“Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te...” Is 26;9
O Ser, interior, alma e espírito. Não são eles a mesma coisa? Não. Paulo também faz essa distinção; “... vosso espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” I Tess 5;23
Vemos a alma como fonte de desejo; “com minha alma te desejei de noite...” o espírito com auxiliar na busca por Deus; “... com meu espírito... madrugarei a buscar-te...” O Salmista também apresenta sua alma sedenta pelo Santo; “Minha alma anseia pelo Senhor, mais que os guardas pela manhã, mais que aqueles que aguardam pela manhã.” Sal 130;6
O que significa a manhã para um guarda noturno? Missão cumprida, descanso. Assim, anelava descanso em Deus.
Mesmo sendo três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, Deus É Um; a individualidade de cada ser, criado à Imagem e Semelhança do Eterno tem três partes; corpo, alma e espírito.
Dada a tênue fronteira entre ambos não é tarefa fácil distinguir alma de espírito. Porém, está expresso que, a salvação da alma depende de termos o espírito vivo. “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;5
A sentença ao primeiro homem foi: “No dia que pecares certamente morrerás”; porém, mesmo tendo pecado Adão seguiu existindo, ainda. A morte, consequência do pecado foi espiritual; finado o espírito que tinha prazer na comunhão com Deus, a alma passou a ver O Criador como uma ameaça, temeu e se escondeu.
Imaginemos como ilustração, uma mulher rica morando numa bela casa, cuja administração tenha um mordomo. Ele sabe e cuida de tudo; ela, apenas mora despreocupada. Se, de repente o mordomo morresse, ela se veria desorientada, temeria à chegada de um credor qualquer, sem saber o que fazer.
Pois bem, o corpo é a casa, a alma, a moradora; o espírito foi dado como administrador; a centelha Divina inclinada à verdade e justiça, cuja voz, se ouve na consciência.
Naqueles que vivem a prática do pecado, a consciência cauteriza; atrofia; e, a alma alienada do “administrador” que poria ordem nos desejos separando os saudáveis dos enfermiços, entrega-se aos instintos do corpo.
Agora, “vale tudo”, pois, “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 Essa “liberdade” deriva da morte, não, de, poder tudo abonado por Deus. Não sendo Ele Deus de mortos, tampouco aplicaria punições “in memorian”. A morte já é a punição.
Porém, os convertidos, vivificados não são tão “livres” assim; têm um tesouro de eterno valor a zelar; “Agora, libertados do pecado e feitos “servos” de Deus, tendes vosso fruto para santificação; por fim, a vida eterna.” Rom 6;22
Sem o vínculo Divino da vida espiritual resta apenas o homem em si mesmo, invés de, em Deus, como era o projeto; e, “... quanto a condição dos filhos dos homens, Deus os provaria, para que pudessem ver que são em si mesmos, como os animais.” Ecl 3;18
Assim, da nobre condição de filhos, os homens caídos tornaram-se apenas criaturas, dado que, a filiação é necessariamente espiritual, pois, “Deus É espírito;” e, seus espíritos sem Ele estão mortos.
Então, por dramático que pareça, o apelo do Evangelho não é para que viventes melhorem de vida, como apregoam, uns, e, pensam outros; antes, para que mortos recebam vida. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24
Assim como ovelha não come carne, tampouco, lobo, pasto, pela dieta de cada um se pode facilmente identificar que “bicho” é. Esses que enchem templos comerciais apelidados de “Igrejas” em busca de coisas ainda não conhecem o Evangelho; estão longe da vida espiritual, infelizmente.
Nos que a possuem, o “Mordomo” inclina a “dona da casa” a buscar coisas de natureza superior à matéria; “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” Col 3;1
Como inda pesa o longo hábito no pecado, tropeços são necessários até nosso crescimento; mas, o traço mais notório do renascido é que agora, não peca mais “sem culpa”. Sua “Casa” não é mais da “mãe Joana”; sabe que, “se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes suas obras, vivereis.” Rom 8;13
Enfim, ou, tomamos a Cruz para sermos perdoados e adotados como filhos; ou, soltamos os bichos, ainda. Mas, os que o Criador desejava já os fez como tais. O que vai ser?
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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domingo, 1 de julho de 2018
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
A casa em ordem
“Naqueles
dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio a ele o profeta Isaías,
filho de Amós e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque
morrerás, não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede e orou ao
Senhor. E disse: Ah, Senhor! Peço,
lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, com coração perfeito; fiz o que era reto aos
teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.” Is 38; 1 a 3
Temos uma aparente
discrepância entre o dito de Isaías e a oração de rei moribundo. O profeta
exortara a por em ordem sua casa; ele disse que andara diante de Deus em
verdade e com coração perfeito, em sua oração.
Como O Eterno atendeu à sua
humilde súplica, acrescentando-lhe mais quinze anos de vida é de se supor que
foi verdadeiro o que disse do próprio caráter. Entretanto, sua casa estava em
desordem? É. Foi o que denunciou o enviado de Senhor.
Posso ser reto em minhas
decisões pessoais, meu caráter e, apesar
disso, ainda estar em falta. Integridade
pessoal não equivale, necessariamente, à competência, tato, prudência
administrativa. No caso dele, que era rei, certamente a “sombra” de sua casa
abrigava muitas pessoas.
Quando o Eterno o exortou a bem ordenar sua casa,
requeria ações administrativas, como rei, marido, pai, talvez; tudo o que estava
aos cuidados dele.
Um pai omisso permite que seus filhos se percam; acaba perdendo
até ofício para o qual foi comissionado, como foi no caso de Eli. Um marido
fraco delega implicitamente o comando à esposa; herda como seus, erros
eventuais, cometidos por ela; como fez Acabe, quando se fez mero fantoche da
esposa ímpia, Jezabel. Um rei descuidado, negligente, torna-se culpado de
muitas mortes; dana, quando não, perde o
próprio trono, como o insubmisso Saul.
Muitos exemplos mais são encontráveis em
quê, a má administração de uma “casa” fez com que ela ruísse. Os exemplos
alistados trazem anexos à má condução, lapsos de caráter; o que, não era o caso
de Ezequias.
No exemplo de Jezabel, se, o fato de ser mais ativa, líder que seu
marido pôs tudo a perder, não se deu por ser ela mulher; antes, por ser ímpia,
idólatra, assassina.
Das mulheres íntegras, a Palavra versa de modo
encorajador, leiamos: “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a
derruba com as próprias mãos.” Prov 14; 1
O Capítulo final de Provérbios alista
uma série de feitos dessa sábia, enquanto, seu marido, ao que tudo indica era
um juiz na cidade. “Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o
fruto de suas mãos.” Prov 31; 16. Administra
mesmo as finanças da casa, enquanto seu cônjuge ocupa-se da justiça. “Seu marido
é conhecido nas portas, assenta-se entre os anciãos da terra.” V 23 .
Se, por
um lado, “Cada um dará contas de si mesmo a Deus.” Rom 14; 12 Por outro, quem
administra vidas, instituições, dará conta disso tudo; como o mordomo infiel
que foi chamado a prestar contas em determinada ocasião.
Certa vez, Pedro chegou
a cogitar que certas exortações eram apenas para a plebe; os discípulos
estariam num patamar superior; O Senhor tratou de desfazer o engano; “E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou,
também a todos? E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a
quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem aventurado
aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.” Luc 12; 41
a 43
O assunto imediatamente anterior era vigilância. Então, devem os mordomos
espirituais estar atentos; manter do mesmo modo toda a casa; ou seja: Sua área
de influência.
Na verdade, a exortação de Isaías aplica-se a cada um de nós. “Põe em ordem a tua casa porque morrerás!” Se, a ameaça de morte não é tão imediata como
foi naquele caso, a Bíblia nos ensina a viver “Cada dia seu mal”; não presumir do dia de amanhã como uma posse. “...não
sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é vossa vida? É um vapor que
aparece por um pouco, depois se desvanece... devíeis dizer: Se o Senhor quiser,
se vivermos, faremos isto ou aquilo.” Tg 4; 14 e 15
Assim, se as individualidades, o arbítrio devem ser respeitados, eventual má
gestão do que nos cabe incidirá sobre nós.
O mundo chama altos cargos
administrativos de poder; Deus comissiona aos que escolhe, para o dever; Qualquer
que seja o tamanho de nossa “casa”; nossas qualidades ou defeitos
refletir-se-ão nela. “A casa dos ímpios
se desfará, mas a tenda dos retos florescerá.” Prov 14; 11
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