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domingo, 9 de novembro de 2014

Deus. Freud não explica



“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; não pode entendê-las, porque se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2; 14 e 15   

Interessante figura do homem espiritual!  Uma espécie de “Homem invisível”; está em determinado ambiente, vê e não é visto.  Claro que esse “ambiente” é espiritual, pois, no prisma físico ninguém é mais visto que ele. Tanto que, às vezes, até o que não faz, os binóculos da calúnia “Veem”.

Sem pretender ser superior a ninguém, pois, o homem espiritual está nesse “mirante” pela graça de Deus que o guindou acima da natureza. 

Assim, objeções de ateus, e ramos  científicos igualmente gerados por incréus não estão em pé de igualdade. “O homem natural não compreende...”  Isso vai ferir seu orgulho? Possivelmente. Se tivessem nascido de novo o orgulho teria morrido. Como não conseguem ascender ao domínio do Espírito, tais, tentam nos trazer para o nível natural. 

Os atos do Salvador mostram algumas discrepâncias da visão natural e da espiritual. Quando falou do novo nascimento, espiritual, por exemplo, o príncipe Nicodemos interpretou com a ótica da Terra; “...Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?” Jo 3; 4  

Ou, noutra parte, quando o Mestre falou que seria entregue aos gentios e morto, Pedro apressou-se: “De maneira nenhuma te acontecerá isso.” O Senhor foi enérgico e identificou presto a fonte da inspiração de Pedro; disse: “Afasta-te satanás, pois, não cogitas das coisas de Deus, senão, dos homens.” 

Aqui, a diferença crucial entre homem espiritual, e natural. Enquanto esse não consegue elevar suas cogitações acima das conveniências terrenas, aquele é capacitado pelo Espírito Santo a entender coisas de Deus. “como está escrito: As coisas que o olho não viu, o ouvido não ouviu, não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou, pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” I Cor 2; 9 e 10 

Acontece que a sabedoria espiritual tem um “plus” especial mui além dum intelecto desenvolvido. Retidão. Isso aos olhos de Deus é mais que moralismo raso, antes, submissão a Ele. 

Deus não revela Suas coisas para ímpios, pois, certamente fariam mau uso disso; então: “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade” Prov 2; 7 

A Palavra  de Deus é completa, tem remédio para a plenitude do ser que criou; Pedro ensina: “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade...” II Ped 1; 3 Assim, à revelação não cabem complementaridades oriundas de homens não renascidos. A Palavra se basta.

Tiago também expressa claramente a distinção entre sabedoria espiritual e terrena. “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é sabedoria que vem do alto; é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Mas, a sabedoria que do alto vem é; primeiramente, pura; depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia.” Tg 3; 13 a 17  

A suma do que estou dizendo é: Acho uma  tremenda insensatez tentarem, alguns, “ler” a Palavra à “luz” de Darwin, Freud e assemelhados; pois, aos olhos de Deus, ateus não possuem luz espiritual nenhuma. 

Todo homem, por sábio que seja em seu meio, para entrar no Reino, necessita passar pela cruz; lá seu ego é crucificado, morto. O novo homem nascerá despido de pretensões do antigo. “Deixando, pois, toda a malícia,  todo o engano,  fingimentos,  invejas,  todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2; 1 e 2 

Claro que, se o preceito para todos os postulantes ao Reino é o mesmo, “Negue a si mesmo”, quanto maior for esse “si”, maiores os obstáculos à conversão. Mas, como o Eterno não usará nada da velha natureza, antes, fará tudo novo, qualquer um, entendido, ou, simplório, serve.

Até prefere aos ruins, aliás. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” I Cor 1; 27 

Enfim, sabedoria espiritual não se adquire nos bancos universitários; se busca na faculdade do Espírito; a matrícula é a cruz. Mãos à obra!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Uvas maduras

“O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14; 6
 
Duas facetas interessantes nesse provérbio. Primeira: Cotejar índoles opostas, escarnecedor versus prudente; Segunda: Atribuir  predicados diversos, sabedoria e conhecimento.

A sabedoria bíblica sempre traz um acessório moral, diverso do conhecimento que, embora se defina, eventualmente,  com a mesma palavra, não se trata, estritamente, da mesma coisa.

Quando o Texto Sagrado diz que Deus apanha aos sábios na  própria  astúcia está ironizando aos que adquiriram conhecimento, e mesmo que, aos olhos terrenos  posem de sábios, aos Divinos, não passam de velhacos, astutos.

Tiago faz explícita distinção entre sabedoria espiritual que enseja santidade, e  animal, que gera os ditos astutos. “se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica…Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.” Tg 3; 14, 15 e 17
 
Paulo também se encarrega de distinguir essas duas fontes; argumenta como se a queda tivesse lançado a humanidade numa dimensão tal, que o suprassumo fosse insano; “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?”  I Cor 1; 20  

Sabedoria, parece, teria sido confiar irrestritamente em Deus; como a humanidade nunca conseguiu, restou rebuscar a fé mediante a persuasão numa mensagem repetida à exaustão até que alguns se salvem; mesmo que isso seja reputado, loucura. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” V 21
 
Mais adiante ele reforça seu argumento; “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.” Cap 2; 6 a 9

Vemos que a sabedoria espiritual lida com coisas não vistas, ouvidas ou pensadas, claro que, aos olhos naturais isso é doentio mesmo.

Então, Deus serve-se dos “doentes” para a missão; “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;” Cap 1; 27 e 28
 
Fé ou incredulidade marcam a fronteira entre prudência espiritual e escárnio. O que crê teme, considera, orienta-se pelo Senhor no qual acredita. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência.” Prov 9; 10
 
Ao que duvida resta o escárnio, pois, a Palavra o coloca numa condição de caído, alienado, passível de condenação, o que fere seu orgulho natural.

O prudente sente-se seguro sob os preceitos Divinos, o tolo, aquece-se no fogo da própria estupidez; “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza, e dá-se por seguro.” Prov 14; 16  

Então, restam os conselhos que seguem:  “Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará.” Prov 9; 8 “O filho sábio atende à instrução do pai; mas o escarnecedor não ouve a repreensão.” 13; 1  

Comporta-se como a raposa da fábula de Esopo que incapaz de pegar as uvas desejadas desprezou-as dizendo que estavam verdes.

Sua fagulha de anseio por sabedoria, predicado dos prudentes, uma vez buscada por seus meios, apaga; aí, despreza o bem não atingido, partindo para o escárnio. Resta o conhecimento, que até os ímpios conseguem, como seu “Everest” intelectual;  o que, para o prudente é fácil, mero acampamento na base da escalada.

Diverso da pecha que a fé é cega, lida com “coisas que o olho não viu, ouvido não ouviu, nem subiu ao coração humano”, pois, vê, onde o homem natural é cego. 

O conhecimento até pode, eventualmente, lançar mão de uma sábia jurisprudência; só a Sabedoria do Alto, pode criar uma.

O posto mais alto logrado pelo conhecimento é o “conhece a ti mesmo” de Sócrates. Nos caminhos da fé temos um upgrade considerável; “…Quem me vê a mim vê o Pai;…” Jo 14; 9