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domingo, 25 de agosto de 2019

"Cristianismo" de Talião

“Que mais se podia fazer à minha vinha, que Eu lhe não tenha feito? Por que, esperando que desse uvas boas deu uvas bravas?” Is 5;4

O Agricultor decepcionado; malgrado os cuidados com Sua vinha dera frutos maus. “A vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercesse juízo e eis aqui opressão; justiça e eis aqui clamor.” V 7

Quando os escolhera deixara patente o Seu propósito: “... se diligentemente ouvirdes Minha Voz e guardardes Minha Aliança, então sereis minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a Terra é Minha. Vós me sereis um reino sacerdotal e povo santo...” Êx 19;5 e 6

(Deus não nos escolhe para sermos o que queremos, antes, para que sejamos como Ele quer.)

Seus cuidados com a vinha, além das diretrizes macro em dez mandamentos, traziam um desdobramento minucioso em mais de seiscentos preceitos, para que todas a decisões necessárias à vida civil e religiosa tivessem respaldo da Divina Vontade.

Todavia, mediante Oseias O Agricultor denunciou: “Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha.” Os 8;12

Cada rei sacerdote ou profeta que desafiava os errados de espírito a retornarem ao Caminho eram servos do Senhor da Vinha a requerer os devidos frutos em Seu Nome. O Salvador resumiu muitos anos em poucas palavras: “Chegado o tempo, mandou um servo aos lavradores para que recebesse dos lavradores o fruto da vinha. Mas estes, apoderando-se dele, o feriram e mandaram embora vazio. Tornou a enviar-lhes outro servo; eles, apedrejando-o, o feriram na cabeça e mandaram embora, tendo-o afrontado. Tornou a enviar-lhes outro, a este mataram; e outros muitos, dos quais a uns feriram e outros mataram. Tendo ele, pois, ainda um seu filho amado, enviou-o também a estes por derradeiro, dizendo: Ao menos terão respeito ao meu filho. Mas aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo e a herança será nossa.” Mc 12;2 a 7

A “herança será nossa.” A “revolta dos frutos” que decidem frutificar para si mesmos. “Israel é uma vide estéril que dá fruto para si mesmo; conforme a abundância do seu fruto multiplicou também altares; conforme a bondade da sua terra, assim, fizeram boas estátuas.” Os 10;1

Qualquer semelhança com os da “prosperidade” que usam a fé para usufruto próprio, imediato, material, é mais do mesmo; desde o Éden, quando ignoraram à Árvore da Vida e correram sôfregos à da morte. Quando O Mestre ensinou a conhecer os profetas pelos seus frutos tratou disso: O profeta obtém vantagens com sua profecia, ou atua em demanda dos frutos que agradam a Deus? Da resposta a essa questão deriva a aferição entre verdadeiro e falso.

Voltando; quando O Senhor amaldiçoou à figueira com a frase: “Nunca mais nasça fruto de ti”, figurava a rejeição do sistema sacrifical, rituais que estavam superados e demandavam aperfeiçoamento. “Que fará, pois, o Senhor da vinha? Virá destruirá os lavradores, e dará a vinha a outros.” Mc 12;9

A videira de antes degenerou, tornou-se falsa pelos frutos produzidos; eis o Fato Novo de Deus! “Eu Sou a Videira Verdadeira; meu Pai é o Lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto tira; limpa toda aquela que dá fruto, para que dê ainda mais.” Jo 15;1 e 2 Não significa rejeição dos judeus; mas, do judaísmo. Em Cristo também eles são salvos.

Os que confiam no Senhor, dissera o salmista e reiterara Jeremias, “são com árvores plantadas junto às águas; que mesmo em tempos de seca não deixam de dar frutos.
Ora, se os frutos em realce são juízo e justiça, “estio” para nós é quando essas coisas nos são negadas.

Então, esse “cristianismo de talião” tipo, “que Deus te dê em dobro tudo que me desejares”, “sou bom para quem é bom comigo” etc. não passa de egoísmo explícito com adornos de ignorância espiritual.

Ser injustiçado e seguir justo; caluniado e permanecer verdadeiro; incompreendido sem negar compreensão; “vencer o mal com o bem”, nuances de “árvores junto às águas” frutificando em dias de seca.

O alvo mirado pelo Divino Agricultor! “Vós sois a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz... Tendo vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.” I Ped 2;9 e 12

O Eterno predisse: “... um remanescente da tribo de Judá sobreviverá, lançará raízes na terra e se encherão de frutos seus ramos.” II Rs 19;30

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Sementes Desperdiçadas

“Outros recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e ambições de outras coisas, entrando sufocam a palavra e fica infrutífera.” Mc 4;18 e 19

O que, para muitos é a essência das pregações; adequação da mensagem e linguagem ao ímpio paladar para agregar mais; bem como, a busca da prosperidade material, a ambição por riquezas, essas coisas foram figuradas na Parábola do Semeador como espinhos que vetam que a semente da Palavra frutifique.

Mas, diria o Simplício, se muitos que seguem aos tais pregadores testificam que após o ritual tal, a campanha qual, certa “unção” ou “oração forte”, suas sortes mudaram; muitas portas se abriram; não seriam essas coisas evidências de que a Palavra estaria frutificando entre eles?

Bem, precisamos saber a quais frutos o Agricultor busca, pois, no Velho Testamento já, denunciara a uma videira que degenerara dando frutos indesejáveis; “Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? Por que, esperando que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas?... Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercessem juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;4 e 7

Os frutos anelados então, eram juízo e justiça. Se, é certo que o “Semeador” garante que haverá colheita do Seu plantio, também é que semeia com propósito definido; “... palavra, que sair da minha boca não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz; ‘prosperará naquilo para que a enviei’.” Is 55;11

O Divino propósito, desde o precursor que prepararia o “Caminho do Senhor” sempre foi mui claro; “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento...” Luc 3;8

Em muitos ambientes “espirituais” palavras como, pecado e arrependimento podem chocar audiências, quiçá, muitos se afastem entristecidos ao ouvir mensagens tão sem “amor” como essas.

Vicejam animadores motivacionais com músicas de fundo, jogos de luzes, tudo estrategicamente montado para complemento de uma mensagem insossa, um “Evangelho” emasculado, que, por incapaz de gerar ovelhas contenta-se em domesticar lobos.

Paulo daria de novo um soco na mesa: “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá!” Ef 5;14

Semear entre espinhos não é uma faceta incidental como foi ao Semeador da parábola; antes, como na parábola de Jotão, a omissão da oliveira e da videira deram azo a que o espinheiro usurpasse o reino; nesse tempo, a omissão da cruz, indispensável à salvação, bem como a perversão da sã doutrina adequando-a ao ímpio paladar têm incrementado o cultivo de espinheiros invés de erradicá-los.

Invés do livre curso da mensagem eficaz para transformar pessoas, franco trânsito de ímpios, pelo amplo caminho de uma mensagem antropocêntrica, deturpada, que, droga incautos deixando-os, como diz em Apocalipse, com nomes de vivos estando mortos.

Jeremias já preceituara: “Porque assim diz o Senhor aos homens de Judá e a Jerusalém: Preparai para vós o campo de lavoura; não semeeis entre espinhos. Circuncidai-vos ao Senhor; tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que o meu furor não venha a sair como fogo, e arda de modo que não haja quem apague, por causa da malícia das vossas obras.” Jr 4;3 e 4

Tirar os prepúcios do coração; uma eloquente figura que os desafiava a ir além das superficialidades rituais e buscar ao Senhor, deveras.

O Bendito Salvador não veio fazer uma “Palestra Motivacional” para levantar o astral de ególatras sem noção; antes, veio derramar Seu Sangue inocente para remir pecadores que jaziam mortos em delitos e pecados. Saber disso deveria nos envergonhar, compungir, instar ao arrependimento. Qualquer mensagem que omitir, relativizar, ou, sub-avaliar isso é profana, espúria, falsa!

Paulo anteviu a apostasia: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Assim como numa cirurgia, certo grau de dores é necessário para expurgo de dores maiores, quiçá, da morte, assim a renúncia da cruz, para nos “curar” da eterna perdição.

Muitas vozes aveludadas, bem como suas mensagens adocicadas com rico teor emocional sem o sal que é indispensável, não passam de camuflagens vistosas de assassinos, que não se incomodam em mandar pro inferno multidões, pelo prazer de dominá-las e explorá-las por um pouco.

Da sã doutrina um dia disseram: “É duro esse discurso”. Ao mesmo, porém, Pedro chamou de “Palavras de vida eterna.” A questão relevante não é uma oposição entre doçura ou dureza, mas entre vida ou morte “... escolhe, pois, a vida.”