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segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Casas Noturnas

“Quando edificares uma casa nova, farás parapeito no eirado, para que não ponhas culpa de sangue na tua casa, se, alguém de algum modo cair dela.” Deut 22;8

Instruções ao povo, então, peregrino, mas, que chegaria à Terra Prometida e edificaria cidades. Quando fizeres um eirado, ou, terraço, faça o parapeito evitando o risco de queda e culpa. Sintetizando: Não construirás algo que possa expor a risco teu semelhante.

Na Nova aliança nossas vidas são consideradas como casas; logo, devemos ter o mesmo cuidado. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5 Então, se, alguém cair por imprudência nossa, teremos culpa de sangue.

Claro que nossos cuidados serão insuficientes para isso; dependeremos necessariamente do auxílio Divino; “Se, o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam...” Sal 127;1

Do ponto-de-vista Divino a certeza de que não faltará material; “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Contudo, como O Eterno respeita nossas escolhas permite que optemos pelo material, que, nos parece melhor para erigir sobre O Santo Fundamento; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;11 a 13

Além do risco de escolhermos materiais de má qualidade tendo os excelentes ao dispor, pode concorrer nosso erro de cálculo quanto à “mão-de-obra” (renúncia) necessária. “Qualquer que não levar sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois, qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não podendo acabar, todos os que virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” Luc 14;27 a 30

Assim, minha influência será negativa, exporá meu semelhante ao perigo, tanto, se, eu edificar algo de má qualidade, quanto, se deixar a obra pela metade abandonando a construção, desviando-me.

Na parábola dos dois fundamentos, a diferença entre o que fundara na areia e o que, na rocha, residia no fato de um, apenas ouvir a Palavra; outro, ouvir e praticá-la.

Se, deveras Cristo vive em nossa “casa” nosso modo de agir testificará dessa ventura; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16

Falando aos discípulos, um conjunto de “casas” a figura evoluiu para cidade; “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” v 14

O Salvador estava sobre o Monte Tabor; então, se pode parafrasear assim: Não ficareis escondidos, imperceptíveis se, praticardes o que aqui ensinei.

O eirado além de terraço servia para secar, debulhar produtos da terra; “Porém ela os tinha feito subir ao eirado, tinha-os escondido entre as canas do linho, que pusera em ordem sobre o eirado.” Js 2;6

Assim, um lugar que servia de espaço de incremento à provisão, não deveria oferecer riscos aos que nele estivessem; logo, a ordem de fazer o anteparo.

Quando um líder espiritual escandaliza corre risco de derrubar todos que frequentam ao seu “eirado”. Falo de quem prega o Evangelho, não dos “Joões de Deus” da vida, pois, os que iam a ele não o faziam por alimento espiritual, antes, curandeirismo; se fossem servos de Deus mesmo as vítimas não chegariam às centenas como chegam. A primeira teria posto a boca no mundo; desmascarado ao falsário.

Mas, há pastores que... eu sei. As “ovelhas” que prestam-se a isso também enganam a si mesmas, presumindo-se servas de Deus.

Ora, ministros probos devem ser “casas” edificadas com prudência tal, que, dela não se corra o risco de cair; não, escuras cavernas que tolham à luz de entrar.

Inda tem mais lixo para vir à tona; O Senhor está soprando sobre o eirado para remover o que convém à Sua Casa. “... os ímpios... são como a moinha que o vento espalha. Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem, pecadores na congregação dos justos.” Sal 1;4 e 5

Ao que chama à salvação, como Zaqueu O Senhor diz: “Hoje me convém pousar em tua casa...” porém, aos falsos imiscuídos entre salvos, em tempo oportuno indaga: “Como entraste aqui...?”

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Purificação a água e fogo

“Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça.” Mal 3; 2 e 3
 
Aludindo à vinda do “Anjo do concerto”, como definiu o Messias, o profeta  fez da purificação a meta central da obra Dele. O sabão refere-se a uma limpeza superficial, externa; o fogo do ourives, que derrete ouro e prata para remover escórias figura a pureza interior. 

Isso remete à conclusão que, a obra perfeita de Cristo não nos cobrirá com o verniz da virtude; antes, visa nos fazer “maciços”; digo; aparentemente puros, e essencialmente puros. Assim como a mulher de César que devia ser e parecer honesta.

Enquanto isso não for encontrado em nós, o Espírito Santo terá trabalho a fazer. Diverso do crescimento natural que decorre do curso do tempo, o espiritual demanda diligência em assimilar e viver o que aprendemos; “…vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus;…” Heb 5; 11 e 12  

Vimos que a negligência fez o tempo passar em vão, quanto ao crescimento dos Hebreus.
A purificação dos despojos de guerra também figura o que  ocorre conosco; Moisés disse: “Toda a coisa que pode resistir ao fogo, fareis passar pelo fogo, para que fique limpa, todavia se purificará com a água da purificação; mas tudo que não pode resistir ao fogo fareis passar pela água.” Num 31; 23
 
Os primeiros passos de alguém são difíceis; se toda a seriedade que demanda o Eterno for exposta de uma vez causará espanto, medo. Certos caçadores usam um foco de luz para caçar a noite; paralisam seus alvos mirando seus olhos enquanto os abatem. Assim, excesso de luz para quem vivia nas trevas é nocivo.

Deve ser um processo paulatino, como ensinou Salomão: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4; 18
Então, a abordagem inicial para salvação é serena, inclusiva, acolhedora; entretanto, chega a hora em que somos desafiados a crescer. 

Salvação é uma emergência; santificação o alvo de todos os salvos. Numa emergência um bombeiro tira alguém nu pela janela, se for o caso; isso não significa que está legitimado a andar nu depois disso. De igual modo o Salvador; recebe e perdoa a qualquer tipo de pecado; porém, adverte: “Vá e não peques mais”.
 
Depois da graça vem a disciplina; após o Espírito Santo vem o batismo de fogo, a prova. O Senhor que caminhou em Seu ministério tendo a cruz como pano de fundo chegava a se angustiar pelo cumprimento de uma vez, de algo tão doloroso; Importa, porém, que seja batizado com certo batismo; e como me angustio até que venha a cumprir-se!” Luc 12; 50
 
Esses pregadores do evangelho fácil que afirmam ser, a luta, coisa do diabo acendem fogo de palha onde deveria arder o do ourives.

Paulo adverte sobre a singularidade do Fundamento, e a necessidade da prova para quem se diz Salvo; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 11 a 13

Claro que isso faz de Jesus alguém difícil de seguir. “Quem suportará o dia da sua vinda?” Era uma questão pertinente do profeta. Mas, que glória teria alguém que cravasse um lábaro no topo do Everest chegando lá de helicóptero? Assim será a “salvação” dos que tentam chegar ao Santo evitando as dores da cruz. Ignomínia em lugar de glória.

Todo ministro do evangelho que não labora pela purificação dos salvos sonega seu papel; “derreter” os metais para remover escórias. “…Faz dos seus anjos espíritos, e de seus ministros labareda de fogo.” Heb 1; 7
 
Embora soe mais ameno propor facilidades, só é honesto ancorar nossa esperança na fidelidade Deus, que prometeu: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43; 2 

Certo, era promessa a Israel; mas, quem cuidava dos seus então, deixaria de fazê-lo?