“Pobreza e afronta virão ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.” Pov 13;18
Apesar dos que advogam a predestinação dos salvos e perdidos, A Palavra insiste em fazer-nos livres, arbitrários, consequentes. “O que rejeita... o que guarda...” são definições de escolhas; não de sinas às quais estejamos fadados.
A própria pregação é um desafio à boa escolha, coisa que sequer teria sentido se, tudo não passasse de um jogo de cartas marcadas. “... as más conversações corrompem os bons costumes.” I Cor 15;33
Tendemos a guardar com zelo coisas que nos são caras e descuidarmos até, das mais ordinárias. Então, quem guarda a repreensão sabe que ela é derivada do Amor Divino, portanto, valiosa; “Porque o Senhor corrige ao que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos...” Heb 12;6 e 7
Quando apresentamos repreensões oriundas da Palavra a quem teme a Deus, geralmente, o tal arrepende-se e visa corrigir-se. Porém, as mesmas coisas ditas a outrem que rejeita a instrução encontram a muralha da má vontade pichada com defesas pífias, tipo: “Não julgueis” “você também peca”, “quem és tu para atirar pedras” etc. A forma pode variar; o teor sempre é a rejeição da correção que, mesmo vindo por meio de nós não se origina em nós; é da Palavra.
Quando apresentamos à mesma não estamos julgando, porém, deixando patente o Juízo Divino que se aplica a todos igualmente; o que nos inclui.
Desgraçadamente, a maioria do que atualmente se chama igreja tem se ocupado mais em gerar distração, entretenimento, que pregar a sã doutrina que cambia das trevas para a luz, da morte para a vida.
Dias que foram antevistos por Paulo; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;3 a 5
Tratávamos de uma antítese entre os que guardam e os que rejeitam a correção; deparamos com um terceiro tipo. Os que rejeitam a Deus de forma cínica, escorregadia, fingindo servi-lo. Escolhem o que querem ouvir, fugindo do que Ele quer que ouçam. Certamente, os que rejeitam abertamente são mais honestos que esses que se enganam com a própria hipocrisia como se, buscar facilidades equivalesse a buscar Deus.
Esses cegos traidores de si mesmos fazem a fortuna e a fama dos falsos profetas tão em voga, infelizmente.
A sobriedade espiritual tem custo, traz aflições. Mas, o conselho foi: “Sofre as aflições, faze a obra; cumpre teu ministério.”
Cheia está a Terra de patrulheiros do politicamente correto caçando “crimes” de homofobia, machismo, racismo, radicalismo e o escambau; mas, um obreiro idôneo, cheio do Espírito e da Palavra tem em si a “Patrulha da Consciência” que o leva a lançar mão apenas do “bom depósito” preocupado em servir a Deus, mais que, agradar aos homens. “Do despenseiro - disse Paulo – requer-se que se ache fiel.” I Cor 4;2
Como nos dias de José no Egito, mediante ele Deus ensinou que se fizesse depósitos de mantimento nos dias fartos para quando viessem os escassos; assim deveria ocorrer conosco enquanto usufruímos liberdade de crença, de culto; ainda há bons pregadores servindo do Pão do Céu. Quando o estio da perseguição vier, e virá, teremos em nós, se guardarmos, o “mantimento” necessário para a preservação da vida recebida em Cristo.
Desse modo, mais que guardar a repreensão no sentido de emendar nossos caminhos devemos guardar a instrução como reserva de vida no meio de tanta morte que nos circunda.
Na China, e países islâmicos a perseguição já atua. Breve a coisa será global. A destruição das famílias e dos valores cristãos, agenda “esquerdista” da ONU caminha a passos largos. Embora aos olhos desavisados seja apenas uma agenda política, trata-se do motim do salmo segundo; a instauração do império maligno na Terra.
Todavia, “Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Sal 2;4
Sim é risível, ridículo a criatura ousar contra o Criador; entretanto, muitos o fazem. Ele pergunta: “... Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27;4
Ele, não deseja guerrear conosco, antes, mandou Cristo para propor paz; “... se apodere da minha força; faça paz comigo...” v 5
Seu amor buscou todos; “O Senhor desnudou Seu santo braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52;10 Poucos correspondem; “Quem deu crédito...” Is 53;1
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
sábado, 27 de julho de 2019
domingo, 21 de julho de 2019
A volta que dá a vida
“Que fruto tínheis então, das coisas de que agora vos envergonhais...” Rom 6;21
O advérbio, “então” refere-se a que tempo, nesse texto? Vejamos o verso anterior; “Porque, quando éreis servos do pecado estáveis livres da justiça.” V 20
Assim, “quando vocês serviam ao pecado não tinham compromisso de ser justos; qual o resultado daquelas ações se, hoje sentis vergonha delas?”
Os cristãos romanos, alvos da carta de Paulo, passaram por uma mudança radical; as mesmas ações que, em dado momento foram tidas como normais, em tempo ulterior causavam vergonha.
O cambio de uma situação vexaminosa, para outra honrosa, vulgarmente, se chama de “dar a volta por cima”.
Quem conhece a série “Icons” difusa na NET verá muitos “patinhos feios” que viraram cisnes; gente inexpressiva, paupérrima, desprezada, que, depois de algum tempo e muita luta tornaram-se atores, cantores famosos.
Do anonimato à fama, da insignificância ao sucesso, eis a sua noção de “volta por cima!” Ocorre-me Einstein: “Tente ser uma pessoa de valor, não de sucesso.”
A “volta por cima” dos romanos, foi na escala de valores Divina; da normalização do lixo, à santificação; do livre curso das paixões naturais, ao desejo de, no Espírito agradar a Deus, de sentir-se no direito de pecar, a sentir vergonha por isso...
Os lugares altos aos olhos humanos podem não ser os mesmos aos Divinos. “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7
A Magia enganosa do cinema converte Sylvester Satallone em “Rambo”, por exemplo; um homem que sozinho destrói um exército. Mas, na real, infelizmente, perdeu muito jovem seu filho Sage, envolvido em problemas com drogas. A vida não é charmosa nem mentirosa como o cinema.
A “volta por cima” das riquezas e da fama não são necessariamente suficientes para elevar a alma dos lugares baixos da ausência de Deus. Com Ele, com dinheiro e fama, ou sem, o sentido da vida se encontra; o aplauso e admiração humanas não são necessários mais.
O fato de alguém sair na frente numa maratona não significa que chegará nessa posição. As coisas se verificam no final.
Paulo ensina: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.” I Cor 9;24 Não significa que o cristianismo seja uma disputa para vencer ao semelhante, mas, como na corrida um só vence, na maratona da salvação de um modo só, em Cristo, que venceu por nós. O risco não é ser superado por outros, mas, desistir de correr pelo comodismo mortal dos pecados.
Pois, a virada, da perdição para a salvação também se verifica no final; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12; ou, o nosso texto; “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;21
No início somos desafiados a ficar tão atrás que sequer aparecemos às câmeras; “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me...” Como dissera Salomão, “Voltei-me, e vi... que não é dos ligeiros a carreira...” Ecl 9;11
Nós ouvimos desde infantes que as aparências enganam; mesmo assim, o “Homo sapiens” é um voraz produtor e consumidor de aparências, enquanto, o que vale deveras, a essência é relegada ao segundo plano; ou, desprezada. Essa volta, do parecer ao ser, a maioria não tenciona dar.
Pois, ela desafia-nos a uma renúncia cabal do que nos é mais caro, o orgulho. Nem é uma volta por cima, estritamente; antes, voltar-se para cima, para Aquele que salva; andar segundo Seus valores; “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas da Terra; porque já estais mortos, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3
Esse “já estais mortos” figura da renúncia das vontades naturais (a cruz) assusta e mantém distantes aos que amam o pecado mais que à vida. Dizem estar curtindo-a, claro! Para negar que estão suicidando-se.
Pois, se “nossa vida está escondida com Cristo em Deus”, nossa “morte” aqui é só um disfarce, até a volta por cima da vida eterna.
Enfim, não nos enganemos; enquanto pecar soar-nos como um direito, invés de trazer vergonha, por religiosos que sejamos, não passamos de, “Walking Deads”, defuntos que andam, de costas para a Palavra da Vida.
Não poucos filosofam que a morte física é apenas uma passagem; porém, sem O Príncipe da Vida, pra onde?
O advérbio, “então” refere-se a que tempo, nesse texto? Vejamos o verso anterior; “Porque, quando éreis servos do pecado estáveis livres da justiça.” V 20
Assim, “quando vocês serviam ao pecado não tinham compromisso de ser justos; qual o resultado daquelas ações se, hoje sentis vergonha delas?”
Os cristãos romanos, alvos da carta de Paulo, passaram por uma mudança radical; as mesmas ações que, em dado momento foram tidas como normais, em tempo ulterior causavam vergonha.
O cambio de uma situação vexaminosa, para outra honrosa, vulgarmente, se chama de “dar a volta por cima”.
Quem conhece a série “Icons” difusa na NET verá muitos “patinhos feios” que viraram cisnes; gente inexpressiva, paupérrima, desprezada, que, depois de algum tempo e muita luta tornaram-se atores, cantores famosos.
Do anonimato à fama, da insignificância ao sucesso, eis a sua noção de “volta por cima!” Ocorre-me Einstein: “Tente ser uma pessoa de valor, não de sucesso.”
A “volta por cima” dos romanos, foi na escala de valores Divina; da normalização do lixo, à santificação; do livre curso das paixões naturais, ao desejo de, no Espírito agradar a Deus, de sentir-se no direito de pecar, a sentir vergonha por isso...
Os lugares altos aos olhos humanos podem não ser os mesmos aos Divinos. “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7
A Magia enganosa do cinema converte Sylvester Satallone em “Rambo”, por exemplo; um homem que sozinho destrói um exército. Mas, na real, infelizmente, perdeu muito jovem seu filho Sage, envolvido em problemas com drogas. A vida não é charmosa nem mentirosa como o cinema.
A “volta por cima” das riquezas e da fama não são necessariamente suficientes para elevar a alma dos lugares baixos da ausência de Deus. Com Ele, com dinheiro e fama, ou sem, o sentido da vida se encontra; o aplauso e admiração humanas não são necessários mais.
O fato de alguém sair na frente numa maratona não significa que chegará nessa posição. As coisas se verificam no final.
Paulo ensina: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.” I Cor 9;24 Não significa que o cristianismo seja uma disputa para vencer ao semelhante, mas, como na corrida um só vence, na maratona da salvação de um modo só, em Cristo, que venceu por nós. O risco não é ser superado por outros, mas, desistir de correr pelo comodismo mortal dos pecados.
Pois, a virada, da perdição para a salvação também se verifica no final; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12; ou, o nosso texto; “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;21
No início somos desafiados a ficar tão atrás que sequer aparecemos às câmeras; “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me...” Como dissera Salomão, “Voltei-me, e vi... que não é dos ligeiros a carreira...” Ecl 9;11
Nós ouvimos desde infantes que as aparências enganam; mesmo assim, o “Homo sapiens” é um voraz produtor e consumidor de aparências, enquanto, o que vale deveras, a essência é relegada ao segundo plano; ou, desprezada. Essa volta, do parecer ao ser, a maioria não tenciona dar.
Pois, ela desafia-nos a uma renúncia cabal do que nos é mais caro, o orgulho. Nem é uma volta por cima, estritamente; antes, voltar-se para cima, para Aquele que salva; andar segundo Seus valores; “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas da Terra; porque já estais mortos, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3
Esse “já estais mortos” figura da renúncia das vontades naturais (a cruz) assusta e mantém distantes aos que amam o pecado mais que à vida. Dizem estar curtindo-a, claro! Para negar que estão suicidando-se.
Pois, se “nossa vida está escondida com Cristo em Deus”, nossa “morte” aqui é só um disfarce, até a volta por cima da vida eterna.
Enfim, não nos enganemos; enquanto pecar soar-nos como um direito, invés de trazer vergonha, por religiosos que sejamos, não passamos de, “Walking Deads”, defuntos que andam, de costas para a Palavra da Vida.
Não poucos filosofam que a morte física é apenas uma passagem; porém, sem O Príncipe da Vida, pra onde?
sábado, 20 de julho de 2019
Obras Inacabadas
“Agora, porém, completai o já começado, para que, assim como houve prontidão de vontade, haja também cumprimento, segundo o que tendes.” II Cor 8;11
O que fora começado e estava incompleto era uma arrecadação de bens para socorro dos cristãos pobres. A exortação do apóstolo os chamava à conclusão da empresa.
Meditemos um pouco sobre o hábito humano de deixar as coisas pela metade, ou, incompletas.
Jesus advertiu da constância necessária para os que pretendiam servi-lo. “Qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não podendo acabar, todos que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30
Que deprimente quando encontramos alguém nas cadeias dos vícios e mesmo mutilado pelo “feitor” que o escraviza, cita de cor porções da Palavra de Deus contando que já foi Dele um dia, mas, desviou-se. Triste sina do que começou edificar e não pode concluir.
Lembro um que “pregava” nos bares e dizia: “Eu tô aqui bêbado, mas os crentes tão certos.” Seu saber não era o bastante para dirigir o querer; mesmo com noções do Caminho errava por atalhos perniciosos.
Aliás, esse é o problema-chave dos que se caem; Tendo começado pelo Espírito, em dado momento aconselham-se com a carne, como disse Paulo dos Gálatas: “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” Gál 3;3
Dona carne (natureza caída) tem suas inclinações indispostas à santificação que Deus requer; “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;6 e 7
A “torre” da salvação é levada à conclusão exitosa não pela quantia de materiais que dispomos para fazê-la; antes, pelo quanto podemos abrir mão de nossas mortais inclinações; ou, por outra, o quanto estamos dispostos a negar a nós mesmos para que O Espírito Santo possa acabar o que começou; “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6
Claro que somos chamados à cooperação com O Espírito, pois, o êxito do aperfeiçoamento deriva de assimilarmos e praticarmos a Doutrina de Cristo.
Nesse tempo que todos “sabem tudo” via copiar e colar o que ignoram, poucos se mostram dispostos a aprender.
Todavia, “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;11 a 13
Esse aprendizado não é mero patrimônio intelectual com o do bêbado aquele que sabendo do certo fazia o errado, antes, o saber requer a prática para que se conheça; “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” Jo 8;31 e 32 “... Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou, se falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17
Muitos por ignorarem ao projeto regenerador do Santo, começam uma torre e, em dado momento pretendem edificar um pódio. Invés de entregarem-se resolutos ao Senhor para que Ele conduza-os como lhe apraz, devaneiam com coisas terrenas; como Esaú trocam grandezas espirituais por um prato de lentilhas.
Tanto abandonar a nossa edificação, quanto, edificar no erro são sintomas de ruptura com O Edificador, O Espírito Santo.
É certo que há momentos escuros onde nos assalta o desânimo; todavia, a fé sadia tem algo mais que circunstâncias para apoio; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10
Se abandonarmos uma edificação com um metro de parede apenas, e retomarmos dois anos após, ainda estará da altura que deixamos. As coisas espirituais, uma vez abandonadas se perdem totalmente; não raro um que abandona à fé comete mais impiedades que um ímpio que jamais creu. “cresce” para baixo como rabo de cavalo.
Homens que se dizem cristãos nos dão motivos para abandonar a fé todos os dias. Porém, se nas coisas temporais não temos suicidas como exemplos, os teríamos nas eternas??
O que fora começado e estava incompleto era uma arrecadação de bens para socorro dos cristãos pobres. A exortação do apóstolo os chamava à conclusão da empresa.
Meditemos um pouco sobre o hábito humano de deixar as coisas pela metade, ou, incompletas.
Jesus advertiu da constância necessária para os que pretendiam servi-lo. “Qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não podendo acabar, todos que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30
Que deprimente quando encontramos alguém nas cadeias dos vícios e mesmo mutilado pelo “feitor” que o escraviza, cita de cor porções da Palavra de Deus contando que já foi Dele um dia, mas, desviou-se. Triste sina do que começou edificar e não pode concluir.
Lembro um que “pregava” nos bares e dizia: “Eu tô aqui bêbado, mas os crentes tão certos.” Seu saber não era o bastante para dirigir o querer; mesmo com noções do Caminho errava por atalhos perniciosos.
Aliás, esse é o problema-chave dos que se caem; Tendo começado pelo Espírito, em dado momento aconselham-se com a carne, como disse Paulo dos Gálatas: “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” Gál 3;3
Dona carne (natureza caída) tem suas inclinações indispostas à santificação que Deus requer; “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;6 e 7
A “torre” da salvação é levada à conclusão exitosa não pela quantia de materiais que dispomos para fazê-la; antes, pelo quanto podemos abrir mão de nossas mortais inclinações; ou, por outra, o quanto estamos dispostos a negar a nós mesmos para que O Espírito Santo possa acabar o que começou; “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6
Claro que somos chamados à cooperação com O Espírito, pois, o êxito do aperfeiçoamento deriva de assimilarmos e praticarmos a Doutrina de Cristo.
Nesse tempo que todos “sabem tudo” via copiar e colar o que ignoram, poucos se mostram dispostos a aprender.
Todavia, “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;11 a 13
Esse aprendizado não é mero patrimônio intelectual com o do bêbado aquele que sabendo do certo fazia o errado, antes, o saber requer a prática para que se conheça; “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” Jo 8;31 e 32 “... Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou, se falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17
Muitos por ignorarem ao projeto regenerador do Santo, começam uma torre e, em dado momento pretendem edificar um pódio. Invés de entregarem-se resolutos ao Senhor para que Ele conduza-os como lhe apraz, devaneiam com coisas terrenas; como Esaú trocam grandezas espirituais por um prato de lentilhas.
Tanto abandonar a nossa edificação, quanto, edificar no erro são sintomas de ruptura com O Edificador, O Espírito Santo.
É certo que há momentos escuros onde nos assalta o desânimo; todavia, a fé sadia tem algo mais que circunstâncias para apoio; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10
Se abandonarmos uma edificação com um metro de parede apenas, e retomarmos dois anos após, ainda estará da altura que deixamos. As coisas espirituais, uma vez abandonadas se perdem totalmente; não raro um que abandona à fé comete mais impiedades que um ímpio que jamais creu. “cresce” para baixo como rabo de cavalo.
Homens que se dizem cristãos nos dão motivos para abandonar a fé todos os dias. Porém, se nas coisas temporais não temos suicidas como exemplos, os teríamos nas eternas??
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sexta-feira, 19 de julho de 2019
Piracema água abaixo?
“... olha para a minha aflição causada por aqueles que me odeiam; tu que me levantas das portas da morte.” Sal 9;13
Se, Davi era “segundo o coração de Deus”, por que sua aflição ia ao ponto de O Senhor o levantar das portas da morte? Por que O Santo permitia que ele sofresse assim?
Muitos confundem poder com querer de Deus. Se, Ele pode me curar, abrir portas, então Ele “tem” que fazer isso porque sou Seu servo. “Eu determino e ordeno minha bênção”! Um fragmento do que O Eterno disse a Jó basta para derrubar a crista. “Onde estavas tu, quando Eu fundava a Terra? Faze-me saber, se tens inteligência.” Jó 38;4
Embora se digam de servos de Deus agem como se fossem favoritos, mentores, donos. Ora, tanto O Todo Poderoso é capaz de livrar-me das aflições, quanto, permiti-las para um fim mais proveitoso, já que pode fazer com que, “todas as coisas contribuam juntamente para o bem dos que amam a Deus.”
Aflições consequentes dos erros têm um papel didático muito mais eloquente que ensinos, propriamente; “Antes de ser afligido andava errado; mas agora guardo Tua Palavra.” Sal 119;67
Há ainda aflições oriundas de outros, pela absoluta liberdade de expressão que Deus dá; “Uma espada traspassará também tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35
A fé cantada em prosa e verso e tão pouco compreendida, não sem razão é figurada como um escudo; uma arma de defesa. Quem crê e visa andar segundo a Luz de Cristo, necessariamente será atacado, perseguido pelos que servem outro espírito. “... todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Tim 3;12
Quanto mais perto de Deus alguém está, mais distante dos maus hábitos do mundo estará; essa distância, invés de deixar os ímpios confortáveis acaba sendo uma denúncia dos seus descaminhos; seja pela humana inveja, seja pelo ódio satânico, os que andam bem incomodam, mesmo sem querer.
O canhoto não instigará alguém a me empurrar do púlpito para deixar patente que me odeia; antes, usará seus ardis, porções da Palavra descontextualizadas, dourará com o verniz da “normalidade” as tentações para que, agindo eu em desacordo com Deus, me afaste da Sua Santa e bendita Presença. Pois, se é vero que O Senhor promete passar comigo por lugares ruins, (Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.) Is 43;2 Ele não promete estar comigo no pecado.
Aflições, pois, que podem nos levar às portas da morte, como dissera Davi são necessárias para quem resiste às tentações invés de cair; “Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, que O Senhor prometeu aos que o amam.” Tg 1;12
“No mundo tereis aflições; mas, tende bom ânimo! Eu venci o mundo”; ensinou.
É triste o atestado de ignorância bíblica que desfila obsceno em ufanismos tipo, “quem tem Deus tem isso, aquilo, ninguém derruba, ninguém toca, ninguém derrota...” A Palavra ensina diverso: “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal.” Prov 24;16
Acaso, Estevão, Paulo, João e tantos outros não eram de Deus? Então, por que foram açoitados, apedrejados, mortos? O maligno não toca em nosso patrimônio espiritual; no demais toca sim.
Há tantos “profetas” de redes sociais mentindo e entregando facilidades em “Nome do Senhor” em troca de curtidas, compartilhamentos e coraçõezinhos que pululam de gente imprudente que, parece preferir doçuras doentias do engano, à sobriedade salgada da Palavra da Vida que cura. Um “Deus” tagarela, adulador que tem uma facilidade para cada um, malgrado o lixo em que viva, francamente! Não sei se são mais desprezíveis os “profetas” ou, os traidores de si mesmos que os buscam.
Mesmo não sendo do mundo estamos no mundo. É como um rio caudaloso de águas sujas que deságua no mar da eterna perdição; por isso, a sina dos santos, nele inseridos requer ininterrupta piracema contra o fluxo pecaminoso que assedia.
Além das aflições de “defesa pessoal” temos que contemplar a maldade circunstante; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8
Enfim, se nenhuma aflição pode nos separar do Amor de Deus, como disse Paulo, nossa fuga da cruz nos antros das drogas espirituais, faz Seu Excelso Amor impotente para salvar. “Quem não toma sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar sua vida perdê-la-á; quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.” Mat 1;38 e 39
Se, Davi era “segundo o coração de Deus”, por que sua aflição ia ao ponto de O Senhor o levantar das portas da morte? Por que O Santo permitia que ele sofresse assim?
Muitos confundem poder com querer de Deus. Se, Ele pode me curar, abrir portas, então Ele “tem” que fazer isso porque sou Seu servo. “Eu determino e ordeno minha bênção”! Um fragmento do que O Eterno disse a Jó basta para derrubar a crista. “Onde estavas tu, quando Eu fundava a Terra? Faze-me saber, se tens inteligência.” Jó 38;4
Embora se digam de servos de Deus agem como se fossem favoritos, mentores, donos. Ora, tanto O Todo Poderoso é capaz de livrar-me das aflições, quanto, permiti-las para um fim mais proveitoso, já que pode fazer com que, “todas as coisas contribuam juntamente para o bem dos que amam a Deus.”
Aflições consequentes dos erros têm um papel didático muito mais eloquente que ensinos, propriamente; “Antes de ser afligido andava errado; mas agora guardo Tua Palavra.” Sal 119;67
Há ainda aflições oriundas de outros, pela absoluta liberdade de expressão que Deus dá; “Uma espada traspassará também tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35
A fé cantada em prosa e verso e tão pouco compreendida, não sem razão é figurada como um escudo; uma arma de defesa. Quem crê e visa andar segundo a Luz de Cristo, necessariamente será atacado, perseguido pelos que servem outro espírito. “... todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Tim 3;12
Quanto mais perto de Deus alguém está, mais distante dos maus hábitos do mundo estará; essa distância, invés de deixar os ímpios confortáveis acaba sendo uma denúncia dos seus descaminhos; seja pela humana inveja, seja pelo ódio satânico, os que andam bem incomodam, mesmo sem querer.
O canhoto não instigará alguém a me empurrar do púlpito para deixar patente que me odeia; antes, usará seus ardis, porções da Palavra descontextualizadas, dourará com o verniz da “normalidade” as tentações para que, agindo eu em desacordo com Deus, me afaste da Sua Santa e bendita Presença. Pois, se é vero que O Senhor promete passar comigo por lugares ruins, (Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.) Is 43;2 Ele não promete estar comigo no pecado.
Aflições, pois, que podem nos levar às portas da morte, como dissera Davi são necessárias para quem resiste às tentações invés de cair; “Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, que O Senhor prometeu aos que o amam.” Tg 1;12
“No mundo tereis aflições; mas, tende bom ânimo! Eu venci o mundo”; ensinou.
É triste o atestado de ignorância bíblica que desfila obsceno em ufanismos tipo, “quem tem Deus tem isso, aquilo, ninguém derruba, ninguém toca, ninguém derrota...” A Palavra ensina diverso: “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal.” Prov 24;16
Acaso, Estevão, Paulo, João e tantos outros não eram de Deus? Então, por que foram açoitados, apedrejados, mortos? O maligno não toca em nosso patrimônio espiritual; no demais toca sim.
Há tantos “profetas” de redes sociais mentindo e entregando facilidades em “Nome do Senhor” em troca de curtidas, compartilhamentos e coraçõezinhos que pululam de gente imprudente que, parece preferir doçuras doentias do engano, à sobriedade salgada da Palavra da Vida que cura. Um “Deus” tagarela, adulador que tem uma facilidade para cada um, malgrado o lixo em que viva, francamente! Não sei se são mais desprezíveis os “profetas” ou, os traidores de si mesmos que os buscam.
Mesmo não sendo do mundo estamos no mundo. É como um rio caudaloso de águas sujas que deságua no mar da eterna perdição; por isso, a sina dos santos, nele inseridos requer ininterrupta piracema contra o fluxo pecaminoso que assedia.
Além das aflições de “defesa pessoal” temos que contemplar a maldade circunstante; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8
Enfim, se nenhuma aflição pode nos separar do Amor de Deus, como disse Paulo, nossa fuga da cruz nos antros das drogas espirituais, faz Seu Excelso Amor impotente para salvar. “Quem não toma sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar sua vida perdê-la-á; quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.” Mat 1;38 e 39
domingo, 14 de julho de 2019
Injustiça; o peso necessário
“Melhor que uns e outros é aquele que ainda não é; que não viu as más obras que se faz debaixo do sol.” Ecl 4;3
Quem são os “uns e outros” aos quais, comparado, aquele que ainda não é leva vantagem? Vejamos: “Por isso eu louvei aos que já morreram, mais que, aos que vivem ainda.” V 2
Desse modo a sentença pode ser organizada assim: “Melhor que uns, que vivem, e outros que já morreram é aquele que ainda não nasceu e não viu as más obras que se faz debaixo do sol.”
Segundo seu raciocínio, pois, a nulidade, o não ser é melhor que a contemplação e o sofrimento do mal, da injustiça.
O mal que estava em seu escopo era a opressão de gente sem ajudadores; “... atentei para todas as opressões que se faz debaixo do sol; eis que vi as lágrimas dos que foram oprimidos que não têm consolador, e a força estava do lado dos seus opressores...” V 4;1
Salomão viu uma espécie de Venezuela e analisando tal sina pensou: Melhor jamais ter sido, que ser assim.
O Eclesiastes deve ser lido e entendido como se propõe. Mesmo sendo parte da Palavra de Deus, e inspirado seu registro, não é a Palavra de Deus, estritamente.
Nenhum especialista em teologia usa-o como fonte de doutrina. Por quê? Porque, diverso dos livros proféticos onde os escritos são atribuídos Ao Eterno, com expressões como: “Veio a mim A Palavra do Senhor... Assim diz o Senhor”, etc. O livro sapiencial deixa patente que se trata de uma busca filosófica; um sábio fazendo especulações sobre o sentido da vida. “Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. Apliquei meu coração a esquadrinhar e informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu...” Cap 1;12 e 13
Portanto, as conclusões dele são exatamente isso; não, necessariamente, Palavra de Deus.
Pois, se ao pensador pareceu vantagem não ser, a sofrer injustiças, ao Criador parece melhor treinar-nos no deserto das injustiças; depois nos fazer repousar no “Oásis” do Seu Juízo reparador. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” Mat 5;6 “Entrega teu caminho ao Senhor; confia nele; Ele o fará. Fará sobressair tua justiça como a luz, e teu juízo como o meio-dia.” Sal 37;5 e 6
O sofrimento dos justos num mundo injusto soa lógico, inevitável, necessário. “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e sofreis isso é agradável a Deus.” I Ped 2;19 e 20Embora trate prioritariamente com o indivíduo, às vezes, O Eterno remove governantes injustos, para que os governados não passem à injustiça também, encorajados pelo assédio dos maus exemplos; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3
Melhor que a nulidade do não ser, para não ver nem sofrer injustiças é a ousadia de ser íntegro, reto, santo, mesmo sofrendo-as. Vencer o mal com o bem, invés de pagar na mesma moeda. “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 2;20 e 21
Não estamos mais nos dias da criação. Naqueles, a perfeição era possível. Agora o trabalho do Santo é de regeneração, o que torna inevitável certa amálgama de verdade com mentira, luz com trevas, justiça com injustiça; nossa purificação, também chamada de santificação é o alvo. “Tira da prata as escórias; sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4
Essas “escórias” (pecados) são visíveis pela Luz da Palavra. Sabedores disso, muitos preferem manter “distância segura” da mesma, do que se deixar tocar e persuadir, abandonando assim, maus hábitos dos quais gostam.
Outros até se aproximam, mas com uma timidez e reserva tais, que a Palavra lhes não resulta eficaz, pois, não ousam segui-la; “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, e vai-se; logo esquece de como era.” Tg ;23 e 24
Melhor que uns e outros, distantes e tímidos, é o que se aproxima com coração inteiro, ousa se expor perante O Senhor; recebe Sua Palavra que purifica, regenera. A coragem de enfrentar a si mesmo vence ao Diabo e o faz servo de Deus.
“A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.” Aristóteles
Quem são os “uns e outros” aos quais, comparado, aquele que ainda não é leva vantagem? Vejamos: “Por isso eu louvei aos que já morreram, mais que, aos que vivem ainda.” V 2
Desse modo a sentença pode ser organizada assim: “Melhor que uns, que vivem, e outros que já morreram é aquele que ainda não nasceu e não viu as más obras que se faz debaixo do sol.”
Segundo seu raciocínio, pois, a nulidade, o não ser é melhor que a contemplação e o sofrimento do mal, da injustiça.
O mal que estava em seu escopo era a opressão de gente sem ajudadores; “... atentei para todas as opressões que se faz debaixo do sol; eis que vi as lágrimas dos que foram oprimidos que não têm consolador, e a força estava do lado dos seus opressores...” V 4;1
Salomão viu uma espécie de Venezuela e analisando tal sina pensou: Melhor jamais ter sido, que ser assim.
O Eclesiastes deve ser lido e entendido como se propõe. Mesmo sendo parte da Palavra de Deus, e inspirado seu registro, não é a Palavra de Deus, estritamente.
Nenhum especialista em teologia usa-o como fonte de doutrina. Por quê? Porque, diverso dos livros proféticos onde os escritos são atribuídos Ao Eterno, com expressões como: “Veio a mim A Palavra do Senhor... Assim diz o Senhor”, etc. O livro sapiencial deixa patente que se trata de uma busca filosófica; um sábio fazendo especulações sobre o sentido da vida. “Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. Apliquei meu coração a esquadrinhar e informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu...” Cap 1;12 e 13
Portanto, as conclusões dele são exatamente isso; não, necessariamente, Palavra de Deus.
Pois, se ao pensador pareceu vantagem não ser, a sofrer injustiças, ao Criador parece melhor treinar-nos no deserto das injustiças; depois nos fazer repousar no “Oásis” do Seu Juízo reparador. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” Mat 5;6 “Entrega teu caminho ao Senhor; confia nele; Ele o fará. Fará sobressair tua justiça como a luz, e teu juízo como o meio-dia.” Sal 37;5 e 6
O sofrimento dos justos num mundo injusto soa lógico, inevitável, necessário. “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e sofreis isso é agradável a Deus.” I Ped 2;19 e 20Embora trate prioritariamente com o indivíduo, às vezes, O Eterno remove governantes injustos, para que os governados não passem à injustiça também, encorajados pelo assédio dos maus exemplos; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3
Melhor que a nulidade do não ser, para não ver nem sofrer injustiças é a ousadia de ser íntegro, reto, santo, mesmo sofrendo-as. Vencer o mal com o bem, invés de pagar na mesma moeda. “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 2;20 e 21
Não estamos mais nos dias da criação. Naqueles, a perfeição era possível. Agora o trabalho do Santo é de regeneração, o que torna inevitável certa amálgama de verdade com mentira, luz com trevas, justiça com injustiça; nossa purificação, também chamada de santificação é o alvo. “Tira da prata as escórias; sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4
Essas “escórias” (pecados) são visíveis pela Luz da Palavra. Sabedores disso, muitos preferem manter “distância segura” da mesma, do que se deixar tocar e persuadir, abandonando assim, maus hábitos dos quais gostam.
Outros até se aproximam, mas com uma timidez e reserva tais, que a Palavra lhes não resulta eficaz, pois, não ousam segui-la; “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, e vai-se; logo esquece de como era.” Tg ;23 e 24
Melhor que uns e outros, distantes e tímidos, é o que se aproxima com coração inteiro, ousa se expor perante O Senhor; recebe Sua Palavra que purifica, regenera. A coragem de enfrentar a si mesmo vence ao Diabo e o faz servo de Deus.
“A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.” Aristóteles
sábado, 13 de julho de 2019
Amor Bandido
“Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade.” II Ped 1;12
Pedro “chovendo no molhado”, e prometendo chover mais, para que seus leitores mantivessem suas posturas rumo à salvação. Precisamos constantemente ser lembrados do que sabemos, pois, tendemos ao esquecimento das diretrizes saudáveis, cada vez que o chamado do vício nos acossa.
Tiago ensina: “Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Cap 1;14 e 15 A tentação como sub-produto da atração mediante a cobiça; por fim, a cobiça “transa” com a vontade; concebe um filho, o pecado que lhe dá um “neto”, a morte.
Conhecemos a humana tendência de desprezar coisas costumeiras, rotineiras, em favor de novidades. Até mesmo o Maná para alimentar ao povo eleito no deserto foi tido por “pão vil” por alguns insatisfeitos.
A “carne” (natureza humana) queria carne, alimento; ignorando a maravilhosa providência de ser sustentada miraculosamente no ermo.
O milagre de preservação da vida em condições tão adversas lhe parecia um direito; a satisfação de novos desejos julgava ser um dever de Deus. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.”
Por causa dessa inimizade que a sadia mensagem evangélica é de reconciliação. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20
Dessa sede doentia e rebelde pelo “novo” nascem adultérios, perjúrios, roubos, enganos e toda sorte de aberrações morais e espirituais. A maioria das vezes, a única “novidade” que precisamos é coragem para enfrentarmos nossas próprias tendências fugitivas, para, finalmente, moldarmos o viver segundo a luz que já temos.
Não é intelectual nosso problema. A perversão moral que leva pessoas a sonegarem a prudência, coerência, bom siso, temperança e rumarem às coisas doentias. Elas sabem, no fundo, o que estão fazendo ao preferirem o enfermiço ao saudável, mas, agem contra o que sabem.
O Salvador denunciou esse amor bandido; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;9 a 21
Desse entendimento retido por outra “luz”; a velhacaria que, sabendo o rumo certo opta pelo erro usando a capacidade de entender para fugir de Deus, não, reconciliar-se, O Senhor fez apreço também: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;22 e 23
Então, os ministros idôneos anunciam “Boas Novas” no escopo eterno, não, no da sede rés do chão da carne ímpia que quer apenas novidades pecaminosas segundo as próprias comichões; nada que ameace sua fortaleza de prazeres insanos e mortais.
Somos enfadonhos, pois, com essa mania repetitiva de deixarmos nossas próprias opiniões de lado, e apontarmos sempre para a Bendita Palavra de Deus. Como Pedro não nos cansamos de falar as mesmas coisas; o desafio à vida, para uma geração que em sua maioria não se cansa de desprezar aos ensinos. Mas, pelos poucos que ouvem e se deixam mudar pela Palavra, nosso labor já faz sentido.
Então, se nossas “novidades” são velhas, isso deriva da instrução que assimilamos e do fim que, almejamos para nós e para quem nos ouvir; “... Por isso, todo o escriba instruído acerca do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Mat 13;52
A rigor, todo o pecado é mais do mesmo; malgrado, as vestes novas que use, não passa de um morto bem vestido. A novidade nasce quando alguém ousa caminhar rumo Àquele que pode fazer tudo novo. “O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Apoc 2;5
Pedro “chovendo no molhado”, e prometendo chover mais, para que seus leitores mantivessem suas posturas rumo à salvação. Precisamos constantemente ser lembrados do que sabemos, pois, tendemos ao esquecimento das diretrizes saudáveis, cada vez que o chamado do vício nos acossa.
Tiago ensina: “Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Cap 1;14 e 15 A tentação como sub-produto da atração mediante a cobiça; por fim, a cobiça “transa” com a vontade; concebe um filho, o pecado que lhe dá um “neto”, a morte.
Conhecemos a humana tendência de desprezar coisas costumeiras, rotineiras, em favor de novidades. Até mesmo o Maná para alimentar ao povo eleito no deserto foi tido por “pão vil” por alguns insatisfeitos.
A “carne” (natureza humana) queria carne, alimento; ignorando a maravilhosa providência de ser sustentada miraculosamente no ermo.
O milagre de preservação da vida em condições tão adversas lhe parecia um direito; a satisfação de novos desejos julgava ser um dever de Deus. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.”
Por causa dessa inimizade que a sadia mensagem evangélica é de reconciliação. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20
Dessa sede doentia e rebelde pelo “novo” nascem adultérios, perjúrios, roubos, enganos e toda sorte de aberrações morais e espirituais. A maioria das vezes, a única “novidade” que precisamos é coragem para enfrentarmos nossas próprias tendências fugitivas, para, finalmente, moldarmos o viver segundo a luz que já temos.
Não é intelectual nosso problema. A perversão moral que leva pessoas a sonegarem a prudência, coerência, bom siso, temperança e rumarem às coisas doentias. Elas sabem, no fundo, o que estão fazendo ao preferirem o enfermiço ao saudável, mas, agem contra o que sabem.
O Salvador denunciou esse amor bandido; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;9 a 21
Desse entendimento retido por outra “luz”; a velhacaria que, sabendo o rumo certo opta pelo erro usando a capacidade de entender para fugir de Deus, não, reconciliar-se, O Senhor fez apreço também: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;22 e 23
Então, os ministros idôneos anunciam “Boas Novas” no escopo eterno, não, no da sede rés do chão da carne ímpia que quer apenas novidades pecaminosas segundo as próprias comichões; nada que ameace sua fortaleza de prazeres insanos e mortais.
Somos enfadonhos, pois, com essa mania repetitiva de deixarmos nossas próprias opiniões de lado, e apontarmos sempre para a Bendita Palavra de Deus. Como Pedro não nos cansamos de falar as mesmas coisas; o desafio à vida, para uma geração que em sua maioria não se cansa de desprezar aos ensinos. Mas, pelos poucos que ouvem e se deixam mudar pela Palavra, nosso labor já faz sentido.
Então, se nossas “novidades” são velhas, isso deriva da instrução que assimilamos e do fim que, almejamos para nós e para quem nos ouvir; “... Por isso, todo o escriba instruído acerca do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Mat 13;52
A rigor, todo o pecado é mais do mesmo; malgrado, as vestes novas que use, não passa de um morto bem vestido. A novidade nasce quando alguém ousa caminhar rumo Àquele que pode fazer tudo novo. “O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Apoc 2;5
domingo, 7 de julho de 2019
Olhos para perto e longe
“Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.” II Ped 1;9
De quais coisas Pedro está falando, cuja privação nos tornaria cegos? Voltando uns passos deparamos com elas; “... acrescentai à vossa fé a virtude, à virtude a ciência, à ciência a temperança, à temperança a paciência, à paciência a piedade, à piedade o amor fraternal e ao amor fraternal, caridade.” Vs 5 a 7
Vemos que a fé sadia demanda uma leva de “acessórios” para que seja eficaz em seu propósito. A cegueira consequente da falta dessas qualidades é de um tipo específico também; “... nada vendo ao longe...” A pessoa bem pode ter olhos sagazes para as coisas de perto e ser cega para as mais distantes; os olhos da fé que atingem dimensões futuras.
A Palavra ensina: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1 Em seu exercício, Moisés “... deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 1;27
O dito vulgar de que a fé é cega não passa de calúnia. A fé enxerga perto e longe como certos óculos de grau. Perto divisa a vida como se apresenta, bem como as necessidades próprias e dos semelhantes. Longe vê o alvo a atingir, além da recompensa pelas perdas e privações de agora; a colheita pelas boas sementes plantadas.
Alguém com uma “fé” utilitarista cujo foco se atém estritamente ao agora é o cego aquele, aludido por Pedro. Seu egoísmo imediato não permite cogitações além; malgrado as posses que usufrua é um mendigo nos valores que contam. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19
Quando a Palavra ensina que é mais ditoso dar do que receber, por um lado enfatiza o valor do amor a próximo, por outro, um depósito a mais, feito para dias longínquos, o Tesouro no Céu.
Se, as necessidades dos semelhantes nos movem ocorre uma bênção concomitante em dois tempos e duas dimensões. O socorro imediato de uma carência, e os créditos às obras da fé num tempo porvir. Como bem definiu o rabino Israel de Salant: “As necessidades materiais do teu próximo, - disse – são as tuas necessidades espirituais.” Pois, a fé sadia que nos leva a fazer as coisas pela motivação certa, em Cristo, logra esse feito da bênção casada.
Para tais depósitos todos são aptos, não importando quanto possuam. Deus valora princípios, motivos, sentimentos, não metais. Quando ensina-nos que a fidelidade no pouco nos credencia ao muito, é porque na Sua escala, mesmo com pouco podemos fazer coisas de muito valor, como a viúva que ofertou duas moedas.
A uma “fé” indolente, inativa sem as qualidades alistadas Pedro chamou de estéril, ociosa. “Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” V 8
As virtudes todas preceituadas têm a ver como nosso próximo, mas o exercício nelas nos faz crescer no conhecimento de Cristo. Não da Sua aparência humana, antes, Divina, espiritual. “... ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não o conhecemos deste modo.” II Cor 5;16
Não é possível um conhecimento teórico do Senhor. O conhecimento prático demanda identificação com Seu Ser e Seu modo de agir.
Pois, se a fé nos permite ver ao longe, no porvir, também faculta uma visão melhor dos rumos de onde viemos, e do que fizemos quando estávamos sem O Salvador. Quando éramos “livres da justiça” soltos para pecar.
“Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora para servirem à justiça para santificação. Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;19 a 21
Essa “visão periférica” dada pelos olhos da fé nos faz eternos agradecidos ao Salvador por tão grande livramento, e tão preciosas promessas porvir, a dar vida pra nossa esperança.
Vulgarmente se diz que o pior cego é o que não quer ver; mui além da intenção rasa com que se diz isso, o dito é seriamente verdadeiro. Sabendo que, ver na dimensão da fé demanda compromisso e renúncia, preferem a cegueira voluntária traindo a si mesmos.
De quais coisas Pedro está falando, cuja privação nos tornaria cegos? Voltando uns passos deparamos com elas; “... acrescentai à vossa fé a virtude, à virtude a ciência, à ciência a temperança, à temperança a paciência, à paciência a piedade, à piedade o amor fraternal e ao amor fraternal, caridade.” Vs 5 a 7
Vemos que a fé sadia demanda uma leva de “acessórios” para que seja eficaz em seu propósito. A cegueira consequente da falta dessas qualidades é de um tipo específico também; “... nada vendo ao longe...” A pessoa bem pode ter olhos sagazes para as coisas de perto e ser cega para as mais distantes; os olhos da fé que atingem dimensões futuras.
A Palavra ensina: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1 Em seu exercício, Moisés “... deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 1;27
O dito vulgar de que a fé é cega não passa de calúnia. A fé enxerga perto e longe como certos óculos de grau. Perto divisa a vida como se apresenta, bem como as necessidades próprias e dos semelhantes. Longe vê o alvo a atingir, além da recompensa pelas perdas e privações de agora; a colheita pelas boas sementes plantadas.
Alguém com uma “fé” utilitarista cujo foco se atém estritamente ao agora é o cego aquele, aludido por Pedro. Seu egoísmo imediato não permite cogitações além; malgrado as posses que usufrua é um mendigo nos valores que contam. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19
Quando a Palavra ensina que é mais ditoso dar do que receber, por um lado enfatiza o valor do amor a próximo, por outro, um depósito a mais, feito para dias longínquos, o Tesouro no Céu.
Se, as necessidades dos semelhantes nos movem ocorre uma bênção concomitante em dois tempos e duas dimensões. O socorro imediato de uma carência, e os créditos às obras da fé num tempo porvir. Como bem definiu o rabino Israel de Salant: “As necessidades materiais do teu próximo, - disse – são as tuas necessidades espirituais.” Pois, a fé sadia que nos leva a fazer as coisas pela motivação certa, em Cristo, logra esse feito da bênção casada.
Para tais depósitos todos são aptos, não importando quanto possuam. Deus valora princípios, motivos, sentimentos, não metais. Quando ensina-nos que a fidelidade no pouco nos credencia ao muito, é porque na Sua escala, mesmo com pouco podemos fazer coisas de muito valor, como a viúva que ofertou duas moedas.
A uma “fé” indolente, inativa sem as qualidades alistadas Pedro chamou de estéril, ociosa. “Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” V 8
As virtudes todas preceituadas têm a ver como nosso próximo, mas o exercício nelas nos faz crescer no conhecimento de Cristo. Não da Sua aparência humana, antes, Divina, espiritual. “... ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não o conhecemos deste modo.” II Cor 5;16
Não é possível um conhecimento teórico do Senhor. O conhecimento prático demanda identificação com Seu Ser e Seu modo de agir.
Pois, se a fé nos permite ver ao longe, no porvir, também faculta uma visão melhor dos rumos de onde viemos, e do que fizemos quando estávamos sem O Salvador. Quando éramos “livres da justiça” soltos para pecar.
“Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora para servirem à justiça para santificação. Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;19 a 21
Essa “visão periférica” dada pelos olhos da fé nos faz eternos agradecidos ao Salvador por tão grande livramento, e tão preciosas promessas porvir, a dar vida pra nossa esperança.
Vulgarmente se diz que o pior cego é o que não quer ver; mui além da intenção rasa com que se diz isso, o dito é seriamente verdadeiro. Sabendo que, ver na dimensão da fé demanda compromisso e renúncia, preferem a cegueira voluntária traindo a si mesmos.
“... a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3;19
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