“Mas um só, o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” I Cor 12;11
Tendemos a universalizar nosso umbigo; digo; querer as coisas do nosso jeito, mesmo as que podem ser de modo diverso. Um líder apto cobra mais resultados que métodos estritamente; ou, num linguajar bíblico, frutos.
O contexto do verso supra é a diversidade dos dons espirituais, sabedoria, ciência, fé, curas, línguas, interpretação... A escolha da partilha desses é do Próprio Espírito Santo; “A manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” V 7
Logo, nossa inserção particular é isso apenas; a contribuição de uma partícula, não uma gestão macro sobre o todo; essa pasta é do Espírito.
Não só no quesito dos dons, como, no da sadia hermenêutica; “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” II Ped 1;20 e 21
Entretanto, a diversidade possível e sadia nem de longe arranha em questões vitais. De outra forma; se podemos ser peculiares nos métodos somos diversos nos dons, nas questões doutrinárias devemos submissão ao Espírito, o que, uma vez observada nos faz espiritualmente iguais, mesmo aos que são diferentes. É a Unidade do Espírito.
“Há um só corpo, um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, por todos e em todos vós. Mas, a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” Ef 4;4 a 7
Há muitas querelas periféricas sobre usos, costumes, alimentação, guarda de dias, etc. que derivam mais de analfabetismo bíblico que de outra coisa de alguma relevância. A Palavra versa tão claro sobre isso que basta ler, não demanda um especializado em interpretação para ensinar; “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, beber, ou por causa dos dias de festa, da lua nova, ou dos sábados...” Col 2;16
Escrevendo aos romanos Paulo foi bem explícito sobre o convívio nas diferenças; “Porque um crê que de tudo se pode comer; outro, que é fraco, come legumes. O que come não despreze o que não come; o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz; o que não faz caso do dia para o Senhor não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; o que não come, para o Senhor não come e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” Cap14;2 a 8
A maioria das imposições de rituais e coisas semelhantes deriva do desejo de domínio do homem, numa área que lhe não pertence. Os que excluíam certos cristãos entre os Gálatas foram apreciados assim; “Eles têm zelo por vós, não como convém; mas querem excluir-vos, para que vós tenhais zelo por eles.” Gál 4;17
Spurgeon disse que uma coisa boa não é boa fora do seu lugar; disse bem. Assim, fica ruim um bom pregador que não sabe cantar meter-se com música; um grande cantor que ignora as Escrituras meter-se a pregar. “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, nem todos têm a mesma operação.” Rom 12;3 e 4
Para entendidos que andam em espírito essas coisas são ninharias; mas, muitos ainda pelejam gastando latim com isso invés de estar lutando contra o pecado. Zelo sem entendimento também é uma coisa boa fora do lugar.
Quando Deus conduzia Seu povo no Êxodo, Sua coluna de um lado iluminava, d’outro escurecia o caminho. Se, nossa percepção como povo de Deus ainda busca mais aceitação e aplauso do mundo que a Voz do Espírito, temo que estejamos do lado egípcio da coluna. Urge passarmos das trevas para a luz.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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sexta-feira, 9 de agosto de 2019
quarta-feira, 2 de março de 2016
A Vereda dos Justos
“Temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar
atentos, como uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a
estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: nenhuma
profecia da Escritura é de particular interpretação.” II Ped 1;19 e 20
Depois de asseverar que não falava sobre as Virtudes de Cristo segundo
fábulas humanas, antes, fora testemunha tendo andado com O senhor, ouvido no
monte, a Voz do Céu que o confirmou, Pedro aconselhou a investigarem as
profecias, para nelas, serem iluminados. Essa busca faria a “Estrela da alva”
aparecer nos corações dos que, isso fizessem. A mesma Palavra interpreta que a
Estrela É O Senhor.
Desse modo, o que Pedro estava dizendo era: Estudem a Palavra
profética sem parcialidades, deixem O Espírito Santo, O autor, vos conduzir, e
encontrareis a Cristo. Na verdade, O Salvador dissera algo assim aos seus
oponentes; “Examinais as Escrituras porque pensais ter nelas a Vida Eterna, e
são elas que de mim testificam.”
Acontece que A Palavra de Deus, dada Sua origem, é como um livro
selado aos descrentes, e, luz aos fiéis. Quando diz que não é de particular
interpretação, tanto se refere a interpretes em particular, quanto ao texto,
desmembrado do todo. Por exemplo: Miqueias profetizara que O Messias nasceria
em Belém. Os que rejeitavam ao Senhor, o faziam, entre outros argumentos, pela
vileza da Sua Terra de origem, a Galileia.
Contudo, o texto de Miqueias fala do nascimento. O que alude ao início
de Seu ministério não menciona Belém, antes, justo, a mal afamada Galileia.
Ouçamos: “Mas, a terra, que foi
angustiada, não será entenebrecida; envileceu nos primeiros tempos, a terra de
Zebulom, e a terra de Naftali; mas, nos últimos tempos a enobreceu junto ao
caminho do mar, além do Jordão, na Galileia das nações. O povo que
andava em trevas, viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da
sombra da morte resplandeceu a luz.” Is 9;1 e 2
Assim, se tivessem ficado firmes à Palavra dos profetas como uma luz
no escuro, invés de dados a interpretações parciais, teriam visto na origem
galileia do Salvador uma Divina credencial, antes que, motivo de rejeição.
Invés da luz da Palavra, confiavam na tradição. “Examina e verás, que, da Galileia
nenhum profeta surgiu”. Disseram certa vez.
Dessas parcialidades naturais nascem heresias, seitas e aberrações
várias, de gente que, invés de se entregar ao Espírito Santo em busca de luz,
tira faíscas das pedras da própria ignorância e acende as chamas da carnal
compreensão.
Salomão ensinou que a Sabedoria de Deus não é incondicional; antes,
demanda retidão do receptor: “Ele reserva a
verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na
sinceridade” Prov 2;7
Entendamos a vereda que nos leva à Luz. Só os retos, (
justos ) a recebem; “Não há um justo sequer.” Mas, quem recebe Ao Senhor é
justificado, nasce de novo, da água e do Espírito; já pode entrar, pode ver o
Reino dos Céus. Assim, para ver, alguém, a Jesus, carece primeiro crer; “Bem
aventurados os que não viram e creram.”
Então, seria insano alguém sair em busca de ossos de
invertebrados; igualmente, desejar obter luz espiritual sem auxílio do Espírito
Santo. “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do
homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o
Espírito de Deus. Nós não recebemos o espírito do mundo, mas, o Espírito que
provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por
Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana; com as que
o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora,
o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e, de ninguém é
discernido.” I Cor 2;11 a 15
O espírito do mundo nas vidas de homens carnais tem
produzido veras enciclopédias de estudos escatológicos; cheia está a WEB de “profetas”
das últimas coisas. Temos anticristos para todos os gostos, nos ensinos de gente
que desconhece a Cristo.
Os que se firmam na Palavra, porém, têm uma relação
harmoniosa com o Espírito Santo, uma compreensão “natural” e progressiva do
sobrenatural; saberão o que carecem, na hora oportuna, não serão surpreendidos.
“Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio
discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5
“A vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito” Prov 4; 18
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