terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Com ou sem, juízo?

“Examine, pois, o homem a si mesmo; assim coma deste pão e beba deste cálice.” I Cor 11;28

Exortação para que cada cristão faça um auto-julgamento honesto antes de atrever-se à “Mesa do Senhor”.

O julgamento não é algo reles, superficial; muito menos, sendo em juízo próprio. “Se consegues fazer um bom julgamento de ti és um verdadeiro sábio.” Antoine de Saint-Exupéry

O Senhor falou: “Não julgueis...” O risco de eu julgar a outrem exigindo dele a perfeição é que, fazendo isso estarei “legislando” contra mim; “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados; com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós.” Mat 7;2

Ao examinar a mim mesmo devo ter algum critério para determinar se meus passos foram bons, ou, maus. Qual? O “critério” proposto por Satanás faz ser “O homem a medida de todas as coisas” como versou Nietzsche. Ou, “vós mesmos sabereis o bem e o mal.” Assim, por esse viés um conhecido corrupto e ladrão se diz o homem mais honesto “destepaíz”. Julgamento padrão FIFA, digo; padrão capeta.

Quando O Salvador disse que a ninguém julgava não estava patenteando uma licença para pecar; antes, por ter vindo para propiciação dos nossos pecados não atuava como juiz, então; embora, Suas Palavras sejam a jurisprudência do julgamento futuro. “Quem rejeitar-me, e não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado; essa, o há de julgar no último dia. Porque não tenho falado de mim mesmo; mas, o Pai, que me enviou, Ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer; o que hei de falar.” Jo 12;48 e 49

“Porque o mandamento é lâmpada, a lei é luz; as repreensões da correção são o caminho da vida.” Prov 6;23 ou, “Lâmpada para os meus pés é tua palavra; luz para meu caminho.” Sal 119;105

Assim quando me julgo à luz da Palavra, no fundo, Deus é que me julga. Claro que isso não é possível ao homem natural; ele não conhece, tampouco, obedece a Deus. Somente o convertido ajudado pelo Espírito Santo consegue isso. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

Entretanto, o “não julgueis” tem sido usado como biombo por ímpios engajados que, à menor advertência para que se amoldem aos Divinos preceitos logo se ocultam atrás dele.

Ora, quando apresento A Palavra de Deus por juízo, como disse acima, não sou eu que Julgo; antes, é O Senhor. O juízo que ponho em relevo tanto vale para quem me ouve, lê, quanto, para mim. Estamos no mesmo barco. Quando O Salvador exortou a tirar a trave do próprio olho antes de ver o cisco no alheio vetou a hipocrisia; não, que se aplique a Divina Lei, sobretudo, quando o instrumento usado observa-a.

A Palavra não apenas declara idôneo ao que obedece, como o faz apto a disciplinar os rebeldes ainda. “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;6

Ademais, quando alguém me apresenta um tomo da Santa Palavra bem interpretada, independente de como ele vive, para mim é um feixe de luz que me mostra a vereda da vida.

Se, o tal não a observa e perder-se por isso é problema dele. Ouro na mão do bandido segue sendo ouro. O Salvador disse que se observasse os ensinos dos Escribas e Fariseus, só que não se imitasse seus exemplos; pois, ensinavam a coisa certa sem praticá-la.

Então, quando alguém confrontado pela Palavra apressa-se ao “não julgueis” querendo ou não, roga a Deus que se afaste. “Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a Lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis; vede para nós enganos.” Is 30;9 e 10

Acontece que, o “me engana que eu gosto”, ou, “mente pra mim, mas diz coisas bonitas” cantado em prosa e verso, diante de Deus é abominável.

Há uma horda de “profetas” fazendo isso; desgraçadamente falta-nos recorrer a outro “biombo” atrás do qual conviria se esconder, nesses casos: “... deixai a mentira; falai a verdade cada um com seu próximo; porque somos membros uns dos outros.” Ef 4;25

Acaso, nos cuidados com a higidez do corpo buscamos ao remédio doce, ou, eficaz? Então, façamos o mesmo com a vida da alma que vale inda mais.

Paixões naturais impedem que eu julgue bem a mim mesmo; porém se me despir das máscaras, colocar-me servil diante da Palavra, Ela me julgará bem; o “juízo” requer apenas arrependimento; por enquanto sou tratado em misericórdia. “... e a misericórdia triunfa do juízo.” Tg 2;13

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Prontinhos para ser salvos

“Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Mat 11;28 e 29

Chamam atenção as “credenciais” necessárias para a salvação; estar cansados e oprimidos; algumas versões dizem: Sobrecarregados.

Para se pleitear um emprego qualquer, normalmente se exige experiência anterior; o que comprovaria as aptidões do candidato para a função pretendida; há casos até, que o preparo não pode ser maior que a demanda, senão, o emprego será dado para outro mais adequado ao nicho existente.

Lembro o episódio de um amigo que, por volta do ano de 1995 pleiteou o emprego de cobrador de ônibus, (alguns lugares chamam trocador) numa empresa da zona sul de Porto Alegre que anunciara a vaga. Ele um cara articulado, com certo estudo, perfil de liderança, desinibido, fluente foi para a entrevista admissional cheio de esperança.

Chegado em casa após, eu e familiares dele perguntamos como fora. Cuspindo marimbondos de bravo disse que não fora aceito, pois, não se encaixava no perfil da empresa, e observou irado: “Qualquer pangaré trabalha de cobrador naquela porcaria; como que não me encaixo no perfil”?

Meio rindo, meio solidário observei: Esse é o problema; eles querem pangarés e você com sua fachada de líder grevista capaz de influenciar colegas não serve pra empresa. Não estás em falta; sobraste para o papel.

Depois de rir um pouco chegamos à conclusão que era isso mesmo. Assim são as conexões humanas. Ora sobramos, na maioria das vezes faltamos e uma poucas vezes parecemos na justa medida para o que se espera.

Porém, em se tratando das coisas espirituais, todos nós estamos “prontos” para ser salvos; A chamada do Salvador tem o nosso número. Isto é: A única “credencial” necessária é estar perdido e admitir isso.

Outro dia aconselhava um amigo; ele confessava maus passos que inquietam sua consciência e quando o aconselhei que se aproximasse de Deus para restauração ele disse que não quer frequentar uma igreja enquanto estiver agindo mal assim.

Respondi-lhe que, seu comportamento tinha a “lógica” de alguém que deseja estar limpo, para poder tomar banho. Ora, foi depois do mega desperdício que o Filho Pródigo todo sujo dentre porcos lembrou-se da casa do pai.

Certo que foi com a postura correta; humilhado confessando-se indigno. O Pai, porém ignorou todas as faltas e o recebeu com alegria fazendo uma festa.

Nossa alma no comando de nossas vidas invés do Espírito é uma incoerência funcional como se, alguém no trânsito tirasse o volante dum piloto e entregasse a um bêbado.

A alma pecadora embriaga-se com as paixões da carne, e desafiada à mudança, bem pode camuflar aos reclames da consciência com a máscara da falsa piedade; de que não está pronta ainda para a salvação, quando, no fundo, entre a sóbria salvação que demanda a cruz das renúncias, e seguir de porre bebendo dos prazeres que gosta prefere isso, àquilo.

Embora os prazeres do pecado sejam nominados por seus habituados de “curtir a vida”, no fundo é medo da morte; pois, alienados do Salvador, a vida é curta, como eles mesmo admitem. Essa “pressa de ser feliz antes que acabe” turba-os. Invés de verem ao pecado com é deveras, um assassino letal, um feitor que os subjuga redefinem-no como curtição.

A Palavra de Deus que lida com a verdade desconhece as manhas de “dourar a pílula”; chama aos bois pelo nome: Servidão. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;4 e 15

Liberdade absoluta é devaneio; o que pode nosso “livre arbítrio” é escolher a quem servir. “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Por isso quando O Senhor chamou aos “aptos” para a salvação desafiou-os a tomarem Seu Jugo. Jugo é uma metáfora para obediência à Vontade de Deus.

Assim, não nos resta justificativa para ficarmos alienados do Reino; uma vez que temos tudo o que necessitamos para ser salvos: Jesus Cristo.

Entretanto, se alguém conhece algum plano “B” que o apresente; pois, a própria Palavra demanda uma resposta de como seria possível alguém salvar-se sem Ele. “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram...”? Heb 2;3

Facilidades Mortais

“Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós.” Jr 23;17

Labor dos falsos profetas: Paz e bem aos desprezadores de Deus, duros de coração. A enfermidade das almas caídas. Todos desejam ouvir promessas de bens, mesmo sendo maus e seguindo na maldade.

A dureza do coração não apenas macula o relacionamento com O Santo; atinge a inteligência de modo a fazer que se espere por frutos do que não se plantou.

Se, um profeta idôneo fala da parte de Deus, aos maus, necessariamente há de começar por aí, uma vez que, O Bom Deus abomina à maldade; “... se tivessem estado no Meu conselho teriam feito meu povo ouvir minhas palavras e o teriam feito voltar do seu mau caminho; da maldade das suas ações.” V 22

A maldade de um profeta é ser “bom”, quando, O Senhor deseja apenas que seja verdadeiro. Pois, sua “bondade” aparente se revelará fatal quando chegarem consequências. Jeremias o “mau”, “contencioso” pelejou com aquele povo por 23 anos; sempre resistido por falsos profetas que tinham uma mensagem “melhor”.

Na hora das consequências coube-lhe a impotência de chorar passeando entre ruínas de uma cidade arrasada compondo suas lamentações.

Mesmo nelas não omitiu as causas; “Por estas coisas eu ando chorando; os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar minha alma; os meus filhos estão assolados, porque prevaleceu o inimigo... Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas, viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 1;16 e 2;14

Numa geração como a atual, onde, tudo é culpa de terceiros; sociedade, pais, Governo, do outro; mais do que nunca, a idoneidade profética requer que sejamos do contra. Quem desejar aplausos vire artista, mas, se empunhar a “Espada do Espírito” dê uma banana para os neons do mundo; seja fiel.

Falando em ser do contra, aliás, observemos essa palavra, “contra” quando O Senhor comissionava Jeremias: “Eis que hoje te ponho por cidade forte; por coluna de ferro e muros de bronze, contra toda terra; contra os reis de Judá, contra seus príncipes, contra seus sacerdotes e contra o povo da terra.” Cap 1;18

Parece que, invés de ser escolhido para agradar, como fazem os falsos, Jeremias o foi só pra contrariar.

Deparo seguido com “profetas” que, não querem saber como estou; se, honro ou desprezo a Deus; se, pauto meu viver pela Sua Palavra ou, ando segundo a dureza do meu coração; nada disso parece importar a esses “representantes do Santo”. Basta que eu “creia”, “compartilhe”, “digite amém”, “tome posse” para que eu seja destinatário da “chave da vitória”, da “bênção da prosperidade”, ou que Deus pagará minhas dívidas irresponsáveis... Que cambada de patifes!! Que gente sem noção!!

Agur descreveu-os nos seus dias já; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12 Como aos amigos de Jó; “Quem dera que vos calásseis de todo, pois isso seria vossa sabedoria.” Jó 13;5

Qual a diferença entre esses e os daqueles dias? Nenhuma. Prometem profusão de bens a quem vive mal; a quem despreza Deus. Diante Dele que as coisas contam; e as condições para viver, as metas a atingir estão bem patentes: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; que é o que o Senhor pede de ti, senão, que pratiques justiça, ames a benignidade e andes humildemente com teu Deus?” Miq 6;8

Não tem chave de nada aqui; mas, um modo de viver que agrada ao Eterno.

Queres ganhar dinheiro? Aproveite oportunidades de trabalho, capacite-se; vá à luta; faça por merecer.

Se queres ser abençoado por Deus, antes de tudo precisas dar crédito à Sua Palavra para que, por Ela e pelo Espírito possas nascer de novo; pois, “Deus não é Deus de mortos”.

Nos domínios do Espírito as riquezas são de outra estirpe; demandam diligência também, mas o front é distinto: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra; porque já estais mortos e vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

Percebeu a “contradição”? “Ressuscitastes... estais mortos...” Pra vida espiritual ressuscitamos; estávamos mortos e fomos renascidos; ao homem natural que tomou sua cruz convém outra sentença: “estais mortos...”

Enfim, um profeta veraz, portador da Palavra da Vida é instrumento que Deus usa para ressuscitar; não, para maquiar mortos.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Azul ou rosa? O Jornalismo vermelho

“Atenta para a Obra de Deus; porque quem poderá endireitar o que Ele fez torto?” Ecl 7;13

Além da revelação escrita temos a revelação criada, A Obra de Deus. Para essa o sábio exorta que olhemos por um pouco; “Atenta para a Obra de Deus...”

Paulo a considerou patente a ponto de deixar aos ateus sem desculpas fingindo não ver o que veem. “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

Quer dizer que, mesmo sendo a criação um testemunho de Poder da Divindade e uma revelação implícita inda assim contém coisas tortas? Sim; incontáveis. Basta olhar o tronco da maioria das árvores, o relevo, a anatomia dos seres, etc. Quase tudo é “torto”.

Ora, quando o pensador desafia dizendo: “Quem poderá endireitar ao que Ele Fez torto?” Não está desafiando alguém a “consertar um erro”; antes, tentando situar ao eventual sem noção da sua impotência diante de Deus.

O Salvador disse algo assim com outras palavras; “Qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?” Mat 6;27 De novo a ideia que não nos compete alterar à Obra do Criador.

À luz desse raciocínio não poderiam aqueles que dizem: “Eu nasci assim, num corpo errado” “legitimarem” seus desvios atribuindo-os Ao Criador? Teria certa lógica uma vez que, “... ninguém pode endireitar o que Ele Fez torto”.

A arte de sofismar nunca esteve tão em evidência como agora. Uma frase da ministra Damaris; “Menino veste azul, menina veste rosa” tornou-se assunto nacional atiçado por jornalistas safados que fingem não entender para incendiar aos que, deveras, não entendem.

Fizeram a coisa parecer preconceito, imposição de moda, ditadura; um “jornalista” desceu ao ridículo de usar terno rosa para “provar o contrário”; uma vergonha alheia e própria, por ter presumido um dia que esse era, de fato, profissional sério.

Precisamos desenhar: Azul e rosa não são literais; mera figura de linguagem, para dizer que uma coisa é uma; outra é outra; não se fundem. Simplificando inda mais: Ideologia de gênero, não! Meninos serão tratados como meninos e meninas como meninas. Suas escolhas quando adultos não são problema do Governo; sua formação educacional, sim. Simples assim.

Um jornalista sério com vergonha na cara manchetearia assim: “Ministra Damaris posiciona-se contra a Ideologia de Gênero”. Na matéria poderia usar a mesma figura de linguagem, reproduzir o que ela disse; interpretar o sentido e ponto.

Imaginemos esses “jornalistas” lendo a Bíblia com esse “critério”; “Eu Sou a Porta”. Eles começariam a divagar sobre qual seria a madeira, a marca da fechadura, se abriria para a esquerda, ou, para a direita. O mesmo com metáforas como: “Vós sois o sal da Terra e a luz do mundo” etc. Francamente!

Mas, voltando à imutabilidade do que O Criador fez; parece, de fato, que azul é azul e rosa é rosa. Eu acreditaria que alguém nasceu num corpo errado se, as funções biológicas se pervertessem. O homem engravidasse; mulher o fecundasse; anomalias assim. No mais, todo corpo que funcionar biologicamente como macho ou, fêmea é o corpo certo para os que os possuem.

Sendo, como os mesmos dizem, o homossexualismo, uma opção, que seja do indivíduo, não, do Estado. Isto é: Quando chegar a idade sexualmente ativa que cada um faça suas escolhas, invés de ser pervertido quando imaturo para confundir desnecessariamente sua psique.

Isso é de uma lógica cristalina; qualquer jornalista que faça jornalismo mesmo, invés de ativismo, militância política, concordará; crendo em Deus ou, não.

É desonesto sofismar sobre palavras humanas, muito mais, sobre As Divinas. A mensagem é espiritual, somente pessoas iluminadas pelo Espírito Santo entendem; “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo...” I Cor 2;14 e 15

Um septuagenário como Jorge Pontual usando terno rosa para mostrar sua “rebeldia” outra coisa não mostra, senão, a falta de senso do ridículo; impotência dos anos para formar uma têmpera mínima de decência moral e o vergonhoso “jornalismo” Global fazendo oposição rasa a um Governo que mal começou.

Deus não fez nada torto. “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento anuncia a Obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro; uma noite mostra sabedoria a outra.” Salm 19;1 e 2 Foi só uma figura que o sábio usou para situar-nos.

Não tivéssemos entortado seguindo o mau conselheiro e nem precisaríamos revelação saber que, “... Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas invenções.” Ecl 7;29

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

É Hora de Acordar

“Disse-me (Jesus) Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe. Ouviram-no até esta palavra, e levantaram a voz, dizendo:... não convém que viva.” Atos 22;21 e 22

A defesa de Paulo significava coisas ruins para seus perseguidores; que, Jesus, que eles mataram era O Messias deles; Seus discípulos que o Sinédrio perseguia eram agora, o povo de Deus. Paulo, antes perseguidor dizia ver, ouvir, e obedecer Jesus; por fim, a gota d’água que os fez desejar a morte do apóstolo; invés de ao “povo eleito” O Senhor enviava a mensagem aos gentios.

O orgulho humano tolera uma série de coisas, menos, ser deixado em plano secundário. O Salvador avisara que seria assim; seriam preteridos a favor de outros, dada, a esterilidade de frutos de então; “... Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, Eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado; será dado a uma nação que dê seus frutos.” Mat 21;42 e 43

Perguntar-lhes se nunca leram algo das Escrituras tinha certa ironia; pois, liam; jactavam-se de conhecer à Palavra. Porém, quando a vontade assume o comando os reclames do saber são abafados. A ciência vai até onde o homem está no comando; quando desafiado à submissão, o orgulho e a paixão assumem e a alma precipita-se no fanatismo cego.

Resulta o “não quero nem saber” que alguém diz ao assumir determinados riscos de uma empresa insensata; como se, lutasse consigo mesmo, contra a própria consciência que o queria iluminar, e, pedisse que se calasse.

Eles fantasiaram com um Messias político que os libertasse do jugo romano; viesse dócil ao domínio das religiões, então, vigentes; porém, veio Um Santo, implacável com a hipocrisia, alheio, avesso até aos formalismos ocos das religiões; pior; falou de amor, perdão, aos romanos, inclusive, dizendo não ser, Seu Reino, desse mundo; quanta decepção!!

Anda na linha, do, “nunca lestes”? Se poderia anexar Isaías 53;10: “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando Sua Alma se puser por expiação do pecado, verá Sua posteridade, prolongará Seus dias; o bom prazer do Senhor prosperará na Sua Mão.”

Não precisava ser mestre para entender o que estava expresso: Que o labor do Messias visava expiação de pecados, não, domínio político. Uma vez mais, a vontade humana abafando o conhecimento da Divina.

Seu Reino não é desse mundo; na origem, tampouco, nos valores; contudo, desse mundo alista servos dentre os pecadores que ouvindo à Palavra se deixam persuadir ajudados pelo Espírito Santo; o desafio é uma ruptura com as coisas vigentes no âmbito natural, para serem guindados à esfera do Sobrenatural, da Vontade de Deus. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Muitos que se dizem cristãos, quando, desafiados a levar a sério a Palavra melindram-se; contorcem-se nos enganosos tronos da segurança religiosa, da justiça própria; invés de questionarem seus rumos questionam às mensagens.

Ministros são tratados como desmancha-prazeres, como gente que enfeia um viver tão belo; descansam na cumplicidade dos mortos que trocam hipocrisias; o tácito acordo que concordam em não discordar.

O “establishment” tentando censurar “Paulo”. Hipocrisia e o orgulho religioso, os melindres à verdade são tais, que, se Cristo viesse em nossos dias falando como falou, Seu Ministério terreno não duraria três anos e meio. Seria morto antes. Arranjariam um “Adélio” e “resolveriam” sem demora.

Quem disse que devemos encaixar nos ditames dessa sociedade ímpia, corrupta, hipócrita e sem vergonha? Que devemos embalar berços dos pecadores sonolentos com cantos de ninar? Ora, um ministro idôneo deve ser o oposto, um despertador: “... Desperta, tu que dormes; levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Dizem que a orquestra do Titanic afundou tocando; gesto nobre naquele contexto. Agora, ver o mundo apodrecendo cada dia, maduro para o juízo que se avizinha, e preocupar-se em agradar pecadores invés de adverti-los?

Desde o Velho Testamento O Senhor ensinou que, eventuais mortos por falta de aviso, a culpa seria de quem deixou de avisar. “Se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, não for avisado o povo, a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, porém, seu sangue requererei da mão do atalaia...” Ez 33;6

Não é seu prazer o nosso alvo; antes, advertir em tempo para sua salvação.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

A "nossa" Justiça de Cristo

“Se te voltares ao Todo-Poderoso... livrará até ao que não é inocente; porque será libertado pela pureza de tuas mãos.” Jó 22;23 e 30

Um dos “amigos” de Jó presumindo a iniquidade como causa do infortúnio e exortando-o ao arrependimento. Feito isso, disse, sua intercessão seria eficaz; a pureza das suas mãos obraria livramento até dos culpados.

Deixando isso, por ora, quero discorrer sobre a identificação; onde, méritos do intercessor advogam a favor de outrem. A pureza das mãos do justo se mostra eficaz ao impuro.

A identificação funciona, tanto, para bem, quanto, para mal. Digo; tanto a pureza de quem ora por mim pode me abençoar, quanto, sua apostasia, profanação, atrair maldição. “... A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tg 5;16

Deus mesmo, mediante Ezequiel disse que a intercessão de um justo, em determinado contexto, se houvesse, teria livrado o povo; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro; estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém, ninguém achei.” Ez 22;30 Vemos, pois, que, não só é eficaz a intercessão de um justo, como, Deus busca-a; deseja-a.

Por outro lado, as orações e “bênçãos” de quem desonra ao Altíssimo não são coisas apreciáveis, se, temos algum senso; “Se, não ouvirdes, não propuserdes no vosso coração, dar honra ao Meu Nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei maldição contra vós; amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Mal 2;2

Diatribe contra sacerdotes corruptos da Antiga Aliança.

Porém, o princípio da identificação continua válido no Novo Pacto. Quando um ministro ora por alguém com imposição de mãos identifica-se com a necessidade daquele por quem intercede.

Contudo, se, impuser as mãos num ato de consagração ministerial, por exemplo, se faz fiador daquele; recomenda-o identificando-se com seu caráter. Nesse caso, Paulo aconselhou cautela a Timóteo; “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro.” I Tim 5;22 Assim, recomendar ao Senhor perante a Igreja alguém indigno é “participar” dos seus pecados, por identificação.

Por esse caminho chegamos à Eficácia de Cristo para a Salvação. Primeiro, nossa carga de culpas é tal que não pode ser removida por um “mediador” remediado; “Porque nos convinha, tal, Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo a si mesmo.” Heb 7;26 e 27

Dada a estatura ímpar do Santo requerido, Ele é o Único. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Há falácias católicas que dizem que, sendo a Igreja o “Corpo de Cristo” isso faria que dela derivassem mediadores também. O texto é claro. “Jesus Cristo, homem”. Não se trata de um corpo espiritual, mas, encarnado para nos representar; o que passa disso é mentira. O sacerdote mentiroso é canal de maldição, não, de bênçãos.

A Expiação do Nosso Salvador resolve as culpas do nosso passado, quando éramos ovelhas sem pastor; depois de conhecê-lo, a Ele pertencer, somos desafiados a nos identificar com Sua morte para herdar a vida.

Sua cruz foi literal; a nossa demanda crucificação dos maus desejos, mortificação testificada pela nova vida que passamos a ter depois de convertidos. “... todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte. De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim, andemos em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Quando João recusava-se a batizar Jesus, dizendo que ele carecia sê-lo pelo Mestre, não estava errado. Porém, naquele momento solene O Salvador identificava-se conosco; “participava” dos nossos pecados, para que, os remidos que lhe obedecem participem da Sua Justiça.

Nada valem as ditas “orações fortes” da praça. As aceitáveis ante O Santo vêm de vidas que Ele aprova; as demais, pecados; “O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei, até sua oração será abominável.” Prov 28;9

Ironicamente, o que acusou Jó de ímpio, desafiou-o ao arrependimento dizendo que, com mãos puras livraria ao injusto; quando as circunstâncias mudaram, não o caráter de Jó, que era reto, ele teve que ser liberto pela oração do sofredor. “... meu servo Jó orará por vós; porque a ele aceitarei...” Cap 42;8

Oração “forte” é a que O Todo Poderoso aceita; as que não forem pelo caminho, sequer, chegarão à Sua Apreciação. “... ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6

domingo, 30 de dezembro de 2018

O Cristão e a Ira

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra;” Mat 5; 5

Frequentemente se equaciona mansidão com fraqueza, mas, não é bem assim. Animais extremamente fortes como elefantes podem ser mansos. Mansidão é força sob controle, não a ausência dela. Se, “Deus não nos deu o espírito de temor, mas, de fortaleza, amor e moderação.” II Tim 1;7 A mansidão requerida é o fruto espiritual do domínio próprio, não, um subproduto da covardia.

Quem pretenderia ser mais forte que Aquele que venceu o pecado, o mundo, o diabo e a morte. Contudo, Ele disse: “... aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração...” Mat 11; 29

Em algum momento teremos que lidar com a ira. Somos advertidos pela Palavra que, “... a ira do homem não opera a Justiça de Deus.” Tg 1; 20
Portanto, parece uma postura que convém evitar. Paulo diz: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira.” Ef 4;26 Ele estava parafraseando o salmista que dissera: “Perturbai-vos e não pequeis; falai com vosso coração sobre vossa cama e calai-vos.” Sal 4; 4

É uma concessão para que até, nos iremos, sem, todavia, em cima disso cometermos pecado. Pois, apesar de ser alistada nos “pecados capitais” pelo catolicismo, a ira em si, sequer, pecado é.

Só um absoluto pusilânime pode contemplar injustiças, covardias, obscenidades, sem um quê de irritação; sem certa dose de ira. Ló em Sodoma provou muito disso, “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas; II Ped 2; 8

Jesus quando encontrou o comércio usurpando o lugar da adoração, em Seu zelo não conteve a ira; “Tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; espalhou o dinheiro dos cambistas e derribou as mesas;” Jo 2; 15

Aliás, se Ele vier passar em revista tudo que se faz em Seu Nome é considerável o número de “mesas” a virar.

Uma vez que, nossa luta não é contra carne e sangue, alguns acham que não devemos polemizar, nem criticar aos “irmãos” que agem de modo diverso do ensinado nas Escrituras.

Ora, no mesmo texto que fala isso, manda nos cingirmos com a verdade, que, não é outra coisa senão, além de sermos verdadeiros, denunciarmos o falso. Vestirmos a couraça da justiça, que, demanda não cometermos injustiça, nem concordarmos com os que a cometem; assim as demais “armas”.

Mesmo tendo que lutar contra o inimigo, isso envolve participação humana, de um lado e de outro. “Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme suas obras.” II Cor 11; 14 e 15

Como assistir ao obsceno desempenho desses ministros, sem uma saudável dose de ira? Até Deus sente. “Deus é Juiz Justo; um Deus que se ira todos os dias.” Sal 7; 11

Claro que não estou advogando aos melindrosos, irritadiços que, por coisas banais chutam o balde; esses, ante uma correção qualquer, invés de se arrependerem e mudarem o rumo derrubam o beiço; se isolam, com se, vítimas de injustiças. Neles, a cruz inda tem muito trabalho a realizar.

Na hiper-melindrosa geração atual, tudo fere, magoa; somos bem vindos para “curtir” bajular, elogiar, mas, se ousarmos ensinar algo da Palavra de Deus logo fervilham indiretas para que cuidemos das nossas vidas. A maioria prefere o “esconderijo” de Adão, a ouvir o Chamado do Criador.

Tratando-se de cristãos maduros, a paz necessária é com Deus; “Deixo-vos a paz, minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá...” Jo 14;27 A interpessoal, horizontal é mera possibilidade, nem sempre desejável. “Se, for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12; 18

No que respeita-nos devemos laborar pela paz, mas, se o preço for condescender com violência à sã doutrina, às Escrituras chamemos à arena a advertência de Jeremias: “Maldito aquele que fizer a Obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48; 10

A amor que, “Não folga com a injustiça, mas, com a verdade...” para essa geração intocável tem que vir vestido de Papai Noel; se, verter sangue numa cruz como demonstração de autenticidade, não vale.

Abusam da paciência do “Cordeiro de Deus”; mas, nada mais perigoso que um “animal” manso forçado a violar à própria mansidão; “Diziam aos montes e rochedos: Caí sobre nós! Escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono; e da ira do Cordeiro;” Apoc 6;16

Simples; ou aprendemos Dele, “Manso e humilde”, ou, um dia enfrentaremos Sua Ira.