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domingo, 1 de julho de 2018

Só o vital está morto

“Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te...” Is 26;9

O Ser, interior, alma e espírito. Não são eles a mesma coisa? Não. Paulo também faz essa distinção; “... vosso espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” I Tess 5;23

Vemos a alma como fonte de desejo; “com minha alma te desejei de noite...” o espírito com auxiliar na busca por Deus; “... com meu espírito... madrugarei a buscar-te...” O Salmista também apresenta sua alma sedenta pelo Santo; “Minha alma anseia pelo Senhor, mais que os guardas pela manhã, mais que aqueles que aguardam pela manhã.” Sal 130;6

O que significa a manhã para um guarda noturno? Missão cumprida, descanso. Assim, anelava descanso em Deus.

Mesmo sendo três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, Deus É Um; a individualidade de cada ser, criado à Imagem e Semelhança do Eterno tem três partes; corpo, alma e espírito.

Dada a tênue fronteira entre ambos não é tarefa fácil distinguir alma de espírito. Porém, está expresso que, a salvação da alma depende de termos o espírito vivo. “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;5

A sentença ao primeiro homem foi: “No dia que pecares certamente morrerás”; porém, mesmo tendo pecado Adão seguiu existindo, ainda. A morte, consequência do pecado foi espiritual; finado o espírito que tinha prazer na comunhão com Deus, a alma passou a ver O Criador como uma ameaça, temeu e se escondeu.

Imaginemos como ilustração, uma mulher rica morando numa bela casa, cuja administração tenha um mordomo. Ele sabe e cuida de tudo; ela, apenas mora despreocupada. Se, de repente o mordomo morresse, ela se veria desorientada, temeria à chegada de um credor qualquer, sem saber o que fazer.

Pois bem, o corpo é a casa, a alma, a moradora; o espírito foi dado como administrador; a centelha Divina inclinada à verdade e justiça, cuja voz, se ouve na consciência.

Naqueles que vivem a prática do pecado, a consciência cauteriza; atrofia; e, a alma alienada do “administrador” que poria ordem nos desejos separando os saudáveis dos enfermiços, entrega-se aos instintos do corpo.

Agora, “vale tudo”, pois, “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 Essa “liberdade” deriva da morte, não, de, poder tudo abonado por Deus. Não sendo Ele Deus de mortos, tampouco aplicaria punições “in memorian”. A morte já é a punição.

Porém, os convertidos, vivificados não são tão “livres” assim; têm um tesouro de eterno valor a zelar; “Agora, libertados do pecado e feitos “servos” de Deus, tendes vosso fruto para santificação; por fim, a vida eterna.” Rom 6;22

Sem o vínculo Divino da vida espiritual resta apenas o homem em si mesmo, invés de, em Deus, como era o projeto; e, “... quanto a condição dos filhos dos homens, Deus os provaria, para que pudessem ver que são em si mesmos, como os animais.” Ecl 3;18

Assim, da nobre condição de filhos, os homens caídos tornaram-se apenas criaturas, dado que, a filiação é necessariamente espiritual, pois, “Deus É espírito;” e, seus espíritos sem Ele estão mortos.

Então, por dramático que pareça, o apelo do Evangelho não é para que viventes melhorem de vida, como apregoam, uns, e, pensam outros; antes, para que mortos recebam vida. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna; não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Assim como ovelha não come carne, tampouco, lobo, pasto, pela dieta de cada um se pode facilmente identificar que “bicho” é. Esses que enchem templos comerciais apelidados de “Igrejas” em busca de coisas ainda não conhecem o Evangelho; estão longe da vida espiritual, infelizmente.

Nos que a possuem, o “Mordomo” inclina a “dona da casa” a buscar coisas de natureza superior à matéria; “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” Col 3;1

Como inda pesa o longo hábito no pecado, tropeços são necessários até nosso crescimento; mas, o traço mais notório do renascido é que agora, não peca mais “sem culpa”. Sua “Casa” não é mais da “mãe Joana”; sabe que, “se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes suas obras, vivereis.” Rom 8;13

Enfim, ou, tomamos a Cruz para sermos perdoados e adotados como filhos; ou, soltamos os bichos, ainda. Mas, os que o Criador desejava já os fez como tais. O que vai ser?