quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A morte de Olavo e os rojões


“Morreu o pai do bolsonarismo; falta o filho.”
José de Abreu, sobre a morte de Olavo de Carvalho.

Além de comemorar a morte do professor, o ilustre representante do “ódio do bem” também desejou a do Presidente Bolsonaro.

Alguns são tão subterrâneos, que os adjetivos fraquejam na inglória tentativa de mensurá-los numa sentença minimamente verossímil.

Desse calibre o autoproclamado “Presidente do Brasil”. A gente cogita uma série de impropérios, mas, o risco de ofender os canalhas, temeridade de melindrar os patifes, pejo de ofender aos cafajestes, ou, a deselegância de magoar aos facínoras se impõem e quedamos inertes, privados do socorro das palavras.

Nem mesmo a vergonha alheia nos visita; pois, nos dá vergonha de sentir vergonha por seres abjetos assim.

A absoluta impossibilidade de se bater ao saudoso professor da arena dos argumentos, por dois motivos concomitantes: a genialidade dele e a boçalidade dos esquerdóides, enseja que esses sempre partam para ataques pessoais, não o contraponto das ideias.

Na sua visão, eles não têm oposição, antes, inimigos; quem não comunga de sua doentia e totalitária ideologia precisa ser combatido com todas as forças. A morte se faz “virtuosa” se for de um desafeto da causa; eis uma nuance de “la revolución” que pretende tornar a vida (???) no planeta, melhor! Vida de quem?

Com a mesma veemência que atacam presumidos pontos fracos dos que se lhes opõem, fazem vistas grossas aos crimes de corrupção e atentado aos direitos humanos dos “companheiros”. Mesmo assim, nós, conservadores, não desejamos a morte deles; antes, que aprendam um mínimo contato com a realidade; uma leitura em Braille, que seja, dos fatos; mas, admito, sonhamos alto demais.

Para os tais, Lula (defensor da ditadura chinesa, Maduro e dos Castro) é um democrata; malgrado condenado em três instâncias, é legítimo postulante ao poder; o preço da gasolina e derivados é por culpa do atual governo, não da sistêmica corrupção na Petrobrás havida em mandatos esquerdos; as “pesquisas” do IBOPE e Data Folha retratam os fatos...

A Força Tarefa da Lava Jato foi uma formação de quadrilha, não instrumento de combate à corrupção; direitos humanos existem para bandidos no exercício da “profissão”, policiais e cidadãos que se danem; militares no poder são uma ameaça, corruptos, meros defensores da democracia; aborto é um direito, ideologia de gênero, educação; Bolsonaro que defendeu o eficaz tratamento precoce para o Covid, e distribuiu milhões a prefeitos e governadores que agiram desonestamente é “genocida”; aqueles, são inocentes...

Enfim, com uma ficha corrida assim, numa sociedade minimamente sadia a maioria deles pleitearia por banho de sol no pátio, não por assentos em Brasília.

Todavia, tenho uma má notícia para eles: Como só sabem combater pessoas, não conseguem argumentar, Tendo O Saudoso Professor ingressado na eternidade, do lado de cá restaram “apenas” as coisas contra as quais os vermelhos não sabem como lidar; as ideias dele.

“Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza dos seus ideais.” Charles Chaplin

É parte da doutrina comunista raiz, que seus praticantes falem dos oponentes, como se estivessem diante do espelho; “Xingue-os do que você é”, ensinam seus mentores.

Daí, seu inegável talento para o baixo nível, a defesa do indefensável, a falta de conexão com a realidade, e impossibilidade de raciocinar.

Se tivessem alguma conexão com a realidade saberiam que mais de uma dezena de homens importantes, empresários, jornalistas, etc. Que falaram ou escreveram desejando a morte de Bolsonaro, foram medidos com suas próprias réguas... já não estão mais entre nós.

Sabedores disso, não por decência, que desconhecem, mas por prudência maquiavélica, seriam menos velozes com suas salivas adoecidas.

Estou certo que as lúcidas ideias do professor Olavo serão esquadrinhadas agora, com o eloquente convite de sua partida, e mesmo não estando entre nós, estará mais influente do que antes.

Não existe um “bolsonarismo” fanático; tipo lulismo dos que acampam ao redor da cadeia, mijam e cagam outdoor, para poder dizer “Bom dia presidente”.

O que existe são valores, como patriotismo, Deus, Família, proteção às crianças, probidade... que O presidente representa; muitos, mesmo não gostando da pessoa, votam nele por identificação. Se deixasse de ser honesto e acabasse na cadeia, não iríamos ignorar envergonhados os fatos, nem gritar “Jair Livre!”

Sinceras condolências aos familiares do Professor Olavo, e a certeza de que eles perceberão, que o foguetório dos que comemoram a morte dele, não deriva de demérito nenhum do professor; antes, da ilusão dos que pensam que a luz apagou e poderão se esbaldar no escuro.

As férteis ideias do Professor gerarão muitos filhos. Pena que o cruzamento dos muares, também.

Andar sobre as águas


“O enchi do Espírito de Deus, sabedoria, entendimento e ciência em todo lavor.” Ex 31; 3 “Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito a palavra da ciência;” I Cor 12;8

Se a Bíblia nos apresenta ciência e sabedoria como coisas diversas, forçoso é admitirmos que seja assim. No entanto, são como gêmeos que nascem unidos e é preciso uma delicada cirurgia para separar.

Mesmo o mais hábil “cirurgião” não ousaria algo tão nobre sem “tirar as sandálias” como Moisés. Embora sem jeito com o bisturi, ficar descalço eu posso, antes de me atrever.

A ciência está ao alcance de qualquer ser humano e pode ser galgada mediante estudo, pesquisa, experiências. É um contingente; como tal, pode ser aumentado a cada passo na busca da sua aquisição. Seu produto é amoral; tanto que pode servir para a medicina hightec quanto, para armas de destruição em massa, por exemplo. Assim, a Árvore da Ciência faz conhecer o bem e o mal.

A sabedoria, mesmo parecendo gêmea da ciência, é um peixe de águas bem mais profundas.

Essa é absoluta, não pode ser ampliada; o fato novo não a enriquece, antes, manifesta. Claro que o Sujeito de tal predicado só pode ser Deus. Assim, tem conteúdo moral, excelso, santo. “… a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia, bons frutos, sem parcialidade, nem hipocrisia.” Tg 3; 17

Tiago opõe a Sabedoria do Alto, a outra que chamou de “terrena, animal e diabólica”. Sua abrangência: Terrena, não toca as coisas do céu; seu espectro, animal; atua na alma, não no espírito humano; seu inspirador, quem propôs desobedecer a Deus e comer da árvore da ciência, o diabo.

A sabedoria do alto atina a outra árvore que ficou meio esquecida no Jardim. A Árvore da Vida que mantém próximo ao Criador. Infelizmente mui poucos são “negacionistas” o bastante para isso.

Não pode ser buscada noutra fonte, senão, Nele. Como fez o mais sábio dos homens, Salomão. “Eis que fiz segundo as tuas palavras; te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará.” I Rs 3; 12

João ilustrou as multidões como águas. De carona nisso podemos dizer que, a sabedoria Divina personificada, Jesus Cristo, anda sobre as águas. “Dizia-lhes: Vós sois de baixo, Eu Sou de cima; vós sois deste mundo, Eu não Sou deste mundo. Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que Eu Sou, morrereis em vossos pecados.” Jo 8; 23 e 24

Notemos que o meio de preservação da vida proposto não é mediante a ciência, mas, a fé. “Se não crerdes…morrereis…”

A sabedoria não é posta como enriquecedora do portador, (ainda que seja uma vera riqueza) antes, como fonte de vida. “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas, a excelência da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12 

E dessa “vacina” a maioria tem medo, pois ela ameaça com efeitos colaterais da cruz, aos pecadores que pecam “vendendo saúde.”

O existenciário onde estamos inseridos demanda respostas que fogem em muito aos domínios da ciência; então, os que refratários à fé em Deus criam fés alternativas e nomeiam de teorias. Quanto à fé proposta no Senhor chamam-na de cega, pois, lhes soa melhor isso que admitir que a sua ciência é limitada.

Não se entenda com isso uma eventual aversão à ciência, como se tal fosse o intento desse tratado. O progresso da ciência também pode ser tributário a certos dons de Deus como versam os textos introdutórios.

Mas, como o vínculo ao Divino não é necessário em seus domínios, o mau uso do conhecimento dá azo a coisas diversas que, embora ditas científicas não passam de simulacros, que Paulo aconselhou a evitar. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência,” I Tim 6;20

A tal é classificada como falsa, por não se ater ao seu objeto; mas, ousar além, fazendo oposição à fé. Deixa de ser ciência e se torna uma fé bastarda.

Onde ateus classificam a fé como cega encontram os limites de sua vista. Afinal, caminhar sobre as águas requer certa ousadia incomum, como teve Pedro. Só se atreveu a tanto porque viu o Mestre fazendo e tentou imitar.

Como quem fecha a porta à fé não “vê” ao Senhor, fica sem parâmetro. Náufragos na ilha da incredulidade, ateus fazem suas rústicas jangadas teóricas no mar existencial; mas, os ventos nunca lhes são favoráveis.

Fé; caminho sem volta


“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” Heb 10;36

Exortação aos impacientes que começavam voltar atrás; nesse contexto foi dito: “O justo viverá da fé; se ele recuar, Minha Alma não tem prazer nele.” v 38

O Salvador também usara a figura do que lança a mão no arado e olha para trás, para ilustrar uma “entrega” parcial, dúbia, como sendo coisa indigna Dele.

A paciência demandada era, “... depois de haverdes feito a Vontade de Deus...” Entretanto, muitos sequer chegam a conhecê-la, dado o percurso necessário. Diz A Palavra: “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

“Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem seu prazer na Lei do Senhor, e na Sua Lei medita dia e noite.” Sal 1;1 e 2

Devemos fazer a Vontade Divina que já sabemos, nos separar de maus conselhos, caminhos, ambientes; feito isso meditarmos intensamente na Lei do Senhor; nela, O Divino querer está expresso. Quando falo em Lei, refiro aos ensinos, doutrina, não aos dez mandamentos estritamente, que foram aperfeiçoados e reduzidos a dois no Novo Testamento.

Óbvio que o risco de retroceder incide apenas sobre quem começou uma caminhada. Quem jamais deu um passo não poderia voltar.

Mas, por quê começamos algo e tendemos a abandonar?

Porque muitas vezes ousamos levianamente, sem a devida seriedade. Experimentamos a fé, tipo, vou ver onde leva; se “der certo” continuo. Jamais dará certo para os tímidos assim.

Um dos dois mandamentos a que A Lei foi reduzida é amar a Deus sobre todas as coisas, o que exclui minhas tendências voláteis, meus sentimentalismos rasos; se minha vontade fraqueja, devo perseverar sabendo que Essa é A Vontade Dele.

“Aquele que perseverar até o fim será salvo”. Perseverar enseja algo mui sério. Segundo o Site “Origem da Palavra” significa: “... manter-se firme, persistir”, formado por PER, “totalmente”, mais SEVERUS, “estrito, sério”.

Totalmente severo, sério, quando minhas frágeis inclinações ousarem se impor. Aliás, quando alguém pareceu duvidar da perseverança de João Batista, O Salvador perguntou: “O que fostes ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento?” Ou seja: Um fracote que se inclina para o lado favorável sempre? Não. “Entre os nascidos de mulher, não há maior profeta que ele.” Acrescentou.

Essas “fés inteligentes” que vão indo enquanto as coisas “dão certo” ou fazem mandingas várias exigindo que passem a dar, assemelham-se à da mulher de Jó. Quando tudo deu errado para o marido exortou-o a negar a fé; “Ainda reténs tua sinceridade? Amaldiçoa Deus, e morre.” Cap 2;9

Porém, ele que era perseverante retrucou; “Como qualquer doida falas tu...” Sua fé era em Deus, não em circunstâncias favoráveis. “... receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal?” v 10

A exortação aos que ensinam é que falem “Segundo A Palavra”, não, segundo as volúveis inclinações de “qualquer doida”.

A Palavra versa que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem dos que amam a Deus...” então, quando a Vontade Dele permite o concurso de males, é porque, Ele sabe do bem adjacente e permite a dura experiência visando o glorioso resultado. “... Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que O Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” Tg 5;11

Para o cumprimento dos sonhos que O Eterno dera a José, era necessário um período probatório, um teste sobre ser fiel no pouco, antes do muito; só então, O Poderoso deu o “sonho insolúvel” ao Faraó, mediante o qual promoveu Seu servo. Ele teve que sofrer mais de uma década de injustiças que pressionavam a voltar atrás, e não voltou.

A fé sadia não muda o que está me desalentado ao redor. Muda meu foco, dessas coisas passageiras, para a Sabedoria e Integridade Daquele, a cuja Vontade estou entregue. Se Ele permite que seja assim, é porque assim é melhor; nisso descanso.

Os que creem na realização dos seus desejos, ainda não passaram pela cruz; digo, passaram ao largo, não tomaram as suas, com as devidas renúncias implícitas.

Ainda que os frutos da terra e o gado pereçam, como disse Habacuque, nossa fé há de sobreviver; O Socorro Divino, em tempo chegará; pois, “... não somos daqueles que se retiram para perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma.” Heb 10;39

domingo, 23 de janeiro de 2022

Argumentos da calúnia


“O sábio teme, e desvia-se do mal; mas, o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Prov 14; 16

Temos duas reações diante do mal; uma do que evita-o, desvia-se; outra, do que se irrita com a correção e se sente seguro. Qualquer pessoa medianamente informada sabe que, o uso da violência, da agressão, onde deveríamos usar argumentos é admissão de culpa; ou, de falta de argumentos.

O senhor sofreu na face um “oponente” assim. “Tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; se bem, por que me feres?” Jo 18; 22 e 23

Vemos que, o uso da violência, da agressão, onde faltam ideias é um mal bem idoso.

“O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio discute ideias.” Pv chinês. O que Salomão achara tolo, para os chineses é um medíocre, o que não o melhora em nada.

Tais religiosos tentam se lavar com água suja; digo, justificarem eventuais erros ancorados em presumidos erros alheios. Assim, os corruptos dum partido caçam desesperadamente os iguais de outras siglas; como se, achando-os, lhes justificassem.

Não que sejamos perfeitos, mas, nos apedrejam covardes, desqualificando de longe, imputando-nos coisas que desconhecem, frutos de sua maldade, não, de fatos. Sentem aversão a quem ensina; se o tal, em algum aspecto os contrariar.

Paulo, o grande apóstolo passou por algo semelhante. Cara a cara o temiam, mas de longe o acusavam. “Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação, não para vossa destruição, não me envergonharei. Para que não pareça como se eu quisera intimidar-vos por cartas. Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, a palavra, desprezível. Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais, seremos também por obra, estando presentes. Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que louvam a si mesmos; mas estes que medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.” II Cor 10; 8 a 12

Então, quando a santidade é tanta que chega a sentir certa ojeriza dos nossos pecados, talvez seja hora de conhecermos pessoalmente esses poços de virtude; estando eles no púlpito, nos assentarmos para o devido banho de sabedoria e santidade.

Duros tempos vivemos; onde o respeito sumiu; a calúnia parece se equiparar aos fatos. Longe de mim esteja a presunção de não ter erros; mas, igualmente distante fique a ideia de hipocrisia e falta de caráter.

O mesmo Paulo, que era valentão só por cartas vaticinou esses dias: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3; 1 a 5

Sim, embora se diga por aí que somos todos iguais, para Deus existem diferenças, “os bons”, na verdade, são pecadores que se arrependem; os réprobos seguem agarrados aos seus erros; esses merecem desprezo enquanto não se arrependerem. Cidadão dos Céus é aquele, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra aos que temem O Senhor;...” Sal 15; 4

O mesmo que despreza aos réprobos honra os servos de Deus, não emparelha tudo como se fosse um balaio de gatos. Um servo do Eterno não é dono da Verdade; mas, tem compromisso com ela, não com fingir hipocritamente visando agradar homens, como disse Pedro: “...Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” Atos 4; 19 e 20

Vivemos a geração sem noção, que foi descrita nos provérbios. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas, que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

O triste disso tudo é que, quem os ensina visando afastar do erro o faz por amor, mirando edificação e é tratado como arrogante, presunçoso, hipócrita.

Certas coisas, só notamos o real valor quando faltam, como viu a beleza da casa paterna, o pródigo, só depois que estava entre os porcos.

“O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto o outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17; 15 

Quem tem compromisso com a verdade não faz uma coisa, nem outra; antes, realça a diferença entre ambos.

Deus "Básico"


“... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” Jo 18;37

Já ouvimos: “Caso você acredite que Ele Existe e É, Ele é Deus; mas, se não acreditares, continua Sendo.” Assim, minha fé ou incredulidade mostra quem sou, não quem Ele É.

Aquela Fala de Jesus traz a mesma lógica. Ouvir ou não Sua Voz, mostra, simplesmente, quem sou. “Aquele que é da verdade ouve a Minha Voz.” Dos outros, disse: “Vós não credes porque não sois das minhas ovelhas...” Jo 10;26

Assim, para quem crê, não precisa explicações periféricas; para quem duvida, não adianta. O ensino é importante, explicações de entendidos ajudam clarear; mas só busca por essas coisas quem crê. Os demais, desprezam.

Um truque anexo à incredulidade é fazer parecer que estão em Deus as dificuldades, não, nos próprios limites, egoístas e mesquinhos, o problema.

O Eterno jamais se apresenta implorando que creiamos na Sua Existência. Declara-a e Sua Soberania, como auto evidente; até pelas Obras; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Quanto ao que duvida, não perde muito tempo com ele, antes, descarta-o como tolo; “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” Sal 14;1

Desse modo, eventuais óbices à reconciliação sempre estarão em nós; jamais no Senhor.

Entretanto, muito do que temos visto nas igrejas, deriva da “percepção”; que Deus, Suas Obras e Sua Bendita Palavra são insuficientes, para ensejar fé nas pessoas.

Daí, invés de um chamado para o culto ao Senhor, as “espertezas” humanas trazem um monte de “acessórios”; “Culto da Vitória:” culto de “Milagres e maravilhas”; das “Revelações do Senhor”, da “Quebra de Maldições”, etc. O Todo Poderoso “Básico” não é suficiente.

Chamamos básico, um automóvel, por exemplo, que traga estritamente os itens necessários ao seu funcionamento. Quando, além disso tem airbags, blue tooth, direção regulável, computador de bordo, etc. Esses acessórios visam incrementar, agregar valor e aumentar o apelo do referido bem.

Segundo A Palavra, como seria O Deus, “Básico”? “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não Encho os céus e a terra? diz o Senhor.” Jr 23;24 “A Voz do Senhor é Poderosa; a Voz do Senhor é cheia de majestade. A Voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano.” Sal 29;4 e 5

“Tu Sabes meu assentar e meu levantar; de longe entendes meu pensamento. Cercas meu andar, e meu deitar; conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.” Sal 139, 2 a 4

Mas, Jesus era menor... será? A Palavra ensina que Ele É “... o Resplendor da Sua Glória, (de Deus) Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3 Diz mais: que devemos ser “... enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus Pai, e de Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2;2 e 3

Amostras pontuais, gotas de um vasto oceano; mas, diante delas, qual “acessório” podemos anexar, para que O Altíssimo se torne mais “atraente”?

Paulo ensinou que a persuasão humana equivale a fazer vã a Cruz de Cristo. Todos esses penduricalhos desnecessários e fúteis, outra coisa não são, senão, artifícios humanos, uma pretensa esperteza comercial onde, honestidade, santidade e verdade bastariam.

Quem ousa apelar, anexando coisas ausentes na Palavra, também ousa prometer coisas que Deus não prometeu. 

Invés de crendice em falácias vãs, “Os teus estatutos têm sido meus cânticos na casa da minha peregrinação.” Sal 119;54

A perspectiva Divina nos promete aflições, passar dias difíceis; o “Único” alento será Deus conosco. “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

As “igrejas” mercantis de hoje, invés de ensinarem as pessoas a se manterem fiéis, mesmo na luta, ensinam a “usar a fé” para fugir das lutas, coisa que, vergonhosamente, chamam de “vitória.”

A fé não precisa de badulaques de fundo de quintal; a despeito de circunstâncias, conhece O Senhor, e isso basta; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a Voz do Seu Servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

As vitórias bíblicas ensinam vencer a si mesmo crucificando à carne; vencer o mal com o bem emulando desafetos; e vencer o mundo, ignorando seus artifícios multicores, olhando além. “... esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” I Jo 5;4

sábado, 22 de janeiro de 2022

O Sol e a lama


“Os fariseus e escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.” Luc 15;2

Como seria se, O Salvador não recebesse pecadores? Salvaria a quem? Normalmente faz esse tipo de observação quem não se sente pecador. Os religiosos de então, equacionando religiosidade com santidade, coisas distintas. Como não há homem que não peque, esses, acrescentavam aos seus pecados, a falta de noção.

Embora se diga vulgarmente que, nossas companhias nos identificam, “diga com quem andas e direi quem és;” ou, o verso Bíblico: “Andarão dois juntos se, não estiverem de acordo?” Am 3;3

Existe grande diferença entre identidade e identificação. A primeira tem a ver com meu ser; a essência da minha personalidade, com meus gostos, escolhas, valores... quem sou.

Identificação é mais um estar, que um ser. Digo, tem a ver com minha compaixão, meu modo de agir, mais que, com meu caráter. Nela posso, mesmo discordando diametralmente do modo de ser de alguém, me identificar com sua necessidade e querer ajudar. Me assento com o tal, assisto-o em suas necessidades, sem adotar seus valores, seu modo de vida.

Porém, só me identifico de modo a querer comunhão, com quem me é semelhante. O andar inseparável de Jesus não era com os pecadores; “Aquele que Me enviou Está comigo. O Pai não Me tem deixado só, porque Faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29 “Eu e O Pai somo Um”, disse.

Então, se por Sua misericórdia O Salvador se assentava com pecadores, era porque se identificava com eles; com suas necessidades; todavia, em Seu Ser, havia enorme distância, dada Sua Santidade. “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, ‘Separado dos pecadores’, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;26

Quando A Palavra nos prescreve a separação, “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1 veta que tenhamos identidade como a deles, de modo a nos sentirmos confortáveis com seus ambientes e ações; invés de sofrer o contágio dos maus, pois, somos desafiados a contagiá-los irradiando Cristo. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem Ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

A separação que devemos adotar em relação aos ímpios é de valores, não necessariamente geográfica. Paulo disse que tal coisa seria impossível; “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.” I Cor 5;9 e 10

Feita essa ressalva aconselhou a se manter distância dos cristãos falsos; “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, beberrão ou roubador; com o tal nem ainda comais.” v 11 Ou, importem-se com as necessidades dos ímpios, mas, não compactuem com a identidade dos falsos.

Nesses casos, os que se dizem irmãos são os que se saparam. Professam algo e fazem o seu oposto. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes; reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16 Como é a frase aquela? Ah! “O que és, grita tão alto, que não consigo ouvir o que dizes.”

Quando orou pelos Seus, O Salvador fez diferença no ser, do estar; “... eles estão no mundo...” Jo 17;11 Todavia, “Não são do mundo, como Eu do mundo não Sou.” v 16

Onde estou, manifesta uma circunstância, identificação, necessidade; como atuo, deixa patentes os meus valores, sentimentos, identidade. O mundo ímpio tende a inverter valores; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; fazem do amargo doce, e do doce amargo!” Is 5;20

A necessária limpeza que A Palavra visa operar em nós tem nobre propósito. “... Cristo amou a igreja, e a Si mesmo entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a Si mesmo, igreja gloriosa...” Ef 5;25 a 27

Nossa obediência leva a nos identificarmos com Deus, mediante A Palavra; estabelecida e regenerada a identidade, Ele mesmo faz questão de andar conosco; “... Se alguém me ama, guardará Minha palavra, e Meu Pai o amará; Viremos para ele, e faremos nele morada.” Jo 14;23

Cristo, se assenta com pecadores porque os ama; desafia-os ao arrependimento, porque Ama a justiça; faculta meios para a edificação, porque Ama à Santidade. Ele ensinou: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Negacionista; não nego


“Então Satanás respondeu ao Senhor: Pele por pele, tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.” Jó 2;4

Embora o registro desse verso esteja na Palavra de Deus, trata-se da oposição falando. Nesse caso, a mudança de Sujeito traz também alterações no predicado. O que Deus chama de vida, não é, necessariamente, o mesmo que o inimigo chama.

Somos desafiados em Cristo a darmos tudo em submissão, pela vida eterna, “Negue a si mesmo”; infelizmente o número de salvos é pífio, em proporção aos que se perdem. Logo, a “lógica” acima não se verifica.

No entanto, o conceito de “vida” da oposição não vai além da esfera física; nesse escopo, as pessoas são capazes de grandes renúncias, para preservação da existência. Chegam a filosofar: “Vão-se os anéis (bens) ficam os dedos (vida).”

Suponhamos que o inimigo anele um reino global para chamar de seu; mas, dada a diversidade cultural, étnica, geográfica, sociológica, religiosa, etc. Qual apelo ele poderia usar de modo a unificar esse mosaico enorme? (Ah a diversidade religiosa está sendo arranjada, em parte, pelo Papa, com a construção do famigerado ecumenismo.) Mas, quanto ao demais?

Ah, lembrei: “Pele por pele, tudo que o homem tem dará pela sua vida.”

Sim, um pretexto que acene com a preservação da vida de todos, malgrado padeça falta de comprovação, se for cantado em prosa e verso pela mídia prostituta, até se tornar “verdade”, transformaria aos que resistem em “inimigos da vida”, insanos expostos ao descrédito pelos demais. Os “negacionistas”.

Embora esteja patente que se trata de controle, dominação, não de saúde, os vacinófilos não se dão ao trabalho de pensar; se, a coisa imuniza mesmo, não têm nada a temer; se, evitar a agulha nos expõe a riscos, é um direito nosso, como é o deles de pensar diferente. Liberdade a todos.

Todavia, liberdade não é um valor caro ao império global em gestação; cogitam proibir ambientes, eventos, circulação, votar, aos que não venderem a eles suas liberdades.

A cabeça do “Polvo” inda está camuflada mas, seus tentáculos são bem visíveis. Imprensa, políticos venais, apostasia religiosa, ONU via OMS, UNICEF, Net e derivados, fundações ecologistas... e o pior: Uma multidão global de anencéfalos que, no ápice da incapacidade de pensar logicamente, persegue seus iguais que pensam diferente, sem discernir quem toca o berrante que os atrai.

Não negamos o valor da vida, nem a importância dos cuidados com ela; apenas, nos negamos a condescender com imposições totalitárias e fraudulentas; ainda, submeter nossas saúdes a experimentos de alto risco, cujo benefício, se é que houve algum até agora, é duvidoso. Pele por pele, tudo o que temos damos pelo nosso direito à liberdade de escolha, e consciência. Nesse caso sim: Nossos corpos, (e vidas) nossas regras.

Deus, O Eterno e Todo Poderoso faculta escolhas; “... te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe pois, a vida...” Deut 30;19

Quem a oposição pensa ser, para nos tirar isto? Sei que sou responsável pelas consequências das minhas escolhas. Quem se responsabiliza pelas consequências do experimento que está sendo imposto, caso se revele danoso, como indícios já apontam?

Estão cavando sepulcros com agulhas e elas cavam bastante. Aumentam a coisa exponencialmente e as mortes não diminuem. Serve para quê?

Ora a vida humana, na esfera dos cuidados que derivam de ações políticas, sempre foi refém do descaso, nos acostumamos com reportagens mostrando corredores de hospitais abarrotados de leitos; pois, os governos, invés de investir em saúde tinham outras “prioridades.” Mas agora, finalmente querem nos “cuidar”.

Basta comparar os salários dos médicos, pesquisadores, cientistas, com os de jogadores de futebol, funkeiros, MCs, etc. Para constatar o que vale ouro, e o que é secundário na sociedade atual.

Contudo, assim, num passe de mágica uma onda global de consciência coletiva nos tomou; de repente, a saúde saiu da empoeirada gaveta do descaso, e foi guindada ao pódio das prioridades humanas. Ou, um portal sublime se abriu e nos fez dar imenso upgrade como seres conscientes e engajados no bem comum, ou trata-se de colossal engano.

Nascemos inclinados a toda sorte de pecados; mentira, roubo, adultério, promiscuidade, engano... e ajudados pelo Espírito Santo, negamos essas inclinações por Amor de Cristo, O Senhor.

Ele, amorosamente nos fez nascer de novo, revitalizando nossa consciência, antes mortificada pelo pecado; irmos contra sua luz seria como contrariarmos a Deus.

Se o aplauso mundano tivesse peso, não estaríamos em Cristo. Quando nos acusam de não alinhados, testificam que somos peregrinos; essa é a ideia.

A diferença é, “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” Jo 14;17