“...todo o escriba instruído acerca do Reino dos Céus é semelhante ao pai de família que tira do seu tesouro, coisas novas e velhas.” Mat 13;52
Mudança está impregnada no coletivo como sinônimo de algo bom, necessariamente; políticos em campanha dizem: “É hora de mudar”; se, estão já no poder; “para continuar mudando”. Então, como disse alguém, “Sentimos nas mudanças certo alívio mesmo que estejamos mudando para pior”.
Os versados no Reino são uma mescla de coisas velhas e novas; uma porção de atavismo, outra, de aprendizado.
Mas, o que chamamos novo? Vejamos algumas situações;
- Inexperiente = O neófito, cujos erros se atribuem ao fato de ser novo; ele vai aprender, dizemos;
- Desconhecido = Fato que ignoramos; quando nos é apresentado observamos: Essa é nova para mim;
- Recém nascido = Por motivos óbvios não demanda explicações;
- Sem uso = um produto que, mesmo tendo sido fabricado há dez, vinte anos, se, jamais foi usado, está novo;
- Posterior = Pouco importa a idade; cotejado com um que veio antes ele é novo; Por exemplo: O Novo Testamento já tem uns dois mil anos, porém, é novo em face ao que veio antes;
- Transformado = Um carro levado à oficina para retífica de algumas peças, uma vez que volta a funcionar perfeito se diz: Está novo; quem se converte torna-se “nova criatura”;
- Repetido = Quando se faz outra tentativa em algo que falhamos se diz: de novo, ou, novamente; etc.
Somos lentos para entender as coisas espirituais; muitas das apresentadas por Cristo que soaram novas eram antigas. “Ama teu próximo como a ti mesmo.” Vem desde Moisés; “Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas, ame cada um, seu próximo como a si mesmo...” Lev 19;18 Preferiram dente por dente, olho por olho, contra inimigos, ignorando o ensino de amar o próximo.
Jesus era rejeitado, entre outras coisas, por ser Galileu; oriundo de lugar vil; “... Vem, pois, o Cristo da Galiléia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, de Belém, aldeia d’onde era Davi?” Jo 7;41 e 42 “...És tu também da Galiléia? Examina, e verás que da Galiléia nenhum profeta surgiu.” V 52
É vero que o Messias nasceria em Belém, “... de ti me sairá o que governará em Israel, cujas saídas são desde tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Miq 5;2
Seu surgimento ministerial, porém, foi predito que seria na Galiléia; “A terra, que foi angustiada, não será entenebrecida; envileceu nos primeiros tempos, a terra de Zebulom, e de Naftali; mas, nos últimos tempos a enobreceu junto ao caminho do mar, além do Jordão, na Galiléia das nações. O povo que andava em trevas, viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” Is 9;1 e 2
Mais uma “novidade” que não era tão nova assim.
É grave nossa preguiça mental que enseja uma compreensão parcial das coisas espirituais. O evangelho é a Boa Nova para quem desconhece; mas, traz o cumprimento de antigas promessas, e acena com o porvir de modo tal, que alguém devidamente instruído não se surpreende com nada; antes, espera o cumprimento.
Os meios de difusão se renovam cada dia nas asas da tecnologia; entretanto, o conteúdo é eterno, não comporta novidades. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas...”
Então, quando alguém se escandaliza com pilantras que furtam falseando A Palavra, e usa isso como “justificativa” para seu distanciamento de Deus trai a si mesmo na conveniência preguiçosa de desconhecer o que a mesma Palavra adverte.
Pois, “Haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas, negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3;2 a 5
Devemos nos afastar de hipócritas, não, de Deus. Não consigo encontrar em lugar nenhum do espaço, sequer, do tempo, um argumento que justifique perder minha salvação porque outros estão perdendo a deles. Uma antiga canção dizia: “Você quer a frente das coisas olhando de lado.”
Alguns se iludem com mudanças de calendário. Coisa nova, a data; coisas velhas, os mesmos vícios desejos, evasivas, fugas, justificações... Quer algo novo deveras? Receba a Cristo como Senhor. O novo nascimento será fruto do Dom do Espírito; com Ele, nova luz, compreensão da Palavra. As “coisas Velhas” do amor Divino te darão novidade de vida.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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terça-feira, 2 de janeiro de 2018
quarta-feira, 2 de março de 2016
A Vereda dos Justos
“Temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar
atentos, como uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a
estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: nenhuma
profecia da Escritura é de particular interpretação.” II Ped 1;19 e 20
Depois de asseverar que não falava sobre as Virtudes de Cristo segundo
fábulas humanas, antes, fora testemunha tendo andado com O senhor, ouvido no
monte, a Voz do Céu que o confirmou, Pedro aconselhou a investigarem as
profecias, para nelas, serem iluminados. Essa busca faria a “Estrela da alva”
aparecer nos corações dos que, isso fizessem. A mesma Palavra interpreta que a
Estrela É O Senhor.
Desse modo, o que Pedro estava dizendo era: Estudem a Palavra
profética sem parcialidades, deixem O Espírito Santo, O autor, vos conduzir, e
encontrareis a Cristo. Na verdade, O Salvador dissera algo assim aos seus
oponentes; “Examinais as Escrituras porque pensais ter nelas a Vida Eterna, e
são elas que de mim testificam.”
Acontece que A Palavra de Deus, dada Sua origem, é como um livro
selado aos descrentes, e, luz aos fiéis. Quando diz que não é de particular
interpretação, tanto se refere a interpretes em particular, quanto ao texto,
desmembrado do todo. Por exemplo: Miqueias profetizara que O Messias nasceria
em Belém. Os que rejeitavam ao Senhor, o faziam, entre outros argumentos, pela
vileza da Sua Terra de origem, a Galileia.
Contudo, o texto de Miqueias fala do nascimento. O que alude ao início
de Seu ministério não menciona Belém, antes, justo, a mal afamada Galileia.
Ouçamos: “Mas, a terra, que foi
angustiada, não será entenebrecida; envileceu nos primeiros tempos, a terra de
Zebulom, e a terra de Naftali; mas, nos últimos tempos a enobreceu junto ao
caminho do mar, além do Jordão, na Galileia das nações. O povo que
andava em trevas, viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da
sombra da morte resplandeceu a luz.” Is 9;1 e 2
Assim, se tivessem ficado firmes à Palavra dos profetas como uma luz
no escuro, invés de dados a interpretações parciais, teriam visto na origem
galileia do Salvador uma Divina credencial, antes que, motivo de rejeição.
Invés da luz da Palavra, confiavam na tradição. “Examina e verás, que, da Galileia
nenhum profeta surgiu”. Disseram certa vez.
Dessas parcialidades naturais nascem heresias, seitas e aberrações
várias, de gente que, invés de se entregar ao Espírito Santo em busca de luz,
tira faíscas das pedras da própria ignorância e acende as chamas da carnal
compreensão.
Salomão ensinou que a Sabedoria de Deus não é incondicional; antes,
demanda retidão do receptor: “Ele reserva a
verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na
sinceridade” Prov 2;7
Entendamos a vereda que nos leva à Luz. Só os retos, (
justos ) a recebem; “Não há um justo sequer.” Mas, quem recebe Ao Senhor é
justificado, nasce de novo, da água e do Espírito; já pode entrar, pode ver o
Reino dos Céus. Assim, para ver, alguém, a Jesus, carece primeiro crer; “Bem
aventurados os que não viram e creram.”
Então, seria insano alguém sair em busca de ossos de
invertebrados; igualmente, desejar obter luz espiritual sem auxílio do Espírito
Santo. “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do
homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o
Espírito de Deus. Nós não recebemos o espírito do mundo, mas, o Espírito que
provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por
Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana; com as que
o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora,
o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e, de ninguém é
discernido.” I Cor 2;11 a 15
O espírito do mundo nas vidas de homens carnais tem
produzido veras enciclopédias de estudos escatológicos; cheia está a WEB de “profetas”
das últimas coisas. Temos anticristos para todos os gostos, nos ensinos de gente
que desconhece a Cristo.
Os que se firmam na Palavra, porém, têm uma relação
harmoniosa com o Espírito Santo, uma compreensão “natural” e progressiva do
sobrenatural; saberão o que carecem, na hora oportuna, não serão surpreendidos.
“Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio
discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5
“A vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito” Prov 4; 18
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