepção geral, o “anjo de luz” era uma transfiguração de Satanás; o aparente virtuoso era um traidor desleal. Em menos de uma semana desceu do digno pedestal dos grandes homens para um fundo do vale comum, onde pastam os rebanhos dos bodes de corruptolândia.

O deserto de valores é tão árido, que Jair Bolsonaro parece ser o Último dos Moicanos; não consegue montar uma equipe de vinte pessoas sem um traidor no meio. Sempre tem um Frota, uma Joice, um Bebbiano, um Mandetta... até um Moro?

A “moral” vigente (já disse noutro texto) é a de um campo de nudismo onde se exige que todos estejam “trajados” à rigor. Quem estiver vestido burla as regras; acontece que o doido do Jair insiste em não se pelar; quem ele pensa que é?

Claro que é um homem com muitos defeitos como ele mesmo assume; mas, naquilo que quase todos têm falhado, prevaricação, corrupção, deslealdade, ele segue inatacável. Seria muito maior minha decepção se ele falhasse nisso, do que foi com Moro. Nele eu votei.

A imprensa tão “zelosa” das vidas fez um estardalhaço com seu “E daí?” sobre “mortes” em Manaus. Agora que se desenterram caixões cheios de pedras invés de cadáveres, a mesma mídia faz um silêncio ensurdecedor. Parece que agora ela diz e daí?

O Congresso STF e a mídia têm uma pauta comum; derrubar Bolsonaro. Coisa assumida pelo Deputado Paulinho da Força, em uma Live da qual participava o patife do Fábio Panúnzio. Ainda lhes falta um crime, mas, têm uma certeza, precisam derrubá-lo. Quem pretende ser andando trajado onde todos estão despidos?

Cegos de amor pelo poder corruptível, e ódio pela virtude, não conseguem perceber que sua luta é inglória. “Termina com má fama quem decide duelar contra o mais forte”; Estobeu.

Esse Governo foi estabelecido por Deus, todos que ousaram contra, uns já caíram, outros cairão. Tenho dito que inda estamos na fase do “conhecereis a verdade"; Deus está desnudando aos falsos, mas, por fim, prevalecerá o “Deus acima de todos”.

sábado, 2 de maio de 2020

Política de Imigração


“... Temos uma cidade forte, onde Deus pôs a salvação por muros e antemuros. Abri as portas, para que entre nelas a nação justa, que observa a verdade.” Is 26;1 e 2

Outro dia, Francisco criticando aos Estados Unidos por pretender edificar muros fronteiriços disse: “Como alguém que se diz cristão constrói muros?”

O texto supra de Isaías é de antes da palavra “cristão” existir, e fala da “Cidade da Salvação” com muros e antemuros. Como alguém pode se dizer Papa sem conhecer à Palavra de Deus?

Ora, se, “Sem santificação ninguém verá ao Senhor” Heb 12;14 e essa implica em separação do profano; “... saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei;” II Cor 6;17

Como teria a aludida cidade uma “política imigratória inclusiva,” onde todos pudessem entrar de qualquer maneira, se o “ingresso” foi pago com sangue inocente?

Nada mais abrangente que o Amor do Salvador; “vinde a Mim todos...” contudo, nada mais desafiador à santificação; “... tomai sobre vós o Meu Jugo e aprendei de mim...”

Só se entra pelas portas, não dá para pular o muro, e essas só se abrem a certo tipo de “imigrantes”; “Abri as portas, para que entre nelas a nação justa, que observa a verdade.”

Verdade não é essa coisa oca ao rés do chão, nivelada às meras opiniões, donde se diz que cada um tem sua verdade. É Absoluta, fiel, imutável, Eterna; “Santifica-os na Verdade; Tua Palavra é a Verdade.” Jo 17;17

Abraçar à A Palavra de Deus, longe de ser uma coisa pacífica, inclusiva, enseja conflitos, divisões, perseguições, ódio; “Dei-lhes Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não Sou.” Jo 17;14

Subjacente aos pleitos políticos da terra dos homens, há uma milenar luta. Valores morais, espirituais estão entrelaçados às escolhas políticas que fazemos.

Os estatutos cristãos são precisos, restritivos, muros ao redor da cidade dos bons costumes. Os demais são inclusivos, diversitários, amorais, ecumênicos...

Por um lado, patriotas conservadores, com suas visões nacionalistas; Trump: “Make América Great again”; Bolsonaro: “Brasil acima de tudo...”

Por outro, globalistas, sendo as nações de maior relevância nesse viés, Rússia, França, China, com mais de uma centena de satélites, sob a batuta da ONU. No meio, o povo sendo cegado pela fumaça da mentira, mediante uma mídia majoritariamente prostituta a serviço do sistema.

Não se derive da ideia um reducionismo barato, como se, eu advogasse que, quem possui os bons valores não comete erros. Imperfeitos que somos, pecadores, mesmo escolhendo os melhores bens, ainda abraçamos males. 


Porém, quem opta pelos maus valores, só abraça males; mesmo quando “acerta” erra, por estar a serviço do Senhor das trevas, que será derrotado no fim. Mesmo boas obras em prol do senhor errado serão más no final, pois, se revelarão obras mortas alienadas do Senhor da vida; e a morte, inegavelmente é um mal.

Por isso, a primeira providência Divina rumo à salvação tem a ver com a vida, não com as obras; “... quem ouve Minha palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Daí que a Salvação obtida mediante O Sangue de Cristo nos vem pela fé na Sua Palavra; as boas obras são efeitos colaterais da mesma, sob patrocínio do Bendito Espírito Santo, dado aos salvos. Quando não, são apenas obras mortas.

Então, por causa do Zelo Santo do Senhor dos Senhores, a “Cidade da Salvação” demanda santificar-se em Cristo, para o ingresso. Fora Dele nada feito; nada vale essa balela inclusiva ecumênica de “Deus como você o concebe”; pois, se você o concebe é seu filho; como tal, não te poderá salvar; talvez precise que você o salve.

O Salvador colocou um Muro Eterno ao redor da Santa Cidade. “Eu Sou O Caminho A Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai Senão por Mim.” Jo 14;6

Contudo, ao “inclusivo” mor, serve de qualquer jeito. Como exigira santidade quem acostumou-se a viver no lixo? Qualquer um de qualquer modo lhe serve, estará “certo” se estiver alienado de Deus e Sua Palavra. Nada de muros! Nada de portas! Nada de jugo! É a esse que o mundo aplaude, óbvio. Globalista, panteísta, amoral e imoral.

Tende, o comodismo humano a escolher o fácil ao virtuoso; “Os asnos preferem palha ao ouro” Estobeu.

Fomos dotados de razão para fazermos melhores escolhas que os bichos. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Escolher a porta estreita em detrimento da larga não se trata de masoquismo, mas saber onde cada uma leva.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

O Vitupério do Bolsonaro; e daí?


“Saiamos, pois, a Ele (Cristo) fora do arraial, levando o Seu vitupério.” Heb 13;13

Levar o vitupério de alguém significa sofrer sobre si as afrontas e os insultos a esse alguém dirigidos. Assim, os cristãos são desafiados a tomarem como suas as ofensas ao Senhor. Sofremos o “Jesus é Travesti”, os deboches no carnaval, o “Especial de Natal” do Porta dos fundos;


e bem pior que a zombaria dos ímpios é quando, alguém que se diz Dele, escandaliza, com postura indigna. Fingir, como Pedro, que não somos “um dos tais” em ocasiões assim, denuncia mais amor próprio que amor pelo Salvador, o que nos faz indignos Dele.

Pois, mesmo O Senhor sendo perfeito, num mundo dual de tantas imperfeições, identificar-se com Ele demanda o risco de ser envergonhado, o que dizer dos que se identificam com homens imperfeitos?

Desde a campanha presidencial tenho escrito e debatido patenteando minha identificação com Jair Bolsonaro, mormente, nos quesitos, valores morais, honestidade, patriotismo.

Hoje deparei com uma frase retórica “isenta”; “Você sabia que é possível criticar o PT e Bolsonaro ao mesmo tempo”. Ora, isso até o meu cavalo sabe. A questão é outra. Primeiro, aliás, colocar PT e Bolsonaro na mesma balança, em pé de igualdade só certos asnos conseguem.

Em qualquer ser humano, há dois tipos de coisas criticáveis; falhas de princípios, ou de conduta. Qual a diferença? Princípios são os valores nos quais eu acredito. Conduta é uma atuação minha no teatro da vida que, mesmo meus valores traçando certo “script”, eventualmente, refém da minha imperfeição insiro algum “caco” e me conduzo contrário aos meus princípios. Por exemplo: Mesmo sendo contra a mentira, posso eventualmente me conduzir mal contando uma se parecer conveniente. Uma conduta má, adversa dos meus valores.

Ao meu ver, por seus princípios Bolsonaro é inatacável; defende a família, Deus, a moral, os bons costumes, honestidade, patriotismo... só patifes são contra essas coisas.

Mas, imperfeito que é, comete erros de conduta e não raro, fala coisas criticáveis. A questão é pegar esses lapsos menores, e tentar equivaler aos que, em princípio, são à favor do aborto, do casamento gay, da ideologia de gênero, da corrupção, da opressão totalitária, do assassinato dos desafetos, da mentira, da liberação das drogas, do aparelhamento institucional, da perversão da juventude, do vilipêndio da fé... me falta adjetivo para qualificar devidamente o superlativo da desonestidade intelectual dos que isso fazem.

Muitos “isentos”, quando da traição surpreendente de Sérgio Moro, antes mesmo da fala do Presidente saíram gritando “Fora Bolsonaro”, deixaram patente seu oportunismo indecente, falta de lealdade nos mesmos moldes de Moro. Eu não votei em Sérgio Moro, aliás, e desprezo gente desleal.

Enquanto Jair não for pego em corrupção, ou falhas graves, seus destemperos verbais é um vitupério que estou disposto a levar, pelo pacote de bons princípios que ele representa; sobretudo, pelo imenso Saara de alternativas a ele, olhando para os demais que se assanham rindo para a sua cadeira.

Basta ver o tipo de pessoas que odeia o Presidente; corruptos, ladrões, bandidos, imprensa mercenária, drogados, gayzistas, satanistas, etc. Só a nata da sociedade.

Então, reitero, ele é um homem comum, imperfeito, com certas incontinências verbais; e daí? Os valores que defende representam a maioria do povo brasileiro que sempre vai às ruas deixar patente seu apoio, a cada vez que novo avanço do “Mecanismo” visa tolher a um poder legítimo outorgado pelo povo.

Quem já teve dois analfabetos funcionais como presidentes e os reelegeu, (cheia está a Net das pérolas verbais de ambos) agora, exigir perfeição de quem quer que seja, quando se calou antes, apenas deixa manifesto seu deserto de valores, de vergonha na cara, e suas densa floresta de interesses mesquinhos oxigenados por mentiras e corrupção.

Se, falta de vergonha na cara doesse, invés de máscaras a maioria estaria usando tampões de ouvidos.

Aquele que se presume identificado ao Presidente, mas, ao menor descuido verbal dele já sai para o outro lado, adota a perspectiva mesquinha e prostituta da Globo, não passa de um imbecil, de uma “Metamorfose ambulante” como cantou Raul Seixas.

Claro que me incomoda quando ele falha! Mas, não tanto ao ponto de saltar do barco, nem de me associar ao serviço sujo da concorrência. Adotei como meus os princípios defendidos por ele, não uma ideia insana de perfeição.

Gostaria de ver se esses bravos que tanto o apedrejam se portariam com a mesma firmeza, se sofressem metade das calúnias, traições e perseguições que ele sofre, e sem a facada.

Não gosto de caracteres estilo rosa dos ventos, que para cada contexto tem um ponto cardeal e derivados. Bolsonaro é sempre o mesmo; tosco, loquaz, mas veraz, sincero, decente. Por isso o apoio.

domingo, 26 de abril de 2020

O Rebanho e o Zoológico


“Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.” Jo 10;8

A Bíblia menciona pelo menos dois “Messias” que vieram antes e tiveram alguns seguidores, até; “Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; foi morto e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos, reduzidos a nada. Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento; levou muito povo após si; mas também este pereceu e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos.” Atos 5;36 e 37

Nos dias do alistamento foi quando Jesus nasceu; quiçá, informado do incidente dos sábios, algum aventureiro tenha pensado aproveitar-se do clima e se fazer líder de uma revolta; deu em nada.

Se, as ovelhas não seguiram aos ladrões e salteadores pretéritos, quem os seguira?

Pessoas que se identificavam com os tais. Afinal, não era a identificação que ligava “O Bom Pastor” às Suas ovelhas? “Quando tira para fora Suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas o seguem, porque conhecem Sua voz. Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;4 e 5

É natural alguém seguir a outrem, com o qual se identifica. Sócrates, o filósofo dizia que, quando aplaudimos alguém o fazemos por identificação, por esse alguém representar nossos anseios de beleza, talento, virtude... no fundo, aplaudimos nós mesmos. Acaso não vaiamos aquilo do qual discordamos?

Pois, mesmos cabritos com presunções ovinas também seguem mercenários com pretensões pastorais; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Como o chamado do Messias começa com o “negue a si mesmo”, nosso “aplauso” necessariamente será Dele, se, de fato somos ovelhas Suas. Nossa forma de pensar, sentir, desejar a vida, já não conta; antes, Sua mente deve ser a nossa; segui-lo não é caminhar estritamente, mas agir conforme Ele agiria estando em nosso lugar.

Não que alguém já fosse ovelha, e finalmente achasse um pastor pra seguir; antes, um predador foi deixado na cruz, convencido pela Palavra da Vida; uma ovelha gestada mediante novo nascimento, a qual, pelo Espírito consegue identificar-se com a Voz do Pastor.

O desafio do convertido que conserva a antiga natureza rapace é crucificá-la a cada a dia, mediante renúncia, não agindo conforme seus reclames, mas conforme a Voz do Pastor. Assim, se o predador deseja carne, a ovelha renascida é gerada do Espírito; seguir segundo Ele é sua dieta normal; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a Lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Duas leis; uma para julgar o mundo, outra para justificar os salvos. Aquela com dez mandamentos escritos; essa com uma síntese de dois, amar a Deus e ao próximo, coisas possíveis ouvindo a Voz do Pastor.

Por isso a transformação deve ser radical; novidade de valores, atitudes, de vida. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17
Se, somente andando em espírito não haverá condenação, como seríamos salvos seguindo a outrem que não fosse O Bom Pastor? Como disse Pedro: “Para quem iremos nós se só Tu Tens as Palavras de Vida Eterna”, ou, Ele: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”.

Portanto, mensagens de “tolerância e inclusão” tão em voga, o dito ecumenismo que considera válidas todas as crenças, a despeito dos ensinos, invés de “Um rebanho e Um Pastor” como tenciona O Eterno, se faz uma arca de Noé, um amontoado de todos os bichos, onde deveria existir ovelhas apenas.

Ainda que o Amor Divino seja universal, não morreu para salvar sistemas políticos, nem a sociedade; mesmo que Sua eficácia e propósito atinjam o mundo todo, morreu para salvar pecadores arrependidos, coisa que se verifica caso a caso, segundo a resposta de cada um. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

A Voz do Pastor é única; nos separa das demais; “... não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na Lei do Senhor...” Sal 1;1 e 2

domingo, 19 de abril de 2020

O Alvo Errado


“Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais, nem nós pudemos suportar?” Atos 15;10

Os que isso faziam eram obreiros espontâneos, sem chamada; “... alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras; transtornaram vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento.” v 24

Iam após o trabalho de Paulo e Barnabé, cujos frutos eram conversões e regozijo no Espírito, e perturbavam requerendo coisas da Lei de Moisés. Isso ensejou o concílio apostólico de Atos 15, dentro do qual, Pedro considerou que seria tentar a Deus, requerer dos gentios práticas peculiares ao judaísmo, uma vez que O Salvador não ensinou-as, nem as requereu.

Segundo Paulo, o zelo judaísta de alguns, nem era zelo estritamente, mas conveniência; certa vergonha pelo que fizeram com Cristo. “Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a Lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne.” Gál 6;12 e 13

Não significa que a Lei deixou de existir. Mas, que o servos de Cristo foram por Ele libertos dela e lhe pertencem. “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” Rom 7;4

Os legalistas modernos que ainda não entenderam o Ministério do Espírito, o que Ele opera em cada um que habita tencionam tomar Seu lugar. Se nos fazem juízes de usos e costumes dizendo de fora para dentro o que é santo.

No entanto, a vinda e habitação do Bendito Espírito Santo em nós faria desnecessária a atuação desses árbitros exteriores, imperfeitos, dada a perfeição do que nos ensinaria de dentro. “... Porei Minhas leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei; Eu lhes serei por Deus, eles me serão por povo; não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.” Heb 8;10 e 11

Claro que isso refere-se aos cristãos maduros, que trocaram seus pensamentos naturais pelos Divinos e, “... em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Portanto, não elimina o Ministério do ensino, antes, O Espírito capacita ensinadores segundo Ele, para edificação do Corpo de Cristo; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos...” Ef 4;11 e 12 Os que Ele deu para ensinadores são Seus; logo, diferentes dos espontâneos aqueles, que perturbavam o trabalho alheio.

Notemos que agora não é A Lei de Moisés; “porei Minhas leis em seu entendimento...” não se trata meramente de decorar um texto, antes de entender seu sentido espiritual. Óbvio que comportamentos são passíveis de juízo, sobretudo, segundo a Palavra, que é o Juízo de Deus. Mas, imputar pecados a alguém por coisas relativas a usos e costumes, fatores culturais tão diversos na terra é o desaconselhado juízo temerário, ao qual, não me atrevo.

Sempre que estamos diante de uma decisão difícil, os convertidos recebem a luz do Espírito acerca do caminho a seguir. “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Is 30;21

Jeremias disse o mesmo de modo diferente: “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir seus passos.” Jr 10;23

Vejo com tristeza quando gente que não se esmerou no estudo da Palavra fala da teologia como se fosse algo mau; as implicações são preocupantes, pois, parece se incomodar mais com a luz que com as trevas.

Deus não salva pela sabedoria, nem pela eloquência; salva arrependidos pelo Sangue de Cristo. Mas, capacita iluminando aos que escolhe, para que esses também difundam Sua Luz sobre outros. Foram homens abençoados, de muito estudo que verteram para nosso idioma a Palavra de Deus. Ele os recompensará por isso.

Com tanta gente na escuridão carecendo da Luz da Palavra, voltar artilharia contra irmãos que pensam diferente em coisas periféricas é um grotesco erro de alvo.

Não duvido das boas intenções dos que fazem isso; mas, o fogo deve produzir luz, além de calor. O que apenas acalora no escuro, enseja debates vãos é derivado das humanas paixões, não do Espírito Santo.

sábado, 18 de abril de 2020

Sinfonia Vírus


“... Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” I Sam 17;26


O épico desafio entre Davi e Golias é de conhecimento até mesmo de quem não se ocupa em ler a Bíblia.

Os filisteus estavam tão confiantes em seu campeão que queriam reduzir a batalha a um simples duelo entre ele e quem viesse do outro lado. Um retrato do eterno comodismo humano que, invés da honra busca facilidade. Se, ele pode vencer sozinho por que pelejar?

No entanto, o oponente que surgiu, embora fisicamente causasse desprezo até, não contava com recursos de sua compleição física; antes, se dizia soldado dos “Exércitos do Deus Vivo”.

Esse “detalhe” fez a diferença e decidiu o combate a favor do jovem contra o brutamontes.

Normalmente as pessoas pensam em Deus como uma possibilidade para depois da morte; uma espécie de abstração distante que não se envolve com as “coisas humanas”.

Daniel pensava diferente: “Ele muda os tempos e as estações; Ele remove os reis e estabelece os reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.” Dn 2;21

O salmista acrescentou que Ele não permite o domínio para sempre dos ímpios sobre os justos, para que esses não desanimem da virtude e abracem a impiedade também; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Nossa nação vem sendo governada por corruptos, ladrões, quadrilheiros há décadas; O Eterno que remove e estabelece governos decidiu estabelecer, dessa vez, um “ficha limpa”, um justo que, malgrado quase trinta anos em ambiente de corruptos não sujou suas mãos com dinheiro alheio, nem seus lábios com mentiras. Se é meio tosco ao falar é por que se ocupa mais com a verdade, que com polimento cretino no verniz dos mentirosos.

Primeiro, quando viram que a vitória dele era irreversível pagaram um matador de aluguel para remover a ameaça. O Senhor que o escolhera não o abandonara, de modo que o plano do Mecanismo, do sistema, enfim, de Golias, fracassou.

Imaginem, num país que pelejava pela legalização do aborto, das drogas, ideologia de gênero, casamento gay e porcarias afins, surge um louco falando que conheceríamos a verdade e essa nos libertaria; mais, que também era capitão dos “Exércitos do Deus vivo”, “Deus acima de todos”.

No começo Golias até tentou fazer as pazes com o desafeto emulando-o ao que chamou de articulação, nome comum entre os filisteus para a camuflagem do roubo consentido. Davi, digo, Jair recusou.

Então Golias que domina o STF, O Congresso, a Mídia e tem tentáculos em todos os municípios do País partiu para o “Plano B”. B de boicote. Tudo o que o homem faz é errado, criticado, difamado, atacado.

Desfiguraram ao projeto de Moro que endurecia contra o crime;

aprovaram a “Lei do abuso de autoridade” que favorece a vida dos corruptos;

quase todos os projetos do Executivo foram engavetados pelo Filisteu Rodrigo Maia; mais; se Bolsonaro estabelece a um errou; se demite ao mesmo, errou de novo. Se não faz o que a impren$a an$eia idem.

Se eterno erro é não alimentar ao gigantesco gárgula da corrupção com sua dieta favorita, vil metal.

Agora surgiu o famigerado Corona Vírus, o pretexto que O Mecanismo pediu ao Diabo; em nome da “preservação da saúde pública” toda sorte de mentiras se conta, de aquisições emergenciais superfaturadas se faz; e ainda, medidas totalitárias restritivas dos direitos básicos dos cidadãos são adotadas pelos filisteus que sentem que estão com “Davi” nas mãos.

Com o braço dos cargos políticos seguram o violino; com o da mídia tocam a “sinfonia vírus” e o gado marcado, os idiotas úteis, se apressam a partilhar “suas” preocupações. A manipulação é grotesca, mas, o monstro do medo cega os bichinhos.

Não digo que a coisa não existe e não inspire cuidados, apenas que é hipervalorizada, usada a serviço do sistema, não, combatida. Acaso abriram mão do “Fundão” por preocupados com a saúde pública? Não. Nem o farão, quiçá, apresentem um projeto para aumentar ainda mais o mesmo.

Jair é o que o Lula sonhou ser; uma ideia. Ideia de patriotismo e honestidade, que finalmente ocupou o coração do povo e não pode ser morta, mesmo que o Bolsonaro possa.

A contaminação circunstante é tal que formar uma equipe de Governo com uns trinta e poucos homens sem um traidor infiltrado fica impossível. Sempre tem um Bebbiano, um Mandetta na trincheira.

Mas, Davi não está só; Deus não estabelece derrotados, nem abandona a quem escolhe. A pedrada certeira virá, e então o poder dos filisteus se verá frente a frente com o Poder de Deus.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

"O Poço" aos meus olhos


“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Olhando com atenção o enredo de “O Poço” filme exibido pela Netflix, algumas coisas são, como diria o enfadonho Trimagazi, óbvias; outras, nem tanto.

O cenário é monótono, repetitivo; o enredo sombrio; que tornam o filme desagradável, de certo modo, malgrado o desafio aos nossos neurônios, o tempo todo tentando entender ao quê, se propõe.

Assim como uma poesia pode ser lida por vários ângulos, dada sua linguagem especial, também o filme, graças à abrangência de suas metáforas se presta às mais diversas interpretações.

O óbvio, na minha visão é uma crítica da falência humana em ambos os sistemas políticos; o capitalismo que premia aos de cima a despeito da miséria dos que estão embaixo, e o Socialismo que, depois da “Revolução socialista” de Goreng e seu amigo que decidiram levar a comida aos níveis mais baixos, devaneando com senso de justiça social e solidariedade espontânea, descobriram a duras penas que a revolução mais mata que socorre, como a história testifica, de modo que, a mensagem socialista também encontra um óbice de peso no cerne dos nossos problemas, o egoísmo.

Quem está num nível mais alto normalmente “mija” nos que estão abaixo, independente do sistema em vigência.

O fato de o poço possuir 333 níveis, cada um com dois “hóspedes” o que perfaz 666 o número da Besta do Apocalipse, na minha percepção indica que a “administração” do mesmo pertence ao “deus deste século” ou, o “Príncipe deste mundo” como a Bíblia menciona.

Ironicamente uma personagem que levou um cão consigo, (cada um poderia levar um item) o dito bicho se chamava Ramessés Segundo; nome de um Faraó de décima nona dinastia egípcia. Ora, em tempos de Covid 19, em que a comida escasseia e muitos em seu egoísmo compram e estocam mais do que necessitam prejudicando aos que “estão mais baixos no poço” chega a parecer uma zombaria da “administração”, se é que me entendem.

As cenas de canibalismo onde, eventualmente um come o outro para sobreviver é uma metáfora poderosa, figurando nossa sociedade onde, para obter vantagens, toda sorte de violência psicológica, social, espiritual até, é usada pelos que, possuem uma faca que, quanto mais usada mais afiada fica; a língua a serviço do engano. Com essa arma afiada nossa mídia faz mais dano que o Vírus propriamente.

Por fim os revolucionários que “pisavam na comida” por terem feito da plataforma alimentar sua “nave” de acesso aos níveis inferiores, depararam com um sábio que invés do método violento aconselhou que um símbolo, uma mensagem deveria ser enviada à administração; escolheram para isso uma espécie de pudim requintado que deveria voltar ao topo intacto. Esse ato inusitado deveria fazer as cabeças administrativas pensarem. Quiçá, reverem os métodos deles.

Chegando ao fundo, surpreendentemente acharam uma menina aparentando dez ou onze anos, malgrado a idade limite para estar no dito fosse de dezesseis anos; essa parecia estar com fome, de modo de que lhe deram para comer o bolo que deveria ser enviado ao topo como mensagem.

Não me pareceu fortuita a citação literal de uma passagem “canibalesca” onde Jesus disse que quem não comesse Sua Carne e bebesse Seu sangue não teria vida, tampouco a ironia de um que chamou ao protagonista de Messias.

Embora em minúcias seu personagem ficasse devendo muito como Messias, dada a perfeição Desse; ele entrou de modo espontâneo no poço, pagou o preço por isso em todos os níveis de humilhação possíveis, tendo chegado ao fundo desapareceu em companhia do velho que morrera bem antes; o fantasma que falava com ele; O Velho que o quisera devorar pode simbolizar o Velho Testamento, a Lei de Moisés; Ele ter sido ajudado por uma mulher, a Graça, inverteu as coisas de modo a devorar o velho; o que Jesus fez ao “Pregar as ordenanças na cruz”, como disse Paulo.

Se, no final a mensagem que era o bolo foi comida pela menina e essa, como numa identificação com o que comera tornou-se ela a mensagem a ser enviada a todos os níveis, também isso evoca uma figura teológica.

Jesus, O Messias definiu a si mesmo como “O Pão que desceu do céu para dar vida ao mundo”; a menina que o comeu para saciar sua fome pode tipificar a qualquer um convertido, pois, “comer de Cristo” necessariamente nos identifica com ele e nos torna crianças; essa é a mensagem do filme. “Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como criança, de maneira nenhuma entrará nele.” Mc 10;15

Como trata-se de especulações minhas, e mero exercício de opinião, todos podem discordar, óbvio.