segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Prontinhos para ser salvos

“Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Mat 11;28 e 29

Chamam atenção as “credenciais” necessárias para a salvação; estar cansados e oprimidos; algumas versões dizem: Sobrecarregados.

Para se pleitear um emprego qualquer, normalmente se exige experiência anterior; o que comprovaria as aptidões do candidato para a função pretendida; há casos até, que o preparo não pode ser maior que a demanda, senão, o emprego será dado para outro mais adequado ao nicho existente.

Lembro o episódio de um amigo que, por volta do ano de 1995 pleiteou o emprego de cobrador de ônibus, (alguns lugares chamam trocador) numa empresa da zona sul de Porto Alegre que anunciara a vaga. Ele um cara articulado, com certo estudo, perfil de liderança, desinibido, fluente foi para a entrevista admissional cheio de esperança.

Chegado em casa após, eu e familiares dele perguntamos como fora. Cuspindo marimbondos de bravo disse que não fora aceito, pois, não se encaixava no perfil da empresa, e observou irado: “Qualquer pangaré trabalha de cobrador naquela porcaria; como que não me encaixo no perfil”?

Meio rindo, meio solidário observei: Esse é o problema; eles querem pangarés e você com sua fachada de líder grevista capaz de influenciar colegas não serve pra empresa. Não estás em falta; sobraste para o papel.

Depois de rir um pouco chegamos à conclusão que era isso mesmo. Assim são as conexões humanas. Ora sobramos, na maioria das vezes faltamos e uma poucas vezes parecemos na justa medida para o que se espera.

Porém, em se tratando das coisas espirituais, todos nós estamos “prontos” para ser salvos; A chamada do Salvador tem o nosso número. Isto é: A única “credencial” necessária é estar perdido e admitir isso.

Outro dia aconselhava um amigo; ele confessava maus passos que inquietam sua consciência e quando o aconselhei que se aproximasse de Deus para restauração ele disse que não quer frequentar uma igreja enquanto estiver agindo mal assim.

Respondi-lhe que, seu comportamento tinha a “lógica” de alguém que deseja estar limpo, para poder tomar banho. Ora, foi depois do mega desperdício que o Filho Pródigo todo sujo dentre porcos lembrou-se da casa do pai.

Certo que foi com a postura correta; humilhado confessando-se indigno. O Pai, porém ignorou todas as faltas e o recebeu com alegria fazendo uma festa.

Nossa alma no comando de nossas vidas invés do Espírito é uma incoerência funcional como se, alguém no trânsito tirasse o volante dum piloto e entregasse a um bêbado.

A alma pecadora embriaga-se com as paixões da carne, e desafiada à mudança, bem pode camuflar aos reclames da consciência com a máscara da falsa piedade; de que não está pronta ainda para a salvação, quando, no fundo, entre a sóbria salvação que demanda a cruz das renúncias, e seguir de porre bebendo dos prazeres que gosta prefere isso, àquilo.

Embora os prazeres do pecado sejam nominados por seus habituados de “curtir a vida”, no fundo é medo da morte; pois, alienados do Salvador, a vida é curta, como eles mesmo admitem. Essa “pressa de ser feliz antes que acabe” turba-os. Invés de verem ao pecado com é deveras, um assassino letal, um feitor que os subjuga redefinem-no como curtição.

A Palavra de Deus que lida com a verdade desconhece as manhas de “dourar a pílula”; chama aos bois pelo nome: Servidão. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;4 e 15

Liberdade absoluta é devaneio; o que pode nosso “livre arbítrio” é escolher a quem servir. “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Por isso quando O Senhor chamou aos “aptos” para a salvação desafiou-os a tomarem Seu Jugo. Jugo é uma metáfora para obediência à Vontade de Deus.

Assim, não nos resta justificativa para ficarmos alienados do Reino; uma vez que temos tudo o que necessitamos para ser salvos: Jesus Cristo.

Entretanto, se alguém conhece algum plano “B” que o apresente; pois, a própria Palavra demanda uma resposta de como seria possível alguém salvar-se sem Ele. “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram...”? Heb 2;3

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