sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Os Evangelhákonos

“Os doze convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.” Atos 6;2

A igreja iniciante, um misto de judeus e gentios e os problemas administrativos que surgiam com o andar da carruagem.

Então, algumas viúvas gregas sentiam-se desprezadas no suprimento de pão; uma comunidade que, tinha tudo em comum, mas, nem tanto, senão, não haveria o concurso de parcialidades, ou, omissões assim.

Chegando tal pleito aos apóstolos foi que ordenaram a escolha dos servidores, (diákonos) pois, disseram: “... não é razoável que nós deixemos A Palavra de Deus e sirvamos às mesas.”

Invés da nossa transformação ser opção, “no escuro”, baseada em um fanatismo cego, como nos acusam alguns, um crer sem saber direito em quê, A Palavra de Deus demanda sempre o concurso da razão; não como pedagoga, mas, como assessora da fé, para que, os que creem o façam com entendimento. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que, é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Nessa perspectiva, os apóstolos defenderam não ser razoável os homens da Palavra, deixarem sua ocupação para servir às mesas. Sua lógica era coerente, pois; uma vez que, esperava que cada um transportasse a carga conforme seus ombros; ou, sobretudo, que as coisas prioritárias não fossem ofuscadas pelas secundárias.

Se, o pão cotidiano era algo importante e deveria receber os devidos cuidados, o do espírito era essencial; quem o sabia e poderia distribuir, não deveria deixar isso por outra função de menos relevância. Pois, foi nessa ordem que O Salvador colocou as coisas: “Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Entretanto, muito do que hoje se chama Evangelho já não pode mais fazer distinção entre homens da Palavra, e, os cuidados com o pão de cada dia. Há uma confusão ministerial onde, o pão do espírito se funde com o do corpo; as pessoas que deveriam ser desafiadas mediante O Evangelho a tomar a cruz para a salvação, não raro, são ensinadas a fazer mandingas em busca de prosperidade material.

O culto racional como vimos acima, é o “sacrifício vivo”, ou seja: A mortificação das vontades naturais, e, renovação do entendimento em dissenso com o mundo para conhecer à Vontade de Deus.

Isso requer uma mudança dos nossos pensares pelos Divinos; “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos; se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Então, o trabalho dos homens da Palavra é ensinar aos discípulos os “Pensamentos de Deus”; não basta desafiar os ouvintes a uma mudança, antes, convém ensinar em quê consiste tal câmbio.

Paulo, por exemplo, foi bem didático: “... deixai a mentira, e falai a verdade cada um com seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.” etc. Ef 4;25 a 28

Assim, o ministro da Palavra não é um provedor de pão; antes, um difusor de luz. O pão vem de outra fonte: “... trabalhe fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha...”

Desse modo, quando um ministro tenta fundir as duas coisas, que são complementares, paralelas, mas, não intrínsecas, deixa de ser um mensageiro probo, e se converte numa fraude.

Pois, o “servidor” que nos coloca o pão à mesa é nosso próprio labor; a Luz da Palavra transforma-nos para que, quer, no trabalho, em família, na sociedade, a mudança operada seja mensagem para quem nos vê; “... muitos verão; temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

Quem, invés da pureza Santa da Palavra, que dá vida, pretende transformá-la num meio de obter pão, não é evangelista nem diácono, mas, um velhaco que não desempenha nenhuma das funções direito.

Um “evagelhákono”. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que, são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; cuja glória é para confusão deles; só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

Em suma, socorramos sempre que possível aos que carecem de pão; mas, não rebaixemos ao “Pão do Céu” que dá vida ao mundo, como se estivesse ao nível do que perece. Não seria razoável compararmos diamantes com vidro.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Ouro no Lixo

“Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro puro e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário sobre cada rua! Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!” Lam 4;1 e 2

A boa hermenêutica esposa que a Bíblia interpreta a si mesma. Estamos diante de um exemplo clássico. O ouro desvalorizado, escurecido, do primeiro verso, no segundo mostra tratar-se de uma metáfora para o caráter dos homens de então, não, do metal em si.

Assim o envilecimento do ouro é uma figura para a decadência do valor, do caráter humano. De passagem temos menção da ruína do Santuário, o que permite inferir licitamente que a decadência era derivada do abandono, ou, negligência para com as coisas santas.

Isaías mencionou um cenário global, (o de Jeremias era local) de decadência humana evidenciada de cima para baixo; isto é, desde os governantes. “A Terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da Terra.” Is 24;4

De novo, negligência, quando não, oposição às Leis Divinas são a causa da maldição, do enfraquecimento; “Na verdade a Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a Terra...” Vs 5 e 6

Natural que, os que temem ao Senhor sejam avessos às leis humanas que afrontam às Divinas. O Salmista fez uma pergunta retórica que encerra a questão: “Porventura se associa contigo o trono da iniquidade que forja o mal a pretexto de lei? Sal 94;20

Assim, muitas coisas “legais” ao escopo do mundo, se, são imorais perante os Estatutos Divinos devem receber nossa aversão, não, aquiescência. Pois, como A Palavra ensina, “importa mais obedecer a Deus, que, aos homens.”

Quando consequências da maldição incidem sobre o planeta em grandes catástrofes, os ímpios são os primeiros a culpar Deus pelo feito, pois, poderia impedi-las e não o fez. Ora, suponhamos que você tenha plantado algo; acaso desejarias que outrem interferisse com seu plantio tolhendo à colheita?

Pois, perante O Santo, seja na seara da virtude, seja, na do vício, nossas escolhas são sementes que Ele deixa frutificar. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Semear na carne é dar vazão plena às paixões naturais, humanas; torná-las lícitas até, como muito se vê; Semear no Espírito é ter como norma de vida os valores da Lei Divina.

Então, no mesmo escrito em que denunciou o “escurecimento do ouro”, Jeremias sentenciou: “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

Quando catástrofes “naturais” filhas da maldição nos visitam, pode até que inocentes padeçam junto, mas, certamente é a messe madura do plantio da maioria que está tremulando ao vento. Se, desse lado da vida Deus permite injustiças onde inocentes morrem por culpas alheias, no além, cada um receberá segundo suas escolhas; ninguém mais ceifará passivamente culpas de outrem.

Jeremias, aliás, o profeta das lágrimas é um exemplo de inocente atingido pelo juízo contra terceiros, os culpados; líderes civis e espirituais do povo que fomentaram a apostasia. “Os teus profetas viram para ti vaidade e loucura; não manifestaram tua maldade para impedirem o teu cativeiro; mas, viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 2;14

Nítido é que, o dever dos homens espirituais é manifestar o que está errado aos Olhos Divinos. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

Desse modo, enquanto os governos humanos ímpios se esforçam para forjar leis ao sabor das paixões, nós, servos de Deus temos dever de por em realce as prescrições da Lei Divina, tão somente, pois, “... havendo os teus juízos na Terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9

Vemos A Palavra de Deus jogada no lixo como algo sem valor; tais atores de igual modo serão jogados no monturo. Deus É Inocente; Justos Seus Juízos; a escolha é nossa.

“... em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados, presos; rejeitaram a Palavra do Senhor; que sabedoria têm?” Jr 8;8 e 9

Enfim, muitos escondem seus corações da Palavra de Deus e endeusam a si mesmos; Nós, cristãos, andamos por trilho inverso: “Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Sal 119;11

domingo, 21 de outubro de 2018

A Cura do Câncer

“Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira.” Ronald Reagan

Discordo que a prostituição tenha sido a mais antiga das “profissões” como dizem, (Adão foi governador; Abel, pastor, Caim, agricultor) mas, com esse sentido a frase de Reagan foi feita. Ou seja: A política se parece muito com a prostituição, onde, dinheiro, e não outro valor qualquer faz as coisas acontecerem.

Desgraçadamente, na maioria dos casos é assim. As pessoas vendem a alma ao Diabo por poder, ou, votam em bandidos por uma mísera vantagem pontual, mesmo que, o todo se dane.

Duas coisas diferenciam inicialmente Jair Bolsonaro dos demais postulantes. Uma; abriu mão do fundo eleitoral; preferiu confiar na divulgação pelas redes sociais, que, investir rios de dinheiro em busca de votos, muitas vezes, comprados.

Outra; desprendimento ético louvável. Não fez nenhum conchavo com outros visando aumentar tempo na TV em troca de ministérios como tantos. Mais; disse: “Não tenho obsessão pelo poder. Ou, sentarei na cadeira presidencial sem conluios, ou, estarei na praia tomando água de coco.” Quem mais falou assim?

Só por essas duas posições, mesmo que fosse meu adversário eu o respeitaria. Disse algumas frases infelizes quando mais jovem; inquirido assume-as, invés de negar como tantos; mas, acrescenta que aprendeu com tempo, que todos cometem erros, falam coisas indevidas, porém, aperfeiçoam-se. Que há nisso que o desabone? Nada.

Mas, a imprensa em sua ampla maioria insiste em encaixar na sentença de Reagan; invés da imparcialidade perante os fatos como convém ao jornalismo, deturpa, mente, manipula em descarada opção pelo lado corrupto. Potencializam ao ápice bugigangas pretéritas contra o Jair, pretendendo mostrar quão mau ele é; mas, aos mais lúcidos tudo o que mostram é quão podre a imensa maioria de “La Prensa” está.

Lembra um antigo quadro do Silvio Santos: “Topa tudo por dinheiro”. Já votei no PT um dia, bem no começo, mas, à medida que fui conhecendo melhor seus atores me arrependi, mudei.

Não são democratas como insistem em fingir. Democracia pressupõe alternância de poder. Eles tiveram quatro mandatos seguidos, o que ninguém jamais teve na “história deste país” como diria o preso; na iminência de perder uma jogam sujo ao cubo, “fazem o diabo” como eles mesmo dizem, pra não deixar a teta.

Um militante travestido de “Bolsominion” distribuiu capim a eleitores nordestinos; outro igualmente trajado gritava palavras de ordem contra CNBB e evangélicos em SP. Pelos rincões nordestinos onde a miséria é maior, espalham que Bolsonaro retiraria o “Bolsa Família”, aposentadorias, até, se eleito. Eis o jeito PT de ser! Eis o partido que cresceu, inclusive com meus votos prometendo “ética na política”.

O Brasil em 2002 era um paciente com câncer e bicho-de-pé; escolheu o Lula como médico. Ele ignorou a doença fatal e tratou apenas da periférica. Curou os pés e deixou alastrar-se a enfermidade mortal. Traduzindo, aumentou linhas de crédito facilitando endividamento da classe média; e potencializou o assistencialismo aos mais pobres.

Enquanto isso saqueou a Petrobrás, os Fundos de Pensão, o BNDS, fez-se milionário, aos filhos e cúmplices, deixando o câncer, a doença do País em estado muito mais avançado.

A coisa foi maquiada enquanto deu graças à habilidade de mentirosos profissionais alugados, chamados de marqueteiros, que mudando critérios, não situações econômicas guindavam milhares de pobres à “classe média” só pra fazer propaganda.

Hoje, a astronômica dívida pública e o assombroso desemprego, fazem periclitar a saúde econômica da nação. Mas, os “pés” lembram dos bichinhos que foram tirados e suspiram saudosos de tão hábil “médico”. Atribuem os sobressaltos na saúde geral ao Temer, ignorando convenientemente que é “médico” da mesma equipe e lida com efeitos colaterais do primeiro “dotô” e sua sucessora indicada.

Isso abordando apenas economia. Resta ainda a exacerbação da violência, 60 mil mortes por ano, doutrinação ideológica com conseqüente falência educacional, perversão de infantes com a famigerada ideologia de gênero, destruição de valores com incentivo à “arte” obscena, cooptação de apoio ilícito com a malversação da Lei Rouanet, etc.

Então, livrar-nos do PT é mais que uma escolha política; é uma questão de higiene moral. Quem não se importa com os jogos sujos que diuturnamente fazem na campanha, nem com a tentativa de assassinar Bolsonaro, desculpe, mas, temos visões de mundo diametralmente opostas.

Sei que Bolsonaro é homem como nós, com defeitos; mas, quantos de nós, passaríamos 27 anos na vida pública sem manchas como ele? Então, merece respeito.

Se, ao PT pareceu bem tirar sua vida pelo poder, a mim parece bem chutar o PT, pelo bem da vida de todo o país. Quem deveria ter curado o câncer, hoje se tornou um tumor maligno; precisa ser extirpado.

sábado, 20 de outubro de 2018

"deuses" ou, Filhos de Deus?

“Como prevaricar, mentir contra o Senhor, e desviarmo-nos do nosso Deus, falar de opressão e rebelião, conceber e proferir do coração palavras de falsidade. Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas e a equidade não pode entrar.” Is 59;13 e 14

A rejeição ao Senhor e Sua Lei; em Seu lugar, palavras falsas, e, uma dura consequência; o direito, a justiça e a verdade perdendo espaço.

Não há meio-termo; ou, aceitamos a Deus, Seus termos, Sua Palavra, Sua Justiça, ou, endeusamos às nossas doentias paixões, segundo o conselho de Satanás; “Vós sabereis o bem e o mal.”
Na verdade, a ilusão vendida pelo pai da mentira, que o homem seria livre, se, independente de Deus, o fez servo da ignorância, das trevas, da mentira.

E, a longa convivência com a “comodidade” de ser mentiroso ensejou ao homem vão, certo apego a quem lhe aprisionava.

Como um mendigo que deseja mais as esmolas que um trabalho, pois, lhe parece mais fácil a opção, embora, menos digna. Assim, evitamos à verdade que nos denuncia e confronta, mas, também liberta, pelo “conforto” de não abdicar de nossas preferências, e seguirmos sendo “deuses” falidos, esmolando aceitação do mundo, invés de rompermos com ele, e, em Cristo sermos guindados a Filhos de Deus.

O Salvador denunciou essa enfermidade que nos condena: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Ora, quem assim age é vítima da própria cegueira, pois, presume que a cortina das trevas onde oculta os seus vícios de outros humanos basta para lhe ocultar também do Santo. “Não há criatura alguma encoberta diante dele; (de Deus) antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13

Hoje em dia todos têm voz, e poucos, ouvidos; as ditas “fake news” notícias falsas, mentiras, têm deitado e rolado. Como seriam os Evangelhos se, O Senhor tivesse vindo num contexto como o atual? Teríamos um verso para cada gosto de quem escreveu, atribuído ao Salvador.

A mentira só parece uma ferramenta útil a quem desconsidera a existência e O Juízo de Deus. Os tais, intentando fazer algo, ou, conquistar determinado posto não se perguntam, por quê? Mas, como? Não há valores em questão para gente assim; apenas, interesses. Alguém só sairá do seu caminho se, morto; matam. Certas pautas imorais dão votos; apoiam. Determinadas mentiras podem danar seu oponente; mentem.

O risco que corremos, os que amam a verdade é mentirmos sem querer ao sermos imprudentes, partilhando algo, sem conferir antes; isso não nos convém. O lema do Candidato que a maioria dos cristãos apóia é: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Se, acreditamos mesmo nisso, nada que não seja verdadeiro deve fazer parte de nosso pleito.

Vivemos dias como os de Isaías, infelizmente; “Sim, a verdade desfalece e quem se desvia do mal se arrisca a ser despojado; O Senhor viu e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça.” Is 59;15
Assim como, Davi derrotou o gigante sem usar as armas de Saul, mas, com as suas em submissão a Deus, também nos convém defender o que acreditamos sem usam métodos que deploramos. Aliás, deveríamos ter como aprendizado essa vastidão de mentiras, esse deserto moral onde, uma porção de verdade soa como um oásis, para vermos bem de perto quão preciosa a verdade é; e, nos apegarmos a ela inda mais.

Ninguém é obrigado a abrir seu voto é direito seu, expor, ou, silenciar; mas, há “cristãos” que dizem votar em um, para ficar bem com a maioria, quando, na hora h votam em outro. Embora se digam e pretendam filhos de Deus, seus passos caminham após o pai da mentira, Satanás. “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele.” Jo 8;44 Note que não disse que escolhem o capeta por votar no outro, mas, por mentir.

Façamos nossa escolha; virá um tempo, breve, que seremos governados por quem não queremos, e seremos tolhidos dos direitos básicos, de crença, culto, até; devemos estar cientes disso; porém, enquanto possível escolher, sejam os valores espirituais, eternos, não interesses pontuais, efêmeros, nossos motivos.

“Prefiro um cético ético a um crente incoerente. A incoerência deste pode ser responsável pelo ceticismo daquele.” Hermes Fernandes

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Nosso Juízo de Deus

“Porventura tornarás tu vão o meu juízo, ou, me condenarás, para te justificares?” Jó 40;8

Na verdade o juízo Divino acerca de Jó estava posto desde o começo; “... ninguém há na terra semelhante a ele; homem íntegro, reto, temente a Deus, que se desvia do mal.” Cap 1;8

O que ensejou um segundo julgamento, o qual, Deus desejava que não fosso tido como vão? Quando, após as queixas do patriarca e as falas dos amigos O Criador resolveu entrar em cena, Ele não acusou a Jó de injusto; mas, de falar sem conhecimento, ignorar o que estava em jogo. “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?” Cap 38;2

Digamos que a fé de Jó, bem como, seu caráter foram acusados por Satanás de, mera conveniência horizontal; troca de favores. E, que, se Deus permitisse que ele fosse testado a fundo, blasfemaria. Assim, a permissão para a prova, além de julgar a intensidade da fé de Jó, estava expondo também o juízo de Satanás; o que ele pretendia por discernimento não passava de calúnia.

Desse modo, o juízo que O Eterno não queria que fosse tido em vão, embora atingisse Seu servo, no fundo, julgava a Satanás.

O Eterno permitiu que a prova fosse extrema para destruir de modo cabal as falácias do inimigo. No tocante a Jó o Senhor sabia que permitira incidir sobre ele coisas muito injustas. Porém, satisfeito Seu intento, julgou novamente o mérito de Jó e reparou as afrontas sofridas. “O Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e acrescentou em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía.” Cap 42;10

Por isso, aliás, O Salvador nos chama de bem-aventurados quando, somos perseguidos sem motivo justo; “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus;” Mat 5;10

Aos Olhos Divinos, padecer fome e sede de justiça equivale a ajuntar “Tesouros no Céu”; “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos;” Mat 5;6

Sempre nos retraímos à ideia de sofrer; sobretudo, injustamente. Mas, quando isso acontecer lembremos que, diferente dos banquetes humanos, O Senhor reserva o “bom vinho” para o final; digo, as recompensas pelas dores sofridas nos esperam no além.

Mas, não esqueçamos que, muitas vezes nossas dores são juízos justos pelos nossos erros; disciplina do Senhor em face às nossas omissões, pecados. “Antes de ser afligido andava errado; mas, agora tenho guardado Tua Palavra... Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os Teus Estatutos.” Sal 119;67 e 71

Não tem como ficarmos neutros ante O Juízo Divino; Ou, aceitamos ao mesmo declarando que O Senhor É Justo, ou, julga-mo-lo incapaz de fazer justiça. “... tu me condenarás para te justificares?” Outro dia vimos isso; uma galera que decidiu optar pelo homossexualismo que Deus abomina condenou o Salvador dizendo ser, O Senhor, como eles, para justificar suas perversões.

Esses tentam fazer vão o Juízo Divino. Porém, como Céus e Terra passariam antes que caísse algo das Palavras do Mestre, afrontar a Deus é, como foi com Saulo de Tarso, em sua cegueira, “Recalcitrar contra os agulhões.” Ou, dar murros em ponta de faca.

Infelizmente, muito do que se presume fé, horizontalmente, se, submetido a um teste de profundidade sucumbirá; “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4

Com balas de festim e inimigos imaginários é muito fácil ser valente; mas, quando o sangue for requerido, as perseguições, ora, verbais, se tornarem físicas, questão de vida ou morte, e isso vai acontecer, só então saberemos a vera estatura de nossa presumida fidelidade ao Senhor.

“O telhado se conserta em dias de tempo bom” (J. Kennedy) Nossa cobertura espiritual deve ser reparada em tempos de calmaria; assimilarmos o Possível da Bendita Palavra de Deus; pois, quando perseguições nos puserem em fuga, quando o novo Império Mundial em construção tolher nossas liberdades, limitar o que podemos crer, ou, fazer, então, teremos que nos arranjar com os “butiás” que tivermos no bolso; não será possível colher mais.

Diz-nos A Palavra que a “matéria-prima” do Inferno é fogo e enxofre. Alguns excessivamente “amorosos” esposam que Deus não mandará ninguém pro inferno. Na verdade não manda; as pessoas vão com as próprias pernas.

Porém, quando as afrontas ao Santo extrapolam todos os limites, como em Sodoma e Gomorra, a Justa Ira Divina jogou o Inferno sobre eles. Choveu fogo e enxofre, e os blasfemos que viviam suas perversões contra as Leis Divinas viram o Inferno “a céu aberto”.

A beleza de sermos arbitrários é a possibilidade fazermos escolhas; o ônus disso é que elas frutificarão “conforme sua espécie”.
Nosso juízo será uma seara disfarçada de tribunal.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A "Velha" Ordem Mundial

“Dizendo Nova Aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho se envelhece; perto está de acabar.” Heb 8;13

O autor usando a lógica para ensinar aos seus leitores a transição do Antigo, para o Novo Testamento, no Sangue de Cristo.

Algo apresentado como novo, automaticamente “envelhece” outro, que, ocupava o lugar que o novo pretende.

Então, quero escrutinar um pouco a dita “Nova Ordem Mundial”, tão presente nos lábios dos governantes nas últimas décadas. Seria nova em oposição ao quê?

Os governos humanos tendem ao nacionalismo, não, globalismo. Cada um deles ocupa-se prioritariamente do progresso do próprio país, não, da construção de um império mundial. “Make América great again” (Trump) “Brasil acima de tudo” (Bolsonaro) etc.

Quem anseia governo mundial, e, implementará, por certo tempo, segundo a Bíblia é Satanás. Assim sendo, a “Nova Ordem” pretende suprimir ao cristianismo com seus valores, que, mesmo sendo cheio de enfermidades, hipocrisias, inda incomoda a oposição sua existência.

Quem não lembra de certo postulado no “Programa Nacional de Direitos Humanos” do PT? “Desconstrução dos padrões heteronormativos; dos valores da moral judaico-cristã”? Resumindo: Destruição da família e seus valores.

Daí, natural que, pautas como, aborto, ideologia de gênero, casamento gay, pedofilia, poligamia, incesto, descriminação das drogas, etc. sejam promovidas mundialmente pelos fantoches de Satã.

Cristo, O Senhor dos Senhores que preside tudo e implantou os valores vigentes disse que os Seus deveriam andar na luz; mais; ser luz, em seu agir; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16

Luz se interpreta como discernimento espiritual, conhecimento e prática da Vontade Divina revelada, a “mente de Cristo”.

Essa se assessora da lógica; tem seu consórcio com os fatos. “Tudo o que o homem plantar ceifará;” “Pelo fruto se conhece a árvore; a boa produz frutos bons, e a má, frutos maus”; etc.

No entanto, a nova ordem não precisa dessas coisas “velhas” como, fatos, história, coerência, verdade, lógica, Deus... O trem das vontades rebeldes, no trilho da nova narrativa histórica, e, o combustível das paixões cegas já faz o comboio andar a contento aos olhos do príncipe deste mundo.

Aí, acusam certo opositor de apologista da violência; no entanto, defendem aborto; de ditador, e aplaudem ditaduras; de nazista, e odeiam a Israel; de fascista, e querem o Estado paternal inchado; exigem respeito à diversidade sexual; o fazem profanando símbolos sagrados alheios; depreciam o machismo, mas, incensam o feminismo; dizem-se pela liberdade de expressão, mas, tentam tolher desafetos; que aos dezesseis anos jovens não estão maduros pra responder por seus atos; mas, aos doze já podem decidir mudar de sexo; etc.

Como poderia alguém ser tão incoerente, contraditório, ilógico, imbecil, se, não estivesse cegado em sua compreensão, aliciado pelo reino das trevas? “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Então, embora pareça aos desavisados mero pleito humano, estamos no centro de uma batalha universal, entre Deus e o Inimigo; Aquele querendo persuadir pelo amor; esse, dominar pela mentira.

Infelizmente, será impossível deter o que O Próprio Criador permitirá; o império global de Satã. Porém, enquanto for possível pelejar pelo que acreditamos, o faremos; a Misericórdia Divina está nos dando um tempo ainda, para que melhoremos como nação; como indivíduos, como cristãos.

De um bom aproveitamento dessa Bendita Janela Celeste ainda aberta depende a salvação de milhares de almas no breve período restante. Pois, o reino das trevas terá permissão de se estabelecer; mostrar a que veio. Porém, quando isso ocorrer, a opressão será tal, que, milhares de títeres, hoje cegos, dariam um braço para voltar atrás, refazer suas escolhas, mas, então será tarde.

Hoje nos odeiam; aos que amam a luz, Cristo e Seus Valores; desgraçadamente ignoram que, pelejamos, abrimos mão de conforto, nos expomos ao ridículo, se, necessário, para livrar alguns deles da cegueira, dos danos de opções inconsequentes pelas quais tanto labutam.

O deserto moral é de uma secura tal, que, coisas obscenas são feitas naturalmente com conivência, ou, omissão da imprensa e autoridades. A existência de ética, limites, valores, para esses “walkin dead” morais é apenas “discurso do ódio”. Mas, se falam em soltar presos e censurar à imprensa, aí, é “democracia”.

O Eterno Governa. Usou um freio chamado Trump; vai usar por aqui ao Bolsonaro; as coisas só acontecerão quando Ele permitir. 

Por fim, um conselho aos eventuais “Novaordianos” que lerem isso: “... Ponde-vos nos caminhos e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

sábado, 13 de outubro de 2018

O Império da Mentira

“Não admitirás boato; não porás tua mão com o ímpio para seres testemunha falsa.” Êx 23;1

Nono mandamento que veta falso testemunho. Isso é algo extremamente grave, pois, a língua, esse pequeno músculo pode ferir como espada.

“A morte e a vida estão no poder da língua; aquele que a ama comerá do seu fruto.” Prov 18;21
Esse texto tem sido distorcido, como se, a palavra humana tivesse poder de criar o que fala como Deus. Não. Quando diz que nossa língua tem poder para vida e morte, atina às consequências do testemunho que, tanto poderia acusar para a morte, quanto, inocentar a outrem.

“Há alguns que falam como que espada penetrante, mas, a língua dos sábios é saúde.” Prov 12;18 As línguas más em oposição aos sábios. Implicitamente aquilata ao mentiroso como parvo, tolo.

“O ímpio atenta para o lábio iníquo, o mentiroso inclina os ouvidos à língua maligna.” Prov 17;4 Nessa outra sentença, a simbiose entre os que contam mentiras; um parece desejar a “criatividade” do outro para levar adiante a falsidade.

Nesse tempo de “fake news,” corremos risco de sermos mentirosos passivos, quando, por imprudência, precipitação, ou, outro vício qualquer, compartilhamos coisas alheias de origem duvidosa.

Fazendo isso acabamos incorrendo em falso testemunho. Já cometi esse erro; espero não repeti-lo. Se, para alguns, em época de campanha eleitoral acirrada como agora vale tudo no afã pelo poder, para quem teme a Deus, nada mais que a verdade deve ser sua “ferramenta”.

Sabemos que, falsos testemunhos patrocinaram a morte de Nabote, de Jesus Cristo, Estevão...

Nem sempre é fácil controlar o afã de falar; mais difícil ainda filtrar o conteúdo da fala, sobretudo, em momentos de excitação.

Ocorre-me a sina do mancebo Eliú, o último que falou por ser o mais jovem entre os amigos de Jó. Esperar a “fila andar” foi-lhe doloroso; “Sou de menos idade, vós sois idosos; receei-me; temi de vos declarar a minha opinião...” Jó 32;6 Depois confessou: “Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange. Eis que dentro de mim sou como o mosto, sem respiradouro, prestes a arrebentar, como odres novos. Falarei, para que ache alívio...” Vs 18 a 20

Esse anseio todo derivava dele presumir ter algo sábio a dizer, num contexto em que as palavras erravam.

Quando o fogo dos nossos cérebros ensejar mais luz que calor, compreensão que defesas apaixonadas, digo, convém nossa intervenção. De outra forma, me socorre um provérbio hindu: “Quando falares cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio”.

Não pretendo afirmar que exerço esse controle todo; na verdade falho muito nisso, não por ser falso, mas, por excitação, convicções; portanto, estou entre os que devem aprender com essa mensagem.

Tiago contrapõe o poder de um homem controlar um navio a ser impotente para conter a língua; “Vede também as naus que, sendo tão grandes, levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa... Mas, nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” Cap 3;4 e 8

Para finalizar transcrevo as “Três Peneiras” de Sócrates.

“Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.

Sócrates perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - indagou o rapaz.

- Sim! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo.

Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?

Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Melhora a vida?

- Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e seu irmão iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça; enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.”


Se, essas três peneiras dessem uma passada na “nuvem” onde flutua o mundo virtual, haveria tanto lixo a ser consumido, seria uma clareada tal, qual, quando uma tempestade se vai e permite que o céu exiba sua colorida “Clave de Sol” o arco íris.

Melhor deixarmos de compartilhar uma verdade, que, ousarmos fazê-lo, ao risco de ser mentira. Pois, “Ficarão de fora ... e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

“As pessoas que falam muito mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.” Millôr Fernandes